A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (16) a operação ULYSSES, visando cumprir cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária de investigados nos atos antidemocráticos pós 2º turno das eleições presidenciais, bem como dos atos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023.
A investigação iniciou com o fim de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município de Campos dos Goytacazes/RJ, a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército nesta cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas.
Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos.
Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa.
Os crimes investigados são de Associação Criminosa, Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito e Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) agrediram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira (7) durante manifestação em Rio do Sul, cidade que fica a 190 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina. Bolsonaristas usaram barras de ferro para atacarem os policiais em frente a uma loja da Havan.
De acordo com o boletim da PRF, os bolsonaristas estavam acampados no local desde 30 de outubro, dia que aconteceu o segundo turno das eleições. Além disso, eles usaram troncos de madeira, pedaços de concreto e pneus para bloquear a rodovia.
A Polícia Militar foi acionada para ajudar a PRF no local para liberar o trânsito. Após realizarem o trabalho, os manifestantes atacaram os policiais.
Os ataques aconteceram quando os agentes tentavam identificar todos os manifestantes. Dois policiais se feriram com lesões leves na cabeça e braços. Uma pessoa foi presa.
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (6) a Operação Poyais contra uma organização criminosa suspeita de praticar fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas no Brasil e no exterior. Cerca de 100 policiais, além de servidores da Receita Federal, cumprem 20 mandados de busca e apreensão.
A 23ª Vara Federal de Curitiba decretou o sequestro de imóveis e o bloqueio de valores dos suspeitos. As ordens judiciais são cumpridas na capital paranaense, em São José dos Pinhais (PR), Governador Celso Ramos (SC), Barueri (SP), São José do Rio Preto (SP) e em Angra dos Reis (RJ).
De acordo com a PF, em janeiro de 2022, o departamento de Segurança Interna da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília informou que uma empresa internacional e seu principal gerenciador, um brasileiro residente em Curitiba, estavam sendo investigados pela Força Tarefa de El Dorado por envolvimento em conspiração multimilionária de lavagem de capitais a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos.
“Diante das informações e do pedido de cooperação policial internacional, iniciou-se investigação em Curitiba por conta das suspeitas da ocorrência de crimes conexos às fraudes praticados nos EUA pelo brasileiro, notadamente quanto à lavagem transnacional dos recursos ilícitos recebidos no exterior”, informou a corporação.
Diligências iniciais revelaram que o brasileiro possuía mais de 100 empresas abertas no Brasil vinculadas a ele e, através do grupo empresarial, estaria lesando investidores no exterior e em território nacional.
“No Brasil, constatou-se que o investigado logrou êxito em iludir milhares de vítimas que acreditavam nos serviços por ele prometidos através de suas empresas, os quais consistiam no aluguel de criptoativos com pagamento de remunerações mensais que poderiam alcançar até 20% do capital investido.”
Simultaneamente, segundo a PF, constatou-se que a mesma organização criminosa, com parceiros no exterior, cometia fraude semelhante, porém focada em marketing multinível, nos Estados Unidos e em ao menos outros dez países.
Diligências investigativas revelaram que a organização criminosa movimentou, no Brasil, cerca de R$ 4 bilhões pelo sistema bancário oficial.
“As ordens judiciais cumpridas na data de hoje visam não apenas a cessação das atividades criminosas, mas também a elucidação da participação de todos os investigados nos crimes sob apuração, bem como o rastreamento patrimonial para viabilizar, ainda que parcialmente, a reparação dos danos gerados às vítimas”, destacou a corporação.
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Foto: Divulgação/Polícia Federal
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira (23) que a Polícia Federal (PF) cumpra mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários bolsonaristas. Eles são alvos da operação por enviarem mensagens que estimulariam um suposto golpe de Estado em um grupo do WhatsApp.
Além dos mandados de busca e apreensão, o magistrado determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, assim como o bloqueio das contas dos envolvidos nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.
A PF realizou operações em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Saiba quem são os investigados:
1. Luciano Hang, dono da Havan
Hang é apoiador declarado de Bolsonaro desde 2018. Ele é uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna de R$ 15 bilhões, segundo a Forbes. Ele não aparece enviando mensagens nos prints divulgados pelo jornal Metrópoles, mas faz parte do grupo.
2. José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro
O proprietário do Barra World Shopping disse nas mensagens que prefere o golpe do que a volta do PT. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo.” O empresário ainda respondeu um membro do grupo. “Alguém aqui deu uma ótima ideia mas temos que ver se não é proibido. Dar um bônus em dinheiro ou um prêmio legal para todos os funcionários das nossas empresas.”
3. Afrânio Barreira, do Coco Bambu
Barrera é dono da rede de restaurantes Coco Bambu. Ele respondeu a mensagem de Koury com uma figurinha de um rapaz fazendo sinal de positivo.
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4. Marco Aurélio Raymundo, o ‘Morongo’, da Mormaii
Dono da marca de roupas de surf, foi um dos empresários que mais apareceu nos prints divulgados. Em resposta a Koury sobre “dar um bônus em dinheiro ou um prêmio legal para todos os funcionários das nossas empresas”, ele disse: “Acho que seria compra de votos… complicado”.
Para Morongo, “Golpe foi soltar o presidiário!!! Golpe é o ‘supremo’ agir fora da constituição! Golpe é a velha mídia só falar m…”.
Ele ainda comenta sobre os eventos que ocorrerão no dia 7 de setembro. “O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro”.
Em outra mensagem o empresário comenta: “Se for vencedor o lado que defendemos o sangue das vítimas se tornam sangue de heróis! A espécie humana SEMPRE foi muito violenta. Os ‘bonzinhos’ sempre foram dominados… É uma utopia pensar que sempre as coisas se resolvem ‘na boa’. Queremos todos a paz, a harmonia e mãos dadas num mesmo objetivo… masssss quando o mínimo das regras que nos foram impostas são chutadas para escanteio aí passa a valer sem a mediação de um juiz. Uma pena, mas somente o tempo nos dirá se voltamos a jogar o jogo justo ou vai valer pontapé no s… e dedo no olho.”
5. Ivan Wrobel, sócio da W3 Engenharia
Wrobel é um empresário de família polonesa judia e estudou no Instituto Militar de Engenharia (IME), durante a Ditadura Militar.
No grupo, ele desafiou o STF: “Quero ver se o STF tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Av. Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público.”
Em resposta a Morongo, ele concordou: “Exatamente isso!”.
6. José Isaque Peres, empresário e economista
Peres é fundador e acionista do grupo Multiplan, rede de shoppings espalhados pelo Brasil.
Nos prints divulgados, ele aparece dizendo: “Lula só ganha se houver fraude grossa!”
7. Luiz André Tissot, da Sierra Móveis
Dono de uma empresa especializada em móveis de luxo, Tissot enviou no grupo que “O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo, 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”.
8. Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa
Nigri é um empresário de grande influência no governo federal. Segundo o jornal Metrópoles, ele encaminhou um texto com diversos ataques ao STF, no dia oito de agosto. Em seguida, encaminhou: “Leitura obrigatória”, mensagem que não foi escrita originalmente por ele. “O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil.”.
A Polícia Federal deflagrou hoje (28) uma operação para reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) que resultam em operações de câmbio ilegais e evasão de divisas. Os alvos foram oito pessoas físicas e quatro jurídicas.
As investigações que resultaram na Operação Dollaro Bucato II começaram depois de informações obtidas após cumprimento de mandados judiciais pela PF em 2019 e 2021, na Operação Dollaro Bucato I.
Na manhã de hoje foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão: um em Campinas (SP), seis em São Paulo, um em Santo André (SP), um em Itapira (SP) e três em Goiânia.
A partir da análise de documentos e dispositivos eletrônicos foi possível constatar milhares de operações financeiras efetivadas por pessoas físicas e jurídicas direcionadas a remessas não autorizadas de capital para o exterior, principalmente para o continente asiático.
“As operações envolviam movimentação de moeda no estrangeiro por meio do processo conhecido como dólar-cabo, além de câmbio de moeda em território nacional, uso de empresas de fachada, operações de importações fictícias e direcionamento de capital para empresa que comercializa criptoativos”, disse a PF.
As movimentações atípicas foram percebidas em diversas regiões do país. O montante movimentado superou R$ 1 bilhão, em dois anos. Pelo menos R$ 230 milhões passaram por contas de pessoas jurídicas que aparentam ser de fachada, por não terem atividade operacional e com capital social incompatível com os valores movimentados.
A PF acredita que aos valores movimentados para o exterior sejam provenientes de pirâmides financeiras, descaminho, contrabando e tráfico de drogas.
Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil
A Polícia Federal (PF) editou uma série de atos normativos internos abordando as atuações para dar proteção a candidatos nas eleições deste ano. Além de preparar profissionais e capacitar equipes, ela está distribuindo viaturas blindadas em todas as superintendências regionais, conforme nota divulgada hoje (12), em Brasília.
“A operação terá início após a homologação em convenção partidária da candidatura, em observação à legislação vigente (que tem o prazo para acontecer entre 20 de julho e 5 de agosto do corrente ano). Serão mais de 300 policiais envolvidos entre aqueles que comporão as equipes dedicadas de proteção e aqueles das unidades especializadas que apoiarão as equipes dedicadas às visitas dos candidatos aos seus respectivos estados”, detalhou a PF ao informar que carros VIP serão utilizados por candidatos em seus deslocamentos.]
Proteção
A seleção dos policiais federais foi feita tendo por base a experiência na proteção à pessoa, bem como sua capacidade operacional.
“As equipes de cada candidato estão sendo formadas com fundamento em análise de risco feita por grupo de inteligência policial que atuará durante todo o período eleitoral”, explicou a PF ao acrescentar que “fatores sociopolíticos” subsidiarão as ações das equipes de proteção.
Ainda segundo a Polícia Federal, todas unidades especializadas em proteção à pessoa foram “alinhadas técnica e doutrinariamente” durante o ano de 2021, e, desde então, mais de 160 policiais federais foram formados na Academia Nacional de Polícia por meio do Curso Básico de Proteção à Pessoa.
A Polícia Federal (PF) cumpriu hoje (12) dois mandados de busca e apreensão em Paulínia e em Tatuí, no interior de São Paulo, como parte da segunda fase da Operação Lotter, que tem o objetivo de aprofundar as investigações sobre uma organização criminosa especializada no desvio de recursos do auxílio emergencial.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 2021, com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em Paulínia e Sumaré, e um mandado de prisão temporária em Paulínia. A partir da análise desse material a PF concluiu que os atuais investigados também participavam do esquema.
De acordo com a PF, o grupo invadiu a conta dos beneficiários usando programas de computador. Em seguida era feita a transferência do dinheiro para contas dos criminosos, por meio do pagamento de boletos gerados em sites de sistema de pagamentos ou por meio de transações eletrônicas.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a quase 30 anos de prisão.
Policiais federais cumpriram neste sábado (9) três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão contra suspeitos de despachar cocaína para a Europa através da ilha portuguesa da Madeira. Os mandados da Operação Conexão Madeira foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Federal (PF), o grupo usava passageiros de avião, que embarcavam rumo à Ilha da Madeira, com cocaína em suas bagagens. A partir do Aeroporto de Funchal, os passageiros pegavam voos para Barcelona, na Espanha. Como ambos países pertencem à zona Schengen (área de livre circulação de pessoas que envolve a União Europeia e outros países do continente), o voo entre Madeira e Barcelona é considerado doméstico.
Com isso, de acordo com a PF, o grupo evitava a fiscalização portuária. A investigação começou este ano, depois da prisão, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) de um casal com 5,2 quilos de cocaína. Eles tinham como destino a ilha portuguesa.
A partir daí, os investigadores conseguiram identificar outros três acusados de participar do esquema. Um deles foi preso hoje, na comunidade do Vidigal, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Ele estava, segundo a PF, com cocaína e haxixe embalados e prontos para serem despachados por “mulas” (os passageiros que levam a droga de um país para outro).
Outros dois alvos ainda não foram localizados. Um deles está na Europa, segundo a PF.
Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Foto: Divulgação/Polícia Federal
A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amazonas deteve o peruano Rubens Villar Coelho por suspeita de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.
Conhecido como Colômbia e também suspeito de participação no narcotráfico, Coelho já vinha sendo apontado como um dos supostos envolvidos no crime ocorrido no início de junho. Há pelo menos um mês, diversas reportagens de diferentes veículos de imprensa citam o peruano como um dos possíveis mandantes do assassinato.
A PF realiza coletiva de imprensa às 11h (horário de Brasília) para fornecer detalhes sobre a prisão de Coelho e demais informações sobre as investigações em curso para esclarecer o crime.
Bruno e Phillips foram mortos no início do mês de junho, quando viajavam, de barco, pela região do Vale do Javari. Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial). A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo.
A dupla foi vista pela última vez enquanto se deslocava da comunidade de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Os corpos só foram resgatados dez dias depois. Eles estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí.
Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava à cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia. Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional do Índio (Funai) antes de se licenciar e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari. Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.
Ao menos oito pessoas estão sendo investigadas por possível participação no duplo assassinato e na ocultação dos cadáveres. Três dos suspeitos estão presos: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos.
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Foto: Ueslei Marcelino/Ag. Brasil/Direitos Reservados
A Polícia Federal deflagrou hoje (30) a Operação Custo Maior, para ampliar investigações sobre irregularidades na concessão e estrutura de consultoria de atendimento a segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Campinas (SP) por atravessadores.
Além da Polícia Federal, participam da ação o Ministério Público Federal e a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, do Ministério do Trabalho e Previdência, em conjunto com o INSS. As investigações são baseadas na análise de materiais apreendidos na Operação Custo Previdenciário, realizada em agosto de 2018, também em Campinas.
A Operação Custo Maior mostrou que havia mais pessoas envolvidas e não identificadas na ação anterior, que se relacionavam diretamente com servidor do INSS, já demitido e condenado pela Justiça Federal.
As irregularidades e infrações constatadas foram atendimento privilegiado, com dispensa de senha ou de comparecimento pessoal quando exigido; reunião externa (em restaurante, lanchonete e posto de abastecimento em rodovia) e inclusive em fins de semana e períodos noturnos; coleta ou entrega de documentos fora da agência do INSS; retenção e armazenamento de documento em locais não autorizados; manipulação da agenda (postergando ou antecipando data); cálculos em desconformidade com a legislação e inserção de informações falsas no sistema da Previdência Social.
No total, durante a apuração, foram identificados 13 novos benefícios com ações desses atravessadores e que já foram pagos pelo INSS, somando aproximadamente de R$ 2 milhões de prejuízos à União.
Nesta quinta-feira, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal em Campinas, nas residências dos investigados que, atualmente, moram no município de São Paulo. Os materiais apreendidos serão encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Campinas.
Estima-se que a investigação e a suspensão dos 13 benefícios identificados evitaram prejuízo à União de cerca de R$ 9 milhões.
O nome da operação (Custo Maior) faz alusão ao aumento do impacto das fraudes à Previdência Social em relação à fase anterior, denominada Custo Previdenciário, que já havia evitado mais de R$ 4 milhões em prejuízos.
Os investigados responderão, na medida de suas condutas, pelos delitos de inserção de informações falsas no banco de dados (Artigo 313-A, CP) e de associação criminosa (Artigo 288), do Código Penal. As penas podem chegar a 15 anos de prisão.
Por Agência Brasil – Foto: Divulgação/Polícia Federal