Obesidade cresceu em crianças e adolescentes brasileiras na pandemia

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O número de crianças e adolescentes com excesso de peso aumentou no país entre 2019 e 2021, período que abrange a pandemia de covid-19. Segundo levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância – Fiocruz/Unifase), houve crescimento de 6,08% no grupo das crianças de até 5 anos de idade. Entre aqueles com 10 a 18 anos, o crescimento foi de 17,2%. O excesso de peso inclui tanto os casos de sobrepeso como os de obesidade. 

Os dados do estudo são baseados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan-WEB), ferramenta que monitora indicadores de saúde e nutrição. Segundo os pesquisadores, a diminuição de exercícios físicos e o desajuste na alimentação são as principais explicações para os problemas de peso.

“A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil, possivelmente como consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento”, explica Cristiano Boccolini, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância. 

Pós-pandemia

O cenário começa a melhorar no período seguinte, entre 2021 e 2022, mas ainda com percentuais altos. O número de crianças com excesso de peso teve um recuo de 9,5% e o de adolescentes queda de 4,8%. Em 2022, a taxa de crianças de até cinco anos com excesso de peso era de 14,2%. A de adolescentes estava em 31,2%.  

O último grupo é o que mais preocupa os pesquisadores do Observa Infância. Pelas análises das séries históricas, há uma tendência de queda do problema entre as crianças, principalmente depois do período de isolamento. Mas entre os adolescentes, a queda aconteceu apenas entre 2021 e 2022. No longo prazo, a tendência é de crescimento do excesso de peso. 

A comparação com outros países mostra que a situação no Brasil é mais crítica. Aqui, em 2022, há três vezes mais crianças com excesso de peso do que a média global (14,2% no Brasil e 5,6% na média global). Sobre os adolescentes, a média nacional é quase o dobro da global: 31,2% contra 18,2%. 

“Acreditamos que os altos números da obesidade infantil no Brasil devem muito à falta de regulação dos alimentos ultraprocessados no país. A partir de outubro de 2023 passa a vigorar plenamente a nova rotulagem frontal dos alimentos industrializados, indicando os excessos de sal, gorduras saturadas e açúcares na parte frontal das embalagens. As crianças são muito suscetíveis a esses produtos e acreditamos que a implementação dessa política terá algum impacto nos números de obesidade a partir deste ano”, diz Boccolini.

“Este estudo serve como um chamado à ação para políticas públicas, profissionais de saúde, escolas e famílias para redobrar os esforços na luta contra a obesidade infantil, garantindo um futuro mais saudável para as crianças do Brasil.” 

Leia também: Funcionários do Metrô de São Paulo confirmam greve para próxima terça-feira (28)


Fonte / Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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Pandemia eleva consumo de ultraprocessados no Brasil, revela pesquisa

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A pandemia de covid-19 teve impacto negativo na alimentação da população brasileira, com aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, indica estudo que envolveu pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os dados foram coletados pelo Instituto Datafolha, numa parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, nos anos de 2019, 2020 e 2021, com amostras representativas da população adulta. 

O trabalho mostra impactos diferentes de acordo com os estágios da pandemia e também mudanças alimentares resultantes da piora da condição financeira.

Nos primeiros anos do levantamento, houve aumento significativo no consumo de cereais, leite, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e molhos industrializados, em contraponto à diminuição do consumo de ovos.

Consumo de frutas cai

Na comparação entre 2019 e 2021 e entre 2020 e 2021, houve diminuição significativa no consumo de cereais, hortaliças, frutas e sucos de fruta industrializados e alta no consumo de refrigerante, biscoito doce, recheado ou bolinho de pacote, embutidos, molhos e refeições prontas. 

A nutricionista Giovanna Andrade, integrante do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), indica que a alimentação em casa favoreceu nos primeiros anos da pandemia. “Teve gente que começou a comer mais frutas, mais hortaliças, apesar de termos visto também um aumento um pouco de algumas categorias de alimentos ultraprocessados”, explica a pesquisadora, que aponta um movimento similar em todo o mundo.

O estudo destaca, também, que a elevação do consumo de ultraprocessados já é um fenômeno reportado no Brasil, mas a pandemia acelerou esse processo. 

Durante a pesquisa, foi perguntado quais alimentos foram consumidos no dia anterior à pesquisa. Os dados mostram, por exemplo, que o consumo de refrigerante foi citado por 33,2% em 2019, por 32,7% no ano seguinte e chegou a 42,4% em 2021.

O item mais mencionado, entre os ultraprocessados, envolve margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados. Em 2019, metade dos participantes disse ter consumido um desses itens no dia anterior ao levantamento. Em 2021, foram 58,6%.

Em relação à percepção de consumo, o estudo mostra que 46% dos entrevistados – quando questionados sobre as principais mudanças na compra e preparo das refeições – relataram consumir mais alimentos preparados em casa durante a pandemia. Em relação a mudanças nos hábitos alimentares, 48,6% dos entrevistados disseram que alteraram os hábitos na alimentação durante a covid-19. Os principais motivos para tais mudanças foram maior preocupação com a saúde (39,1%) e autorrelato de diminuição da renda familiar (30,2%).

A maioria das pessoas que revelaram diminuição da renda familiar como principal causa da mudança alimentar na pandemia relataram redução no consumo de alimentos in natura e minimamente processados, como carne bovina e suína, peixe, frutas e leite.

Por outro lado, o mesmo grupo revelou consumo de todos alimentos ultraprocessados. “Esse resultado sugere dificuldade de acesso a alimentos por uma parcela importante da população”, diz o texto do estudo.

“É muito grave. Pior do que as pessoas não comerem ultraprocessado é elas não comerem nada, mas não dá para elas voltarem a comer só ultraprocessados, porque a gente vai ver o aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão e câncer. Os governos têm que atuar no sentido de garantir uma alimentação adequada, não é só comida, é uma alimentação adequada”, defende Giovanna.

Consequências

“Primeiro, foi a pandemia que afetou a alimentação e a alimentação, daqui a uns quatro, cinco anos, vai afetar a saúde. A gente viu que houve uma mudança e que, no geral, não foi positiva. Ainda virão mais mudanças e mais reflexos disso”, alerta a especialista.

A pesquisa pondera que – devido ao curto período entre as coletas de dados – as alterações foram pequenas, mas “estatisticamente significativas” e preocupam, pois “o consumo de alimentos ultraprocessados tem sido associado a um declínio no perfil nutricional da dieta”, aponta artigo publicado nesta quarta-feira (6) na Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – USP.

A nutricionista explica, também, que os ultraprocessados são alimentos prontos para consumo, que já vêm embalados, são hiper palatáveis e cheios de aditivos alimentares.

“Vários estudos, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, mostram o quanto prejudiciais esses alimentos são para a saúde e também indicam o impacto ambiental do consumo desses alimentos. O ideal é a gente fugir deles”, aconselha Giovanna.

A pesquisa aponta que, no contexto da pandemia, o marketing desses alimentos “tirou proveito” por serem menos perecíveis e poderiam contribuir, portanto, com o distanciamento social.

O Guia Alimentar da População Brasileira sugere uma dieta baseada em alimentos in natura e minimamente processados. “É comida de verdade: arroz, feijão, fruta, hortaliça, procurando sempre uma variedade muito grande”, indica a pesquisadora. Ultraprocessados são associados a diferentes tipos de câncer, obesidade, síndrome metabólica e diabetes.

Leia também: Governo de SP encerra Operação Escudo, que resultou em 28 mortes


Fonte: Agência Brasil

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Após pandemia, tempo de troca de celular do brasileiro ultrapassa dois anos

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O brasileiro está demorando para trocar de celular. De acordo com um levantamento da empresa GfK, depois da pandemia de Covid-19, o tempo médio de substituição ultrapassou dois anos. Antes da crise sanitária, o período era, em média, de um ano.

O dado já estaria se refletindo nas vendas que, no primeiro semestre, somaram cerca de 14 milhões de unidades, uma queda de 12,5% comparado à primeira metade de 2022.

No ano passado, do total de 30 milhões de aparelhos vendidos no país, 22 milhões serviram para substituir modelos parecidos. Cerca de oito milhões trocaram o aparelho para um modelo mais avançado e, desse total, dois milhões e meio eram um segundo aparelho para o mesmo consumidor. Ainda em 2022, quatro milhões de celulares comprados supriram um aparelho perdido ou roubado. Apenas um milhão e 700 mil representaram a primeira compra.

Um smartphone novo pode custar mais de R$ 7 mil. O preço alto, a redução do crédito e o risco de roubo também ajudam a explicar o porquê do consumidor preferir ficar com o mesmo aparelho até que ele pare de funcionar.

Leia também: Ipresb informa as novas alíquotas de contribuição de servidores municipais


Fonte: TV Cultura – Foto: Pixabay

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Pós-pandemia: 45% das mulheres mostram algum tipo de transtorno mental

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O relatório Esgotadas: empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres, desenvolvido pela Organização não governamental – ONG Think Olga, indica que 45% das mulheres brasileiras têm um diagnóstico de ansiedade, depressão, ou outros tipos de transtornos mental no contexto pós pandemia de covid-19. A ansiedade, transtorno mais comum no Brasil, faz parte do dia a dia de 6 em cada 10 mulheres brasileiras. A pesquisa foi realizada com 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todos os estados do país, entre 12 e 26 de maio de 2023. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

“O relatório não surpreende porque são dados que já sabíamos que aconteciam, ou seja, as mulheres estão cansadas e sobrecarregadas. Quase metade da população feminina tem algum transtorno mental e com muito pouco acesso a cuidados específicos. A maioria diz que, como ferramentas para conseguir lidar com essa questão, tem a atividade física ou a religião. Tem uma insatisfação com diversas áreas da vida. A questão financeira é a que mais preocupa e a dupla ou tripla jornada é o segundo maior fator de pressão sobre a psique feminina”, disse Maíra Liguori, diretora da Think Olga.

Com a proposta de entender as estruturas que impõem o sofrimento das brasileiras na atualidade, o relatório reúne dados que demonstram desde a sobrecarga de trabalho e insegurança financeira até o esgotamento mental e físico causado pela economia do cuidado, que enquadra todas as atividades relacionadas aos cuidados com a casa e com produção e manutenção da vida.

A situação financeira e a capacidade de conciliar os diferentes aspectos da vida têm as menores notas de satisfação entre as entrevistadas. Em uma classificação de 1 a 10, a vida financeira recebeu a classificação 1.4, já para a capacidade de conciliação das diferentes áreas da vida, a nota ficou em 2.2. A situação financeira apertada atinge 48% das entrevistadas e a insatisfação com a remuneração baixa alcança 32% delas. Cinquenta e nove por cento das mulheres das classes D e E estão insatisfeitas com sua situação financeira. Essa insatisfação atinge 54% das pretas e pardas.

As mulheres são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares. Essas mulheres são, em sua maior parte, negras, da classe D e E e com mais de 55 anos de idade. Somente 11% das entrevistadas dizem não contribuir financeiramente para a manutenção de suas famílias.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio realizada em 2022, as mulheres gastam 21,4 horas da semana em tarefas domésticas e do cuidado, os homens usam 11 horas. Já o relatório Esgotadas mostrou que a sobrecarga de trabalho doméstico e a jornada excessiva de trabalho foram a segunda causa de descontentamento mais apontada, atrás apenas de preocupações financeiras. O trabalho de cuidado sobrecarrega principalmente as mulheres de 36 a 55 anos (57% cuidam de alguém) e pretas e pardas (50% cuidam de alguém).

Oitenta e seis por cento das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidades. A insatisfação entre mães solo e cuidadoras é muito superior em relação àquelas que não têm esse tipo de responsabilidade. As cuidadoras e mãe solo também são as mais sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de cuidado, com 51% das mães e 49% das cuidadoras apontando a situação financeira restrita como o maior impacto na saúde mental. Isso quer dizer que a sobrecarga de cuidado também é um fator de empobrecimento das mulheres ou “feminização da pobreza”, segundo o relatório.

Entre as entrevistadas mais jovens, 26% declararam que os padrões de beleza impostos impactam negativamente na saúde mental. Já o medo de sofrer violência é citado por 16% das entrevistadas.

Para 91% das entrevistadas, a saúde emocional deve ser levada muito a sério e 76% estão buscando prestar atenção à saúde mental, principalmente após a pandemia de covid-19. Só 11% afirmam que não cuidam da sua saúde emocional de nenhuma forma.

“É necessário que comecemos a entender o impacto do trabalho de cuidado e suas consequências, além de partirmos de discussões que desestigmatizem tabus sobre a saúde mental. É essencial incentivar ações do setor privado, da sociedade civil e, principalmente, do setor público para um futuro viável para as mulheres”, afirmou, em nota, Nana Lima, co-diretora da Think Olga.

Leia também: 3º Festiva – Festival de Teatro de Itapevi vai pagar R$ 6 mil em prêmios


Fonte: Agência Brasil

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OMS diz que fim da pandemia de covid-19 pode estar perto

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Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde afirma que mundo nunca esteve em tão boa posição para acabar com a pandemia. Casos de covid-19 caíram 12% na semana passada em relação aos sete dias anteriores.O mundo nunca esteve em uma posição tão boa para acabar com a pandemia de covid-19, afirmou nesta quarta-feira (14/09) o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Na semana passada, o número de mortes semanais por covid-19 foi o mais baixo desde março de 2020. Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia”, disse, em uma coletiva de imprensa. “Não estamos lá ainda, mas o fim está próximo”, acrescentou.

Tedros, no entanto, alertou que não é momento de relaxar. “Quem corre uma maratona não para quando se aproxima da meta. Corre mais rapidamente, com toda a energia que lhe resta. E nós também”, sublinhou. “Todos podemos ver a linha de chegada, estamos a caminho de vencer, mas seria realmente o pior momento para parar de correr”.

O desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra covid-19 ajudaram a conter o número de mortes e hospitalizações. Além disso, a variante ômicron, que surgiu no final do ano passado, costuma provocar casos menos graves, o que também contribuiu para vislumbrar um cenário positivo.

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Não é hora de baixar a guarda

Tedros insistiu que os países não devem baixar a guarda e precisam analisar com atenção suas políticas e fortalecê-las para conter a covid-19 e vírus futuros. Ele também pediu às nações que vacinem 100% de seus grupos de alto risco e continuem testando os pacientes.

“Se não aproveitarmos esta oportunidade, corremos o risco de ter mais variantes, mais mortes, mais perturbações e mais incerteza”, advertiu.


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Segundo o relatório epidemiológico mais recente da OMS, o número de casos de covid-19 baixou 12% durante a semana de 29 de agosto a 4 de setembro em relação aos sete dias anteriores, para cerca de 4,2 milhões de infeções declaradas.

A OMS destaca, porém, que o número real de casos é certamente muito maior, já que infecções leves muitas vezes costumam não ser relatadas. Além disso, muitos países desmantelaram suas estruturas de testagem.

Em 4 de setembro, a OMS contabilizava mais de 600 milhões de casos oficialmente confirmados de coronavírus e 6,4 milhões de mortes.

“Estão circulando muito mais casos do que estão sendo relatados para nós”, ponderou a líder técnica da OMS sobre covid-19, Maria Van Kerkhove.

Ela acrescentou que o vírus “está circulando em um nível muito intenso em todo o mundo no momento”. A repórteres, Van Kerkhove disse que subvariantes da ômicron ou outras variantes preocupantes provavelmente causarão mais ondas da doença. No entanto, “essas futuras ondas de infecção não precisam se traduzir em futuras ondas de morte”, ponderou.

A próxima reunião de especialistas da OMS para decidir se a pandemia ainda representa uma emergência de saúde pública de interesse global deve ocorrer em outubro, informou um porta-voz da organização.

BA.5 é responsável por 90% dos casos

A OMS também informou que a subvariante ômicron BA.5 é a dominante globalmente, compreendendo quase 90% das amostras compartilhadas com o maior banco de dados público do mundo.

Michael Head, pesquisador sênior em saúde global da Universidade de Southampton, avalia que, agora, os governos estão analisando a melhor forma de gerenciar a covid-19 como parte de sua rotina de saúde e vigilância.

Como parte desta estratégia, nas últimas semanas, as autoridades regulatórias na Europa, nos EUA e em outros lugares aprovaram vacinas aprimoradas que visam o coronavírus original e variantes posteriores, incluindo BA.5.

No Brasil, até esta quarta-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) contabilizava 34.558.902 casos confirmados de covid-19 e 685.121 mortes devido à doença.


Fonte: TV Cultura

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Cresce o número de brasileiros que não usam mais máscaras de proteção

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Uma em cada três pessoas não mais usa máscara de proteção facial em nenhum local no Brasil, revela pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizada pelo Instituto FSB, que foi divulgada nesta segunda-feira (29). Segundo a pesquisa, de abril a julho, o índice dos que deixaram de usar a proteção quase dobrou, saindo de 17% para 32%.

Entre os que continuam com o hábito, adquirido depois do surgimento da pandemia da covid-19, a adesão às máscaras continua, principalmente em locais fechados. De abril a julho deste ano, o percentual de brasileiros que disseram usar máscaras apenas em locais fechados manteve-se estável (de 53% para 52%) e o dos que usam a proteção tanto em locais fechados quanto abertos caiu de 29% para 16%.

A tendência de deixar de usar a proteção facial acompanha a percepção da população sobre a a obrigatoriedade: do total de entrevistados, apenas 6% disseram que, em sua cidade, o uso de máscaras continua obrigatório em lugares fechados e abertos contra 37% que disseram que o uso é obrigatório.

“Diante de um cenário de menor gravidade da pandemia, com alta cobertura vacinal da nossa população e redução dos casos, as atividades econômicas estão retornando ao ritmo normal e o mercado de trabalho começa a se recuperar. Mas é importante que a população continue atenta aos índices de covid-19 e, sempre que preciso, mantenha os cuidados necessários para evitar uma nova onda, por todos os seus impactos na sociedade”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Clique aqui e saiba mais!

Adesão voluntária

Mesmo sem obrigatoriedade, no transporte público, a maioria, 55%, continua usando o equipamento de proteção.

Uma boa adesão também foi registrada em supermercados, ambiente em que 49% dos entrevistados disseram usar o acessório.

Família

Quando o foco é onde as pessoas menos usam máscaras, 75% dos entrevistados disseram que dispensam a proteção em encontros com amigos e parentes. O uso também é dispensado em espaços de compras, como comércio de rua (34%) e shopping centers (33%). Já no ambiente de trabalho 31% continuam a usá-las.

A CNI realiza pesquisa sobre a situação da pandemia de covid-19 no Brasil e o comportamento da população desde o início de 2020. Para a pesquisa divulgada hoje, as entrevistas foram realizadas de 23 a 26 de julho. O Instituto FSB ouviu presencialmente 2.008 cidadãos, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.


 Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

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Bom Prato garante refeições grátis a moradores em situação de rua até o fim do ano

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O Governador Rodrigo Garcia anunciou, nesta terça-feira (7), a prorrogação da oferta de refeições gratuitas a moradores de rua até 31 dezembro de 2022. A medida inclui todas as 63 unidades do programa e mais as 17 unidades do Bom Prato Móvel.

“Quem tem fome tem pressa. Autorizei a prorrogação até 31/12 de todas as refeições aos finais de semana nas unidades do Bom Prato. As pessoas em situação de rua cadastradas pelo município também seguirão, pelo mesmo período, recebendo comida de graça do Bom Prato”, afirmou Rodrigo Garcia.

Para participar do serviço, os municípios devem solicitar à Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado os cartões gratuidade desde que identifiquem e cadastrem a demanda de beneficiários que estejam em situação de vulnerabilidade social.

A partir daí os cartões são emitidos e enviados às prefeituras, que irão distribuí-los aos moradores de rua. Com os cartões em mãos, o portador deve apresentá-lo à unidade e poderá se servir com qualidade e sem custo algum. Até o momento foram disponibilizados 24,8 mil cartões gratuidade aos municípios.

“Estender a política da gratuidade aos moradores de rua é um esforço e um dever do governo do estado. Um esforço porque precisamos continuar a subsidiar e custear essas refeições integralmente; e um dever porque a pasta de desenvolvimento social tem de focar sempre na vulnerabilidade. Nosso olhar está voltado constantemente para garantir esse direito, que é a refeição de qualidade, gratuita e em ambientes seguros e agradáveis”, declarou Laura Machado, secretária de Desenvolvimento Social.

A iniciativa das refeições gratuitas surgiu a partir da fase mais aguda da pandemia, a partir de maio de 2020. A princípio a política pública da gratuidade seguiria até 31 de julho. O Estado já financiou e forneceu mais de 1,8 milhão de refeições gratuitas.

Diante da continuidade da pandemia e da sensibilidade socioeconômica causada pela pandemia da Covid-19, as unidades do Programa também continuarão a abrir para o serviço de jantar e também aos finais de semana. Dessa forma o governo continua a subsidiar integralmente essas refeições nas seguintes unidades aos sábados: Brás, Campos Elísios, Lapa, 25 de Março, Campinas, São Mateus, Guaianases, Santana, São José dos Campos, Santos I – Mercado, Taubaté, Rio Claro, Bauru, Carapicuíba e Franca. Aos domingos, abrem: Brás, Campos Elísios, Lapa, 25 de Março, São Mateus, Guaianases.

A abertura das unidades aos finais de semana e o serviço de jantar é feita de acordo com um estudo de demanda e consumo.

Sobre o Bom Prato

O Programa consegue atender estrategicamente todas as regiões do estado de São Paulo com as suas 63 unidades fixas: são 15 estão na RMSP, 22 na capital, 8 no litoral e 18 no interior. Há também mais 17 unidades do Bom Prato Móvel.

Entre almoço (R$ 1) e jantar (R$ 0,50) são servidos diariamente 103.530 refeições e; mais 18,8 mil cafés da manhã (R$ 0,50). Desde o início do Programa, no ano 2000, foram servidas cerca de 310 milhões de refeições. Sendo que somente neste ano foram 10,2 milhões até o início do mês de maio.


Fonte: Divulgação/Portal Governo de SP – Foto: Arquivo/Portal Governo de SP

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Presidente diz que deve ter sido único líder contrário ao isolamento

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O presidente Jair Bolsonaro disse que, provavelmente, foi o único chefe de Estado que adotou estratégia diferenciada de combate à pandemia, ao questionar o isolamento social e seus efeitos para a economia do país.

A afirmação foi feita no Rio de Janeiro, quando o presidente estava em um almoço com participantes do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes.

“Talvez o único chefe do Estado do mundo que não aceitou o ‘fica em casa porque a economia a gente vê depois’ tenha sido eu. Lamentavelmente, a condução da pandemia foi retirada da minha mesa presidencial. Mas o Brasil fez sua parte, colaborando com estados e municípios, e mais: com os mais humildes que, quando obrigados a ficar em casa, perderam toda sua renda”, disse ele ao afirmar que, graças a essa “acolhida” dada pelo governo não houve “nenhum problema social no Brasil”.

O presidente reiterou que, enquanto o país volta à normalidade, em muitos países nota-se a possibilidade de desabastecimento. “Com certeza a preocupação de todo chefe de Estado é a segurança alimentar, e, nesse momento, todos voltam os olhos ao Brasil, uma potência agrícola que não parou”, acrescentou ao lembrar que uma em cada cinco pessoas no mundo é alimentada pela produção brasileira.

O Congresso Mercado Global de Carbono terminará na sexta-feira (20). Durante o evento, 24 painéis serão apresentados em quatro salas temáticas. Também serão apresentados 120 cases de sucesso de empreendedores verdes em quatro miniauditórios.


Por Pedro Peduzzi – Foto: Marcos Corrêa/Presidência

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Ministro anuncia fim da emergência sanitária por covid-19 no país

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em pronunciamento de rádio e TV, na noite deste domingo (17), o fim da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia. Segundo o ministro, o anúncio foi possível por causa da melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ainda segundo o ministro, nos próximos dias será editado um ato normativo sobre a decisão. Queiroga afirmou que a medida não significa o fim da covid-19. “Continuaremos convivendo com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros, em total respeito à Constituição Federal.”

Vacinação

No pronunciamento, o ministro falou que o país realizou a maior campanha de vacinação de sua história, com a distribuição de mais de 476 milhões de doses de vacina. Foi ressaltado que mais de 73% dos brasileiros já completaram o esquema vacinal contra a covid-19 e 71 milhões receberam a dose de reforço. 

O ministro também destacou os investimentos feitos na área nos últimos dois anos. “O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, fortaleceu o SUS, com a expansão da capacidade de vigilância, ampliação na atenção primária e especializada à saúde. Foram mais de R$ 100 bilhões destinados exclusivamente para o combate à pandemia, além dos mais de R$ 492 bilhões para o financiamento regular da saúde desde 2020”, disse Queiroga.

Emergência sanitária 

O Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus no final de fevereiro de 2020, enquanto a Europa já registrava centenas de casos de covid-19. No dia 3 de fevereiro de 2020 o ministério declarou a covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância nacional..

A declaração de transmissão comunitária no país veio em março, mês em que também foi registrada a primeira morte pela doença no país. Segundo último balanço, divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo, o Brasil registrou, desde o início da pandemia, 5.337.459 casos de covid-19 e 661.960 mortes. Há 29.227.051 pessoas que se recuperaram da doença, o que representa 96,6% dos infectados. Há ainda 363.607 casos em acompanhamento.


Por Agência Brasil – Foto: Valter Campanato/AB

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Ministro pede ao Senado para rebaixar covid-19 à situação de endemia

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A possibilidade de o país flexibilizar o estado de emergência sanitária foi o assunto de uma reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (15). “Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado”, publicou o presidente do Senado em sua rede social.

Queiroga, que na semana passada, encontrou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para tratar do mesmo assunto, também deve se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, sobre o tema.

Balanço

Segundo dados da da última sexta-feira (11), divulgados pela pasta, 91% da população brasileira acima de 12 anos já tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19. Desse total, 84,38% completou o esquema vacinal e apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos receberam a dose de reforço. Nas últimas semanas, alguns municípios e estados revogaram o uso de máscara em ambientes abertos e fechados. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o país já registrou 656 mil mortes para o novo coronavírus e aproximadamente 29,4 milhões de infectados.


Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Foto: Marcelo Camargo/AB

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