A Prefeitura de São Paulo decretou luto oficial de 7 dias na cidade em sinal de profundo pesar pelo falecimento nesta segunda-feira (21) de Sua Santidade o Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica e referência mundial de fé, solidariedade e diálogo inter-religioso.
Por determinação do prefeito Ricardo Nunes, que está em viagem oficial à China e ao Japão, em uma outra homenagem, será dado o nome de CEU Papa Francisco ao CEU Imperador, em Sapopemba, na Zona Leste, a ser inaugurado nos próximos dias.
Durante o período de luto oficial, a bandeira do município será hasteada a meio mastro em todos os edifícios públicos municipais.
O decreto ressalta o impacto da vida e missão de Francisco para milhões de fieis católicos e cidadãos de São Paulo, cidade que abriga uma das maiores populações católicas do mundo. Além disso, destaca o sentimento de pesar que a perda suscita entre os munícipes.
A Prefeitura de São Paulo lamenta com grande pesar a morte do Papa Francisco ocorrida na madrugada desta segunda, no Vaticano, em Roma, e se solidariza com todos os católicos e todos os brasileiros pela despedida deste líder que marcou a história da Igreja com sua simplicidade, coragem e amor incondicional aos mais pobres.
Natural de Buenos Aires, na Argentina, Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, foi o primeiro pontífice das Américas. Ao ser conclamado Papa, em 13 de março de 2013, adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis e buscou ao longo de sua jornada uma liderança marcada pelo diálogo, solidariedade e justiça social.
O Papa escolheu o Brasil como o primeiro país a ser visitado. Em 2013, o Papa Francisco veio ao Rio de Janeiro para participar da 28ª Jornada Mundial da Juventude, e emocionou a todos com seu carisma e proximidade com os jovens.
Francisco deixa um legado de exemplo de fé, solidariedade e serviço.
O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, disse nesta segunda-feira (21), que “ninguém deverá se surpreender” se o novo papa, a ser escolhido durante o Conclave, seja um asiático ou africano.
“Ninguém deveria se surpreender se fosse escolhido um cardeal africano para ser papa ou um cardeal asiático para ser papa ou novamente um cardeal italiano para ser papa. Está nas possibilidades. Se isso acontecer, não significará que a igreja voltou-se só para África ou voltou-se apenas para Ásia, voltou às costas para América ou voltou a se centrar na Europa. Qualquer um que for escolhido papa deve recuperar o cuidado da Igreja como um todo. Portanto, é o tempo do pontificado que vai depois nos dizer para onde irão as escolhas pessoais que o papa fará”, disse.
Dom Odilo destacou que essa variedade de nacionalidades entre as possibilidades para um novo papado decorre do fato de que, durante o pontificado de Francisco, o colégio de cardeais ficou ainda mais diversificado.
Missa em em homenagem ao Papa Francisco, na Catedral da Sé – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
“O que mudou é que, desde o papa Francisco para cá, o colégio dos cardeais hoje está muito mais internacionalizado do que antes. A grande maioria dos cardeais não são mais os europeus. As américas Latina e do Norte têm um grande peso. A África tem um peso significativo e a Ásia também tem um peso no Colégio Cardinalício”, explicou.
Para o cardeal, embora ainda não seja possível revelar a nacionalidade ou posicionamento político do novo papa, o que se sabe até o momento “é que ele não será um novo Francisco”.
“Ninguém espere que o próximo papa seja o Francisco II. Pode até ter o nome de Francisco II, mas não será a imagem semelhante à de Francisco II. Será um outro papa”.
“Ninguém espera um papa a favor da guerra. Ninguém espera um papa que não cuide dos pobres. Ninguém espera um papa que não diga aos padres para que sejam bem formados. Isso é a norma geral. Portanto, o próximo papa será alguém que vai cuidar bem da vida da Igreja e da missão da Igreja. Porém, o próximo papa será uma pessoa humana, não será um robô”, reforçou.
Cardeal
Padre Júlio Lancellotti participa da missa em em homenagem ao Papa Francisco, na Catedral da Sé – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Dom Odilo foi nomeado cardeal em 2007, pelo papa Bento XVI. Um cardeal é a autoridade da Igreja Católica que está mais próxima do papa e que pode participar e votar no Conclave para a escolha de um novo papa. Todos os cardeais com menos de 80 anos de idade, como é o caso de dom Odilo, podem votar no Conclave. E qualquer cardeal pode ser eleito papa.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, na Catedral da Sé, no centro da capital paulista, antes de celebrar uma missa em homenagem ao papa Francisco, dom Odilo revelou que deve participar do funeral do pontífice e também do Conclave, do qual já participou em 2013 e que elegeu Jorge Mario Bergoglio como papa. Nesse mesmo ano, o nome de dom Odilo chegou a ser especulado entre as possibilidades de ser um novo líder católico.
O cardeal destacou que após a morte do papa Francisco, nesta madrugada de segunda-feira, essas “especulações e torcida” sobre o novo pontificado terão início. Apesar disso ser natural, disse, a escolha do novo papa será “resultado de um discernimento coletivo” dos cardeais.
“A escolha do papa não é um conchavo feito anteriormente, já pronto. Isso é fantasia. A escolha do papa vem de um discernimento que se faz em um clima de oração e de um auto-senso de responsabilidade em relação à Igreja. A responsabilidade é pela igreja, não de salvar uma ideologia ou um partido ou um gosto. Não é uma campanha eleitoral”, explicou.
Dom Odilo também disse que as especulações sobre se o novo papa será mais conservador ou progressista são preocupações externas e não se refletem na Igreja.
“A preocupação na escolha do papa, com toda certeza, não é a questão se ele é progressista ou conservador. Esta é uma preocupação externa. O evangelho é tanto progressista quanto conservador. Claramente a opção pelos pobres, a atenção à justiça social, o cuidado dos migrantes e a preocupação com a paz do mundo não são posturas progressistas ou conservadoras, são posturas do evangelho”.
Cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, celebra missa em sufrágio do papa Francisco – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Último encontro
Durante a entrevista, dom Odilo revelou que a última vez em que esteve com o papa Francisco foi em fevereiro deste ano, pouco antes dele ser internado por problemas de saúde.
“Guardo com muito carinho esse último encontro e essa última participação numa audiência com ele, no dia 13 de fevereiro deste ano”, revelou.
Mas essa não foi a única vez em que estiveram juntos.
“Tive algumas conversas mais prolongadas e pessoais com o papa Francisco e foram muito boas. Como sempre, ele escutava muito, depois falava com muita sabedoria”.
Em um desses encontros, logo após a visita do papa Francisco ao Brasil, em 2013, dom Odilo entregou ao papa um livro. Esse livro reunia diversas caricaturas do papa Francisco feitas por artistas brasileiros na ocasião de sua visita ao Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude.
“Alguns artistas e cartunistas produziram um livro com charges do papa Francisco e me entregaram para que eu desse para ele. Eu levei e entreguei para ele após uma missa. Ele olhou, olhou, e caiu numa gargalhada muito bonita”, contou.
Após 38 dias de internação no Hospital Gemelli, em Roma, o Papa Francisco, de 88 anos, recebeu alta na manhã deste domingo (23). Ao deixar o hospital, suas primeiras palavras foram: “Obrigado a todos”, em um gesto de gratidão aos fiéis que acompanharam sua recuperação.
O pontífice foi hospitalizado em 14 de fevereiro para tratar problemas respiratórios. Segundo a equipe médica, ele está completamente curado da pneumonia dupla, mas ainda há a presença de alguns vírus em seus pulmões.
De volta ao Vaticano, Francisco precisará manter repouso pelos próximos dois meses e seguirá com sessões de fisioterapia respiratória e exercícios para a fala, uma vez que sua voz foi afetada pelo uso prolongado de oxigênio de alto fluxo. Os médicos também recomendaram evitar grandes encontros e atividades exaustivas para reduzir riscos de novas infecções.
A recuperação do Papa continuará sendo monitorada de perto, enquanto ele retoma gradualmente suas atividades no Vaticano.
O Vaticano divulgou neste domingo (16) uma foto do Papa Francisco celebrando a missa dominical na capela do apartamento do hospital Policlínico Gemelli, em Roma, onde está internado há mais de um mês.
Foi a primeira imagem do pontífice, de 88 anos, liberada desde sua hospitalização para o tratamento de uma pneumonia dupla.
De acordo com o Vaticano, o quadro de Francisco permanece estável. Ele não recebeu visitas hoje e prosseguiu com tratamentos prescritos, incluindo terapia respiratória e motora.
Como o estado de saúde do pontífice deixou de ser considerado “crítico”, os boletins médicos diminuíram de frequência.
Segundo o comunicado, o pontífice não apresenta febre, mas que ainda necessita de oxigênio de alto fluxo. “A condição clínica do Santo Padre permaneceu estável hoje; o Papa não precisou de ventilação mecânica não invasiva, mas apenas de oxigenoterapia de alto fluxo”.
Considerando a complexidade do quadro clínico, o prognóstico permanece reservado.
O Vaticano informou ainda que Francisco participou da Santa Missa com a equipe que está cuidando dele no hospital, e depois alternou descanso e oração.”
Nesta manhã, a Santa Fé afirmou que Francisco teve uma noite tranquila no hospital.
Francisco completou 16 dias de internação para tratar uma pneumonia bilateral. O pontífice, de 88 anos, está internado no Hospital Gemelli, em Roma, desde o dia 14 de fevereiro.
Esta é a ausência mais longa do Papa Francisco desde o início do seu papado, em março de 2013.
O Papa Francisco teve uma noite tranquila e segue em repouso, segundo o mais recente comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado nesta segunda-feira (24).
Apesar da estabilidade durante a noite, o estado de saúde do Pontífice ainda inspira cuidados. No boletim anterior, emitido no domingo (23), quando completou nove dias de internação, foi informado que a condição do Santo Padre segue crítica, embora ele não tenha apresentado novas crises respiratórias desde a noite de sábado.
Os parâmetros sanguíneos mostram sinais de melhora, mas exames indicam um quadro leve de insuficiência renal, que está sob controle. O Papa continua vigilante, bem orientado e recebendo oxigênio. O prognóstico permanece reservado devido à complexidade do quadro clínico e à necessidade de tempo para avaliar a resposta às terapias farmacológicas.
O papa Francisco continuará hospitalizado para dar sequência ao tratamento contra uma infecção respiratória. A informação foi confirmada neste sábado (15) pelo porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, que ressaltou que o pontífice permanecerá internado “o tempo que for necessário”.
“Vamos ver como ele reage ao tratamento”, declarou Bruni. “Eu não tenho uma data para isso”, completou.
Francisco, de 88 anos, passou a noite de sexta-feira no hospital Gemelli, em Roma, onde dormiu bem e não apresentou piora no quadro febril durante a madrugada, segundo o porta-voz. Ele seguirá sendo submetido a exames médicos nos próximos dias.
A imprensa internacional também reportou que uma autoridade do Vaticano, falando sob condição de anonimato, confirmou que o papa não teve febre na manhã deste sábado.
Francisco tem enfrentado um quadro de bronquite há mais de uma semana e foi levado ao hospital para cuidados intensivos. O pontífice também passou por uma cirurgia recente, na mesma unidade, para reparar uma hérnia abdominal.
Enquanto isso, fiéis se reuniram na praça em frente ao hospital, próximo à estátua do papa João Paulo II, para orar pela recuperação do líder da Igreja Católica.
Desde quarta-feira (28), quando o Papa Francisco afirmou que seu predecessor estava muito doente, fiéis do mundo inteiro se uniram em oração pela saúde do Papa emérito. Bento XVI tinha 95 anos e vivia no Mosteiro Mater Ecclesiae desde sua renúncia ao ministério pretino, em 2013.
“É com pesar que informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 no Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano. Mais informações serão fornecidas o mais breve possível”, escreveu o perfil de notícias do Vaticano no Twitter.
O Papa Francisco pediu nesta quarta-feira (28) orações por Bento XVI e disse que o ex-papa está “muito doente”.
“Gostaria de pedir a todos uma oração especial pelo Papa Emérito Bento, que, no silêncio, está sustentando a Igreja. Lembremo-nos dele. Ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e sustente neste testemunho de amor à Igreja, até o fim”, disse Francisco ao final de sua audiência geral.
Por meio de um comunicado, o Vaticano disse que Bento XVI sofreu uma “piora” repentina de sua saúde nas últimas horas. Em seguida, foi dito que sua condição estava “sob controle” e que ele recebia atenção médica constante.
Em 2013, Bento, de 95 anos, foi o primeiro papa em cerca de 600 anos a renunciar. Além disso, foi o primeiro papa alemão em 1.000 anos. Até algumas semanas atrás, aqueles que viram Bento disseram que seu corpo estava muito frágil, mas sua mente ainda estava afiada.
Durante a célebre mensagem de Natal na Praça de São Pedro, o Papa Francisco afirmou que o mundo precisa “silenciar as armas” na Ucrânia, país que luta contra a Rússia no leste europeu. Além de pedir o fim do conflito, o líder da Igreja Católica também mencionou uma eventual “terceira guerra mundial”.
“Que nosso olhar seja preenchido com os rostos dos nossos irmãos e irmãs ucranianos, que vivem este Natal no escuro, no frio ou longe de suas casas, por causa das destruições provocadas por 10 meses de guerra“, declarou o pontífice.
Ao todo, cerca de 70 mil pessoas estavam presentes no pronunciamento. Uma novidade deste domingo (25) é que o papa mencionou, pela primeira vez, o Irã. Atualmente, o país passa por uma onda de protestos e por forte repressão dos manifestantes.