Museu da Língua Portuguesa tem entrada gratuita aos fins de semana em junho

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A partir deste mês de junho, o público ganha mais um dia para visitar gratuitamente o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Os ingressos serão grátis para todas as pessoas aos sábados, como já ocorre, e agora também aos domingos, que é quando a visitação aos espaços expositivos costuma ser mais tranquila. Veja abaixo destaques da programação.

‘Línguas africanas que fazem o Brasil’

Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, a exposição ‘Línguas africanas que fazem o Brasil’ destaca a forte presença do iorubá e de línguas dos grupos eve-fon e bantu na configuração do português falado no Brasil. Isso transparece em nosso vocabulário, na nossa maneira de pronunciar as palavras e até mesmo de entoar as frases.

A mostra utiliza experiências audiovisuais e imersivas para apresentar as linguagens verbais e não-verbais de origens africanas que ajudaram a moldar a cultura brasileira. Um dos trabalhos que chamam a atenção é uma sala interativa, onde o visitante é surpreendido com imagens ao falar alto palavras como axézumbi afoxé. O texto completo sobre a exposição pode ser acessado no site.

A exposição conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.

3ª Feira de Troca de Livros

No dia 8 de junho (sábado), das 14h às 17h, acontece a 3ª edição da Feira de Troca de Livros, no Saguão B, Pátio B e Calçada do Museu. A atividade tem como objetivo proporcionar um espaço de encontro por meio do livro e da literatura e ainda incentivar a leitura.

A cada edição, as pessoas são estimuladas a trocar com o Museu até oito livros em bom estado: sendo quatro livros por outros quatro livros da instituição e quatro livros por quatro ingressos (válidos até 29 de dezembro de 2024). Caso a pessoa queira doar mais livros ao Museu, não há limite, desde que respeitadas as categorias literárias indicadas.

São aceitos livros de literatura infantil, infantojuvenil e adulta nos gêneros poesia, ficção, histórias em quadrinhos, zine, cordéis, biografias, autobiografias, ensaios e arte. Os livros ficam disponíveis para troca ou são oferecidos a pessoas em situação de vulnerabilidade. Com esta atitude, o Museu pretende tornar a feira um evento acolhedor e acessível a todos os públicos.

Quem estiver presente na feira também pode realizar a troca de seus livros entre si, sem a intermediação da equipe do Museu.

E já programe-se: a 4ª Feira de Troca de Livros vai acontecer em 20 de julho.

‘Minha pátria é a língua pretuguesa’

Escrita pelo angolano Kalaf Epalanga, a obra ‘Minha pátria é a língua pretuguesa’ (Todavia) será o tema do encontro de junho do clube de leitura do Museu. A atividade, que integra a programação do ‘Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa’, vai acontecer no dia 15 de junho (sábado), das 14h30 às 16h30, no Saguão B, com entrada gratuita e mediação do historiador Allan da Rosa. Durante o encontro, haverá sorteio de livros.

O livro reúne crônicas que abordam as sequelas da colonização portuguesa e da guerra civil na sociedade de Angola e o processo de descolonização cultural. Além disso, o escritor, radicado em Berlim, na Alemanha, procura mostrar as estratégias individuais dos africanos na Europa e o reconhecimento progressivo da literatura e da música do vasto continente da África em outras partes do mundo.

No encontro do Papo Literário, tendo como base o livro de Epalanga, o historiador Allan da Rosa pretende abordar a relação entre os continentes africano e sul-americano e de que forma a crônica pode promover laços entre África e Brasil.

A curadoria do Papo Literário em 2024 é de Camilla Dias, integrante dos coletivos Lendo Escritores Negro-Brasileiros e Leituras Decoloniais, além de autora do perfil @camillaeseuslivros no Instagram.

E já coloque em sua agenda: o encontro de julho do Papo Literária está marcado para o dia 13 de julho. O livro em destaque será o “Poemas da recordação e outros movimentos”, de Conceição Evaristo. A mediação será de Lubi Prates.

4º Sarau Africanizar no Museu

DJ Bruu, Max Samba Rock, Neza Zanza e Murilo Prado são os convidados especiais do 4º Sarau Africanizar no Museu. Enquanto a DJ Bruu ficará responsável pelo som do evento, Max Samba Rock e Neza Zanza vão promover uma aula de samba-rock, e Murilo Prado ensinará passos de charme. Ou seja, só vai ficar parado quem quiser. Gratuita, a atividade está marcada para o dia 15 de junho, das 12h às 14h, no Saguão Central da Estação da Luz. A curadoria é do Samba D’Ketu.

O ‘Sarau Africanizar no Museu’ destaca a cultura afro por meio da poesia, da música, da dança, da moda e das artes visuais. Os trabalhos exibidos estão em diálogo com o tema da exposição temporária Línguas africanas que fazem o Brasil.

Cursos para diversos públicos

Em junho, o Museu organizará dois cursos e um debate que dialogarão com a exposição temporária Línguas africanas que fazem o Brasil.

Sobre bajubá

No curso ‘Línguas africanas na formação do português brasileiro e o bajubá: o socioleto das travestis’, o objetivo é contextualizar a presença de uma das linguagens que surgiram do contato entre o português e o iorubá e se disseminaram principalmente dentro da comunidade LGBTQIAP+. Serão, ao todo, quatro encontros presenciais desta ação (nos dias 6 e 20 de junho, 4 e 25 de julho).

Para participar, é preciso se inscrever por um formulário (clique aqui) – as vagas são limitadas. Os encontros vão acontecer das 19h às 21h, na sala multiuso do Museu da Língua Portuguesa. A programação completa pode ser acessada neste link.

Sobre línguas bantu e iorubá

Aspectos linguísticos de línguas bantu e iorubá serão abordados no segundo encontro do ‘Polo de Discussões – Linguagens Transatlânticas’. O tema do debate será ‘Essa língua agora é minha: heranças africanas no português brasileiro’. As pessoas convidadas serão Esmeralda Negrão, doutora em Linguística e professora titular no Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e Adinelson Àkànbí Ọdẹ Filho, especialista em História Social e Cultura Afro-brasileira e professor de Língua, Literatura e Cultura Yorùbá no Núcleo Permanente de Extensão em Letras da Universidade Federal da Bahia.

O encontro acontecerá no dia 17 de junho, das 15h às 16h30, pela plataforma Zoom. Para participar, é preciso se inscrever gratuitamente pelo Sympla.

Sobre as contribuições das línguas africanas

O Núcleo Educativo oferece o curso ‘Línguas africanas que fazem o Brasil’ nos dias 20 e 27 de junho, das 19h às 21h, pelo YouTube do Museu. As aulas serão ministradas por Tiganá Santana, curador da atual exposição temporária do Museu, e Yeda Pessoa de Castro, linguista e pesquisadora de estudos africanos e afro-brasileiros. Eles abordarão as contribuições das línguas africanas na formação do português do Brasil e comentarão sobre outras linguagens não-verbais, como tambores e turbantes. Haverá a emissão de certificado para quem participar dos dois encontros. A ação é gratuita e não requer inscrição prévia.

Para as pessoas idosas

O ‘Falas do Corpo’ organiza quatro encontros voltados para o público da terceira idade principalmente em junho. Haverá aula de yoga com Vanessa Joda (dia 6), oficina de massa de modelar (dia 13), visita educativa organizada pelo Núcleo Educativo (dia 20) e Baile da Terceira Idade com o tema de São João (dia 27). O projeto é organizado pelo Programa de Articulação Social do Museu em parceria com o educador físico Denny Tavares e acontece às quintas-feiras, das 14h às 16h, no Saguão B do Museu.

Em Belém e no Rio de Janeiro

A exposição ‘Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação’ pode ser vista nas cidades de Belém, no Museu Paraense Emílio Goeldi, e do Rio de Janeiro, no Museu de Arte do Rio. Com curadoria da artista indígena e mestre em Direitos Humanos Daiara Tukano e cocuradoria da antropóloga Majoí Gongora, destaca as cerca de 175 línguas indígenas que existem e resistem nos dias de hoje.  

A mostra é uma realização do Museu da Língua Portuguesa, com articulação e patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.

Serviço

  • Exposição principal e mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil
    De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)       
    R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)                  
    Grátis para crianças até 7 anos                            
    Grátis aos sábados e aos domingos       
    Acesso pelo Portão A                            
    Venda de ingressos na bilheteria e pela internet                         
  • 3ª Feira de Troca de Livros do Museu da Língua Portuguesa
    Dia 8 de junho (sábado), das 14h às 17h  
    No Saguão B, Pátio B e Calçada do Museu da Língua Portuguesa 
    Grátis   
  • 4º Sarau Africanizar no Museu
    Dia 15 de junho, das 12h às 14h  
    No Saguão Central da Estação da Luz  
    Grátis   
  • 3º Papo Literário – livro Minha pátria é a língua pretuguesa, de Kalaf Epalanga
    Dia 15 de junho (sábado), das 14h30 às 16h30  
    No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa 
    Grátis     
  • Curso Línguas africanas na formação do português brasileiro e o bajubá: o socioleto das travestis
    Dias 6 e 20 de junho e 4 e 24 de julho, das 19h às 21h
    Na sala multiuso
    Grátis (inscrição pelo formulário – clique aqui – vagas limitadas) 
  • 2º Encontro do Polo de Discussões 2024 – Linguagens Transatlânticas
    Tema Essa língua agora é minha: heranças africanas no português brasileiro
    Dia 17 de junho (segunda-feira), das 15h às 16h30
    Pelo Zoom
    Grátis (inscrição pelo Sympla
  • Curso Línguas africanas que fazem o Brasil
    Dias 20 e 27 de junho (às quintas-feiras), das 10h às 21h
    No YouTube do Museu da Língua Portuguesa
    Grátis (sem necessidade de inscrição prévia) 
  • Falas do Corpo
    Dias 6,13, 20 e 27 de junho (às quintas-feiras), das 14h às 16h  
    No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa  
    Grátis   
  • Exposição itinerante Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação – Belém (PA)    
    Museu Paraense Emílio Goeldi– Centro de Exposições Eduardo Galvão    
    Av. Magalhães Barata, 376 – São Braz – Belém (PA)    
    De 7 de fevereiro a 28 de julho de 2024    
    De quarta a domingo, inclusive feriados     
    Das 9h às 16h, com bilheteria até 15h    
    R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia) e gratuidades garantidas por Lei   
  • Exposição itinerante Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação – Rio de Janeiro (RJ)
    Museu de Arte do Rio – MAR
    Praça Mauá, 5 - Centro  
    De 19 de abril a 14 de julho de 2024    
    De terça-feira a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h)   
    R$ 20 (inteira); R$10 (meia); grátis às terças-feiras  

Leia também: Secretaria da Mulher e da Família realiza formatura dos cursos de capacitação para mais de 700 munícipes


Fonte: Governo de SP – Foto: Ciete Silverio/Governo de SP

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Currículo escolar de 2024 terá mais tempo dedicado a matemática e língua portuguesa

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A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou importantes mudanças para o currículo escolar do ano letivo de 2024. A medida atende a demanda de alunos e professores, que pediam um currículo mais focado nos interesses comuns.

Para começar, a partir do próximo ano letivo, os estudantes do Ensino Médio da rede estadual terão um aumento significativo no tempo dedicado ao aprendizado de matemática e língua portuguesa. Só matemática terá um aumento de 70% no tempo de aulas e língua portuguesa será de 60%.

Outra novidade esperada pelos estudantes e atendida pela Secretaria da Educação foi a volta das matérias de física, geografia e história à grade curricular da 3ª série do Ensino Médio. A Pasta também anunciou novos componentes curriculares para estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

O destaque vai para as aulas de orientação de estudos destinadas à melhoria da aprendizagem dos estudantes do Ensino Fundamental e a aceleração para o vestibular, para alunos da 3ª série do Ensino Médio, como explica a diretora pedagógica da Seduc, Bianka de Andrade Silva:

“Nós publicamos as matrizes curriculares de 2024 e estamos muito felizes em poder atender a uma demanda da rede, das nossas escolas e dos nossos alunos, aumentando a carga horária do ensino médio de língua portuguesa, matemática, história, geografia e física. E dedicando um lugar concreto na grade curricular à questão da defasagem de aprendizagem”, afirma.

As escolas estaduais também irão oferecer aulas de educação financeira para estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, e as aulas de tecnologia e inovação terão um acréscimo de 50% do 6º ao 9º ano, passando de uma para duas aulas por semana.

Leia também: Eliminatórias: Brasil perde de 1 a 0 para Argentina no Maracanã


Fonte/Foto: Governo de SP

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