Segundo informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo, pela jornalista Mariana Zylberkan, uma carreata do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), enfrentou protestos de moradores no Grajaú, zona sul da cidade, neste domingo (29). Ao passar pelo bar do time de várzea Ruim Time, manifestantes levantaram cadeiras e pediram para o candidato deixar o local, xingando-o. Marçal, de cima de uma picape, acenou para apoiadores sem reagir.
O protesto foi liderado pelo engenheiro José Eduardo Vieira dos Santos, eleitor de Guilherme Boulos (PSOL), que comparou Marçal de forma negativa aos demais candidatos e fez referência à cadeirada que o influenciador levou de José Luiz Datena (PSDB) durante um debate anterior na TV Cultura.
Marçal também comentou sobre sua participação no debate da TV Record no sábado (28), lamentando não ter sido escolhido com frequência para responder perguntas e afirmando que seus adversários evitam enfrentá-lo.
Em uma nova reviravolta na corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) retomou a liderança, com 27% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Datafolha. Guilherme Boulos (PSOL) aparece logo atrás, com 25%, configurando um empate técnico devido à margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Em terceiro lugar, mais distante, está Pablo Marçal (PRTB), com 19%.
A pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de setembro, revela que Marçal se afastou dos dois primeiros colocados, sugerindo que sua ascensão estancou, principalmente após o início do horário eleitoral gratuito. A propaganda gratuita tem sido um fator crucial na recuperação de Nunes, que detém 65% do tempo de rádio e TV, o maior da história das eleições paulistanas.
Antes do início da propaganda eleitoral, Nunes enfrentava dificuldades. Na rodada de 20 e 21 de agosto, ele aparecia com 19%, atrás de Boulos (23%) e Marçal (21%). No entanto, a exposição na mídia reverteu essa tendência negativa, e agora o candidato do MDB reassume a dianteira.
A pesquisa também mostra a estagnação dos candidatos do segundo escalão. Tabata Amaral (PSB) oscilou de 9% para 8%, enquanto José Luiz Datena (PSDB) caiu de 7% para 6%. Marina Helena (Novo) aparece com 3%, e Beto Haddad (DC) e Ricardo Senese (UP) têm 1% cada. Votos nulos somam 7%, enquanto 4% dos eleitores se dizem indecisos.
O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-07978/2024 e ouviu 1.204 eleitores.
A situação da ex-prefeita azedou dentro da gestão de Nunes, após a divulgação de seu encontro com o presidente Lula e do vazamento em que ela havia aceito o convite para retornar ao PT e ser vice de Guilherme Boulos (PSOL) na eleição muicipal de São Paulo.
No encontro com o prefeito Ricardo Nunes, nesta terça-feira, Marta entregou uma carta de demissão dizendo que sua saída do governo municipal foi de comum acordo e que deve seguir “caminhos coerentes” a sua trajetória.
A Prefeitura de São Paulo também divulgou uma nota dizendo que “ficou decidido, em comum acordo, que Marta deixa suas funções na Secretaria de Relações Internacionais”.
Nos bastidores, circula que Marta Suplicy deve se encontrar com Guilherme Boulos ainda nesta semana, talvez na quinta-feira (11), para oficializar a sua volta ao PT e se apresentar como vice na chapa do deputado federal na disputa pela Prefeitura de São Paulo neste ano.
De acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Paraná Pesquisas, o deputado federal Guilherme Boulos e o atual prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, estão empatados tecnicamente na disputa pela prefeitura de São Paulo.
Segundo o levantamento, Boulos tem 31,1% das intenções de voto, seguido por Nunes, que tem 25,4%, no principal cenário da pesquisa. Desta forma, eles estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro, que é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa ouviu 1.046 eleitores de São Paulo, com 16 anos ou mais, de 6 a 9 de dezembro de 2023. O grau de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Regiões, sob o número 3.122/2023.
No principal cenário, em que aparecem os nomes do deputado federal Ricardo Salles e do ex-dirigente do PSDB Marco Vinholi, a pesquisa apresenta o seguinte:
Primeiro Cenário
Guilherme Boulos – 31,1%
Ricardo Nunes – 25,4%
Tabata Amaral – 8,9%
Ricardo Salles – 8,3%
Kim Kataguiri – 5,4%
Marina Helena – 3,1%
Marco Vinholi – 0,6%
Não Sabe/Não Respondeu – 5,3%
Nenhum/Branco/Nulo – 12,0%
No segundo cenário, sem Ricardo Salles nem Marco Vinholi, o deputado federal tem 32,4%, oscilando entre 29,3% e 35,5% na margem de erro. Nunes tem 29,1%, variando entre 32,2% e 26%.
Já no terceiro cenário, em que aparecem apenas os nomes de Boulos e Nunes, o prefeito de São Paulo aparece na frente do deputa federal, com 41,3% (entre 38,2% e 44,4% na margem de erro) para Nunes, contra 39,8% (variando entre 42,9% e 36,7% na margem de erro) para Boulos.
Durante pronunciamento, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) caracterizou a greve do Metrô, CPTM e Sabesp como uma paralisação política, uma vez que afirma que não há uma pauta trabalhista ou salarial.
“Não aceitar essa posição (da privatização) é não aceitar o resultado das urnas. Estamos cumprindo as promessas de campanha”, disse em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (28).
O governador deixou claro que não vai voltar atrás na decisão de privatizar empresas, conforme propôs na campanha eleitoral. “Não concordar é legítimo, mas não é punindo o cidadão que se vai chegar a um resultado”, argumentou.
“Os estudos para a desestatização vão continuar. Foi promessa de campanha. A privatização da Sabesp vai acontecer e vai ser um grande sucesso”, disse Tarcísio.
Nas redes sociais, o governador já tinha postado uma mensagem afirmando que o governo trabalhava para minimizar os impactos causados por uma greve considerada por ele como “ilegal e abusiva”, uma vez que a alegação é de que as assembleias que decidiram pela greve teriam tido baixa adesão.
“Uma minoria que não se constrange em impor prejuízo e sofrimento a milhares de trabalhadores por puro oportunismo. Não é só egoísmo, é irresponsabilidade e crueldade com quem depende do transporte público”, postou o governador.
Essa é a terceira paralisação esse ano. A expectativa é de que 4,6 milhões de pessoas sejam atingidas.
Durante a última greve, em outubro, somente para o comércio na região metropolitana foram estimados R$ 55 milhões em perdas pela Associação Comercial de São Paulo. Dessa vez, o prejuízo pode chegar a mais de R$ 60 milhões.
Por outro lado, as categorias que lideram a paralisação defendem que a luta contra a privatização dos serviços essenciais é um ponto em comum para trabalhadores da Sabesp, Metrô, CPTM e trabalhadores da educação.
“A Sabesp e o transporte não podem virar uma Enel. A população de São Paulo não esqueceu o quanto ficou abandonada à própria sorte. Foi aberta CPI da Enel na Alesp. Não queremos que o mesmo aconteça com a Sabesp e nem com o transporte público”, afirma em nota a direção do Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado de São Paulo (Sintaema).
“Não gostaria de ver a polarização entre os dois extremos políticos na cidade em que escolhi para viver”, disse ele ao Painel, em referência às pré-candidaturas de Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Salles (PL).
O Republicanos tem cargos na administração Nunes e vem cobrando mais espaço na prefeitura, o que vem sendo visto como uma ameaça velada de desembarcar do apoio ao prefeito.
Filiado ao partido, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem se mantido próximo do prefeito, no entanto, e sua opinião deverá ter peso na decisão final.