Nos bastidores da política municipal de Barueri circula muitos boatos sobre os possíveis candidatos a vice na chapa do ex-prefeito Gil Arantes, um deles é Carlinhos Nascimento (do Açougue).
Apesar da acirrada disputa por lideranças políticas entre os grupos do ex-prefeito Gil Arantes e a atual gestão Furlan e Beto Piteri, alguns nomes bateram o martelo e afirmam que não trocam de lado, é o caso do ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Carlinhos Nascimento.
No meio político da cidade sempre circulou que o ex-vereador tem a vontade de ser prefeito, mas dizem que o momento está mais favorável para que seja o candidato a vice na chapa do Gil, sendo o seu nome o mais cotado atualmente.
Além do Carlinhos Nascimento, outros nomes circulam com grandes possiblidades de serem o vice, entre eles temos o experiente Carlos Zicardi, que disputou em 2012 a eleição para prefeito, contra o próprio Gil Arantes. Ainda nos bastidores, circula o boato que o nome do vice saíra da Câmara Municipal de Barueri, em uma grande manobra do ex-prefeito, retirando o apoio de alguns vereadores a Beto Piteri.
Na base do grupo do ex-prefeito, existem outros nomes fortes que podem se tornar o vice, porém o que circula é que estão muito apagados na cidade.
O que dizem os citados na matéria
Carlinhos Nascimento
Entramos em contato com o Carlinhos que declarou, “no momento sou pré-candidato à vereador, eu e minha equipe estamos trabalhando para isso, pretendemos voltar para Câmara. Todos sabem que sou leal e fiel ao Gil (Arantes), seguirei com ele e caso haja o convite para ser vice, se for bom para o grupo, analisarei a possibilidade e estaremos à disposição“, disse Carlinhos.
Carlos Zicardi
O ex-vice-prefeito de Barueri declarou que “a eleição é somente no ano de 2024, temos bons nomes, e acredito não ser o momento para se decidir“, disse Zicardi
Gil Arantes
O ex-prefeito Gil Arantes foi procurado durante a semana por nossa equipe, mas, até a publicação desta matéria não retornou o contato.
O diretório municipal de Barueri do partido Progressistas terá uma nova executiva nos próximos dias, segundo relatou o novo presidente, Jonatas Randal.
Com o apoio do prefeito Rubens Furlan e do vice-prefeito Beto Piteri, o partido na cidade é apadrinhado pelo deputado federal Fausto Pinato, morador de Barueri, que está em seu 3º mandato na Câmara dos Deputados.
A nova executiva do partido Progressistas foi composta pelo presidente do partido e secretário do Centro de Inovação e Tecnologia – CIT, Jonatas Randal, pelo vereador Reinaldo Campos, pelo ex-vereador Fabinho do Imperial e pelos pré-candidatos, Paulo Júnior e Adalberto Batista.
Questionado sobre se será candidato em 2024, o presidente do partido, Randal, disse que “ainda é cedo para decidir, mas venho estudando e analisando a possiblidade“, declarou.
Na questão sobre o apoio do partido na próxima eleição, Randal foi categórico e declarou “estaremos sempre ao lado do prefeito Rubens Furlan e do vice-prefeito Beto Piteri“.
A Câmara dos Vereadores de São Bastião, cidade do litoral paulista, autorizou na última terça-feira (14) a abertura do processo de cassação contra o prefeito Felipe Augusto (PSDB). O pedido foi feito pelo advogado Roberto Magiolino.
A cassação é baseada em denúncias apresentadas pelo Ministério Público, que investiga desvios de recursos da saúde. O documento aponta possíveis ilegalidades na administração municipal feita pelo prefeito em 2020, durante a pandemia de Covid-19.
A denúncia também conta com arquivos digitais da “Operação Mar Revolto”, onde prefeito, secretários e servidores são apontados como réus.
O que também pesou na abertura do processo são as análises técnicas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCU/SP).
A comissão responsável pelo processo de abertura do processo de cassação é composta pelos vereadores Giovani Pixoxó (MDB), Diego Nabuco (PSDB) e Daniel Simões (PP).
O caso acontece logo após as tragédias causadas pelas chuvas na cidade na época do carnaval.
A terça-feira foi agitada no mundo político de Barueri, o encontro entre o prefeito Rubens Furlan, o vice-prefeito Beto Piteri e a pré-candidata a vereadora, Maria Tavelli, mexeu com os bastidores e articulações municipais.
No encontro, que contou com a presença do presidente da Câmara de Barueri, Toninho Furlan e do vereador Thiago Rodrigues, o prefeito Furlan confirmou a sua filiação ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), conforme havíamosanunciado de forma exclusiva em 10 de fevereiro deste ano. Tudo indica que o vice-prefeito Beto Piteri e a pré-candidata Mari Tavelli, também se filiarão.
Após a informação, enviamos mensagem ao presidente do Diretório Municipal do PSB em Barueri, Laerte Soares, que, prontamente nos respondeu e disse desconhecer a filiação. Em nota publicada nas redes sociais, Laerte diz:
“A política precisa ser feita com seriedade e compromisso o nosso trabalho reflete diretamente na vida das pessoas, eu a frente do PSB Barueri sempre busquei seguir de forma transparente e coerente mas, não vou aceitar falta de respeito com nosso trabalho e o trabalho realizado por toda nossa executiva aqui em Barueri. Reafirmo não temos nenhuma tratativa com prefeito e não passei procuração pra ninguém falar em meu nome. Estou dirigente do PSB e até que isso mude exijo RESPEITO. Sem mais obrigado a todos!” declarou Laerte Soares.
Sobre a união entre Mari Tavelli e o grupo político de Rubens Furlan e Beto Piteri, o presidente do PSB desejou “sucesso, boa sorte e que seja feliz! “.
PSB Barueri
O diretório do Partido Socialista Brasileiro (PSB) de Barueri, revelou no mês passado que foram surpreendidos com a possibilidade da ida do prefeito Rubens Furlan para o partido. Naquele período, após a surpresa, o PSB Barueri soltou uma “Nota Oficial” reafirmando o seu apoio ao ex-prefeito Gil Arantes. Veja abaixo.
Nos últimos dias circulou nos bastidores da política de Barueri, uma possível mudança de partido do vereador Keu Oliveira (PTB).
A mudança que circulava na cidade é que o Vereador Keu, atualmente filiado ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), iria se filiar ao PT (Partido dos Trabalhadores). O vereador foi grande defensor do presidente Lula na tribuna da Câmara Municipal, declarando seu voto nas eleições de outubro de 2022.
Entramos em contato com o vereador para confirmar a mudança de partido, o que foi negado pelo próprio, que disse, “pra mim seria uma honra, tenho muita afinidade com a ideologia e a história do partido, porém ainda é muito cedo para tomar qualquer decisão, até mesmo porque a janela de transferência partidária será somente em 2024 e muitos fatores pesam neste tipo de decisão. Mas confesso que se receber o convite irei analisar com muito carinho, concluiu o vereador.
Sobre o grupo político, o vereador fez questão de reafirmar o seu apoio ao vice-prefeito Beto e a atual gestão municipal. Em publicação nas redes sociais o vereador declarou, “e vamos cada vez mais juntos com muito trabalho e dedicação pela nossa Barueri, com o nosso vice-prefeito Beto Piteri e o prefeito Rubens Furlan“.
O que diz o Partido dos Trabalhadores
Em contato com o presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Barueri, Alexandre de Ramos, foi declarado que o partido está de portas abertas e que a “vinda do vereador” seria uma grande força para o grupo, mas que no momento não tem nada certo.
A desfiliação partidária foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015), que garantiu aos detentores de mandato eletivo em cargos proporcionais a possibilidade de trocar de partido nos 30 dias anteriores ao último prazo para filiação.
Ou seja, os vereadores só podem migrar de partido na janela destinada às eleições municipais, no caso, só em 2024. Considerando que a eleição será em 6 de outubro, o prazo determinado para a migração de partido, por meio da janela partidária, é de 7 de março até 5 de abril.
O presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Barueri, Alexandre de Ramos, afirmou, em conversar exclusiva, ser “muito improvável” uma aliança com o ex-prefeito Gil Arantes.
“Analisando o que aconteceu na última eleição, de que lado o ex-prefeito (Gil Arantes) estava? A resposta tá aí“, afirmou o presidente do PT Barueri.
Em outro momento acrescentou, “nos atos golpistas e no bloqueio na rodovia Castello Branco, até no acampamento que montaram em Barueri tinha pessoas que fazem parte do mesmo grupo político. É muito improvável o partido (PT) apoiar ou realizar aliança com o Gil Arantes“, destacou Alexandre.
Questionado sobre o apoio ao vice-prefeito de Barueri, Beto Piteri, Alexandre confirmou o diálogo, “não descartamos, estamos conversando com os filiados e a direção do partido, tudo indica que sim, mas, a política é muito dinâmica e temos que esperar chegar mais próximo ao pleito para decidir qual é o melhor caminho” finalizou Alexandre de Ramos.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu que o país avance em uma reforma tributária, uma das prioridades da atual gestão federal, e afirmou que o estado será parceiro nesse objetivo. “São Paulo, obviamente, vai ser parceiro do governo federal, tem interesse em ver essa reforma tributária aprovada”, disse a jornalistas, na tarde desta quinta-feira (9), após se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, no Palácio do Planalto, em Brasília.
A reforma tributária vai ser discutida a partir de um grupo de trabalho criado no Congresso Nacional com base em duas propostas que já tramitam na Câmara dos Deputados (PEC 45/19) e no Senado Federal (PEC 110/19). O relator do grupo é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O governo federal não vai encaminhar proposta própria, mas aproveitar o teor desses projetos em andamento e intensificar a articulação parlamentar para aprová-los.
Para o governador, a reforma é um assunto de complexa negociação política. “Não é uma coisa fácil. Hoje, a gente tem uma indústria, no Brasil, que é sobretaxada e nós temos setores que pagam pouco imposto. Ora, se você quer tirar imposto da indústria, alguém vai pagar mais, e aí envolve uma harmonização desses interesses que vai demandar muita habilidade, muito esforço de costura”.
Sobre o melhor caminho para avançar na pauta, Tarcísio sugere resolver o tema por partes, começando por uma simplificação tributária. “Resolve o que é mais fácil primeiro, simplifica os tributos federais, uniformiza a regra de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] para os estados, isso vai ter a possibilidade, por exemplo, de eliminar parte dessa guerra fiscal. Depois, você vai dando outros passos”, comentou.
Arcabouço fiscal
Tarcísio também falou sobre a proposta para o novo arcabouço fiscal do país, que deve ser apresentada nos próximos dias pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A nova regra deverá substituir a emenda constitucional do teto de gatos, que limita o crescimento de grande parte das despesas da União à inflação do ano anterior.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda concluiu a modelagem da proposta, que foi enviada ao Ministério do Planejamento para orientar a elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
“É importante que o Brasil mantenha o seu compromisso com a solvência. A boa mensagem fiscal é o que traz confiança, elimina o ruído que, no final das contas, mexe na curva de juros de logo prazo, dá o apetite para o investidor, isso é fundamental para o Brasil ir bem”, afirmou.
Recentemente, o ministro da Fazenda informou que pretende divulgar o modelo de arcabouço fiscal antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorrerá em 21 e 22 de março. A expectativa da equipe econômica é que o projeto dê segurança para que a autoridade monetária inicie o processo de queda da Selic (taxa básica de juros).
A principal pauta da reunião entre o governador de São Paulo e o ministro-chefe da Casa Civil foi o avanço no projeto de privatização do Porto de Santos, administrado pelo governo federal. Defensor da proposta, Tarcísio de Freitas disse que a conversa abordou aspectos da modelagem dessa concessão. Iniciada no governo de Jair Bolsonaro, o modelo de privatização do porto está atualmente em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo cálculos do governador, que foi ministro da Infraestrutura na gestão passada, os investimentos previstos ultrapassam os R$ 19 bilhões ao longo de 35 anos de concessão.
“A concessão do Porto de Santos tem muito a ver com a manutenção da competitividade do Porto”, observou. “Não tem nada mais transformador para a Baixada Santista do esse projeto de concessão do porto, porque nada vai mobilizar tanto recurso”, acrescentou.
Em reunião realizada na noite desta quinta-feira (9), no bairro do Jardim Mutinga, o ex-vice-prefeito de Barueri, Dr. Jaques Munhoz, fez inúmeras críticas ao ex-prefeito Gil Arantes.
No seu pronunciamento, na reunião entre amigos, Dr. Jaques, que foi vice-prefeito no último governo de Gil Arantes (2013-2016), fez duras críticas ao ex-prefeito. Em certo momento, Dr. Jaques disse que “ele (Gil) traiu a confiança daqueles que votaram nele e daqueles que esperavam que ele honrasse as promessas que fez“.
Em outro momento, Dr. Jaques, acrescentou, “dois anos depois do início do governo, ele abandonou a cidade, ele tem uma história, mas ele abandonou e eu fiquei muito decepcionado com isso, […] ele prometeu, o Gil prometeu, mas não cumpriu“.
Para finalizar, Dr. Jaques Munhoz disse que o prefeito Rubens Furlan não escolheu por acaso Beto Piteri como seu sucessor, mas “por que sabe que ele é trabalhador e que pode confiar que o Piteri vai continuar o seu ótimo trabalho à frente da prefeitura de Barueri“, finalizou Dr. Jaques.
O outro lado
Encaminhamos mensagem para o ex-prefeito Gil Arantes, mas, até a publicação desta matéria não obtivemos retorno.
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro atuou para tentar liberar as joias avaliadas em aproximadamente R$ 16,5 milhões trazidas de forma ilegal para o Brasil. O episódio, revelado pelo jornal Estado de S. Paulo, aconteceu em outubro de 2021 e envolveu várias tentativas subsequentes de reaver os itens na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde o material acabou apreendido por não ter sido devidamente declarado. As pedras preciosas seriam um presente do governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo o Estadão, três ministérios chegaram a ser acionados para tentar reaver as joias. Foram pelo menos 8 tentativas de liberar o material apreendido. Veja de que forma o governo atuou no caso:
Nada a declarar
O conjunto com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante estava na mochila de um militar, assessor do então ministro Bento Albuquerque. O titular das Minas e Energia voltava, na ocasião, de uma viagem pelo Oriente Médio. Eles passaram pela saída “nada a declarar” da alfândega do aeroporto, sem registrar a entrada com as joias. A cena foi registrada pelas câmeras de segurança do local. A legislação brasileira impõe, contudo, que é obrigatório declarar qualquer bem avaliado em mais de mil dólares (pouco mais de R$ 5 mil) na chegada ao país. Titulares da receita pediram para conferir a bagagem e apreenderam os bens.
Carteirada
De acordo com o Estadão, ao saber que as joias haviam sido apreendidas, Albuquerque retornou à área da alfândega e tentou, ele próprio, retirar os itens, informando que se trataria de um presente pessoal para a mulher do ex-presidente, Michelle Bolsonaro. A Receita deu a opção para a comitiva informar que se tratava de um presente entre os governos. Neste caso, não seria cobrado qualquer imposto, mas as joias seriam tratadas como propriedade do Estado brasileiro. Porém, o ministro não aceitou.
No dia 29 de outubro de 2021, o chefe de gabinete adjunto de Documentação Histórica do gabinete pessoal do presidente da República, Marcelo da Silva Vieira, envia um ofício para o chefe de gabinete de Bento Albuquerque afirmando que o encaminhamento das joias seria feito e que a análise seria para a incorporação ao “acervo privado do Presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República”.
Pressão do Itamaraty na Receita
Em 3 de novembro de 2021, coube ao Itamaraty exercer pressão sobre a Receita Federal na busca pelas joias. O Ministério das Relações Exteriores pediu ao órgão fiscal que tomasse as “providências necessárias para liberação dos bens retidos”, mas a Receita retrucou que só seria possível fazer a retirada mediante os procedimentos de praxe nestes casos, com quitação da multa e do imposto devidos. Em seguida, a própria chefia da Receita entrou em campo para liberar o material, mas os servidores do órgão mantiveram-se firmes.
Nessas situações, só é possível resgatar o item apreendido pagando um tributo equivalente a 50% do valor estimado do material. Além disso, também é cobrada uma multa de 25% sobre o valor cheio. No caso das joias para Michelle, portanto, a soma chegaria a aproximadamente R$ 12,3 milhões.
Pressão de Albuquerque na Receita
No mesmo dia 03 de novembro de 2021, segundo a reportagem, o gabinete do então ministro Bento Albuquerque reforça a pressão sobre a Receita em mais uma tentativa para liberar os diamantes. Em ofício, pede “liberação e decorrente destinação legal adequada de presentes retidos por esse Órgão”. O ex-ministro também passa a usar que a versão que a destinação seria para o acervo, mas sem dizer para qual. Porém, a Receita não libera os bens.
Secretário tenta liberação
No dia 28 de dezembro de 2022, nas vésperas do fim do mandato de Bolsonaro, o então secretário da Receita Federal, Julio Cesar Viera Gomes, tentou liberar as joias. Ele enviou um ofício para a alfândega do aeroporto em São Paulo pedindo a liberação. Porém, os fiscais responderam que só liberariam os bens mediante pagamento do imposto.
Bolsonaro entra em campo
No dia 28 de dezembro o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro enviou um ofício à Receita cobrando a devolução das joias. O texto solicitava que as pedras preciosas fossem destinadas à Presidência da República, em atendimento ao ofício da “Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República”. Novamente o pedido foi negado pela alfândega.
A tentativa derradeira de recuperar o mimo milionário dos sauditas veio nos últimos dias de Bolsonaro na Presidência da República, em 29 de dezembro — véspera da viagem do ex-chefe do Executivo para os Estados Unidos, onde ele permanece até hoje. Chefe da Ajudância de Ordens do presidente, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva seguiu para Guarulhos para “atender demandas” de Bolsonaro, conforme consta na solicitação de voo da Força Aérea Brasileira (FAB) descrita pelo Estadão.
“Não pode ter nada do (governo) antigo para o próximo, tem que tirar tudo e levar”, argumentou o funcionário ao tentar convencer os fiscais alfandegários, conforme consta em relatos colhidos pelo jornal. A Receita manteve a apreensão.
O ex-deputado estadual Campos Machado, que não conseguiu se reeleger para a Assembleia Legislativa de São Paulo em 2022 após oito mandatos consecutivos, tem feito reuniões com prefeitos e vereadores aliados para convencê-los a se filiar ao PSD, partido fundado e presidido por Gilberto Kassab.
Nesta terça (28), Machado anunciou publicamente as filiações dos prefeitos Maria Helena Rettondini, de Monte Alto, e Isnar Freschi, de Sarutaiá.
“Kassab é um grande amigo e irmão, e por isso conversei com dois dos prefeitos que estavam ao meu lado, em meu antigo partido, para que seguissem sua carreira política ao lado dele”, disse Machado, que também está entrando no PSD.
O ex-deputado foi durante décadas o principal líder do PTB em São Paulo, mas deixou o partido em 2020 em razão de uma briga com o então presidente do partido, Roberto Jefferson. Ele disputou a eleição do ano passado pelo Avante.
O ex-parlamentar atribui sua derrota à desorganização do partido que tentava estruturar em São Paulo. Dividido entre demandas da campanha e da sigla, Machado teve dificuldades nas duas frentes. No PSD, ele deve ter uma legenda estruturada para tentar buscar novos mandatos.
Com Kassab como secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), políticos de São Paulo apostam em crescimento significativo do PSD, avançando principalmente sobre prefeitos do PSDB, que deixou de comandar a máquina estadual após quase 30 anos.
Por sua vez, Kassab tem dito que não tratará de qualquer assunto partidário no Palácio dos Bandeirantes.