Neste sábado, 15 de outubro, é o dia do Educador Ambiental. Esse profissional contribui para que a sociedade entenda como é importante cuidar da natureza, preservar os recursos naturais e tornar o dia a dia mais sustentável. O Educador Ambiental tem se tornado cada vez mais necessário, tendo em vista os desafios climáticos que o planeta atravessa e o que isso pode representar às gerações futuras.
O educador ambiental da Sala Verde Barueri, da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), Thiago Alves Lopes, conta como é o trabalho e quais os impactos de seus ensinamentos. “Ser Educador Ambiental é muito mais do que falar sobre a temática, é transmitir ensinamentos e bons valores humanos, éticos e morais para todos, sem distinção. O que realmente importa é fazer germinar a sementinha que há dentro de cada um para que ela cresça e dê muitos frutos, formando assim multiplicadores e novos educadores ambientais, porque todos nós somos responsáveis por manter o meio ambiente cuidado e conservado, com respeito à nossa biodiversidade e ao nosso planeta Terra”, ressalta.
Consumo consciente
Dentre os diversos ensinamentos ministrados pelo Educador Ambiental há o Consumo Consciente, também celebrado neste dia 15, juntamente com o Dia do Professor. Refletir sobre o que é consumido e como isso afeta o modo de vida e o meio ambiente como um todo tem sido cada vez mais urgente.
Dar preferência a produtos biodegradáveis, que se decompõem com mais facilidade, que podem ser reciclados ou reaproveitados, que possuam componentes que não tragam prejuízos à natureza, como contaminar a água, o ar ou o solo faz parte dessa proposta.
Thiago dá dicas de como ter atitudes mais sustentáveis. “Ao reconhecermos a importância do meio ambiente em nossas vidas, pequenas atitudes são suficientes para um planeta cada vez melhor. Podemos, por exemplo, fazer bom uso dos nossos recursos naturais de algumas formas: não desperdiçar água, usar a vassoura para limpar a calçada ao invés da mangueira, fechar a torneira ou o chuveiro enquanto se ensaboa, economizar energia elétrica apagando as luzes em ambientes que não estão em uso, substituir as lâmpadas por outras mais econômicas, como as de Led, por exemplo, retirar da tomada aparelhos energizados quando não estão em uso etc.”. E reforça: “preservar a nossa biodiversidade, respeitar os animais – domésticos e silvestres -, cultivar árvores e plantas, dentre outras atitudes conscientes”.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) aplicou multa de R$10 mil pelo lançamento de sustância azul na água da cachoeira Queima-pé, em Tangará da Serra. O caso aconteceu em um chá revelação, quando o familiar do casal jogou uma substância azul na água para representar que bebê era do sexo masculino
Ao site da TV Cultura, o Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) informou que “o familiar do casal prestou esclarecimentos à equipe da Sema-MT nesta quinta-feira (29/09), e informou ser o responsável pelo lançamento de substância utilizada como corante para tingimento de cascatas e piscinas, denominada “Lago Azul”.
A ação foi enquadrada no artigo 62 do decreto federal 6514/2008, que define como infração ambiental “lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos”.
Após a água ser tingida a secretaria estadual de Meio Ambiente investiga possíveis danos.
O Sema-MT informou que deslocou uma equipe em conjunto com o órgão ambiental municipal para o local após tomar conhecimento da situação e que durante a vistoria não foi constatada alteração visual nos parâmetros físicos da água, como cor e odor, e não houve número significativo de mortes de conjunto das espécies de peixes. A análise laboratorial da água realizada no mesmo dia não apresentou alteração na qualidade da água.
O Ministério Público de Mato Grosso declarou que recebeu denúncias sobre o caso na segunda-feira (26), via Ouvidoria, e encaminhou o procedimento, que está em sigilo a pedido do denunciante, para a Promotoria de Tangará da Serra, local em que o fato ocorreu.
Levantamento da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica revelou que somente 6,8% dos rios da Mata Atlântica do país apresentam água de boa qualidade. A pesquisa não identificou corpos d’água com qualidade ótima. Mais de 20% dos pontos de rios analisados apresentam qualidade de água ruim ou péssima, ou seja, sem condições para usos na agricultura, na indústria ou para abastecimento humano, enquanto em 72,6% dos casos as amostras podem ser consideradas regulares.
Os dados constam da nova edição da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, realizada pelo programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica. A entidade avalia que o Brasil ainda está distante de atingir o ideal de água em quantidade e qualidade para os diversos usos. O levantamento é divulgado no Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22).
“Os resultados de 2021 nos mostram que a gente continua numa situação de alerta em relação à água, aos nossos rios, já que menos da metade da população brasileira tem acesso ao serviço de esgotamento sanitário. E os rios vão nos contar o que está acontecendo”, disse o coordenador do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi.
Ele explicou que o retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica é um alerta para a condição ambiental da maioria dos rios nos estados do bioma. A inadequação da água para usos múltiplos e essenciais pode ser, segundo a entidade, consequência de fatores como a poluição, a degradação dos solos e das matas nativas, além das precárias condições de saneamento.
Veronesi acrescentou que as populações mais pobres são as mais afetadas pelas deficiências de estrutura de atendimento ao fundamental, que são água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos e manejo de águas de chuva, pilares do saneamento básico.
Os indicadores foram obtidos entre janeiro e dezembro de 2021 por 106 grupos voluntários de monitoramento da qualidade da água. Foram realizadas 615 análises em 146 pontos de coleta de 90 rios e corpos d’água de 65 municípios em 16 estados do bioma Mata Atlântica. Esses estados são Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
De acordo com a SOS Mata Atlântica, houve pouca alteração em relação aos resultados do período anterior de monitoramento, no ano passado, com alguns casos localizados. As análises comparativas dos anos de 2020 e 2021 consideram os indicadores aferidos em 116 pontos fixos de monitoramento. Em 2021, foram nove pontos com qualidade boa (em 2020 eram 12); 84 com qualidade regular (80 em 2020); 22, ruins (21 no ano anterior) e apenas uma péssima, enquanto em 2020 foram três.
Sobre o fato de não haver grandes avanços de um ano para outro, Veronesi ressaltou que o processo de recuperação é muito mais lento que a ocorrência da poluição. “Um serviço de saneamento é muito demorado para dar resultado, vide o projeto de despoluição do Rio Tietê, são 30 anos para a gente conseguir aferir melhoras em alguns pontos, em alguns rios das bacias do Alto e Médio Tietê”.
“Sujar um rio é questão de segundos, é fácil. Agora limpar, despoluir, é muito mais demorado, porque depende do tempo de a natureza também se autodepurar e a gente parar também, a nossa natureza humana parar de sujar. O Rio não é sujo, quem suja somos nós. Somos os responsáveis pela sujeira e também pela limpeza, então é um esforço de toda a sociedade e, óbvio, o poder público tem papel central”.
Como exemplo positivo, a entidade destacou o Lago do Ibirapuera, localizado na capital paulista, onde a água passou de regular para boa, com relatos de aparecimento de peixes em sua foz. Outra evolução ocorreu no Tietê, em Santana do Parnaíba, saída da Grande São Paulo, que sempre recebeu muita carga de esgoto e lixo da região metropolitana e sempre vinha com qualidade péssima ou ruim ao longo do tempo. No entanto, este ano melhorou para qualidade regular, o que significa, segundo Veronesi, que as obras de saneamento estão fazendo efeito.
Por outro lado, uma situação que chamou a atenção da entidade foi a piora na qualidade dos rios em Mato Grosso do Sul, na região de Bonito. “Quando a gente fala dessa localidade, as pessoas logo pensam nas águas cristalinas que existem lá, principalmente o Rio Bonito. Houve piora em todos os pontos de monitoramento daquele estado. Os quatro pontos em que a gente podia fazer comparação em relação ao período anterior tiveram piora na média da qualidade.”
Segundo ele, este resultado mostra que a qualidade da água pode ser relacionada ao desmatamento, “porque também o Atlas da Mata Atlântica vem notando que essa é uma região que sofre bastante com desmatamento ilegal – isso vem acontecendo – e, quando você muda, tira a floresta, que é um filtro para a água e muda o uso do solo, isso causa impacto. O rio nos conta tudo, nos diz o que está acontecendo em uma bacia hidrográfica”, disse.
Para Veronesi, uma das soluções passa por conter o desmatamento ilegal. “Isso é uma questão que deveria ser de primeira ordem, de primeira necessidade, até por questões de emergência climática, e a Mata Atlântica é um dos biomas mais importantes para a gente conter o aquecimento global”, disse. Ele citou a necessidade de políticas públicas mais efetivas relacionadas ao reflorestamento, à preservação das áreas de proteção permanente e à restrição do uso de agrotóxicos.
Está marcada para sábado (29/01), das 9h às 15h, a primeira edição do ano de 2022 do projeto “Pedágio Ambiental”, realizado pela Prefeitura de Cotia, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
A ação acontecerá na Rua da Esperança, altura do número 255, no Jardim Cotia, próximo à feira livre. Durante o pedágio, serão distribuídas centenas de mudas de árvores nativas, além disso, quem passar por lá, receberá material educativo e informações sobre o cultivo da espécie arbórea.
“Estamos muito felizes de realizarmos mais uma edição deste projeto, ainda no início do ano, porque é uma oportunidade de aproximarmos a secretaria [do Verde e do Meio Ambiente] da população, de falarmos sobre a importância da arborização urbana e de tirarmos dúvidas dos moradores. Todos que passarem por lá serão muito bem-vindos”, disse o titular da pasta, Gustavo Gemente.
Durante o “Pedágio Ambiental” serão doadas aproximadamente 13 variedades de espécies nativas, incluindo: Ipê branco e roxo, Pimenta rosa, Suinã, Sabão de soldado, Castanha do Maranhão, entre outras.