Policiais de Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Osasco prenderam em flagrante dois homens por tráfico de drogas nesta quarta-feira (26), no município de Barueri.
Os policiais investigavam denúncia de um imóvel na Avenida Aníbal Corrêa, no Parque Paulista, que funcionaria como depósito de drogas.
Os agentes identificaram o imóvel e abordaram uma jovem, que permitiu a entrada na residência. Dentro da casa o namorado da jovem contou aos policiais onde guardava entorpecentes.
Foram apreendidas uma submetralhadora caseira, com carregador e munição, porções de skunk, maconha e balanças de precisão.
Durante a ação da polícia outro rapaz entrou na casa para falar com o suspeito e também foi abordado. Ele estava com porções de cocaína e disse aos agentes que guardava mais drogas na sua casa, do outro lado da rua.
Lá foram encontradas 814 porções de cocaína, 140 porções de maconha, 400 porções de K2 e anotações do tráfico.
No total os policiais apreenderam 1,6 kg de maconha e cocaína, 460 gramas de K2 e 600 gramas de skunk. Os dois foram indiciados por tráfico, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo.
A Polícia Civil cumpre mandados de internação provisória contra 10 pessoas menores de idade, assim como buscas e quebras de sigilo. Movimentação se dá em meio a uma operação que combate eventuais ataques em escolas.
As ordens de internação são cumpridas em 11 cidades de cinco estados diferentes. São elas: Barra Mansa (RJ), Blumenau (SC), Curitiba (PR), Duque de caxias (RJ), Guaíra (PR), Itapira (SP), Recife (PE), Salto (SP), São Gonçalo (RJ), São José dos Campos (SP) e São Paulo (SP).
As investigações tiveram início após o ataque na creche Cantinho Bom Pastor. Na ocasião, um terrorista matou quatro crianças e feriu outras quatro com uma machadinha.
Na última terça-feira (18), Flávio Dino (PSB) divulgou o mais recente balanço da Operação Escola Segura. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, 756 perfis que estimulavam ataques em escolas foram retirados de diferentes redes sociais nos últimos 10 dias.
Ainda de acordo com o ex-governador do Maranhão, em 100 casos, houve o pedido para que as plataformas preservassem o conteúdo desses perfis para abastecer as investigações. Depois do atentado à creche no Vale do Itajaí, já houve a prisão e/ou apreensão de 225 pessoas. Também foram registrados 1.595 boletins de ocorrência.
A Polícia Civil concluiu que o homem de 25 anos que assassinou quatro crianças em Blumenau (SC) agiu sozinho. Na última quarta-feira (5), o terrorista invadiu a creche Cantinho Bom Pastor com uma machadinha.
Além das quatro vítimas fatais, o atentado também deixou outras quatro crianças feridas. Após o massacre, o criminoso se entregou no batalhão da Polícia Militar. Ele segue preso preventivamente.
A Prefeitura da cidade anunciou, no último sábado (8), férias em toda a rede municipal de ensino. O objetivo é contratar segurança privada para as escolas e creches locais. As aulas retornam em 17 de abril.
Uma das professoras que estavam no local no momento do ataque chegou a sofrer um infarto. Segundo a creche, o quadro se deu, provavelmente, em vista ao “trauma emocional de ter presenciado a tragédia”.
A Secretaria de Segurança Pública, nos 100 primeiros dias da gestão, aumentou o índice de produtividade policial no combate ao crime no Estado. O balanço da SSP aponta que nos três primeiros meses de governo, mais de 49 mil infratores foram presos, o que representa uma média de mais de 540 presos por dia. Ou seja, a polícia prendeu ou apreendeu cerca de 13% a mais suspeitos do que no mesmo período de 2022.
A Operação Impacto, da Polícia Militar, colocou 17 mil policiais nas ruas e colaborou para a alta nos índices de produtividade, como na apreensão de drogas e armas. Também nesses primeiros 100 dias, foram retiradas mais de 3 mil armas de fogo das mãos de criminosos, um aumento de 20% se comparado ao mesmo período de 2022.
Na Operação Adaga, a SSP prendeu 1.089 foragidos da Justiça. A operação contribuiu para o Carnaval mais seguro dos últimos anos, com a diminuição de cerca de 36% nos números de celulares roubados ou furtados em comparação ao Carnaval de 2020. Além da redução dos crimes, foram feitos 595 registros de boletins de ocorrência com celulares recuperados e devolvidos para as vítimas nesta gestão.
A SSP também registrou aumento no número de apreensões de drogas, com uma média de quase 500 quilos por dia no Estado. A integração entre as polícias civil e militar resultou em resolução de crimes e na identificação de criminosos. Nos primeiros três meses, cerca de 137 veículos foram recuperados por dia, o que representa cerca de 20% a mais do que no mesmo período de 2022.
Desde o início do ano, 58 sequestradores foram presos. Foram 20 casos atendidos, sendo 16 esclarecidos, com 80% de índice de esclarecimento. No ano passado, foi uma média de 9,6 casos por mês, em comparação a este ano a redução é de 31,2%.
Novas pistolas O Governo de São Paulo também entregou 5.000 pistolas semiautomáticas 9mm da marca Glock para equipar a Polícia Civil. O investimento estadual foi de R$ 9,4 milhões nesta primeira entrega da atual gestão.
Este é mais um passo que o Governo dá para aprimorar o trabalho policial com armamento de qualidade e alta eficiência no mercado internacional. A Polícia Civil agora distribuirá esse armamento entre as unidades de todas as regiões do estado. Ainda neste semestre a Polícia Civil receberá mais de 400 fuzis calibre 5,56mm, com investimento previsto de mais de R$ 8 milhões.
Policiais nas ruas Em paralelo à realização de concursos públicos, estão em discussão projetos para aumentar o contingente de policiais nas ruas. Um dos projetos prevê a recontratação de veteranos para atividades administrativas, liberando para as ruas policiais que hoje ocupam essas atividades. Também está em estudo o projeto que concede ao policial o direito de vender a licença-prêmio, o que pode gerar um aumento de 5 mil policiais nas ruas.
Inteligência e dados Diante de uma nova modalidade criminosa, o chamado “golpe do amor”, quando uma extorsão mediante sequestro começa com uma abordagem em um aplicativo de relacionamentos, as polícias precisaram pensar em novas formas de atuação. O Governo de SP, por meio da Secretaria de Segurança Pública, criou o Comitê de Formulação de Política Pública Integrada para o enfrentamento e controle de sequestros com o uso de aplicativos digitais e PIX, pois constatou-se que que cerca de 70% dos sequestros que utilizam o PIX como método de extorsão começam com os aplicativos de relacionamento.
No interior do Estado ocorreu prisões de líderes de crimes similares na região de Santos e Cubatão que reduziu, consideravelmente, a incidência de novas ocorrências. O comitê é formado por representantes das polícias Civil e Militar, além do Instituto de Criminalística e de 14 instituições bancárias. Atualmente, se reúnem semanalmente para formular Protocolo de Operações e Ações Integradas de boas práticas no enfrentamento destas ocorrências. O objetivo é criar resoluções e até propor alterações legislativas que contribuam na mitigação dos casos.
A Secretaria de Segurança Pública também realizou uma proposta de reajuste salarial para a categoria, que está em análise pela Secretaria da Fazenda e deve ser apresentada na Assembleia Legislativa nesta primeira quinzena de abril.
100 dias Na próxima segunda-feira (10), a atual gestão do Governo de SP completa 100 dias de trabalho. Um fator de destaque é o foco no que a atual gestão do governador Tarcísio de Freitas tem dado para o diálogo com todas as esferas de poder e sociedade civil, alinhada com a premissa de que São Paulo são todos. O governo apresenta como prioridade as diretrizes dos eixos da dignidade, do desenvolvimento e do diálogo, chamado governo 3D.
Policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) prenderam na quinta-feira (30), um casal procurado em diversos Estados por roubos em condomínios. A ação foi realizada por agentes da 4° delegacia da DISCCPAT.
O casal é procurado por uma condenação na comarca de Mococa, pelo crime de organização criminosa voltada à prática de explosão de caixas eletrônicos. O homem possui um mandado de prisão em aberto no Estado do Mato Grosso do Sul. Além do mandado de prisão, ele integra uma quadrilha que realizava roubos a condomínios no Distrito Federal (DF), Ceará (CE), Goiás (GO), Mato Grosso do Sul (MT) e um roubo em Campo Grande (MS), em que o ex-governador do Estado teve sua casa roubada.
Os policiais conseguiram levantar o endereço onde o casal estava e se deslocaram até lá. No local, foram atendidos por um deles, que se identificou com um nome e um documento falso.
No imóvel, os policiais localizaram diversas joiás, entre anéis, brincos, bolsas e relógios de marca. Além de R$ 8.110, 200 euros e 20 libras esterlinas. O casal foi detido e encaminhado para a 4° Delegacia de Polícia de Investigações sobre Fraudes Contra Seguros e Afins (DISCCPAT) onde a ocorrência foi registrada.
O Governo de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira uma a operação “Hércules” de combate a furtos e roubos de motos. Ao todo, foram fiscalizados 3.673 motos. Em sete pontos de bloqueio nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, nas regiões Leste e Norte da capital, foram apreendidas 443 motocicletas.
Os locais de atuação foram definidos de forma estratégica, tendo em vista a incidência de acidentes nessas vias, que estão entre as que mais registram índices de roubo e furto de veículos e de mortes decorrentes de acidentes de trânsito.
A ação contou com a participação de 143 policiais militares, 75 viaturas e aconteceu entre às 6h e 12h. No período foram aplicadas 754 autos de infração de trânsito.
O objetivo da Megaoperação foi intensificar a fiscalização dos veículos e dos seus ocupantes, a fim de coibir os crimes contra o patrimônio com o uso de motocicletas.
A operação também visou o cumprimento das normas relacionadas à segurança viária para a preservação da vida no trânsito, bem como o aumento da percepção de segurança dos usuários que trafegam pelas vias alvos da operação.
O trabalho policial realizado nos meses de janeiro e fevereiro no Estado possibilitaram uma queda de 33,3% dos roubos de celulares quando comparado ao mesmo período do ano passado. De 27.861 , os números caíram para 18.577. Os furtos também reduziram 22% na comparação com o mesmo período. De 24.824 casos para 19.344.
O enfrentamento da Secretaria de Segurança Pública a esse problema encontrado no início do ano traduz-se nos números de prisões: um aumento de 12,6%, nos meses de janeiro e fevereiro. Foram mais de 30.538 pessoas presas. No mesmo período do ano passado, foram 27.108.
Esses são os resultados de um trabalho constante realizado pelas polícias desde o começo do ano. É possível destacar o reforço de 17 mil policiais nas ruas com a Operação Impacto, realizada em todo Estado.
Outro ponto foi o trabalho realizado pela Polícia Militar e pela Polícia Civil durante os eventos que aconteceram no mês de fevereiro devido as festividades do carnaval. A Operação Adaga, feita por policiais militares, entre os dias 02 e 10 de fevereiro, retirou das ruas 1.089 procurados da Justiça.
Em uma das ações durante o carnaval, policiais civis do DEIC prenderam, no dia 19 de fevereiro, quatro criminosos, dois homens e duas mulheres, após furtarem celulares em bloco de carnaval na Vila Mariana. Com eles, foram encontrados 22 aparelhos.
No dia 18 de fevereiro, policiais do DOPE prenderam 11 pessoas e apreenderam um adolescente também por furtos e roubos na região do Ibirapuera. Eles tinham 46 celulares.
Operações na Capital
Os roubos e furtos de celulares também reduziram na Capital 35% e 14%, respectivamente.
Na cidade é realizada a Operação Mobile, que visa o combate a esse tipo de crime. Os policiais vistoriaram 233 estabelecimentos de janeiro até a primeira quinzena de março. Essas ações são feitas para coibir o crime de receptação, local para onde vai os aparelhos que os criminosos conseguem. Também nesse período, 932 celulares foram apreendidos e 93 suspeitos foram presos.
Somente no Centro, foram 203 celulares apreendidos e 49 presos.
Um morador de Santana de Parnaíba foi denunciado por vizinhos por ameaças e por circular no condomínio ostentando acessórios alusivos das forças policiais, com os quais ameaça as pessoas.
O caso ganhou destaque após publicação do portalMetrópoles, que trouxe detalhes de como agia o falso policial.
Conforme matéria, Estevão Domingos Santi Júnior, de 36 anos, foi denunciado por vizinhos e funcionários por ameaçá-los usando trajes das polícias Civil e Militar em um condomínio em Santana de Parnaíba.
O falso policial também usava uma carteira falsa da polícia internacional (Interpol) e adaptou seu carro com sinais luminosos e sonoros idênticos aos usados pelas forças de segurança, em veículos descaracterizados.
Ainda segundo a matéria, a denúncia partiu de uma vizinha e de funcionários do condomínio que disseram que Estevão ameaçava pessoas com acessórios utilizados por policiais. Na residência do acusado foram apreendidos dois distintivos, coletes e roupas com inscrições da polícia, uma carteira falsa da Interpol, munição calibre 9 milímetros, um carregador de pistola, além de uma algema. O carro dele, adaptado com sinais idênticos aos usados em viaturas, também foi apreendido.
No trecho de um mandado de busca e apreensão, assinado pelo juiz Fábio Martins Marsiglio, da Vara Criminal de Santana de Parnaíba, traz que em pesquisa feita com a Polícia Civil “restou comprovado que o representado não integra os quadros de tal instituição”. O Magistrado acrescentou que Estevão tampouco pertence ao efetivo da Polícia Militar.
Investigadores da Delegacia Seccional de Carapicuíba cumpriram o mandado de busca e apreensão, na manhã de sexta (10/3), na casa do falso policial, que estaria em viagem na Irlanda. A informação sobre sua ausência foi dada por familiares, que liberaram a entrada da equipe policial ao imóvel.
O caso é investigado como ameaça e usurpação de função pública. A Polícia Civil aguarda o retorno de Estevão Domingos Santi Júnior ao Brasil, para que ele dê esclarecimentos sobre as denúncias de ameaça e também por manter os itens das polícias em casa.
Uma operação realizada pela Polícia Militar de SP conseguiu capturar, em sete dias, 854 suspeitos contra os quais havia em aberto mandados de prisão expedidos pela Justiça. Esse contingente é suficiente para encher uma penitenciária no estado, presídios têm capacidade média de 847 vagas.
Essa quantidade também é superior às 707 pessoas presas ou apreendidas em todo o ano passado pela Divisão de Capturas do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), unidade especial da Polícia Civil cuja principal atribuição é dar cumprimento a mandados de prisão no estado.
Na conta da Divisão de Capturas, segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado, nem todos os casos se referem a criminosos. Há, por exemplo, mandados de prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia (ou seja, questões cíveis).
Boa parte desse número é, também, segundo policiais ouvidos pela Folha, de pessoas que procuraram o Poupatempo para regularização de documentos, por exemplo, e os funcionários identificaram os mandados em aberto. Assim, os investigadores da Divisão de Capturas só têm o trabalho de buscar o procurado.
De acordo com delegados ouvidos pela reportagem, a baixa produtividade da Divisão de Capturas reflete uma histórica falta de política de governo para tentar reduzir um estoque estimado em mais de 100 mil mandados de prisão em aberto, de criminosos que deveriam estar atrás das grades.
Essa situação acaba criando, ainda segundo os policiais civis ouvidos, sensação de impunidade e de insegurança porque, muitas vezes, as vítimas se deparam com seus algozes pelas ruas, sabendo que há ordens de prisão expedidas contra esses criminosos.
Para o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, o resultado obtido pela Divisão de Capturas é muito baixo, menos de duas pessoas por dia (contra 122 da ação da PM), até pela importância dessas medidas para o trabalho policial.
“É o velho dilema da Civil. Efetivamente, a estrutura deles está fragilizada, está envelhecida, e esses números mostram que quase não tem investigação. É pensão [alimentícia], é Poupatempo. Enfim, redução de impunidade é também cumprir mandados”, disse.
Ainda segundo Lima, a Polícia Civil deveria destinar recursos para essa divisão especial porque o cumprimento de mandados é uma importante ferramenta para reduzir a violência das ruas, porque se retira de circulação criminosos já identificados e que podem continuar delinquindo.
“E a Polícia Civil sabe fazer isso [investigação]. Fez isso no DHPP [homicídios] na época que tinha chacinas. Ela foi lá e prendeu os homicidas contumazes. Investigou e prendeu os caras. E caiu pra caramba [o número de homicídios]. Não é algo que a polícia não sabe. Pelo contrário, ela sabe, é uma polícia tecnicamente preparada, mas, aí, ela precisa priorizar. Precisa ter política”, disse.
Para o presidente do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Renato Vieira, a realização da operação pela PM às vésperas do Carnaval só demonstra a falta de uma política organizada do estado, um buraco deixado pela ausência de um trabalho paulatino pela Divisão de Capturas.
“O problema todo, que isso [a operação] não esconde, é uma falta de planejamento dos órgãos públicos. Porque a política de cumprimento de mandados de prisão necessariamente precisa ser uma política duradoura –que não dependa de vésperas desse ou daquele feriado”, disse.
Ainda segundo ele, quando há uma desorganização nesse campo, que ocorre não só em São Paulo, é necessária uma análise das autoridades se os mandados de prisão a serem cumpridos estão válidos, fazer uma fiscalização se os crimes não estão prescritos, se não houve uma extinção da punibilidade.
“Nós temos uma política de segurança pública desorganizada, porque ela prende muito, e porque ela não consegue se organizar para priorizar quais e quando os mandados de prisão são cumpridos”, disse o advogado.
Para o especialista em segurança Rafael Alcadipani, professor da FGV, a quantidade de prisões realizadas pela Divisão de Capturas é realmente baixo, mas não de todo.
“Agora, se você vir as condições que estão colocadas e quem acaba sendo preso, eu não acho que é um número baixo. Porque são casos de maior repercussão, que cometeram crimes piores. A impressão que eu tenho, são pessoas que ofereciam risco à sociedade consideravelmente.”
Ainda segundo ele, dadas as estruturas da polícia e da dificuldade em alguns casos, a prisão de menos de duas pessoas por dia, em média, não é ruim. “Agora, se for comparar com o número de mandados que tem em aberto, a polícia deixa a desejar tanto a Civil quanto a Militar”, disse.
De acordo com a PM, a operação desencadeada entre os dias 2 e 10 de fevereiro foi planejada durante cerca de um mês e teve como objetivo tentar reduzir a incidência de crimes durante o Carnaval. Os 854 presos se referem aos sete primeiros dias. Os dados atualizados, dos nove dias da operação, ainda não foram divulgados.
Conforme policiais ouvidos pela reportagem, o comando da corporação solicitou levantamento de mandados de prisão em aberto de criminosos com um perfil específico, principalmente pelas práticas de roubo e furto, além de envolvimento com as chamadas “quadrilhas do Pix”.
Os órgãos de inteligência da PM passaram, então, a realizar levantamentos de possíveis paradeiros desses suspeitos, com base nas rotinas conhecidas.
Essas informações, com as fotos dos procurados, foram repassadas para as equipes de Força Tática e Baeps (batalhões de operações especiais) em todo o estado, que fizeram ações específicas em busca desses alvos, como em bares onde os suspeitos costumavam frequentar.
“Nós tivemos uma surpresa muito positiva, da altíssima produtividade, que foi a prisão de 854 pessoas. Então, são 854 bandidos que estão fora das ruas. Nós temos uma perspectiva de que isso vai impactar positivamente nos números do Carnaval”, disse o comandante-geral da PM, Cássio Araújo de Freitas, na última quinta (9), com dados ainda parciais.
As prisões feitas pela PM nessa ação pré-carnavalesca equivalem a mais de 10% de todas as 8.165 capturas realizadas pelas polícias na capital, em 2022, em cumprimento a ordens judiciais.
Em todo o estado, a PM tem cerca de 2.900 homens e mulheres que atuam nos Baeps. Já nas forças táticas estima-se um efetivo parecido.
A Secretaria da Segurança não informou quantos policiais há na Divisão de Capturas, nem quantos policiais há no Dope atualmente. Estima-se, segundo policiais ouvidos, menos de 50 agentes na primeira unidade, e mais de 300 na segunda.
A pasta informou, porém, que a melhoria do sistema de segurança é uma das metas da atual gestão. “Desde janeiro, a SSP [Secretaria da Segurança Pública] tem trabalhado para recompor os efetivos das forças policiais, ampliar a produtividade policial e o uso de tecnologia no combate ao crime, a fim de aumentar a sensação de segurança da população. Todas essas medidas visam a otimização dos trabalhos policiais”, diz nota.
A pasta não respondeu se considera os números da Divisão de Capturas baixos.
Diz que essa unidade presta apoio a todos os distritos policiais e forças de segurança de outros estados. “Atua com operações em conjunto com o Ministério Público e outros órgãos, como a Luz na Infância, que combate a pedofilia e a pornografia infantil, e apoio ao Deic [Departamento Estadual de Investigações Criminais]. Em 2022, 60.777 pessoas foram presas em decorrência de mandados de prisão no estado pelas forças policiais.”
Policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam quatro pessoas por esquemas de receptação e de desmanches ilegais em Carapicuíba e em Osasco.
As ações aconteceram na segunda-feira (30) e madrugada de terça-feira (31). Durante ação realizada por policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Desmanches Delituosos (DIVECAR), a equipe tinha como objetivo descobrir o funcionamento de um desmanche de motos ilegal em Carapicuíba. O esquema funcionava dentro da garagem de uma casa na rua Venâncio Costa, no Jardim Cibele.
Três homens foram flagrados iniciando o desmonte da moto, que apresentava queixa de furto desde sexta-feira (27). Os policiais também recolheram peças de diversas motos sem procedência e ferramentas utilizadas no desmanche. Também apreenderam um Fiat Fiorino utilizado para fazer as entregas aos receptadores. O trio foi autuado por receptação qualificada, associação criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo automotivo.
Em outra ação, os policiais da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos (DIVECAR), encontraram na Vila dos Remédios, em Osasco, um caminhão Volvo furtado no domingo (29) em Novo Horizonte, no Interior de São Paulo. A equipe flagrou quando um homem saía de um galpão industrial utilizado como oficina mecânica.
Durante a abordagem, o homem revelou ser responsável pelo estacionamento em frente à oficina, onde estava o caminhão furtado. Ele foi autuado por receptação. As investigações continuam para identificar o motorista responsável por deixar o caminhão no local.