Os rumores de uma possível aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Lula e o Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro tem aumentado para a disputa nas eleições municipais em 2024.
O objetivo da possível aliança entre os partidos, visa especificamente as eleições municipais em algumas cidades do país, pois é de interesse dos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que eventual fusão aconteça, dado o histórico de derrotas que o petismo vem enfrentando nos últimos anos em disputas locais.
Na tentativa de mudar o atual quadro de perdas, até mesmo uma aproximação temporária com o partido de Bolsonaro tem sido vista como boa estratégia a ser adotada.
Por apenas dois votos, o comando petista decidiu, na última segunda-feira (28/8), não barrar alianças com o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela decisão do diretório nacional do PT ficam permitidas coligações com candidatos do PL nos municípios, desde que apoiem o presidente Lula (PT).
Apesar de o assunto ser visto com bons olhos para nomes ligados ao lulopetismo, a reciproca não tem sido verdadeira entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ala ‘bolsonarista’ do PL na Câmara Federal está incomodada com os rumores que circulam nos bastidores e tem buscado satisfações do cacique da legenda, Valdemar Costa Neto.
Aliança PT e PL na região
Em algumas cidades da região os partidos devem estar ao mesmo lado, é o caso de Barueri, apesar de não confirmar publicamente o apoio ao pré-candidato Beto Piteri, os presidentes dos partidos na cidade, já afirmaram que não estarão ao lado do ex-prefeito Gil Arantes na próxima eleição.
Tudo indica que em Barueri o PT deve seguir os partidos PV e PCdoB, que compõem a Federação Brasil da Esperança e, apoiar a chapa liderada por Beto Piteri. Já o PL, vem negociando para lançar o vice na chapa de Piteri, caso isso não ocorra, deve ter candidatura própria.
Em Osasco o caso é diferente, lá o PT deve ter candidato na disputa pela prefeitura, dois nomes do partido são cogitados, o ex-deputado federal João Paulo Cunha e o deputado estadual e ex-prefeito da cidade, Emídio de Souza. No caso do PL, o partido é presidido pela vereadora Ana Paula Rossi, que vem demonstrando interesse em colocar seu nome a disposição para concorrer ao cargo de prefeita, caso isso não ocorra, deve apoiar um candidato contra o PT.
As cidades de Jandira e Carapicuíba, devem seguir o exemplo do PT de Osasco e também ter candidatura majoritária. Em Carapicuíba, o ex-prefeito Sérgio Ribeiro já vem articulando sua pré-candidatura e deve ser o nome do partido na cidade. Em Jandira, apesar de não ser apresentado um nome, o partido deve ter candidato à prefeito.
No caso do PL de Carapicuíba, o partido deve apoiar o candidato do atual prefeito Marcos Neves. Em Jandira, o partido deve ter candidatura própria e tem o nome do vereador Veínho como o mais forte na disputa.
O governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi hostilizado em uma reunião com integrantes do PL, na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira (6/7) em Brasília para tratar da reforma tributária. Tarcísio chegou a ser vaiado por aliados.
“Eu acho arriscado para a direita abrir mão da reforma tributária”, tentou dizer Tarcísio, após falar que havia ido ao encontro “na maior humildade”.
Ao ouvir vaias, porém, reclamou. “Tudo bem, gente. Se vocês acham que a reforma tributária não é importante, não vota, pô.”
Tarcísio, que havia declarado apoio à reforma nessa quarta (5), já vinha sendo alvo de críticas de bolsonaristas nas redes sociais.
Ele se reuniu com Bolsonaro e aliados para expor sua posição. Toda a bancada do partido da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) compareceu à reunião, após convocação do partido.
Seguindo a direção nacional do Partido Liberal (PL) de lançar candidatos à prefeito em todos os munícipios do Brasil, Dr. Antônio afirmou que Barueri também terá.
Nesta semana divulgamos que o PL pretende eleger na próxima eleição entre 150 e 200 prefeitos no Estado de São Paulo e alcançar mil prefeituras em todo o Brasil.
Após repercussão sobre possíveis candidaturas na esfera nacional e estadual, entramos em contato com o ex-vereador e presidente municipal do PL em Barueri, Dr. Antônio, e questionamos sobre o posicionamento do partido na cidade.
Em resposta, Dr. Antônio disse, “estive (na terça-feira) com o deputado André do Prado que manteve a orientação de que o partido tem que crescer em todos os municípios, agradeceu e parabenizou os trabalhos frente ao PL em Barueri e nós deu liberdade e apoio para continuar os trabalhos. Quanto a candidatura, o partido continua com a mesma proposta, terá representante ao legislativo e executivo” finalizou Dr. Antônio.
A jovem liderança da direita na cidade, Bruno Freitas, deixou o cargo de presidente jovem do PL Barueri e o grupo ligado ao Dr. Antônio.
Bruno que continua filiado ao partido, migrou para o grupo do ex-prefeito Gil Arantes. Segundo informações, a migração do jovem faz parte de uma negociação para que o partido troque a direção municipal e apoie a pré-candidatura do ex-prefeito.
Em reunião nesta segunda-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deputados do partido em São Paulo colocaram como meta eleger de 150 a 200 prefeitos no estado no ano que vem. Isso ajudaria o partido a alcançar seu objetivo nacional de conquistar mil cidades em 2024.
Na conversa, chamou a atenção a presença da deputada federal Carla Zambelli, que ainda busca recompor pontes com Bolsonaro e seu entorno após o episódio da véspera do segundo turno do ano passado, quando perseguiu um homem de arma em punho por uma rua de SP.
Ao contrário de seu comportamento efusivo no passado, ela passou a reunião praticamente em silêncio.
Nessa reunião, o ex-presidente afirmou “não ser justo falar em ataque à democracia” para descrever a reunião com embaixadores que é o ponto central da ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode levar a sua inelegibilidade por oito anos.
Na reunião daquele dia, em 2022, Bolsonaro disparou uma série de mentiras sobre o sistema eleitoral.
O esvaziamento do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) no Estado de São Paulo continua de forma crescente após eleições de 2022 e troca na presidência nacional do partido.
Com a gestão de Eduardo Leite, Governador do Rio Grande do Sul, o PSDB de São Paulo vem perdendo prefeitos para diversos partidos. No fim de semana passado, cinco prefeitos deixaram o partido e migraram para o PL (Partido Liberal) do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O encontro na cidade de Jundiaí, no último sábado (17), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, reuniu diversas lideranças políticas e contou com as presenças do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente da Alesp, Deputado André do Prado (PL), senador Marcos Pontes (PL), o presidente estadual do PL de SP, Tadeu Candelária, o prefeito da cidade Luiz Fernando Machado, o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, Gilberto Kassab (PSD), entre outros.
No evento, Valdemar Costa Neto filiou ao PL, ao todo 11 políticos de São Paulo, destes, 5 prefeitos eram filiados ao PSDB. O evento em Jundiaí, também causou um mal-estar dentro do PSDB, devido ao esvaziamento da legenda e também por Marco Vinholi, presidente do PSDB estadual, estar presente no evento de desfiliação dos prefeitos.
Confira os nomes dos novos filiados ao PL e quem deixou o PSDB:
Luiz Fernando Arantes Machado: prefeito de Jundiaí (ex-PSDB)
Pedro Eliseu Filho: prefeito de Araras (ex-PSDB)
Antonio Carlos Mangini: prefeito de Cabreúva (ex-PSDB)
Padre Osvaldo: prefeito Catanduva (ex-PSDB)
Gilmar Lagoinha: prefeito de Caieiras
Rodrigo Ravazzi: prefeito de Fernando Prestes
Luiz Vanderlei Magnusson: prefeito de Conchal (ex-PSDB)
Maria Inês Bertino Miyada: ex-prefeito de Pindorama
Bill: ex-prefeito de Nova Odessa
Marco Aurélio Gomes dos Santos: ex-prefeito de Itanhaém
André Braga: ex-prefeito de Porto Ferreira
Em um outro evento também no sábado (17), que contou com as presenças do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), e do Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), em Barueri, oficializou a filiação do prefeito Rubens Furlan ao PSB (Partido Socialista Brasileiro). Furlan, prefeito de Barueri, é mais um político que deixou a legenda do PSDB no Estado de SP.
Um encontro que aconteceu nesta semana entre o ex-vereador Dr. Antônio, presidente do PL (Partido Liberal) em Barueri, e o ex-vice-prefeito Dr. Jaques Munhoz filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores) causou mal-estar dentro dos partidos.
O café entre os políticos do PL e do PT, partidos rivais nacionalmente, ocorreu na última quarta-feira e gerou inúmeros “burburinhos” dentro de ambos os partidos. No encontro, também estiveram presentes o ex-vice-prefeito de Barueri Waine Billafon e a liderança política Vanusa Melo.
Após repercussão da publicação, alguns filiados do PL, um dos principais partidos que representam a direita no Brasil, questionaram o presidente Dr. Antônio, sobre o motivo do encontro com um político ligado à esquerda municipal e defensor do presidente Lula, Dr. Jaques.
Em conversa, Dr. Antônio justificou o encontro, “fui convidado para tomar um café com Jaques e depois chegaram Waine Billafon e a Vanusa. Conversamos sobre a política da direita e da esquerda, sobre Gil e Furlan, sobre a política em modo geral da cidade, uma conversa muito agradável com pessoas que entendem da política municipal, como sempre. Aproveitei o café para convidar Dr. Jaques para compor o grupo e fazer parte do PL, deixando claro que sou de direita, assim como nosso partido”, disse o presidente municipal do PL.
Questionado sobre o motivo de ter aceito o convite para o café, Dr. Antônio disse, “o Dr. Jaques é um político experiente, já foi prefeito em exercício quando assumiu a prefeitura de Barueri no período em que o ex-prefeito Gil Arantes ficou afastado, também já foi vereador e presidente da Câmara Municipal, conhece muito sobre política e tem o meu respeito, não somos inimigos, conversamos sobre política de uma forma amigável, por isso aproveitei a oportunidade para convidá-lo a fazer parte do quadro do partido, claro, com os valores e os direitos defendidos pelo PL, pela direita”, finalizou Dr. Antônio.
Apesar das divergências no âmbito de posicionamento político da direita e esquerda, Dr. Jaques (PT) e Dr. Antônio (PL) possuem algo em comum, ambos rejeitam apoiar o ex-prefeito Gil Arantes nas próximas eleições. O político petista, até já declarou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Beto Piteri. Leia Aqui
O apoio declarado por Dr. Jaques, tem incomodado alguns filiados do Partido dos Trabalhadores que acreditam que o PT deve lançar candidato próprio na próxima eleição. Nos bastidores, circula que o PT apoiará Beto Piteri em 2024.
No Caso do Dr. Antônio, apesar de ainda não ter declarado publicamente o apoio à pré-candidatura de Beto Piteri, tudo indica que apoiará, assim como já faz parte da base do governo de Rubens Furlan.
Com a cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos), o PL chegará a marca de 100 deputados na Câmara. Isso porque o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná confirmou ao partido que a vaga será ocupada por Itamar Paim, um pastor de Paranaguá, que teve 47 mil votos.
O Podemos defendeu que quem deveria ocupar a vaga era Luiz Carlos Hauly, mas o PL mostrou que o candidato não atingiu o quociente eleitoral na última votação.
Com a confirmação de Paim, o PL aumenta ainda mais a sua bancada no Congresso. O PT, que é a segunda maior, tem 68 deputados.
O mandato de Deltan foi cassado na última terça-feira (16) sob alegação de ter abandonado a carreira de procurador da República enquanto respondia uma série de sindicâncias. Ele pretende recorrer da decisão.
Rivais extremos no cenário nacional, os maiores partidos que representam a esquerda e a direita no Brasil, PT e PL rejeitam apoiar o ex-prefeito de Barueri Gil Arantes em 2024.
Conforme publicamos anteriormente, os presidentes dos diretórios municipais do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL), ambos, rejeitaram caminhar ao lado de Gil Arantes (União) nas próximas eleições municipais.
Na atual conjuntura, tudo indica que, os rivais na esfera nacional devem ficar ao lado do grupo do prefeito Rubens Furlan (PSDB) e apoiar a pré-candidatura de Beto Piteri (PSDB).
Já publicamos o posicionamento de cada partido, através de entrevistas exclusivas, onde destacamos a declaração dos presidentes dos diretórios de Barueri.
À época, Alexandre de Ramos, presidente do PT Barueri, destacou que “é muito improvável o partido (PT) apoiar ou realizar aliança com o Gil Arantes“, disse. Leia aqui
Já o presidente do PL, Dr. Antônio, destacou, “eu e Gil Arantes estamos em lados opostos”, disse. Leia aqui
Nos bastidores, circula que o ex-prefeito está articulando para conquistar o apoio nacional do PL e assim, trazer o partido para o seu grupo político, independente da vontade do presidente municipal, Dr. Antônio. Já no caso do PT, interlocutores do Gil, alegaram que o grupo político rejeita receber o apoio do partido em Barueri.
O vácuo aberto com o fim do domínio do PSDB na política paulista iniciou uma disputa entre partidos pelo capital eleitoral que os tucanos ainda mantêm. Um conjunto de prefeitos que comandam cerca de 40% dos municípios do estado.
A expectativa de dirigentes partidários, de parlamentares e de prefeitos é a de que haja uma migração dessa massa de prefeitos para siglas consideradas mais atraentes, seja porque compõem o Governo de São Paulo, como PSD e Republicanos, ou por terem uma bancada de deputados federais mais numerosa, casos de PL, União Brasil e MDB.
O PSDB, que passa por uma mudança no comando com a ascensão do governador Eduardo Leite (RS) à presidência da sigla, fala em reconstrução e busca manter os prefeitos na legenda. Alguns deles consultados pela Folha, porém, já avaliam propostas de concorrentes.
Em 2020, o PSDB ficou muito à frente dos demais ao eleger 172 prefeitos no estado. Ainda assim, nos últimos dois anos, o partido levou a cabo uma ofensiva para incorporar mais mandatários, desidratando siglas como o PSD e o PTB. Agora, o movimento inverso pode ocorrer.
A estratégia de crescimento estava ligada aos projetos eleitorais de João Doria (ex-PSDB), que mirava a Presidência da República, e de Rodrigo Garcia (PSDB), que tentou se manter no Palácio dos Bandeirantes, ambos sem sucesso.
Cerca de 50 das novas filiações ocorreram no contexto das prévias presidenciais tucanas entre Doria e Leite em 2021. Na época, aliados do gaúcho acusaram o paulista de filiar prefeitos fora do prazo apenas para aumentar o colégio eleitoral de Doria. Agora, o grupo de Leite diz que a legenda deve apostar em sua veia programática para não perder prefeitos.
Segundo os principais prefeitos do PSDB paulista, que representam oposição interna a Leite, mais do que o encolhimento do partido, o que pode provocar uma debandada coordenada da sigla é a ameaça de interferência do comando nacional na política do estado, intenção que aliados de Leite negam.
Em resposta a um pedido da Folha via Lei de Acesso à Informação, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo informou que os tucanos somam 238 prefeitos num universo de 623 cidades que não tiveram eleição suplementar, o estado tem 645 municípios no total.
Dependentes de verbas estaduais e federais, principalmente em municípios pequenos, os prefeitos buscam se filiar em partidos aliados do governador em busca de repasses mais ágeis e mais robustos.
Mirando a eleição de 2024, os mandatários também tendem a migrar para legendas com bancada federal numerosa, o que significa mais verba do fundo eleitoral e tempo de propaganda no rádio e na TV.
Os convênios do governo com as prefeituras eram, na gestão Doria, controlados pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, que é também o presidente do PSDB paulista.
Agora quem pilota a máquina é o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que é secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), responsável pela articulação com prefeitos e deputados.
O PSD elegeu 65 prefeitos em 2020 e manteve 46, após as investidas tucanas. Nos bastidores, políticos dizem que Kassab deve dar o troco em Vinholi, mas há cautela ao tratar o tema para evitar acusações de uso da máquina em benefício de interesses partidários.
“O PSDB deve perder muitos prefeitos, e provavelmente mais para o PSD, por causa do Kassab, que é uma liderança mais próxima e tem um partido mais organizado que o Republicanos”, diz o professor George Avelino, da FGV.
Segundo Avelino, pesquisas mostram haver adesão de prefeitos a governadores tanto em estados ricos, como pobres.
À Folha Kassab afirma que a mudança dos prefeitos é natural, mas que o PSD não vai lançar uma investida para atraí-los. Focado no governo, ele diz que a gestão Tarcísio vai atender a todos, sem olhar filiação.
Segundo aliados, Kassab vai ter postura discreta para evitar crises com outras siglas, o que poderia afetar o governo. Mas integrantes do PSD veem uma chance para o crescimento, e prefeitos relatam que o partido sinaliza estar de portas abertas. Além de Kassab, o vice-governador Felicio Ramuth é do partido.
Um exemplo dessa atração natural foi a chegada da prefeita de Bauru, Suéllen Rosim, no mês passado. Com passado bolsonarista, ela deixou o PSC e declarou ter aceito um convite de Kassab para se aproximar da base de Tarcísio.
O PSD também atraiu a senadora Mara Gabrilli, que fez carreira no PSDB e saiu com críticas ao partido.
Prefeitos avaliam trocar de partido, ouvidos pela reportagem falam com naturalidade sobre a busca de alinhamento com o governo da vez. Muitos elogiam a postura aberta da gestão Tarcísio.
Prefeito de Guaraçaí (cidade com 8.000 habitantes perto da divisa com Mato Grosso do Sul) e filiado há 30 anos ao PSDB, Airton Gomes diz que não se movimenta para deixar o partido, mas já foi sondado por emissários do PSD e não descarta eventual migração.
Gomes reclama da falta de orientações do comando tucano e diz que “está faltando diálogo” da sigla com os prefeitos. “Perdemos a eleição, mas o partido continua e não nos procurou para conversar.”
A prefeita de Ferraz de Vasconcelos, Priscila Gambale, que foi eleita pelo PSD e mudou para o PSDB, diz que avalia permanecer no partido, mas tem conversa com a antiga sigla e com o Podemos.
“Foi mais do que justo mudar para o partido do governo [o PSDB à época] pela gratidão por todo o trabalho conduzido”, diz ela, em referência à ajuda financeira ao município.
A reportagem encontrou ainda dois prefeitos que se filiaram ao PSDB, mas que não perderam seus vínculos com os antigos partidos. Em Cachoeira Paulista, Antonio Carlos Mineiro retornou para o MDB. Já em Barbosa, Rodrigo Primo disse que se mantém como presidente local do PSD e deve voltar para a sigla.
Ao mesmo tempo em que enxergam no espólio tucano uma oportunidade e traçam suas estratégias, representantes de partidos ponderam que ter um grupo amplo de prefeitos ajuda, mas pode não ser suficiente para vencer uma eleição como foi o caso de Rodrigo.
Em nota, o Republicanos diz ter a meta de “crescer com qualidade”, agregando prefeitos alinhados ao manifesto da legenda, e que o trabalho é feito por meio de líderes locais que analisam cenários e possibilidades.
Líder do PL na Assembleia, o deputado Ricardo Madalena diz que o partido tem condições de ocupar o espaço do PSDB. Todos os órgãos municipais estão sendo divididos entre os deputados da sigla para que indiquem aliados e ampliem a capilaridade.
Para o deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente da União Brasil no estado, a mudança de prefeitos conforme a conveniência “vira um toma lá dá cá” que pode ser nocivo. Ele tem conversado com os mandatários para atraí-los e diz que uma vantagem de seu partido é escapar da polarização nacional.
Já o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), quer eleger cem prefeitos em 2024, além de reeleger Ricardo Nunes (MDB) na capital paulista.
Vinholi minimiza os conflitos internos do PSDB e vê com naturalidade a busca dos demais partidos por filiados. Mas, segundo ele, a sigla historicamente elege o maior número de prefeitos e isso deve se manter.
Na última eleição, os tucanos lançaram cerca de 450 candidatos e querem repetir o feito. “A imagem do PSDB é positiva no estado e nas próprias cidades pela sua boa gestão”, diz.
Os líderes do PP, o Republicanos e o PL fizeram um anúncio conjunto neste sábado (28) no qual declararam apoio a Rogério Marinho (PL-RN) para presidente do Senado.
A reunião ocorreu na sede do PL e contou com a presença dos presidentes das siglas, Valdemar Costa Neto (PL), Marcos Pereira (Republicanos) e Ciro Nogueira (PP). As lideranças do PL, Flávio Bolsonaro, e do PP, Tereza Cristina, também estiveram no evento.
Ministro do Desenvolvimento Regional no governo Jair Bolsonaro, Rogério Marinho disputará a presidência do Senado com Rodrigo PAcheco (PSD-MG) – atual presidente – e Eduardo Girão (Podemos-CE).
Hoje, tivemos a formalização do apoio do bloco de parlamentares formado pelos partidos PL/PP/Republicanos à minha candidatura à presidência do Senado. Acompanhe ao vivo: https://t.co/8sOCeeK8p2