Museu promove evento para celebrar aniversário de Santos Dumont

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O Museu Aeroespacial (Musal) promove, neste domingo (7), a partir das 9h, um megaevento gratuito em comemoração ao aniversário de Alberto Santos Dumont, pai da aviação, ocorrido no dia 20 de julho e, também, ao Bicentenário da Independência do Brasil.

O diretor do museu, brigadeiro do ar R/1 Mauricio Carvalho Sampaio, informou à Agência Brasil que o evento faz parte de um grupo de programações que estão sendo desenvolvidas ao longo deste ano na Força Aérea, “visando trazer o público aqui para participar e conhecer o Museu Aeroespacial, a história da Força Aérea Brasileira e da aviação brasileira. E nada mais simbólico e grandioso do que nós, brasileiros, termos Santos Dumont, o pai da aviação, que há 149 anos criou o mais pesado que o ar. Ele conseguiu fazer com que a aeronave alçasse voo por meios próprios”.

Segundo o brigadeiro Sampaio, isso é “engrandecedor, porque depois disso veio todo o desenvolvimento da aviação. Se veem hoje continentes distantes sendo aproximados, fruto da aviação e do controle do mais pesado que o ar. Isso é muito importante. Nós da Força Aérea e do Museu Aeroespacial trabalhamos arduamente para cultuar e divulgar essa história”.

Atrações

Os portões do Musal serão abertos ao público para visitação às aeronaves e salas expositivas. Entre as atrações, destaque para demonstrações aéreas, balonismo, aeromodelismo, oficinas educativas, paraquedismo e praça de alimentação. Uma Praça de Alimentação instalada no local facilitará que as famílias passem o dia no local e conheçam a aviação.

“Nós temos uma gama de atividades voltadas à nossa população. São atividades que, no dia a dia, nós não conseguimos encontrar”, disse o brigadeiro.

Durante o evento, o público poderá conhecer a réplica do novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB), o F-39 Gripen, que ficará exposta até o dia 22. Os visitantes poderão entrar na cabine da aeronave e conversar com o piloto, mediante agendamento no site do museu. “Imagina uma criança tendo a possibilidade de sentar na cadeira do piloto da aeronave de caça mais moderna da Força Aérea. É um momento muito marcante. Pode tirar fotos”, disse Mauricio Sampaio.

Em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), haverá oficinas educativas, exposições, brinquedos e atividades recreativas para crianças. Vários órgãos públicos estarão reunidos, como o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Militar, com ações para o público.

Museu

O Musal é o maior museu de aviação do hemisfério sul. Sua missão é preservar e divulgar o patrimônio cultural da Aeronáutica brasileira, por intermédio de seu acervo. A unidade oferece ao público atividades culturais e educacionais, aproximando os visitantes de temáticas relacionadas à aviação e à história da Força Aérea Brasileira (FAB).

Solidariedade

Embora a entrada para o evento seja gratuita, o Musal sugere ao público que pratique solidariedade, levando um quilo de alimento não-perecível. Os mantimentos serão doados ao Instituto Casa Viva, organização atua em atendimento às necessidades da população em situação de vulnerabilidade social.

Haverá estacionamento nas proximidades do museu e um esquema especial de trânsito, que será divulgado no site do museu. O evento se estenderá até as 19h.

O Musal fica na Avenida Marechal Fontenelle, 2.000, no Campo dos Afonsos, zona oeste do município do Rio de Janeiro.


Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Foto: Paulo Rezende/Força Aerea Brasileira

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São Paulo entrega etapa de ampliação do Novo Museu do Ipiranga

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O governo estadual de São Paulo entregou hoje (18) a nova etapa de restauração do Edifício-Monumento, que faz parte da ampliação do Novo Museu do Ipiranga, na zona Sul da capital paulista. A previsão é que o espaço seja reaberto no feriado nacional de 7 de Setembro, como principal marco do bicentenário da Independência do Brasil

Atualmente 70% das obras, que foram iniciadas em 2019 pela atual gestão, já foram concluídas. A restauração do edifício-monumento foi concluída em abril deste ano. As obras concluídas também chegam a 99% no edifício anexo de serviços e 70% no jardim francês. Após a solenidade do Sete de Setembro, o museu volta a receber visitas com 12 exposições inaugurais.

“Estamos ampliando, atualizando e modernizando este museu que, sem dúvida nenhuma, será um dos mais visitados do Brasil a partir de setembro. A reforma do Museu do Ipiranga foi uma iniciativa não só do governo do Estado, mas da sociedade e da iniciativa privada que entenderam a importância da reabertura, principalmente para celebrarmos o bicentenário da Independência”, disse o governador Rodrigo Garcia.

O valor total do restauro e ampliação do Edifício-Monumento chegou a R$ 211 milhões e compreende o patrocínio direto de 29 patrocinadores, repasses do governo de São Paulo e aportes da União, por meio da Lei Rouanet. A obra principal foi 100% concluída pelo governo do Estado, por meio da Universidade de São Paulo e da Fundação USP.

Depois da reforma concluída, o museu terá duas amplas entradas, bilheteria, um auditório para 200 pessoas, espaço educativo, café, loja e sala de exposição temporária. Com isso a área total construída terá o dobro do que tinha anteriormente e oferecerá total acessibilidade por elevadores e escadas rolantes e um novo sistema de ar-condicionado.

O jardim francês em frente ao edifício está sendo totalmente transformado com novo paisagismo, restaurante, infraestrutura para food bikes, modernização da iluminação pública e vias de acesso, equipamentos de acessibilidade e reativação da fonte central.

De acordo com o governo estadual, o Museu do Ipiranga é um patrimônio histórico tombado nas três esferas de governo. Construído entre 1885 e 1890, está situado dentro do complexo do Parque Independência, na zona sul da capital. Concebido originalmente como um monumento à Independência, foi declarado sede do Museu do Estado em 1895 e, desde 1963, é administrado pela Universidade de São Paulo.

O governador lançou ainda, durante a visita, o programa Brasil 200 – São Paulo Celebra o Bicentenário da Independência, sendo seu destaque a Agenda Bonifácio, plataforma online que concentrará atividades culturais do poder público e da sociedade civil relacionadas ao tema.

A programação cultural do Novo Museu do Ipiranga contará com mais de cem eventos.


Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – Foto: Hélio Nobre/Direitos Reservados

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Museu da Língua Portuguesa destaca mulheres em processos de migração

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Mulheres migrantes foram tema das atividades propostas neste domingo (13) pelo Museu da Língua Portuguesa, na Luz, região central da capital paulista. A migração é apresentada como um processo atravessado pelo idioma na exposição Sonhei em Português!, que fica em cartaz até de 12 junho na instituição.

A mostra, construída em grande parte a partir dos relatos de migrantes de outros países que vivem na cidade de São Paulo, foi apresentada, nas visitas guiadas propostas para a semana do Dia Internacional da Mulher, a partir da presença feminina. Entre as 13 pessoas de diversas partes do mundo que trouxeram suas histórias, seis são mulheres da África, Ásia e América Latina.

Clique na imagem e saiba mais!

O universo de dificuldades e desafios envolvidos na migração aparecem já na instalação Travessia, de Leandro Lima. No trabalho feito especialmente para a exposição, o esqueleto de um barco é impulsionado por remos luminosos no escuro da galeria. Na obra, misturam-se referências da tecnologia contemporânea com a antiga ação dos deslocamentos humanos.

O impacto das tecnologias presentes na vida dos migrantes é lembrado de forma mais explícita na instalação da sala seguinte, formada por telefones celulares antigos e novos pendurados. Uma referência às pessoas que vão para outros países e precisam continuar em contato com a família, amigos e círculos de afetos do lugar de origem.

Também têm espaço objetos tradicionais trazidos pelas migrantes, como a capulana, exposta em uma vitrine e apresentada em depoimento pela moçambicana Lara. O pano tradicional, que têm usos diversos entre as mulheres de Moçambique, é recordado pela imigrante como praticamente uma extensão do corpo de sua mãe. “Quando eu era pequenininha, foi o meu primeiro berço nas costas dela”, conta Lara em vídeo.

Sobre seu processo de adaptação no Brasil, Lara estaca especialmente uma telenovela em que se identificou com uma personagem lésbica presente na trama. “Você vai ver uma novela dessas e não vai se sentir sozinha. Eu me perguntava se eu era a única que gostava de mulheres no mundo”, disse Lara sobre os pensamentos que surgiram a partir da história.

Processos com a língua

O aprendizado da língua aparece como ponto importante em diversos relatos. A boliviana Jobana vê o aprendizado do idioma português como um processo em que passam necessariamente os afetos. “De alguma forma, quando você aprende uma língua, você também ama”, reflete Jobana. Por isso, depois de alguns anos no Brasil, ela disse que só passou a realmente dominar o idioma quando se apegou à cidade. “Comecei a me apaixonar por este lugar. Eu amo São Paulo.”

Em outros momentos, os depoimentos revelam estranhamentos com as palavras. A síria Joanna conta que se espantou ao se ver citada como “empresária” pela primeira vez em um material de divulgação elaborado por uma organização internacional que apoia refugiados. “Eu estava começando um projeto para trabalhar com outros refugiados. Era um projeto tão pequeno, e essa palavra é muito grande”, lembrou o espanto sentido naquele momento.


Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/AB

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