Rivais extremos no cenário nacional, os maiores partidos que representam a esquerda e a direita no Brasil, PT e PL rejeitam apoiar o ex-prefeito de Barueri Gil Arantes em 2024.
Conforme publicamos anteriormente, os presidentes dos diretórios municipais do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL), ambos, rejeitaram caminhar ao lado de Gil Arantes (União) nas próximas eleições municipais.
Na atual conjuntura, tudo indica que, os rivais na esfera nacional devem ficar ao lado do grupo do prefeito Rubens Furlan (PSDB) e apoiar a pré-candidatura de Beto Piteri (PSDB).
Já publicamos o posicionamento de cada partido, através de entrevistas exclusivas, onde destacamos a declaração dos presidentes dos diretórios de Barueri.
À época, Alexandre de Ramos, presidente do PT Barueri, destacou que “é muito improvável o partido (PT) apoiar ou realizar aliança com o Gil Arantes“, disse. Leia aqui
Já o presidente do PL, Dr. Antônio, destacou, “eu e Gil Arantes estamos em lados opostos”, disse. Leia aqui
Nos bastidores, circula que o ex-prefeito está articulando para conquistar o apoio nacional do PL e assim, trazer o partido para o seu grupo político, independente da vontade do presidente municipal, Dr. Antônio. Já no caso do PT, interlocutores do Gil, alegaram que o grupo político rejeita receber o apoio do partido em Barueri.
O presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Barueri, Alexandre de Ramos, afirmou, em conversar exclusiva, ser “muito improvável” uma aliança com o ex-prefeito Gil Arantes.
“Analisando o que aconteceu na última eleição, de que lado o ex-prefeito (Gil Arantes) estava? A resposta tá aí“, afirmou o presidente do PT Barueri.
Em outro momento acrescentou, “nos atos golpistas e no bloqueio na rodovia Castello Branco, até no acampamento que montaram em Barueri tinha pessoas que fazem parte do mesmo grupo político. É muito improvável o partido (PT) apoiar ou realizar aliança com o Gil Arantes“, destacou Alexandre.
Questionado sobre o apoio ao vice-prefeito de Barueri, Beto Piteri, Alexandre confirmou o diálogo, “não descartamos, estamos conversando com os filiados e a direção do partido, tudo indica que sim, mas, a política é muito dinâmica e temos que esperar chegar mais próximo ao pleito para decidir qual é o melhor caminho” finalizou Alexandre de Ramos.
O site oficial do Partido dos Trabalhadores (PT) foi alvo de uma invasão hacker durante a madrugada deste domingo (29). A página é usada para divulgar informações sobre a legenda e as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após a invasão, o site passou a exibir uma foto do ex-ator pornô Kid Bengala e mensagens criticando o atual presidente do Brasil.
Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) esclareceu que os dados do site são protegidos e que não houve apropriação ou perda das informações contidas nele.
“A ação desta madrugada mantém a sucessão de sistemáticos ataques sofridos durante a campanha eleitoral, em especial”, diz a nota.
A Federação Brasil da Esperança no Paraná, que reúne os diretórios estaduais de PT, PV e PC do B, apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral paranaense uma ação de investigação judicial contra o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR). A articulação solicita a cassação do mandato do ex-juiz e a quebra de seu sigilo fiscal e bancário por gastos realizados durante a pré-campanha deste ano.
A iniciativa une a federação ao PL de Jair Bolsonaro, que no início deste mês acionou a Justiça contra Moro pelas mesmas razões.
Segundo a legenda do presidente da República, Moro iniciou sua campanha quando ainda era filiado ao Podemos e pretendia concorrer à Presidência. No limite do prazo, o ex-juiz foi para o União Brasil e se lançou ao Senado.
O problema, argumentam os advogados do PL, é que a prestação de contas do ex-juiz não considerou o período anterior à troca de partido acusação que é endossada pela Federação Brasil da Esperança no Paraná.
“Os investigados, principalmente o senador eleito Sergio Moro, perpetraram diversos atos de abusos, desde a possível prática de caixa dois e abuso de poder econômico, fatos estes que, por si só, levam à necessária e urgente apuração de suas atitudes ilícitas, até as irregularidades na prestação de contas”, afirmam PT, PV e PC do B na ação, que também pede a investigação dos suplentes do senador eleito.
“Em atitudes que se estendem desde a filiação de Moro ao Podemos até sua candidatura ao Senado pelo Paraná, pelo União Brasil, há indícios de que o investigado utilizou de recursos do fundo partidário e do fundo especial de campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para a construção e projeção de sua imagem enquanto pré-candidato”, dizem ainda.
Procurado pela reportagem por meio de sua assessoria de imprensa, Sergio Moro classificou as acusações como “especulações fantasiosas”.
“A ação do PT é mero choro de perdedor e reflete o medo do partido de enfrentar uma oposição inteligente e democrática no Senado. Nada tememos, pois especulações fantasiosas não afetam a regularidade de nossas ações”, diz Moro, em nota.
De acordo com a ação, o ex-ministro da Justiça deveria ser investigado por supostamente usar recursos do Podemos e do União Brasil para se projetar na véspera das eleições sem declará-los.
“O Podemos, desde novembro de 2021, passou a custear a carreira política de Moro, que, a partir dali já era pré-candidato, passou a encampar uma vasta agenda de viagens e eventos de articulação política, tudo também divulgado amplamente em suas mídias sociais”, diz a ação.
“É importante notar que, dos vídeos e postagens, Moro é acompanhado de amplo staff pessoal de assessores e auxiliares, os quais, novamente, não se tem notícia de quem são, quanto e se receberam recursos ou quem custeou suas despesas pessoais e a serviço do futuro candidato. E tudo, como se nota, a serviço de sua futura campanha eleitoral”, continua.
Em uma citação na abertura da ação, os advogados dos diretórios estaduais de PT, PV e PC do B fazem uma espécie de provocação ao elencar uma frase dita por Moro durante palestra na Universidade de Harvard, no Estados Unidos, em 2017. “Para mim, a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito”, diz o trecho atribuído a ele.
Para os advogados Luiz Eduardo Peccinin, Dylliardi Alessi, Priscilla Conti Bartolomeu e Jeancarlo de Oliveira Coletti, que assinam a ação contra o ex-juiz, o caso do senador eleito se assemelha ao da ex-senadora Juíza Selma (Podemos-MT), que teve o mandato cassado em 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A corte superior manteve uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, que concluiu que a então candidata e seu primeiro suplente omitiram da Justiça quantias expressivas usadas para pagar despesas de campanha no período pré-eleitoral.
Entre essas despesas havia a contratação de empresa de pesquisa e de marketing para produção de vídeo, jingles e fotos antes do início oficial da campanha, o que é vedado pela legislação.
Com 678,5 mil votos, a senadora se elegeu em 2019 pelo PSL adotando um forte discurso de combate à corrupção, o que lhe rendeu o apelido de “Moro de saia”. Posteriormente, Selma migrou para o Podemos.
O PT e a federação partidária Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) oficializaram hoje (21) a candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, para concorrer às eleições presidenciais de outubro. Também foi formalizada a participação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice-presidente, na chapa que concorrerá a uma vaga no Planalto neste ano.
Durante a convenção partidária, que ocorreu a portas fechadas em um hotel na capital paulista, o PT aprovou ainda a coligação com o PSB, Solidariedade e a federação PSOL-Rede. Lula e Alckmin não participaram do evento, porque estavam cumprindo agenda no Recife. “Aprovamos nossa coligação de sete partidos e também delegamos à Executiva Nacional da federação poderes para discussão com outros partidos que possam querer integrar nossa coligação”, disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
Segundo ela, no encontro, também foram discutidas a conjuntura política atual do país e a importância da construção de uma unidade no campo político que o grupo representa. “E óbvio que tiramos como meta a ampliação desse movimento político. O momento que vivemos no país é muito difícil e essa não é uma eleição normal como as outras. Esta eleição traz elementos duros para a democracia brasileira.”
Perfil
Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, foi presidente da República por dois mandatos a partir de 2003, depois de ser eleito em 2002, em disputa no segundo turno das eleições com José Serra. Em 2006, ele venceu Geraldo Alckmin e foi reeleito ao cargo. A primeira vez que disputou a Presidência foi em 1989, sendo derrotado por Fernando Collor de Melo. Tentou mais duas vezes, em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso nas duas tentativas. Lula nasceu em Garanhuns (PE) e iniciou sua trajetória política como sindicalista em 1966.
Em 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. Em 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou as condenações, por entender que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações, tornando Lula elegível. No mesmo ano, o plenário do Supremo confirmou a decisão.
Geraldo Alckmin, que nasceu em Pindamonhangaba, no interior paulista, tem 68 anos, é médico e professor. Foi governador de São Paulo de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018, comandando o governo paulista por mais tempo desde a redemocratização do Brasil. Atualmente é professor universitário no curso de medicina da Universidade Nove de Julho e é membro da Academia de Medicina de São Paulo.