O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, nomeou o prefeito de Santo André, Paulo Serra, como presidente do diretório estadual do partido em São Paulo. Serra é membro da executiva nacional e também atuava como presidente da federação PSDB/Cidadania no Estado. O posto agora passa a ser ocupado pelo prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira.
A executiva nacional do PSDB havia entrado com intervenção no diretório paulista e anulou a eleição que decretou Marco Vinholi para o comando do partido em São Paulo na semana passada.
A preferência da alta cúpula da sigla era de que o eleito não tivesse ligação com o ex-governador paulista João Dória.
Em reunião do Diretório do PSDB na noite desta quarta-feira (6), a executiva estadual paulista elegeu Marco Vinholi como presidente do partido no Estado de São Paulo.
A confirmação do resultado foi compartilhada nas redes sociais por Geraldo Vinholi, pai de Marco Vinholi. Segundo Geraldo, a escolhe ocorreu através de chapa única com 107 membros do partido, onde 93 membros participaram da votação e por unanimidade, elegeram Marco Vinholi presidente.
Geraldo Vinholi comemorou o resultado da eleição e destacou, “Parabéns e muito trabalho, por que o PSDB tem história muito positiva no Estado de São Paulo e no Brasil e vamos continuar”.
Em uma tentativa de unir o partido após disputas internas, integrantes do PSDB se reuniram neste domingo (25) em uma convenção em São Paulo para definir a nova liderança do diretório do estado.
O evento aconteceu pela manhã na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e reuniu 314 votos que aprovaram a criação de uma chapa única para liderar o partido, composta por diferentes alas da sigla.
Outra decisão esperada era o nome do novo presidente do diretório, que foi adiada para o próximo dia 9 de março.
Dois nomes disputam a vaga: Paulo Serra, prefeito de Santo André e atual presidente da comissão provisória que comanda o diretório estadual, e Marco Vinholi, que foi secretário de Desenvolvimento Regional na gestão do governador João Dória e é o atual presidente do partido em São Paulo.
Além do comando do Diretório Estadual de São Paulo, outra indefinição do partido permanece em lançar um candidato próprio ou apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP). A decisão também deve ficar para março.
Aliado do governador do Rio Grande do Sul e possível aposta do partido para as eleições presidenciais de 2026, Eduardo Leite (PSDB-RS), Serra afirmou que a legenda não vai focar na quantidade de prefeituras para as eleições municipais de 2024. Em vez disso, a sigla deve focar nas cidades já governadas pelo PSDB, como Campinas, São José dos Campos, Piracicaba e Santo André.
“Essas cidades acabam influenciando as cidades vizinhas, candidatos que levem esse projeto e essas ideias de reconstrução do partido para que a gente consiga ultrapassar 2024”, disse Serra em uma coletiva de imprensa após o evento.
Eduardo Leite como possível aposta para 2026
Serra também ratificou seu apoio ao chefe do executivo do Rio Grande do Sul como candidato do partido para disputar as eleições de 2026.
Ao ser questionado pela repórter da CNN Suzana Busanello sobre os planos do PSDB para as eleições presidenciais de 2026, Leite, afirmou que o foco ainda está voltado para as disputas municipais de 2024.
“A estratégia do partido deve contemplar justamente fortalecer nas eleições municipais e partir daí, em 2025, observando justamente o ambiente político, definir o melhor caminho para 2026”, expressou o governador.
“O propósito é no centro, no bom senso, no senso comum, uma alternativa à polarização. E o PSDB se propõe a liderar esse processo”, continuou.
Leite era presidente do partido até novembro de 2023, quando parte dos tucanos resolveram acionar a Justiça para anular a convenção que elegeu o governador gaúcho. Para ele, o objetivo é fortalecer a sigla para liderar uma espécie de terceira via.
Região de maior força da sigla, o PSDB governou São Paulo por 28 anos, até perder a última disputa pelo estado para o candidato do Republicanos Tarcísio de Freitas. Hoje, o partido tenta recuperar o protagonismo no cenário político após a migração de prefeitos tucanos para outros partidos.
O partido perdeu o governo do estado pela primeira vez em quase 30 anos nas eleições de 2022. A sigla também perdeu o atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que permaneceu na legenda por um período ainda maior: 33 anos.
Alckmin hoje integra o Partido Socialista Brasileiro (PSB) ao lado da deputada federal Tabata Amaral, também candidata à disputa pela prefeitura da capital paulista.
“Claro que com a perda do governo do Estado não existe a perspectiva de repetir o número [de prefeitos] que tivemos em 2020, mas estrategicamente teremos cidades muito importantes que vão preparar o partido para esse grande projeto de 2026”, concluiu Paulo Serra.
É indiscutível que o varejo global encontra-se num ponto de inflexão crítico. Com o comércio digital previsto para atingir 80% da população mundial até 2026, a 113ª edição anual da “NRF Retail’s Big Show 2024”, evento realizado pela National Retail Federation (NRF), de 14 a 16 de janeiro, em Nova York, ofereceu insights valiosos num momento de transformações significativas.
Vejamos: sofreremos impactos da geopolítica, uma vez que, entre 2024 e 2025, mais de cem nações passarão por eleições, como os Estados Unidos da América e a Rússia. Estes processos democráticos devem impactar as dinâmicas econômicas e comerciais globais. Além disso, o cenário é marcado por baixa inflação e crescimento econômico lento, mesmo em países que experimentaram forte desenvolvimento nos últimos anos.
Neste contexto, o foco se volta às diferentes gerações de consumidores, com ênfase no que chamamos de “economia prateada”, formada por indivíduos com mais de 50 anos, e às tendências de consumo das novas gerações Z e Alpha – cruciais para entendermos as mudanças no comportamento do cliente e suas expectativas.
A “NFR 2024” trouxe à luz temas como a importância do e-commerce intuitivo, a influência do TikTok na Economia, estratégias de “outsmart digital”, o crescente mercado de revenda, a mídia no varejo, e a experiência do consumidor dividida em quatro pilares: jornada sem atrito, sensações em ambientes, testagem (test drive) e inspiração.
O evento apresentou, ainda, diversas inovações tecnológicas, como o avanço do self-service e a integração de drones nas operações de entrega, com direito à otimização da logística diante de clientes cada vez mais imediatistas. Para se ter ideia, o Wall Mart em Dallas, com o uso de drones nas entregas, hoje cobre 70% da população. Trata-se de um universo que vai crescer muito mais e rapidamente, e, sem dúvida, chegará ao Brasil dentro dos próximos anos.
O uso de analytics em produtos audiovisuais e a comparação entre totens e dispositivos móveis também foram pontos importantes discutidos na feira americana. O vídeo analytics possibilita um entendimento profundo do comportamento do consumidor dentro das lojas. Outra tendência é o auto checkout, que possibilita a autonomia do consumidor e reduz filas na hora de finalizar a presença e a experiência no estabelecimento.
Um outro e novo conceito também discutido na “NRF 2024” é o “consumer guardianship” (guarda do consumidor), que versa sobre a responsabilidade das marcas na proteção dos interesses e dos dados dos clientes. Isso inclui, aliás, práticas de privacidade aprimoradas, segurança cibernética e abordagem ética no uso de informações dos consumidores.
Na feira deste ano, foi possível, ainda, perceber um otimismo muito maior do que na edição anterior, com a presença de tendências mais sólidas. O varejo, por exemplo, parece ter superado os impactos das restrições sanitárias impostas pela pandemia da Covid-19 e se fortaleceu rumo ao futuro. O desafio, agora, é recuperar o prejuízo contabilizado à época, driblar o apagão de mão de obra e não ter medo de inovar.
Observar essas tendências é mais do que modernizar processos e aproveitar oportunidades. É, sobretudo, sobreviver frente à rapidez dessas transformações, que chegam e alteram a forma de fazer negócios – prática que depende de dedicação e de compreensão do mercado, mas, sobretudo, de coragem. Fazer negócios, os mesmos ou novos, num mundo que não para, vai além de pensar fora da caixa. É trocar a caixa, também, se assim for preciso.
Texto por: Marco Vinholi Marco Vinholi é diretor-técnico (Empreendedorismo e Novos Negócios) do Sebrae no Estado de São Paulo; mestrando em Empreendedorismo (USP) e em Gestão Pública (FGV); graduado em Administração de Empresas (PUC) e pós-graduado em Liderança e Inovação (FGV); e especialista em Comunicação (Harvard University – EUA)
O esvaziamento do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) no Estado de São Paulo continua de forma crescente após eleições de 2022 e troca na presidência nacional do partido.
Com a gestão de Eduardo Leite, Governador do Rio Grande do Sul, o PSDB de São Paulo vem perdendo prefeitos para diversos partidos. No fim de semana passado, cinco prefeitos deixaram o partido e migraram para o PL (Partido Liberal) do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O encontro na cidade de Jundiaí, no último sábado (17), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, reuniu diversas lideranças políticas e contou com as presenças do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente da Alesp, Deputado André do Prado (PL), senador Marcos Pontes (PL), o presidente estadual do PL de SP, Tadeu Candelária, o prefeito da cidade Luiz Fernando Machado, o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, Gilberto Kassab (PSD), entre outros.
No evento, Valdemar Costa Neto filiou ao PL, ao todo 11 políticos de São Paulo, destes, 5 prefeitos eram filiados ao PSDB. O evento em Jundiaí, também causou um mal-estar dentro do PSDB, devido ao esvaziamento da legenda e também por Marco Vinholi, presidente do PSDB estadual, estar presente no evento de desfiliação dos prefeitos.
Confira os nomes dos novos filiados ao PL e quem deixou o PSDB:
Luiz Fernando Arantes Machado: prefeito de Jundiaí (ex-PSDB)
Pedro Eliseu Filho: prefeito de Araras (ex-PSDB)
Antonio Carlos Mangini: prefeito de Cabreúva (ex-PSDB)
Padre Osvaldo: prefeito Catanduva (ex-PSDB)
Gilmar Lagoinha: prefeito de Caieiras
Rodrigo Ravazzi: prefeito de Fernando Prestes
Luiz Vanderlei Magnusson: prefeito de Conchal (ex-PSDB)
Maria Inês Bertino Miyada: ex-prefeito de Pindorama
Bill: ex-prefeito de Nova Odessa
Marco Aurélio Gomes dos Santos: ex-prefeito de Itanhaém
André Braga: ex-prefeito de Porto Ferreira
Em um outro evento também no sábado (17), que contou com as presenças do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), e do Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), em Barueri, oficializou a filiação do prefeito Rubens Furlan ao PSB (Partido Socialista Brasileiro). Furlan, prefeito de Barueri, é mais um político que deixou a legenda do PSDB no Estado de SP.