Maior jogador de todos os tempos, Pelé recebeu mais uma homenagem. Uma estátua do Rei do Futebol foi inaugurada nesta quinta-feira (4), em Santo André, próximo de onde o ex-jogador fez o primeiro dos seus mais de mil gols na carreira.
O gol foi histórico foi marcado no ano de 1956, quando ele tinha apenas 15 anos. A estátua fica no Parque Antônio Fláquer, chamado popularmente por Ipiranguinha, no município do Grande ABC Paulista.
O local é de frente para onde ficava o campo em que ocorreu o amistoso entre Corinthians de Santo André e Santos, em comemoração aos 134 anos da Independência do Brasil, em 1956.
Eram 30 minutos do segundo tempo quando o jovem, ainda chamado pelo apelido de Gasolina, entrou em campo. Seis minutos depois, o rapaz marcou o sexto gol do Santos, na goleada por 7 a 1.
Marcelo Teixeira é o novo presidente do Santos. A eleição ocorreu neste sábado (9) e foi marcada pela violência. No início da tarde, membros de uma das torcidas organizadas do Peixe tentaram invadir o ginásio em que acontecia a votação.
Teixeira foi eleito ao cargo com 53% dos votos válidos e derrotou seus quatro concorrentes ao cargo: Maurício Maruca, Ricardo Agostinho, Rodrigo Marino e Wladimir Mattos.
“Quero agradecer a confiança do associado. O que hoje deveria ser uma festa da democracia, o ambiente não é tão propício pois não estamos felizes com este ano. Mas, de qualquer maneira, as urnas são soberanas. os votos muitos expressivos demonstram a confiança no nosso trabalho e projeto. Queremos que o Santos seja único, com todos unidos. Vamos trabalhar para ter a chance de recolocar o Santos em seu devido patamar. A mudança será feita. Essas medidas serão drásticas e emergências. Não podemos nos acomodar. E não serão apenas em uma área. Temos cinco pilares, que serão atacados de uma forma imediata”, disse o presidente eleito.
Teixeira recebeu 4.762 mil votos – sendo 1.270 nas urnas físicas dispostas no Ginásio Athiê Jorge Cury e no salão de mármore da Vila Belmiro, e outros 3.492 mil votos on-line.
Veja os votos:
Marcelo Teixeira – 4.762 votos
Maurício Maruca – 1.378 votos
Rodrigo Marino – 1.073 votos
Ricardo Agostinho – 1.011 votos
Wladimir Mattos – 562 votos
Será a terceira vez que Marcelo Teixeira comandará a presidência do clube. Ele volta ao cargo após 12 anos. Ele esteve na chefia em 1991 e 1992 e, depois, entre 2000 e 2009.
Agora, ele comandará o Santos no triênio entre 2024-2026 e terá como desafio recolocar o clube na Série A do Campeonato Brasileiro e reorganizar as finanças do clube.
Teixeira assume o cargo no dia 1º de janeiro, porém inicia a transição de poder com o atual presidente Andres Rueda a partir da próxima segunda-feira.
Sem camisa 10
Após a vitória, Marcelo Teixeira afirmou que o clube não usará a camisa 10, consagrada pelo Rei Pelé, em jogos da Série B em 2024.
“Nós vamos propor ao Conselho Deliberativo. No Campeonato Paulista vamos atuar normalmente com a camisa 10. No Campeonato Brasileiro, enquanto não subir, estar no seu patamar digno, nós não atuaremos com a camisa 10”, declarou.
“Em memória, em honra. Já que neste ano tivemos a homenagem do campeonato ao Rei Pelé, continuaremos nessa missão. Nós voltaremos à primeira divisão. Enquanto não voltarmos, o Santos não utilizará a camisa mais gloriosa da sua história, a camisa 10 “, acrescentou.
Em 2024, o Peixe disputará apenas o Campeonato Paulista e a Série B do Campeonato Brasileiro. O clube está de fora da Copa do Brasil.
O Santos foi rebaixado pela primeira vez nesta temporada, quando terminou o Brasileiro na 17ª posição.
Após dias de homenagem a Pelé, seu filho mais velho, Edinho, voltou a falar com a imprensa nesta sexta-feira (6). Em coletiva, o técnico do Londrina agradeceu todo o carinho recebido pelas pessoas. Sobre a ausência de grandes nomes do futebol brasileiro, ele minimizou a polêmica e preferiu ressaltar a presença popular na Vila Belmiro na segunda (2) e terça-feira (3).
“Em relação aos comentários e algumas críticas eventuais de pessoas que não foram lá… eu prefiro valorizar muito as pessoas que foram lá, sim. E compreendo totalmente em relação às pessoas que não foram. É uma época complicada do ano para viajar, ninguém, claro, naturalmente se programou para isso. É compreensível. Eu tenho certeza de que, independentemente de ter ido lá ou não, havia muito carinho e muito amor, muito respeito”, disse Edinho.
Vale lembrar que apenas dois jogadores de seleção brasileira da era moderna estiveram no velório, Elano e Zé Roberto. Da geração mais antiga, Clodoaldo, campeão em 1970, e Mauro Silva, vencedor em 1994, estiveram em Santos.
“É uma coisa que ganhou um corpo ali pela dinâmica de internet, de viralizar, mas eu e a família não focamos nisso, não absorvemos isso. Temos muita gratidão e carinho pelas pessoas que foram, principalmente pelo povo, foram 24 horas de uma fila interminável, não parou, uma coisa incrível. Me sinto privilegiado, honrado de estar lá representando ele, a família. Agora a gente segue em frente, busca dia após dia superar a dor. Realizar os meus objetivos pessoais dentro do futebol, tenho certeza de que isso vai trazer muita alegria para ele”, completou.
Além dos agradecimentos, o filho do Rei fez um balanço do evento e ressaltou a “magia” durante a cerimônia.
“Uma coisa indescritível, difícil de buscar algum outro exemplo ou ocasião parecida. Uma pessoa de luz que trouxe tanta alegria para tanta gente. O calor que a gente recebeu do torcedor, do santista e, como todos sabem, o Pelé transcende bandeiras e camisas”, explicou.
Agora, a missão dele é como técnico. O Londrina estreia no campeonato paranaense no dia 15 de janeiro contra o Azuriz.
Mais de 230 mil torcedores prestaram as últimas homenagens ao ídolo mundial Pelé, cujo velório aberto ao público chegou ao fim às 10h (horário de Brasília) desta terça-feira (3), na Vila Belmiro, estádio do Santos.
Uma hora antes do término da cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou para dar o último adeus ao Rei do Futebol. Acompanhado da primeira dama Rosângela da Silva, a Janja, e Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, Lula ficou ao lado do corpo do ex-jogador durante uma oração em área reservada a familiares e autoridades, que durou aproximadamente 20 minutos. O presidente deixou o estádio sem falar com a imprensa.
Em depoimento gravado ao clube do Santos, Lula relembrou dos tempos em que o Timão, seu time do coração, era freguês do Peixe.
“Olha, quem vai falar do Pelé agora não é o presidente da república. É um torcedor do Corinthians que foi assistir muito jogo do Santos contra o Corinthians e que viu o Corinthians perder muito jogo. E me parece que o Pelé tinha uma obsessão de derrotar o Corinthians, ele tinha uma obsessão de ganhar do Corinthians. Então, foi um período de 15 anos muito sofrido para os corintianos, mas tinha uma coisa muito importante no Pelé: ele obrigava a gente a ir em qualquer lugar assistir um jogo de futebol. Acho que o Pelé simboliza tudo aquilo que é ascensão da espécie humana. Ele foi um jogador que muito jovem ganhou um protagonismo extraordinário e a coisa mais fantástica é que Pelé nunca ficou mascarado, nunca ficou de nariz empinado, sempre foi um cidadão humilde que conversava de igual para igual. Ele foi muito especial”.
Após o fechamento dos portões, o caixão com o corpo de Pelé deixou o estádio da Vila Belmiro em cima de um caminhão dos Bombeiros para cortejo pelas ruas da cidade litorânea paulista.
No trajeto uma multidão acompanhou o cortejo pelas ruas da cidade, até a Avenida Coronel Joaquim Montenegro (Canal 6), onde vive Celeste Arantes, mãe de Pelé. Em frente a casa de Dona Celeste, o caminhão dos bombeiros parou, foi rezado um “Pai Nosso” e uma “Ave Maria”, terminando com salva de palmas.
O cortejo prosseguiu e voltou a circular pela orla de Santos, encerrando no Memorial Necrópole Ecumênica, onde ocorre o sepultamento, em cerimônia restrita à família.
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*Com informações Ag. Brasil – Foto: Amanda Perobelli/Reuters/Direitos Reservados
O mundo dará o último adeus ao maior atleta de todos os tempos nesta terça-feira (3). Depois de 24h de homenagens no centro do gramado da Vila Belmiro, o Rei Pelé será sepultado no primeiro andar do Memorial Necrópole Ecumênica, também em Santos. Trata-se do maior cemitério vertical do mundo, que fica a cerca de 1 km do estádio do Peixe.
O velório será encerrado às 10h e, de lá, o corpo vai em cortejo, às 12h: percorre a orla da praia e passará em frente à casa da mãe do Rei, Celeste Arantes, de 100 anos, no canal 6, e parte até o local de sepultamento, onde a cerimônia será reservada para familiares, por volta das 14h.
Serão as últimas horas de despedida ao Rei, falecido na última quinta-feira após batalha contra câncer no cólon. Desde então, o único jogador a vencer três Copas vem sendo venerado ao redor do mundo. O corpo ficou no hospital Albert Einstein, em São Paulo, de onde seguiu para a Baixada Santista, na madrugada desta segunda-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que irá ao velório, às 9h. No primeiro dia de velório, anônimos, jogadores, ex-atletas e autoridades foram à Vila. Até o início da noite, mais de 27 mil haviam passado por lá. Os fãs ficaram horas nas filas que se formaram desde a noite anterior do lado de fora do estádio. Mas pela emoção dos súditos que passaram, mesmo que por poucos segundos diante de Pelé, ficou a certeza de que, na memória, o Rei será eterno.
O armário de Pelé no vestiário da Vila Belmiro segue trancado desde 1974, quando ele fez sua última partida pelo Santos FC. Ninguém sabe o que está guardado no armário e, após a morte do jogador, o mistério permanece.
O último jogo do craque foi contra a Ponte Preta. Pelé recebeu diversas homenagens em campo e deixou a partida no primeiro tempo. No vestiário, teria deixado um objeto no armário, trancado a porta e levado a chave.
Em 2013, o vestiário da Vila Belmiro chegou a passar por reformas, mas o armário foi preservado e seguiu trancado. Até hoje, ninguém do clube tem essa chave.
O presidente do Santos, Andrés Rueda, acredita que é possível que isso mude. “Nunca se pensou em abrir. Agora, vamos conversar com a família para ver o que faz. Se termina com esse mistério ou se continua”.
De acordo com a administração do acervo do clube, o pedido foi feito pelo próprio Rei. “As palavras do Pelé foram bem simples: enquanto o clube manter esse objeto, o clube sempre estaria com sorte ao seu redor”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá a Santos para participar do velório de Pelé, que acontece nesta terça-feira (3). A informação foi divulgada pela assessoria do chefe do Executivo.
“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prestará seu respeito e homenagem a Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e solidariedade para sua família na manhã de terça-feira, dia 3 de janeiro, às 9h, na cidade de Santos, em São Paulo”, diz o comunicado.
O Rei do futebol morreu na última quinta-feira (28)aos 82 anos de idade. Pelé lutava contra um câncer de cólon descoberto em setembro de 2021. Ele estava internado em São Paulo desde o dia 29 de novembro.
O velório do ex-camisa 10 começou nesta segunda-feira (2) na Vila Belmiro, estádio do Santos FC, e irá até às 10h do dia seguinte. O sepultamento também acontece nesta terça-feira, apenas para familiares.
O corpo de Pelé será velado nesta segunda-feira (2), às 10h, na Vila Belmiro, em Santos. Porém, fãs do Rei do futebol já se posicionaram em uma das entradas do estádio para se despedir do ex-camisa 10.Pelé morreu na última quinta-feira, aos 82 anos.
O velório do ex-jogador vai durar 24 horas e irá até as 10h de terça-feira (3). A cerimônia será aberta ao público e as autoridades esperam um grande fluxo de pessoas no local.
O enterro será na Memorial Necrópole Ecumênica, que fica a menos de 1km do estádio, próximo ao canal 1. O traslado será propositalmente maior e passará pelo canal 6, onde mora a mãe de Pelé, dona Celeste, que tem 100 anos de idade.
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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Reuters/Direitos Reservados
Com média mensal de cinco mil visitantes, o Museu Pelé teve público superior a seis mil pessoas em um único dia, na sexta-feira (30), data seguinte à morte do Rei do Futebol.
Foi o maior público diário desde a inauguração do equipamento, em 2014. O recorde foi alcançado antes das 17h. Além de atrair muitos turistas de várias partes do mundo, a atração no Largo Marquês de Monte Alegre também recebeu equipes de TV do Brasil e do exterior.
Os jovens holandeses Nich Breen, 17 anos, e Troi Wippercht, 19, eram dois dos visitantes fascinados com o que viam. Era a primeira vez de ambos em Santos. Apaixonado por futebol, Nich acompanha os jogos do Ajax (Holanda) e do PSG (França), enquanto Troi é mais fã do Liverpool (Inglaterra). Sobre o Museu Pelé, eles contam ter ficado impressionados com o volume de informações sobre as várias fases da vida do Atleta do Século.
Sem estar preocupado em esconder a emoção, o boliviano Antenor Garcia, 41 anos morando na Capital paulista, mostrava, com satisfação, uma imagem em seu celular: era de um jogo, no começo da década de 70, de Pelé em solo boliviano. “Eu estava neste jogo”, orgulhava-se.
Antenor disse que Pelé representava muito para o povo de seu país. “Era um exemplo de homem que veio da pobreza e fez a vida no esporte. Era a nossa referência para o futebol”.
Repórter da Al Jazeera English, a californiana Monica Yanakiew era uma das dezenas de profissionais de Imprensa que passaram a sexta-feira cobrindo as visitas no Museu Pelé. Ela conta que a primeira referência que tem de Pelé foi um jogo da Copa do Mundo de 1970, a que ela assistiu com a família, pela TV, na Itália. “Estava cheio de italianos no local, e minha mãe falava bastante dele”.
Graças à sua experiência internacional, Monica chegou a entrevistar Pelé. “Ele era a referência do Brasil. Negro, pobre e que passou a ser respeitado no mundo, representando o Brasil”.
SERVIÇO
O Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo), que guarda o acervo da trajetória do Rei do Futebol, estará aberto ao público todos os dias – inclusive neste domingo (1º de janeiro) – com entrada gratuita, das 10h às 17h30.