Encontrou um filhote de ave ou mamífero silvestre na rua e não sabe o que fazer? O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Barueri (Cetas), órgão da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), responsável pelo recebimento, recuperação e soltura de animais silvestres, oferece orientação para o manejo adequado nessa situação.
Antes de mais nada é preciso prestar atenção se o animal está ferido ou se é do próprio comportamento da espécie ele estar naquele local. A bióloga Erika Sayuri Kaihara, gestora do Cetas, explica a necessidade de obter esclarecimento antes de retirar um animal silvestre do local em que foi avistado e qual o impacto dessa ação no meio ambiente.
Centro de Triagem de Animais Silvestres de Barueri (Cetas), recebe, recupera e realiza a soltura dos animais silvestres. Foto: Divulgação/SECOM-Barueri
“De acordo com o último levantamento realizado com base nos filhotes que deram entrada no Cetas Barueri, a quantidade de filhotes entregues cresce em torno de 20% a cada temporada, que vai de setembro de um ano a março do ano seguinte. Podemos interpretar esses dados de duas formas: o grau de antropização está aumentando vertiginosamente nos últimos anos e a adaptação dos animais não se adequa ao da urbanização. Ou a necessidade humana de interferir no ciclo de vida dos animais silvestres, seja para supostamente ‘proteger’ os animais de intempéries (chuva, vento etc.) ou por achar que filhotes em aprendizado de voo estão vulneráveis e precisam ser ‘resgatados’”, frisa Erika.
A bióloga acredita que a segunda hipótese seja a mais plausível, uma vez que a interferência desnecessária das pessoas em ninhos e em animais em aprendizado de voo cresce na medida em que cresce a humanização de animais equiparados a pets tradicionais, tais como cachorros e gatos”, observa.
Como proceder no caso de envio? Se o filhote estiver ferido, apresentando sangramento e/ou fratura, deve ser encaminhado imediatamente ao Cetas para o recebimento de cuidados. Em caso de dúvida, ligue no Cetas e peça orientação de como proceder.
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Quando não há necessidade de envio? Se o filhote estiver sem ferimentos aparentes ou se os pais estiverem por perto, evite pegá-los na mão e aguarde ele retomar a rotina. Caso seja necessário pegar o animal, procure utilizar um papel ou pano limpo para remanejá-lo até um local mais próximo do ninho e longe de perigos iminentes.
Entrega voluntária Aqueles que possuem animais silvestres sem a devida posse legal podem ligar no Cetas (11) 4689-0314 e agendar a entrega voluntária das espécies. O recebimento está sujeito a disponibilidade.
A Prefeitura de Itapevi realiza entre os dias 1º e 5 de agosto a campanha municipal de conscientização ao combate das queimadas urbanas – prática criminosa que coloca em risco a saúde da população, dos animais e agride o meio ambiente.
Com o objetivo de educar e orientar a população sobre os riscos de atear fogo em lixo doméstico ou mato seco nos quintais e terrenos baldios, a campanha será desenvolvida em unidades da administração, em escolas municipais e em vias públicas.
Na segunda-feira (1º), às 9h, acontece o “Encontro Campanha de Prevenção contra Queimadas Urbanas – 2022”, na Câmara Municipal de Itapevi (R. Arnaldo Sérgio Cordeiro das Neves, 80, Vila Nova Itapevi).
O evento é aberto ao público e tem como objetivo discutir sobre os danos das queimadas urbanas na saúde humana e animal, além de incentivar os participantes na divulgação sobre a importância da prevenção e da não realização desta prática tão nociva ao meio ambiente.
No dia 02, a campanha de orientação acontece em dois locais. Às 9h, agentes de meio ambiente realizam para os alunos do 5º ano, no Cemeb Profª Maria Zibina de Carvalho, a “Oficina Prevenção Contra Queimadas Urbanas”. À tarde, às 14h, na Praça 18 de Fevereiro, acontece panfletagem e conversa com a população sobre os efeitos das queimadas e a destinação adequada de resíduos e materiais em desuso.
Na quarta-feira (3), às 9h, a palestra “Queimada Urbana x Qualidade de Vida”, acontece às 9h, no Centro de Convivência do Idoso, na av. Cesário de Abreu, 915, Bairro dos Abreus.
Já no dia 4, quinta-feira, acontece nova oficina, desta vez com alunos do Cemeb Maestro Heitor Villa Lobos, às 9h. O evento tem como objetivo sensibilizar e orientar os alunos do 5° ano sobre a importância da prevenção e da não realização de queimadas urbanas, incentivando os estudantes a multiplicar esse conhecimento com os demais membros da comunidade escolar.
Na sexta-feira (5), às 14h, a ação de orientação e panfletagem acontece no CRAS Cardoso (Centro de Referência de Assistência Social), na rua Rosangela Mariana de Lima, 266, Vila Dr. Cardoso.
Os trabalhos são coordenados pela Secretaria de Meio Ambiente e Defesa dos Animais, com apoio do Corpo de Bombeiros, da Policia Militar Ambiental, Câmara Municipal e secretarias de Educação, Segurança e Mobilidade Urbana e Desenvolvimento Social.
Impactos
A queima do lixo produz substâncias tóxicas que irritam os olhos, causam estresse e agravam as doenças respiratórias como asma, bronquite, sinusite, rinite e Covid-19.
A agressão ao meio ambiente também é outra consequência das queimadas, que provocam danos ao solo, flora e fauna, gerando grave sofrimento aos animais por conta dos efeitos da fumaça e do desenvolvimento de doenças respiratórias.
Além dos impactos na saúde da população e dos animais, a queimada interfere ainda na economia, aumentando os gastos públicos com saúde e no desenvolvimento de programas de prevenção e combate.
Crime
A queima de lixo doméstico, mato seco e outros materiais é uma prática ilegal que pode ser punida com pagamento de multa e até prisão. De acordo com o artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais nº 9.605 de 1998, “causar poluição de qualquer natureza em níveis que resultam ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora é sujeito a multa e pena de reclusão de um a quatro anos”.
Já a lei municipal 1.796/2006, que dispõe sobre a limpeza urbana, em seu artigo 29, determina que é proibido atear fogo ao lixo, sujeito a aplicação de multa no valor de 100 UFMs (Unidades Fiscais do Município).
O Parque Ecológico de Barueri e o Viveiro Municipal passam, atualmente, por reformas para melhor receber seus frequentadores. As melhorias estão sendo realizadas pela Secretaria de Serviços Municipais de Barueri (SSM).
As mudanças começaram com a implantação de uma pista de caminhada com 2.100 metros de extensão com vista para o lago, que também recebeu cuidados como a retirada de vegetação aquática, limpeza da margem e correção dos pontos que apresentam erosões. A sede administrativa também receberá adequações e o Viveiro Municipal será reconstruído, assim como a ampliação do espaço do projeto Horta da Gente, do Fundo Social de Solidariedade Estrela Guia.
Viveiro Municipal O Viveiro Municipal dispõe de aproximadamente 7.500 mudas que variam de um até quatro metros de altura, de variadas espécies. Tais mudas são disponibilizadas à população, interessados na melhoria do meio ambiente e no cultivo de espécies.
Foto: Divulgação/SECOM-Barueri
A obra no local prevê a construção de aterro e de edificação para administração em área de aproximadamente 143m² destinada a atender cerca de 15 pessoas diariamente. O plano é torná-lo um local de visitação e educação ambiental no futuro. Também serão colocados gradis na extensão do Viveiro com o intuito de melhorar a segurança e, consequentemente, a preservação do Parque.
Mais conforto e segurança aos usuários As reformas começaram em maio deste ano e têm seus términos previstos para o próximo mês de agosto. Mesmo em obras, os equipamentos continuam abertos ao público durante seus horários de funcionamento.
Marco Antônio de Oliveira (Bidu), secretário de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), pasta responsável pelo Parque e o Viveiro, garante que as mudanças trarão benefícios aos usuários. “Estamos remodelando o Parque Ecológico e o Viveiro Municipal para melhor atender os cidadãos de Barueri. Além disso, vai ampliar projetos como a Horta da Gente, que ajuda pessoas em situação de rua e famílias em vulnerabilidade social”, explica.
Com o objetivo de tornar a capital arborizada e florida e garantir a produtividade agrícola, além do sustento de aves e mamíferos, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou a Lei nº 17.837/2022 que prevê a prioridade do plantio de espécies que atraem abelhas. Para isso, foi alterada a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, que aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município prorrogando até 31 de dezembro deste ano o prazo para que o Executivo encaminhe à Câmara Municipal a proposta de revisão do Plano Diretor Estratégico, a ser elaborada de forma participativa.
Segundo técnicos da Secretária Municipal do Verde e Meio Ambiente, entre as plantas ornamentais que deverão ser plantadas prioritariamente em atendimento à nova legislação são: lírio amarelo, lavanda, manjericão, papoula, jabuticaba e onze horas, assim como quaresmeira, tomilho, orelha de onça sálvia, borragem, açafrão, ranúnculo, aster, malva, calêndula, girassol mexicano, guaco, coentro, erva-de-gato, funcho e mirra. Espécies como aroeira branca, ipê-amarelo, cedro, paineira, pitangueira e embaúba branca são algumas das arbustivas que garantem a presença das abelhas nos jardins, praças e canteiros.
Para o vereador Aurélio Nomura, autor do projeto de lei que originou a Lei, as abelhas são essenciais para a proteção ambiental. “Mesmo sendo importantes, em razão da poluição e da perda da biodiversidade, elas são cada vez menos comuns, principalmente nas áreas urbanas”, justificou o parlamentar.
Polinização
As abelhas são fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies de plantas, para o aumento da produtividade agrícola e o sustento de aves e mamíferos, que se alimentam de frutas e sementes em todo o mundo. Sem elas, a vegetação seria completamente reduzida.
Cerca de 80% das plantas se reproduzem por meio da polinização.
As abelhas dão sua contribuição para a economia produzindo, além do mel, produtos como cera, própolis e pólen apícola. São responsáveis pela produção de aproximadamente dois terços de alimentos ingeridos.
Revisão PDE
A Lei nº 17.837 também prorroga o prazo de conclusão da Revisão Intermediária do Plano Diretor Estratégico (PDE) para 31 de dezembro deste ano. Essa é a data-limite para que o Executivo encaminhe à Câmara Municipal a proposta de revisão do Plano Diretor Estratégico, a ser elaborada de forma participativa. O processo revisional intermediário do Plano Diretor tem sido conduzido pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL).
Uma série de atividades participativas tem sido organizada com a população para debater eventuais ajustes no Plano Diretor. A Prefeitura reabriu, em 4 de julho, a Consulta Pública sobre o Plano Diretor no site Participe+ para ouvir a sociedade sobre os limites e temas prioritários da Revisão, além de colher contribuições. Clique aqui e participe
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Também é possível acompanhar o novo cronograma de atividades da Etapa 1 da Revisão Intermediária do PDE, disponível no site do Plano Diretor. O calendário prevê a continuidade da realização de Oficinas Presenciais por subprefeitura, Audiências Temáticas Noturnas virtuais e Reuniões Vespertinas virtuais com segmentos da sociedade civil. Clique aqui e acompanhe
Revisão do Plano Diretor
Previsto até 2029, o Plano Diretor prevê mecanismos para adequações periódicas à realidade da cidade. O objetivo da revisão é fazer aperfeiçoamentos e ajustes que estejam em acordo com a realidade atual como a crise econômica e a pandemia, além de aspectos sociais, entre outros). Esses ajustes respeitarão todas as premissas que o Plano Diretor de 2014 propõe em relação a seus Objetivos, Diretrizes e Ações Prioritárias.
Desde o último sábado (09), está proibido na cidade de São Paulo o fornecimento de canudos de material plástico aos clientes de hotéis, restaurantes, bares, padarias, entre outros estabelecimentos comerciais. A decisão da Prefeitura foi publicada no Diário Oficial da Cidade por meio do Decreto nº 61.558, que regulamentou a Lei nº 17.123, de 25 de junho de 2019.
Os canudos de plástico devem ser substituídos por canudos em papel reciclável, material comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados, feitos do mesmo material. O não cumprimento das disposições do decreto acarretará na aplicação das penalidades previstas no artigo 3º da Lei nº 17.123. A fiscalização ficará sob a responsabilidade da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).
Uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) resultou hoje (22) na apreensão de mais de 500 pássaros silvestres em dois municípios no sul fluminense, localizados ao longo da BR-040.
As aves foram apreendidas nos municípios de Comendador Levy Gasparian e Areal. Ao todo, foram presas seis pessoas, acusadas de tráfico de animais silvestres.
Todas as aves descobertas em posse dos criminosos pertencem à ordem passeriforme e são conhecidas por sua capacidade natural para cantar. Há mais de 6 mil espécies catalogadas. De acordo com a PRF, este é o motivo pelo qual são visadas por criminosos.
Foram resgatadas 11 espécies diferentes de pássaros, entre as quais estão: coleiro, canário-da-terra, tico-tico, tico-tico-rei, azulão, corrupião, sabiá-coleira, pássaro-preto, trinca-ferro, galo-de-campina e bico-de-veludo.
Após o resgate, as aves foram levadas para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde ficarão sob cuidados e posteriormente serão devolvidas à natureza.
Junho é considerado o mês do Meio Ambiente e para celebrar, a Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri (Sema) realizará, de 30 de maio a 5 de junho, uma série de atividades em diversos pontos do município.
A programação é motivada pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução XXVII), de 15 de dezembro de 1972, quando foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia. Desde 1973 a data passou a ser celebrada e mais de 150 países participam das ações a cada ano. Esses eventos são os principais meios para sensibilizar pessoas, governos, empresas e instituições a buscarem soluções para a preservação do meio ambiente. A iniciativa também é uma impulsionadora para o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O secretário da Sema, Marco Antônio de Oliveira (Bidu), convida a todos a acompanharem as lives e os eventos espalhados por Barueri na Semana do Meio Ambiente. “Preparamos diversas atividades para que todos possam aprender e aproveitar o que o meio ambiente tem a oferecer. É mais uma chance de aproximar os munícipes da natureza e colaborar com a sustentabilidade local”, reforça.
Programação Dia 30/05 – Segunda-feira Das 10h às 15h – Adoção de cães e gatos e Oficina Ambiental na Base Móvel – Boulevard Central. 14h – Live – Por dentro da Sala Verde, um bate-papo para conhecer o Centro de Educação Ambiental – No perfil do Instagram @semabarueri. Palestrantes: Thiago Alves, da Sala Verde, e Yara Garbelotto, diretora de Educação Ambiental da Sema.
Dia 31/05 – Terça-feira Das 9h30 às 12h – Oficina Ambiental na Secretaria da Mulher (Av. Sebastião Davino dos Reis, 756 – Jardim Tupanci) . 14h – Live – O universo dos eletroeletrônicos – Logística Reversa e as parcerias para coletores de eletrônicos – No perfil do Instagram @semabarueri. Palestrantes: Geovane Bassan, da Sema, Fábio Rodrigues e Patricia Casemiro, ambos da BrasilReverso.
Dia 01/06 – Quarta-feira Das 10h às 15h – Adoção de cães e gatos e Oficina Ambiental em Base Móvel – Sodimac Tamboré (Alameda Araguaia, 1801 – Alphaville Industrial). 14h – Live – Horta da Gente – Promovendo inclusão social e produção sustentável de alimentos. No perfil do Instagram @semabarueri. Palestrantes: Ana Maria Silva e Théo Zeron, ambos da Sema; Valéria Fugii, do Fundo Social de Solidariedade, e Reginaldo Lima, da Horta da Gente.
Dia 02/06 – Quinta-feira Das 10h às 15h – Adoção de cães e gatos e Oficina Ambiental em Base Móvel – Boulevard Central. 14h – Live – Preservação de Nascentes – Parceria entre a Sema Barueri e EMEIEF Eng. Yojiro Takaoka. No perfil do Instagram @semabarueri. Palestrantes: Natalia Costa, bióloga da Sema; Victor Muñoz, coordenador pedagógico; Maria Luiza Lopes, professora de Ciências, e Isadora Balma, estudante.
Dia 03/06 – Sexta-feira Das 10h às 12h – Oficina Ambiental – EMEIEF Eng. Yojiro Takaoka (somente para comunidade escolar). 15h – Live – Meio Ambiente e Interdisciplinaridade – Contribuições da Defesa Civil de Barueri para uma cultura de preservação e sustentabilidade. No perfil do Instagram @semabarueri. Palestrantes: Edson Oliveira, da Sema; Roberto Lago e Fabiana Queiroz, ambos da Defesa Civil.
Dia 04/06 – Sábado Das 9h às 11h – Blitz educativa com distribuição de sementes de girassol, no Boulevard Central, na estrada dos Romeiros, próximo ao Monumento à Família, e na Estrada Velha de Itapevi, próximo ao posto policial do Jardim Paulista.
Dia 05/06 – Domingo Das 10h às 15h – Adoção de cães e gatos e Oficina Ambiental na Base Móvel – Parque Dom José, contando com a presença do Resgate Animal (Rua Ângela Mirella, 500 – Jardim Barueri). Das 10h às 15h – Doação de mudas – Parque Dom José. Das 13h30 às 14h30 – Palestra: Cultivo de Orquídeas – Parque Dom José.
A partir de hoje (27), o Parque Villa Lobos, na zona oeste da capital paulista, recebe a primeira edição da Bienal do Lixo de São Paulo, projeto cultural que reúne obras de arte feitas a partir de material de descarte, intervenções artísticas, oficinas, mostra de cinema, palestras e painéis sobre o tema. O evento prossegue até o dia 5 de junho, com o objetivo de estimular o diálogo sobre as relações do homem com o meio ambiente. A cerimônia de abertura ocorreu na noite de ontem (26).
Organizado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, em parceria com as agências culturais La Mela e Usina, a Bienal do Lixo ocupará área de 3 mil metros quadrados no parque Villa Lobos, onde estarão instaladas as obras dos artistas, que representam exemplos de transformação. Na mesma área haverá seis cúpulas explorando o tema sob diferentes pontos de vista. Entre os artistas participantes estão Bordalo II, Ca Cau, Jota Azevedo, Carmem Seibert, Jorge Solyano, Rafael Zaca, Valter Nu, Leo Piló, Afonso Campos, Ubiratan Fernandes e Luê Andrade.
Nas oficinas artísticas e painéis, as empresas e organizações mostrarão suas ações, processos e modelos de negócio para reduzir o impacto ambiental. A Mostra de Cinema, que acontece na Biblioteca Parque Villa Lobos, exibirá filmes sobre arte, meio ambiente e sustentabilidade. Já os Painéis de Diálogos abordarão temas como logística reversa, economia circular, consumo consciente, educação ambiental, energias renováveis, gestão de resíduos, além de assuntos que possam colaborar com a política ambiental do país.
Ao mesmo tempo, como parte da programação da Bienal, será realizada de 1º a 3 de junho, das 10h às 17h30, o 13º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos, na biblioteca do parque. Pela primeira vez em São Paulo, o encontro abrangerá discussões desde estudos acadêmicos até visões governamentais e empresariais sobre o tema.
A diretora executiva da Bienal do Lixo, Rita Reis, ressaltou que a proposta é promover novos olhares e abordagens sobre os desafios para a preservação ambiental por meio da arte e cultura, ampliando o diálogo com a sociedade e todos os setores. “Acreditamos que a arte tem o poder de causar impacto nas pessoas, promover a reflexão, levar a uma transformação íntima e a mudanças de hábito que atingem diretamente o meio ambiente. Também acreditamos que a responsabilidade com o lixo e o meio ambiente é compartilhada entre poder público, sociedade e empresas.”
A artista plástica Carmem Seibert vai participar com obras feitas com garrafas de vidro fundido, inspiração que surgiu após um acidente de carro e cujo objetivo é chamar a atenção para o consumo de álcool e os riscos de acidentes de trânsito, além de mostrar que é possível fazer qualquer arte com as garrafas. Para ela, a Bienal do Lixo é uma forma de mostrar às pessoas o valor do material que é descartado.
“A garrafa de vidro é o material que tem a pior cotação no mercado dos recicláveis e, com o meu trabalho, posso mostrar que é possível fazer qualquer coisa com as garrafas de vidro. É possível fazer bijuterias, mosaico. Dessa forma, estou dando minha contribuição como artista porque as pessoas ficam maravilhadas com o que se consegue fazer”.
A Bienal do Lixo funciona das 10h às 18h, com todas as atividades abertas ao público e gratuitas, além de medidas de acessibilidade. Para ver a programação completa basta acessar o site do evento.
Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – Foto: Arquivo/Fernando Frazão/Ag. Brasil
Agentes da Polícia Militar Ambiental e servidores do Departamento de Fauna e Bem-Estar Animal, estiveram na segunda-feira (18), em uma residência na Avenida Alberto Santos Dumont, na Vila Osasco, para apurar denúncia de maus tratos a animais.
Ao chegar no local, as equipes encontraram um cenário onde possivelmente funcionava uma rinha de galos. Além de tablados, foram encontradas diversas seringas, anabolizantes, esporas artificiais e 74 aves, sendo 19 galos índios, boa parte deles com ferimentos e presos em gaiolas estreitas.
“Denúncias de situações como essa podem ser feitas pelos telefones 190 e 181, bem como pelo SIGAM (www.sigam.ambiente.sp.gov.br), que é Sistema Integrado de Gestão Ambiental”, explicou Danilo Koga, cabo da Polícia Militar responsável pela ocorrência.
Como não é a primeira vez que aves são encontradas com sinais de maus tratos na residência, desta vez, o proprietário recebeu uma multa no valor de R$207.850,00. Além disso, ele será enquadrado na Lei de Crimes Ambientais, já que seis pássaros nativos eram criados em cativeiro.
Os animais foram resgatados pela equipe do Bem-Estar Animal. O diretor do departamento, Alexandre Capriotti, acompanhou a ocorrência.
A prefeitura de Osasco também disponibiliza a Central 156 para que munícipes possam fazer denúncias de maus tratos contra animais.
Por Lucas Pedrosa/SECOM-Osasco – Foto: Marcelo Deck/SECOM-Osasco
Levantamento da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica revelou que somente 6,8% dos rios da Mata Atlântica do país apresentam água de boa qualidade. A pesquisa não identificou corpos d’água com qualidade ótima. Mais de 20% dos pontos de rios analisados apresentam qualidade de água ruim ou péssima, ou seja, sem condições para usos na agricultura, na indústria ou para abastecimento humano, enquanto em 72,6% dos casos as amostras podem ser consideradas regulares.
Os dados constam da nova edição da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, realizada pelo programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica. A entidade avalia que o Brasil ainda está distante de atingir o ideal de água em quantidade e qualidade para os diversos usos. O levantamento é divulgado no Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22).
“Os resultados de 2021 nos mostram que a gente continua numa situação de alerta em relação à água, aos nossos rios, já que menos da metade da população brasileira tem acesso ao serviço de esgotamento sanitário. E os rios vão nos contar o que está acontecendo”, disse o coordenador do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi.
Ele explicou que o retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica é um alerta para a condição ambiental da maioria dos rios nos estados do bioma. A inadequação da água para usos múltiplos e essenciais pode ser, segundo a entidade, consequência de fatores como a poluição, a degradação dos solos e das matas nativas, além das precárias condições de saneamento.
Veronesi acrescentou que as populações mais pobres são as mais afetadas pelas deficiências de estrutura de atendimento ao fundamental, que são água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos e manejo de águas de chuva, pilares do saneamento básico.
Os indicadores foram obtidos entre janeiro e dezembro de 2021 por 106 grupos voluntários de monitoramento da qualidade da água. Foram realizadas 615 análises em 146 pontos de coleta de 90 rios e corpos d’água de 65 municípios em 16 estados do bioma Mata Atlântica. Esses estados são Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
De acordo com a SOS Mata Atlântica, houve pouca alteração em relação aos resultados do período anterior de monitoramento, no ano passado, com alguns casos localizados. As análises comparativas dos anos de 2020 e 2021 consideram os indicadores aferidos em 116 pontos fixos de monitoramento. Em 2021, foram nove pontos com qualidade boa (em 2020 eram 12); 84 com qualidade regular (80 em 2020); 22, ruins (21 no ano anterior) e apenas uma péssima, enquanto em 2020 foram três.
Sobre o fato de não haver grandes avanços de um ano para outro, Veronesi ressaltou que o processo de recuperação é muito mais lento que a ocorrência da poluição. “Um serviço de saneamento é muito demorado para dar resultado, vide o projeto de despoluição do Rio Tietê, são 30 anos para a gente conseguir aferir melhoras em alguns pontos, em alguns rios das bacias do Alto e Médio Tietê”.
“Sujar um rio é questão de segundos, é fácil. Agora limpar, despoluir, é muito mais demorado, porque depende do tempo de a natureza também se autodepurar e a gente parar também, a nossa natureza humana parar de sujar. O Rio não é sujo, quem suja somos nós. Somos os responsáveis pela sujeira e também pela limpeza, então é um esforço de toda a sociedade e, óbvio, o poder público tem papel central”.
Como exemplo positivo, a entidade destacou o Lago do Ibirapuera, localizado na capital paulista, onde a água passou de regular para boa, com relatos de aparecimento de peixes em sua foz. Outra evolução ocorreu no Tietê, em Santana do Parnaíba, saída da Grande São Paulo, que sempre recebeu muita carga de esgoto e lixo da região metropolitana e sempre vinha com qualidade péssima ou ruim ao longo do tempo. No entanto, este ano melhorou para qualidade regular, o que significa, segundo Veronesi, que as obras de saneamento estão fazendo efeito.
Por outro lado, uma situação que chamou a atenção da entidade foi a piora na qualidade dos rios em Mato Grosso do Sul, na região de Bonito. “Quando a gente fala dessa localidade, as pessoas logo pensam nas águas cristalinas que existem lá, principalmente o Rio Bonito. Houve piora em todos os pontos de monitoramento daquele estado. Os quatro pontos em que a gente podia fazer comparação em relação ao período anterior tiveram piora na média da qualidade.”
Segundo ele, este resultado mostra que a qualidade da água pode ser relacionada ao desmatamento, “porque também o Atlas da Mata Atlântica vem notando que essa é uma região que sofre bastante com desmatamento ilegal – isso vem acontecendo – e, quando você muda, tira a floresta, que é um filtro para a água e muda o uso do solo, isso causa impacto. O rio nos conta tudo, nos diz o que está acontecendo em uma bacia hidrográfica”, disse.
Para Veronesi, uma das soluções passa por conter o desmatamento ilegal. “Isso é uma questão que deveria ser de primeira ordem, de primeira necessidade, até por questões de emergência climática, e a Mata Atlântica é um dos biomas mais importantes para a gente conter o aquecimento global”, disse. Ele citou a necessidade de políticas públicas mais efetivas relacionadas ao reflorestamento, à preservação das áreas de proteção permanente e à restrição do uso de agrotóxicos.