Dia da Mata Atlântica: 9 ideias de passeios para conhecer o bioma

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O Dia Nacional da Mata Atlântica é comemorado anualmente no dia 27 de maio, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância e a urgência de proteger e recuperar o bioma mais devastado do país. Atualmente, estima-se que ainda exista cerca de 12% do bioma natural, já que a maior parte da sua área foi desmatada para dar lugar a cidades e grandes centros urbanos.

A data foi instituída em 1999, e a escolha do dia 27 de maio é uma homenagem à famosa “Carta de São Vicente”, na qual o Padre Anchieta descreveu pela primeira vez as belezas das florestas tropicais do Brasil, em 1560.

Para apoiar este processo de conscientização e motivar os viajantes a conhecer e proteger este bioma ameaçado, a Civitatis, plataforma líder em venda de passeios em português, listou 9 ideias de passeios para conhecer a Mata Atlântica.

1. Ir ao Instituto Inhotim

O Instituto Inhotim é um museu que mistura arte e natureza. Desde sua abertura em 2006, o Inhotim é um dos maiores museus a céu aberto do mundo, além de estar em um entorno único, entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Durante a visita, o visitante poderá apreciar algumas das centenas de obras de arte de mais de 60 artistas de quase 40 países. Esta Excursão ao Instituto Inhotim sai de Belo Horizonte e inclui transporte de ida e volta e visita guiada.

2. Fazer um passeio de balão em São Bento do Sul

Durante um voo de balão que dura entre 40 e 60 minutos, os viajantes sobrevoam os céus da região a cerca de 700 metros de altitude, enquanto contemplam o amanhecer e admiram as paisagens de campo, mata atlântica e araucárias. Terminado o voo, é feito um brinde com champanhe e servido um delicioso café da manhã. O passeio sai de Curitiba e as reservas podem ser realizadas neste link.

3. Conhecer Domingos Martins

A cerca de uma hora de distância de Vitória, está localizada uma das regiões mais bonitas do Espírito Santo. Domingo Martins é uma cidade que guarda traços da colonização alemã visíveis em suas fachadas de enxaimel. Em Pedra Azul, um povoado de Domingos Martins onde está localizado o Parque Estadual Pedra Azul, é possível admirar belas paisagens e a exuberante Mata Atlântica. Para reservar uma excursão saindo de Vitória ou de Vila Velha, clique aqui.

4. Fazer um passeio de lancha em Ilha Grande

Saindo de Angra dos Reis, o Passeio de lancha pela Lagoa Azul + praias de Ilha Grande faz paradas em pontos icônicos como a Ilha de Cataguás, a bela Lagoa Azul e mais três praias de Ilha Grande: Grumixama, Araçá e a Praia das Flechas. Na última praia, a vegetação faz com que o verde esmeralda da Mata Atlântica se reflita nas águas do mar, criando um cenário único.

5. Fazer a Trilha do Trem da Mata Atlântica

Partindo da Estação de Santa Luzia de Angra dos Reis, faça uma caminhada por um trecho das vias do histórico trem da Mata Atlântica, uma famosa atração turística da década de 90. Pelo caminho, os viajantes contemplam a paisagem da Mata Atlântica, característica da região, e passam por túneis e pontes. No fim da trilha, é feita uma pausa para banho em uma cachoeira. As reservas podem ser realizadas neste link.    

6. Faça um tour de 4×4 pela Mata Atlântica até a Praia de Castelhanos

O acesso à Praia de Castelhanos em Ilhabela só pode ser feito com um carro 4×4, em um trajeto de aproximadamente 22 quilômetros rodeado pela Mata Atlântica. Durante o percurso, os aventureiros podem admirar a natureza do bioma e observar diferentes espécies de árvores. Pelo caminho, desfrute de uma piscina natural, um mirante e uma cachoeira de 6 metros de queda d’água. As reservas podem ser realizadas neste link.

7. Fazer a trilha da Estrada Velha de Santos

Por dentro do Parque Natural Serra do Mar, a trilha pela famosa Estrada Velha de Santos atravessa a floresta contornando a costa. São 9 quilômetros de caminhada pelas antigas estradas que foram construídas no século XVIII pelo governo português como rotas comerciais para unir São Paulo à costa. Durante o passeio, os participantes contemplam as vistas impressionantes do litoral brasileiro e a biodiversidade da Mata Atlântica. As reservas podem ser realizadas neste link

8. Visitar Trindade

Em Trindade, descubra a natureza selvagem da costa verde brasileira com águas cristalinas e praias paradisíacas. Visite lugares como a Praia do Cepilho, Praia dos Ranchos, Praia do Meio e a Praia do Cachadaço, onde está localizada a piscina natural do Cachadaço. Este é um dos pontos mais impressionantes de Trindade, onde é possível praticar snorkel para admirar a biodiversidade subaquática da região. Para reservar um passeio saindo de Paraty, clique aqui.
 


9. Conhecer o Cânion do Itaimbezinho

O Cânion do Itaimbezinho fica na cidade de Cambará do Sul e é o maior cânion da América Latina. Estima-se que suas paredes de basáltico tenham sido formadas há mais de 130 milhões de anos, quando se desenvolveu um rico ecossistema que inclui espécies da Mata Atlântica e da Floresta de Araucárias. Durante o passeio, visite os mirantes das trilhas do Vértice e do Cotovelo para ter vistas incríveis do cânion de quase 6 quilômetros de extensão e 700 metros de profundidade. Para reservar um passeio saindo de Gramado, clique aqui.

Leia também: Estado de SP inicia campanha de vacinação contra a paralisia infantil nesta segunda-feira (27)


Fonte: Civitatis

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Apenas 7% dos rios da Mata Atlântica apresentam água de boa qualidade

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Levantamento da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica revelou que somente 6,8% dos rios da Mata Atlântica do país apresentam água de boa qualidade. A pesquisa não identificou corpos d’água com qualidade ótima. Mais de 20% dos pontos de rios analisados apresentam qualidade de água ruim ou péssima, ou seja, sem condições para usos na agricultura, na indústria ou para abastecimento humano, enquanto em 72,6% dos casos as amostras podem ser consideradas regulares.

Os dados constam da nova edição da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, realizada pelo programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica. A entidade avalia que o Brasil ainda está distante de atingir o ideal de água em quantidade e qualidade para os diversos usos. O levantamento é divulgado no Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22).

“Os resultados de 2021 nos mostram que a gente continua numa situação de alerta em relação à água, aos nossos rios, já que menos da metade da população brasileira tem acesso ao serviço de esgotamento sanitário. E os rios vão nos contar o que está acontecendo”, disse o coordenador do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi.

Ele explicou que o retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica é um alerta para a condição ambiental da maioria dos rios nos estados do bioma. A inadequação da água para usos múltiplos e essenciais pode ser, segundo a entidade, consequência de fatores como a poluição, a degradação dos solos e das matas nativas, além das precárias condições de saneamento. 

Veronesi acrescentou que as populações mais pobres são as mais afetadas pelas deficiências de estrutura de atendimento ao fundamental, que são água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos e manejo de águas de chuva, pilares do saneamento básico.

Os indicadores foram obtidos entre janeiro e dezembro de 2021 por 106 grupos voluntários de monitoramento da qualidade da água. Foram realizadas 615 análises em 146 pontos de coleta de 90 rios e corpos d’água de 65 municípios em 16 estados do bioma Mata Atlântica. Esses estados são Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

De acordo com a SOS Mata Atlântica, houve pouca alteração em relação aos resultados do período anterior de monitoramento, no ano passado, com alguns casos localizados. As análises comparativas dos anos de 2020 e 2021 consideram os indicadores aferidos em 116 pontos fixos de monitoramento. Em 2021, foram nove pontos com qualidade boa (em 2020 eram 12); 84 com qualidade regular (80 em 2020); 22, ruins (21 no ano anterior) e apenas uma péssima, enquanto em 2020 foram três.

Sobre o fato de não haver grandes avanços de um ano para outro, Veronesi ressaltou que o processo de recuperação é muito mais lento que a ocorrência da poluição. “Um serviço de saneamento é muito demorado para dar resultado, vide o projeto de despoluição do Rio Tietê, são 30 anos para a gente conseguir aferir melhoras em alguns pontos, em alguns rios das bacias do Alto e Médio Tietê”.

“Sujar um rio é questão de segundos, é fácil. Agora limpar, despoluir, é muito mais demorado, porque depende do tempo de a natureza também se autodepurar e a gente parar também, a nossa natureza humana parar de sujar. O Rio não é sujo, quem suja somos nós. Somos os responsáveis pela sujeira e também pela limpeza, então é um esforço de toda a sociedade e, óbvio, o poder público tem papel central”.

Como exemplo positivo, a entidade destacou o Lago do Ibirapuera, localizado na capital paulista, onde a água passou de regular para boa, com relatos de aparecimento de peixes em sua foz. Outra evolução ocorreu no Tietê, em Santana do Parnaíba, saída da Grande São Paulo, que sempre recebeu muita carga de esgoto e lixo da região metropolitana e sempre vinha com qualidade péssima ou ruim ao longo do tempo. No entanto, este ano melhorou para qualidade regular, o que significa, segundo Veronesi, que as obras de saneamento estão fazendo efeito.

Por outro lado, uma situação que chamou a atenção da entidade foi a piora na qualidade dos rios em Mato Grosso do Sul, na região de Bonito. “Quando a gente fala dessa localidade, as pessoas logo pensam nas águas cristalinas que existem lá, principalmente o Rio Bonito. Houve piora em todos os pontos de monitoramento daquele estado. Os quatro pontos em que a gente podia fazer comparação em relação ao período anterior tiveram piora na média da qualidade.”

Segundo ele, este resultado mostra que a qualidade da água pode ser relacionada ao desmatamento, “porque também o Atlas da Mata Atlântica vem notando que essa é uma região que sofre bastante com desmatamento ilegal – isso vem acontecendo – e, quando você muda, tira a floresta, que é um filtro para a água e muda o uso do solo, isso causa impacto. O rio nos conta tudo, nos diz o que está acontecendo em uma bacia hidrográfica”, disse.

Para Veronesi, uma das soluções passa por conter o desmatamento ilegal. “Isso é uma questão que deveria ser de primeira ordem, de primeira necessidade, até por questões de emergência climática, e a Mata Atlântica é um dos biomas mais importantes para a gente conter o aquecimento global”, disse. Ele citou a necessidade de políticas públicas mais efetivas relacionadas ao reflorestamento, à preservação das áreas de proteção permanente e à restrição do uso de agrotóxicos.

Saiba mais: Dia da Água: especialista fala da importância de proteger este recursoClique aqui e confira também as notícias da Radioagência Nacional.

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