Desde quarta-feira (28), quando o Papa Francisco afirmou que seu predecessor estava muito doente, fiéis do mundo inteiro se uniram em oração pela saúde do Papa emérito. Bento XVI tinha 95 anos e vivia no Mosteiro Mater Ecclesiae desde sua renúncia ao ministério pretino, em 2013.
“É com pesar que informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 no Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano. Mais informações serão fornecidas o mais breve possível”, escreveu o perfil de notícias do Vaticano no Twitter.
O Papa Francisco pediu nesta quarta-feira (28) orações por Bento XVI e disse que o ex-papa está “muito doente”.
“Gostaria de pedir a todos uma oração especial pelo Papa Emérito Bento, que, no silêncio, está sustentando a Igreja. Lembremo-nos dele. Ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e sustente neste testemunho de amor à Igreja, até o fim”, disse Francisco ao final de sua audiência geral.
Por meio de um comunicado, o Vaticano disse que Bento XVI sofreu uma “piora” repentina de sua saúde nas últimas horas. Em seguida, foi dito que sua condição estava “sob controle” e que ele recebia atenção médica constante.
Em 2013, Bento, de 95 anos, foi o primeiro papa em cerca de 600 anos a renunciar. Além disso, foi o primeiro papa alemão em 1.000 anos. Até algumas semanas atrás, aqueles que viram Bento disseram que seu corpo estava muito frágil, mas sua mente ainda estava afiada.
Durante a célebre mensagem de Natal na Praça de São Pedro, o Papa Francisco afirmou que o mundo precisa “silenciar as armas” na Ucrânia, país que luta contra a Rússia no leste europeu. Além de pedir o fim do conflito, o líder da Igreja Católica também mencionou uma eventual “terceira guerra mundial”.
“Que nosso olhar seja preenchido com os rostos dos nossos irmãos e irmãs ucranianos, que vivem este Natal no escuro, no frio ou longe de suas casas, por causa das destruições provocadas por 10 meses de guerra“, declarou o pontífice.
Ao todo, cerca de 70 mil pessoas estavam presentes no pronunciamento. Uma novidade deste domingo (25) é que o papa mencionou, pela primeira vez, o Irã. Atualmente, o país passa por uma onda de protestos e por forte repressão dos manifestantes.
O papa Francisco visitou uma prisão italiana para uma missa nesta Quinta-feira Santa (14), onde lavou e beijou os pés de 12 detentos para relembrar o gesto de humildade de Jesus para com seus apóstolos na noite anterior à sua morte.
Os predecessores de Francisco realizaram o ato na Basílica de São Pedro ou em outra catedral de Roma. Mas depois de sua eleição em 2013, o papa Francisco deu continuidade à tradição que estabeleceu como arcebispo de Buenos Aires de mantê-lo em prisões ou lares para idosos.
Este ano, Francisco foi a uma prisão na cidade portuária de Civitavecchia, a noroeste de Roma, na costa do Mediterrâneo.
Um vídeo divulgado pelo Vaticano mostrou o papa lavando e beijando os pés de 12 detentos de várias idades, incluindo uma mulher que parecia ser idosa.
“Nós, sacerdotes, devemos ser os primeiros a servir os outros, não explorar os outros”, disse ele aos presos em uma breve homilia improvisada durante a missa na capela da prisão. “É uma maneira de dizer ‘não julgo ninguém. Tento servir a todos'”, afirmou.
O papa lhes disse que Deus os julgaria, mas também estaria pronto para perdoá-los.
Nos últimos dois anos, versões reduzidas do ato foram realizadas dentro do Vaticano por causa das restrições da Covid.
A visita ao presídio, que foi privada e fechada ao público, foi o segundo de dois cultos desta quinta-feira, início de três dias de intensas atividades até a Páscoa.
Por Philip Pullella – Repórter da Reuters/Fonte: Agência Brasil – Foto: Mídia Vaticano/Divulgação via Reuters