Segundo dados do Ministério da Saúde, no início de 2024 no Brasil, mais de 1,2 milhão de pacientes aguardavam na fila de cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas de urgência e que o médico agenda sua realização de acordo com a disponibilidade do mapa cirúrgico do hospital. É como se mais que a população inteira da cidade de Campinas (1,12 milhão de habitantes, segundo o Censo Demográfica de 2022), ou 3,7 vezes o número de habitantes de Barueri, estivessem aguardando pela realização de um procedimento dessa natureza.
Mediante esse quadro, a Prefeitura de Barueri ampliou o contrato com o Hospital Municipal Dr. Francisco Moran para aumentar o número de consultas e cirurgias e, consequentemente, diminuir o tempo de espera para a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos. O HMB tem realizado mutirões de diversas especialidades. No mês de maio foram mais de 1,5 mil procedimentos entre urgências e eletivos. A expectativa é que as cirurgias atinjam a marca de dois mil por mês com a expansão do horário de funcionamento do Centro Cirúrgico, que está funcionando nos dias úteis das 7h até as 23h e aos finais de semana das 7h às 19h.
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“A prefeitura de Barueri se sensibilizou com a alta demanda da fila de consultas e cirurgias e ampliou o contrato com o HMB para trazer agilidade e o melhor atendimento na saúde para a população”, reforça o secretário de Saúde do município, Milton Monti.
Aumento significativo
Entre maio e julho devem ser ofertadas mais de 5 mil consultas nas especialidades de cirurgia geral, cirurgia vascular, urologia, pequenas cirurgias, cirurgia pediátrica (em maio, essas cinco especialidades estiveram perto da casa de mil consultas realizadas), além de cirurgia ginecológica e cirurgia de cabeça e pescoço. Para se ter uma ideia, o número de saídas hospitalares em média é de 1,8 mil. Em maio, esse número saltou para 2.086 saídas, considerando que a ação teve seu início no dia 18.
Esses números só seriam possíveis de serem alcançados com planejamento, organização, senso de urgência e acuracidade de todas as partes envolvidas. Para tanto, optou-se por adotar o sistema Lean Six Sigma, um método consagrado e baseado em dados estatísticos, cujo intuito é possibilitar o aumento da previsibilidade nos processos. Entre a primeira consulta e a realização da cirurgia, o prazo médio estimado é de 15 dias.
“Nosso objetivo foi redesenhar os sistemas multidisciplinares, utilizando os princípios Lean Six Sigma para diminuir os tempos de espera desses pacientes, abordando e corrigindo ineficiências sistêmicas, para assim melhorar a experiência geral do paciente cirúrgico”, explicou Vania Zito, diretora de Atenção do Paciente do HMB.
A diminuição da chamada “jornada do paciente”, período que corresponde ao momento de abertura da ficha de atendimento até a alta, associada à priorização e maior flexibilidade da sala cirúrgica, é determinante para a redução dos tempos nas filas cirúrgicas. “Monitoramos e acompanhamos as medidas de eficiência com a utilização de práticas Lean, bem como melhorias dos processos que produziram a curto prazo efeitos positivos no rendimento clínico, no atendimento e na satisfação dos pacientes”, salientou Vania.
Dessa maneira, nos primeiros 22 dias, foram realizados quase 2,9 mil atendimentos.
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Fonte: SECOM-PMB