O PSDB e o Podemos anunciarão oficialmente sua fusão no próximo dia 29 de abril. A união marca uma tentativa de reconstrução do espaço político de centro, após o enfraquecimento tucano nas últimas eleições. Segundo publicado pela Coluna do Estadão, o acordo entre as duas legendas já está fechado e será o primeiro passo de uma estratégia mais ampla para revigorar o campo político alternativo ao lulismo e ao bolsonarismo.
Inicialmente, o novo partido manterá o nome “PSDB + Podemos”. No entanto, uma pesquisa qualitativa junto ao eleitorado será realizada para definir uma nova identidade e o número que irá às urnas. A fusão poderá ser sucedida por uma federação com o Solidariedade, ampliando o alcance e o tempo de rádio e TV da futura legenda.
Um dos principais entraves ainda não resolvidos é o futuro do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que avalia a possibilidade de migrar para o PSD de Gilberto Kassab. Leite tem planos de disputar a Presidência da República em 2026 e exige garantias das siglas para viabilizar sua candidatura. O PSD, que já acolheu Raquel Lyra (governadora de PE) e tenta atrair Eduardo Riedel (MS), sinaliza uma estrutura mais robusta para as ambições do gaúcho.
Internamente, a nova legenda tenta convencer Leite e Riedel a permanecerem no grupo, argumentando que a fusão trará mais recursos do fundo eleitoral e partidário que siglas como PP, MDB e Republicanos.
“Estamos prestes a construir um novo caminho para o centro democrático brasileiro e para os milhões de brasileiros que não se sentem confortáveis nem com o lulopetismo nem com o bolsonarismo”, afirmou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do Instituto Teotônio Vilela.
A decisão pela fusão ocorre em meio ao maior esvaziamento da história do PSDB. Em 1998, o partido chegou a eleger 99 deputados federais, sete governadores e 16 senadores. Já nas últimas eleições nacionais, elegeu apenas 13 deputados, três governadores e nenhum senador. Em 2024, sofreu sua pior derrota municipal.
Na tentativa de sobreviver, o PSDB procurou diversas alternativas de aliança – da esquerda, com o PDT, ao centro, com MDB e PSD. Todas esbarraram em impasses regionais e ideológicos, especialmente por conta da resistência da atual direção tucana a se associar ao PT, partido do presidente Lula.
Com a fusão com o Podemos, o PSDB busca não apenas uma sobrevida, mas também uma reconfiguração que lhe permita voltar ao debate nacional com uma candidatura própria e relevante em 2026.
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