SP tem a menor taxa de mortes violentas do Brasil

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O estado de São Paulo registrou a menor taxa de mortes violentas do Brasil, de acordo com o 16º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira (28). O estudo compara os índices de 2021 e aponta que São Paulo é o estado com as menores taxas de casos e de vítimas de homicídios dolosos do país.

De acordo com a publicação, São Paulo fechou o ano passado com 5,8 casos e 6,1 vítimas de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes – índices que são três vezes menores que a taxa nacional, com 18,1 casos e 18,7 vítimas para cada grupo de 100 mil habitantes.

Em números absolutos, foram 2.893 casos em 2020 contra 2.713 em 2021, redução de 6,2%. O número de vítimas passou de 3.038 (2020) para 2.847 (2021), queda de 6,3%.

Nos índices de mortes violentas intencionais, que englobam vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora, o resultado é semelhante. São Paulo permanece no fim da lista, com 7,9 casos por 100 mil habitantes. O índice também é quase três vezes menor que a média nacional, que registrou 22,6 casos por 100 mil habitantes.

Capitais

Em análise relacionada às capitais, o anuário apontou que a cidade de São Paulo apresentou a menor taxa de vítimas de homicídios dolosos do país. Em 2021, foram 4,9 mortes a cada grupo de 100 mil habitantes no município. A média de todas as capitais do Brasil, no ano passado, ficou em 17,5 a cada 100 mil habitantes.

Além disso, a capital paulista também se sobressaiu no indicador de mortes violentas intencionais, apresentando a menor taxa. Foram 7,7 por 100 mil habitantes, 2,8 vezes menor em comparação à média das demais capitais, que foi de 21,7.

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Fonte: Sec. Segurança Pública/SP – Foto: Rawpixel/Direitos Reservados

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Tiroteio no Rio deixa três mortos e um policial gravemente ferido

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Um tiroteio deixou três mortos e um policial militar gravemente ferido em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar (PM), o agente ferido estava de folga. Ele foi encontrado por colegas do Batalhão de Itaboraí (35º BPM) e encaminhado para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde está internado em estado grave.

O tiroteio ocorreu na Rua Clara Borges de Souza, na comunidade Novo Horizonte, no distrito de Manilha. Segundo a Polícia Militar, um policial informou que teria reagido ao assalto e atirado contra os criminosos.

Além do PM ferido, os policiais encontraram um homem morto e outro ferido, que foi levado para o Hospital Municipal Desembargador Leal Lima Júnior mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Um terceiro ferido foi levado inicialmente para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Manilha e depois para o Hospital Alberto Torres, mas ele também não resistiu aos ferimentos e morreu.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), que fez uma perícia no local. Agentes realizam diligências para apurar os fatos, segundo a Polícia Civil.


Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Imagem: Giroflex/internet

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Estado de SP registra 18 mortes em decorrência das fortes chuvas

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O número de mortos em decorrência das chuvas que atingem o estado de São Paulo chega a 18 desde a última sexta-feira, segundo o governo paulista. De acordo com o balanço da Defesa Civil, do total de óbitos, sete são de crianças. Há ainda nove feridos e cinco desaparecidos. Aproximadamente 500 famílias estão desalojadas ou desabrigadas.

As mortes ocorreram em Várzea Paulista (5), Francisco Morato (4), Embu das Artes (3), Franco da Rocha (3), Arujá (1), Jaú (1), e Ribeirão Preto (1). Os óbitos foram causados, em sua maioria, por deslizamento de terra e desmoronamentos. 

Minha solidariedade às famílias e amigos das 18 vítimas fatais. Estamos trabalhando nos resgates e autorizei R$ 15 milhões em recursos para que os municípios possam acolher os atingidos”, destacou o governador de São Paulo, João Doria, que sobrevoou as áreas mais afetadas pela chuva na região da Grande São Paulo.

Os recursos anunciados serão destinados aos municípios de Arujá (R$ 1 milhão), Francisco Morato (R$ 2 milhões), Embu das Artes (R$ 1 milhão) e Franco da Rocha (R$ 5 milhões), na região metropolitana de São Paulo, e Várzea Paulista (R$ 1 milhão), Campo Limpo Paulista (R$ 1 milhão), Jaú (R$ 1 milhão), Capivari (R$ 1 milhão), Montemor (R$ 1 milhão) e Rafard (R$ 1 milhão), no interior do estado.

A Defesa Civil do Estado mantém ativo alerta de chuvas fortes, seguidas por raios e ventos em boa parte do estado, com risco, em áreas vulneráveis, de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a raios e ventos.

Em caso de emergências a Defesa Civil deve ser acionada pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros, pelo 193.


Fonte/texto: Agência Brasil/Bruno Bocchini – Imagem: Divulgação/Twitter/BombeirosPMSP

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Boate Kiss: após 9 anos, familiares de vítimas veem início de justiça

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Nove anos depois do incêndio que matou 242 jovens e deixou mais de 600 feridos na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, familiares das vítimas consideram que a justiça começou a ser feita. No último mês de dezembro, quatro pessoas acusadas pelo Ministério Público (MP) pelos 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual, foram condenadas em júri popular a penas de 18 a 22 anos, a serem cumpridas em regime fechado, inicialmente.

“O que a gente entende é que nesse processo em que os réus responderam pelos homicídios, isso aí ficou, sem dúvida nenhuma, justiçado. Consideramos que foi feita justiça, mas sabemos que isso vai ser decidido nos tribunais superiores mais à frente, porque eles devem recorrer. A gente entende que a justiça teve seu início, a condenação deles é sinal de justiça”, destacou o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Flávio Silva. 

Os sócios da Boate Kiss, Elissandro Calegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, foram condenados a penas de 22 anos e 6 meses, e 19 anos e seis meses, respectivamente; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, que acendeu o artefato pirotécnico que causou o incêndio, foi condenado a 18 anos; e o produtor do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Leão, que comprou os fogos, a 18 anos também.

“Houve vitória da sociedade, nós não ganhamos nada, a sociedade conquistou sim o início da punição desse tipo de crime. [A condenação deles] prova que esse tipo de crime começa a ser punido no Brasil. Mas a gente entende que só à base de muita luta, muito esforço, que a justiça acontece”, ressaltou Flávio, pai de Andrielle Righi da Silva, que morreu no incêndio quando tinha 22 anos. 

Os quatro condenados já começaram a cumprir pena. Na Justiça Militar, dois bombeiros foram condenados a penas de reclusão, mas as punições não começaram a serem cumpridas em razão de recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Quatro bombeiros também já haviam sido condenados anteriormente pela Justiça Comum a penas sem reclusão, em razão de irregularidades no processo de concessão de alvará da boate. “A gente não entende isso como condenação, porque as responsabilidades deles são graves, pelos crimes que cometeram. Eles foram condenados a pagar multa”, disse Flávio. De acordo com ele, os familiares já recorreram ao STJ e aguardam novo julgamento.

Tragédia 

O incêndio teve início na madrugada de domingo, 27 de janeiro de 2013, durante apresentação da banda Gurizada Fandangueira. O evento havia sido organizado por estudantes dos cursos de agronomia, medicina veterinária, zootecnia, técnico em agronegócio, técnico em alimentos e pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O fogo teve início no teto da boate, após um dos integrantes da banda acender um artefato pirotécnico no palco. A espuma, utilizada para abafar o som do ambiente, era inapropriada para uso interno. Ao queimar, produziu substâncias tóxicas que causaram a maioria das mortes. O recinto funcionava com documentação irregular e estava superlotado.

De acordo com sobreviventes, uma fumaça preta tomou conta do local em questão de segundos, e impediu as pessoas de encontrar rota de fuga. A maior parte dos corpos foi achada em um dos banheiros da boate, confundido com a saída do local.


Fonte/texto: Agência Brasil/Bruno Bocchini – Imagem: Arquivo/Fernando Frazão/AB

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