Nadadora parnaibana é convocada para os Jogos Mundiais de Esportes Escolares 2023

1 0
Read Time:2 Minute, 42 Second

Após quase uma década de iniciação no esporte pelas águas de Santana de Parnaíba, a nadadora Milena Barros, 15 anos de idade, está prestes a estrear nos Jogos Mundiais de Esportes Escolares – Gymnasiade – 2023. A convocação da parnaibana para a competição internacional é um reconhecimento ao esforço e dedicação da atleta, que concilia os treinos diários no Sesi de Osasco aos estudos no Colégio Tom Jobim, com o objetivo de competir nos Jogos Olímpicos de 2028. 

“Em alguns momentos dá muito trabalho, mas eu faço esse esforço, procuro ser uma boa aluna, me dedico, e com a ajuda dos meus pais, família, amigos e até da própria escola, eu acabo conseguindo conciliar”, revela a atleta.

Acostumada com as águas desde bebê, as primeiras braçadas foram aos dois anos de idade, Milena aprendeu natação na piscina do Isaura aos seis anos e aos oito já direcionou os treinos para a competição. “A prefeitura dá as condições para a população fazer a iniciação no esporte. O que é muito positivo tanto para a cultura quanto para a segurança e a educação”, reforça a atleta.

Entre as dezenas de medalhas conquistadas em competições, Milena destaca o bronze dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) e o ouro do Campeonato Brasileiro. Nos Jogos Mundiais de Esportes Escolares 2023, maior competição escolar do mundo voltada para estudantes de 14 a 17 anos, a atleta vai mostrar a sua performance representando Santana de Parnaíba, o seu clube Sesi, e o Brasil.

A Gymnasiade a ser disputada no Rio de Janeiro, entre os dias 19 a 27 de agosto, é realizada pela ISF (Federação Internacional de Esporte Escolar) em parceria com a CBDE (Confederação Brasileira do Desporto Escolar), com apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A expectativa da edição 2023 é reunir mais de 4 mil atletas para a disputa de 22 modalidades (natação, atletismo, judô, badminton e xadrez, entre outras).

Investimentos no esporte gera sucesso de atletas em várias modalidades

Na lista das prioridades com altos investimentos por parte da Prefeitura de Santana de Parnaíba, através da Secretaria Municipal de Atividade Física, Esporte e Lazer (SMAFEL), o esporte conta com equipamentos públicos de ponta pelos quatro cantos da cidade (piscinas, parques, ginásios, estádios, áreas de ciclismo, e muito mais). Infraestruturas com educadores em constante processo de atualização refletem na iniciação e projeção de vários atletas. Entre eles estão Estefani Divino, Cauã Ferreira, Edione Najan e Gabriela Otsubo.

Moradora do bairro 120, Estefani foi campeã de dardo nos Jogos Regionais, na cidade de Tietê, com a marca de 33 metros. O companheiro de prova Cauã, morador do São Luís que retornou às competições após uma lesão sofrida durante um treino de preparação, ficou na segunda colocação. Já Edione, também do 120, é o atual campeão dos Jogos Regionais e ficou em 8º lugar no Troféu Brasil, entre os melhores atletas do lançamento do dardo do país; e Gabriela garantiu a 5ª colocação no lançamento de disco.

Leia também: Corinthians pega Old Boys para definir situação na Copa Sul-Americana


Fonte: SECOM-Santana de Parnaíba

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Brasil reconhece Maria Lenk como a patrona da natação brasileira

0 0
Read Time:3 Minute, 28 Second

A natação brasileira tem, a partir de hoje (20), a sua patrona: Maria Lenk, a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial. A homenagem, à única brasileira a integrar o hall da fama da natação na Flórida, foi feita por meio de ato do Poder Legislativo, que aprovou a Lei 14.418, sancionada e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

As primeiras braçadas de Maria Lenk foram dadas com a ajuda do pai, o alemão Lui Paul Lenk, aos 10 anos de idade, no Rio Tietê, para fortalecer os pulmões após ela ter sobrevivido a uma pulmonia dupla.

Nadando pelo Flamengo, Maria Lenk deu ao clube diversos títulos. Teve papel relevante para a popularização do nado borboleta no país, tendo sido a primeira mulher a competir nessa modalidade durante os Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, na Alemanha.

Los Angeles

Nascida em São Paulo, em 15 de janeiro de 1915, Maria Lenk participou de seus primeiros Jogos Olímpicos aos 17 anos, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1932. Foi a única mulher entre os 82 atletas da delegação; e a primeira sul-americana a disputar uma competição olímpica.

Inexperiente, teve participação tímida, ficando em 20º lugar nos 100 m livre; em 11º nos 200 m peito; e tendo sido desclassificada nos 100m costas.

Ao retornar das olimpíadas, teve destaque ao vencer quatro edições da prova Travessia de São Paulo a Nado, em um percurso de pouco mais de 5 quilômetros entre a Ponte da Vila Maria e o Clube Espéria.

Jogos de Berlim

Em 1936, nas Olimpíadas de Berlim, aos 21 anos, já não era a única mulher da delegação brasileira. Sua participação foi prejudicada devido a problemas no ombro, adquiridos em meio a treinamentos pesados para compensar a falta de treino durante a viagem de navio até a Alemanha. Acabou com uma singela 13ª colocação nos 200m peito.

“Na competição realizada na Alemanha nazista, o pioneirismo de Maria Lenk manifestou-se novamente. A brasileira inovou fazendo a recuperação do braço no nado peito por fora da água, como também fez o norte-americano Hebert Higgins.

Nascia ali o nado borboleta, que só seria oficializado como estilo olímpico pela Federação Internacional de Natação (FINA), em 1956”, detalha o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na biografia da nadadora.

Grandes feitos

Foi no ano de 1939 que Maria Lenk registrou seus grandes feitos, ao bater o recorde mundial dos 400 m peito com o tempo de 6m16s durante uma competição no Clube de Regatas Botafogo; e ao bater também o recorde mundial para os 200m peito, com o tempo de 2m56s, marca que superava o recorde masculino da prova, que era 2m59s, tornando-se “a primeira atleta brasileira a estabelecer um recorde mundial”, relata o COB.

Após algumas pausas no esporte, a nadadora voltou a bater outros recordes, quando já competindo entre os masters. No total, foram 40 recordes mundiais nessa modalidade.

Hall da fama

Em 1988, Maria Lenk se tornou a primeira atleta do Brasil a entrar Swimming Hall of Fame, da Federação Internacional de Natação (Fina), quando foi homenageada com o Top Ten da entidade máxima do esporte, sendo considerada uma das dez melhores nadadoras master do mundo.

Em 2002, ela recebeu, das mãos de Juan Antonio Samaranche, o Colar Olímpico. Com isso, tornou-se a primeira brasileira a ser condecorada com a mais alta honraria do Comitê Olímpico Internacional (COI).

“Se despediu, nadando”

Até o final da vida ela mantinha o hábito de nadar 1.500 metros todos os dias, motivo pelo qual conseguia ter boa saúde apesar a osteoporose.

“No dia 16 de abril de 2007, ela saiu de casa pela manhã, caminhou até o clube e mergulhou na piscina do Flamengo, sem saber que aquele seria o seu último treino. Enquanto nadava, sua artéria aorta se rompeu devido a um aneurisma, provocando uma enorme hemorragia no mediastino. No silêncio azul da água da piscina, Maria Lenk se despediu, nadando”, descreve o COB em relato sobre seu falecimento, aos 92 anos.


 Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Foto: Arquivo/Ag. Brasil

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Ana Marcela é pentacampeã mundial dos 25 km na maratona aquática

0 0
Read Time:1 Minute, 46 Second

A baiana Ana Marcela Cunha fez história nesta quinta-feira (30), no Lago Lupa, em Budapeste (Hungria). A brasileira de 30 anos conquistou, pela quinta vez seguida, a medalha de ouro da prova de 25 quilômetros da maratona aquática do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos. A gaúcha Cibelle Jungblut, de 19 anos, terminou na 13ª colocação.

Foi a terceira vez que Ana Marcela subiu ao pódio na edição de Budapeste – a segunda no topo. Na segunda-feira (27), ela havia sido campeã na prova de cinco quilômetros. Na quarta-feira (29), a baiana foi bronze nos dez quilômetros, distância olímpica da modalidade, na qual conquistou o ouro nos Jogos de Tóquio (Japão), no ano passado.

Ana Marcela se manteve sempre no pelotão de frente, revezando-se na liderança. A brasileira entrou na última volta em segundo, assumindo a ponta antes da última boia e garantindo a vitória na batida de mão, em disputa acirrada com mais três nadadoras, após 5h24min15s de prova. Ela chegou 20 centésimos a frente da alemã Lea Boy, que ficou com a prata. A holandesa Sharon Van Rouwendaal foi a medalhista de bronze, a 30 centésimos da baiana.

“É uma emoção muito grande. Foram dias muito difíceis para poder chegar aqui. Não sabia realmente se poderia estar neste Mundial. Gostaria de agradecer a todos que participaram da minha recuperação para que eu pudesse chegar aqui, poder representar bem o Brasil e conquistar estas três medalhas”, festejou Ana Marcela, ao site da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Na disputa masculina de 25 quilômetros, o carioca Bruce Hanson deixou a prova na penúltima volta, com dores no ombro. A vitória foi do italiano Dario Verani, com 5h02min21s50, um segundo e 20 centésimos a frente do francês Axel Reymond, que levou a prata. O bronze ficou com o húngaro Peter Galicz.

Leia também:


Por Lincoln Chaves – Repórter da EBC – Foto: Lisa Leutner/Reuters/Direitos Reservados

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %