Câmara de SP aprova admissibilidade de cassação de vereador

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O plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou hoje (24) a admissibilidade do processo de cassação do vereador Camilo Cristófaro (Avante), acusado de racismo. Com a aprovação, que contou com os votos de 51 vereadores – de 53 votantes, o processo volta para a Corregedoria para que sejam ouvidas as testemunhas e a defesa do parlamentar.

No último dia 3, Camilo Cristófaro participava de forma remota de uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos, na Câmara Municipal de São Paulo. Como o microfone do vereador estava aberto, um áudio da fala dele com outra pessoa acabou vazando para a reunião: “é coisa de preto, né?”, foi a frase ouvida durante a sessão. Quatro vereadores abriram representação contra Cristófaro.

“Bom seria se não tivéssemos de votar uma medida desta natureza. Mas, diante da prática do racismo, só nos resta aplicar a lei para mostrar para a sociedade deste país que aqui o racismo é e será punido”, disse o presidente da Câmara, vereador Milton Leite.

Na semana passada, a Corregedoria da Câmara aprovou a abertura do processo contra o vereador. Segundo o parecer do órgão, elaborado pela vereadora Elaine Mineiro, do mandato coletivo Quilombo Periférico (Psol), a fala é nitidamente racista, “alimentadora de estruturas que mantêm a população negra em posição de incompetência e inferioridade, sendo ofensiva a um conjunto indeterminado de pessoas, violentando todas as pessoas negras”. 

Vereador nega racismo

A reportagem procurou o vereador Camilo Cristófaro, mas ainda não recebeu uma resposta. No último dia 20, o vereador negou à Agência Brasil que tenha sido racista e se referiu ao episódio como uma “brincadeira”. “Eu não sou racista. Setenta por cento de quem me acompanha são afros. Foi uma brincadeira infeliz com um deles, meu irmão de coração e que, mesmo ele sendo meu amigo há décadas, eu reconheço: fui infeliz, mas racista nunca”, disse.


Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil – Foto: André Bueno/Rede Câmara

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Conmebol aumenta multa por discriminação após casos de racismo

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Após cinco casos de racismo direcionados a torcedores de clubes brasileiros em partidas da Libertadores, quase todos na mesma semana de abril, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), enfim, alterou o artigo do código disciplinar sobre discriminação.

Na noite de segunda-feira (9), a Conmebol anunciou o aumento das multas impostas às equipes cujas torcidas cometerem atos de preconceito motivados por “cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem”.

A punição mínima foi de US$ 30 mil para US$ 100 mil (R$ 513 mil na cotação atual). Conforme a entidade, o órgão judicial competente pode também obrigar o time de torcida infratora a atuar sem público ou ter o estádio parcialmente fechado.

O primeiro dos casos foi o de um torcedor do River Plate, que atirou uma banana em direção à torcida do Fortaleza no jogo entre as equipes em Buenos Aires, há um mês. O clube argentino foi multado em US$ 30 mil.

Duas semanas depois, um torcedor do Boca Juniors, também da Argentina, imitou um macaco em direção à torcida do Corinthians na própria Neo Química Arena, em São Paulo. Ele foi detido em flagrante, mas liberado após pagamento de fiança no dia seguinte.

Na mesma semana, torcedores do Estudiantes de La Plata, mais um time argentino, fizeram sons de macacos para os do Red Bull Bragantino.

Houve, ainda, registros semelhantes no Equador, na visita do Palmeiras ao Emelec, e no Chile, durante o confronto do Flamengo com a Universidad Católica.

Até o momento, a Conmebol não concluiu a investigação sobre os casos nos jogos de Timão, Massa Bruta, Verdão e Rubro-Negro.


Por Lincoln Chaves – Repórter da Rádio Nacional – Foto: Amanda Perobelli/Reuters/Direitos Reservados

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Conmebol pune River por atos racistas contra torcida do Fortaleza

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A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta sexta-feira que aplicará uma multa de US$ 30 mil ao River Plate (Argentina) por causa de atos racistas protagonizados por um torcedor da equipe argentina na partida contra o Fortaleza pela Copa Libertadpres

No dia 13 de abril, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, um torcedor do River Plate foi flagrado jogando uma banana na torcida do Fortaleza durante o jogo entre os times. A equipe argentina identificou o homem como sócio do clube e o suspendeu.

O artigo 17 do Código Disciplinar da Conmebol prevê que os clubes cujos torcedores atentem “contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas […] por motivos de cor de pele, raça, sexo, orientação sexual, etnia, idioma, credo e origem” sejam multados em US$ 30 mil. A punição pode ser aplicada diretamente nos valores de premiação por participação.

Em outro comunicado, também divulgado na tarde desta sexta, a Conmebol afirmou que “considera absolutamente inaceitável qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios”. Assim, a entidade afirma que “assume e sempre assumirá sua parte de responsabilidade na luta contra todas as formas de discriminação”.

Diante dos últimos episódios, a Conmebol se comprometeu a promover “mudanças nos regulamentos para aumentar e endurecer as penalidades em casos de racismo”. Além de se comprometer a “elaborar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano”.


Por Agência Brasil – Foto: Reprodução/Twitter/Conmebol

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Detido por injúria racial, torcedor do Boca é solto após pagar fiança

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Um torcedor do Boca Juniors foi detido em flagrante na noite de terça-feira (26), em São Paulo, por imitar um macaco em manifestação direcionada à torcida do Corinthians, durante a partida entre o clube argentino e o brasileiro, na Neo Química Arena, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. O homem, que não teve a identidade revelada em nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista, foi liberado nesta quarta-feira (27), após pagamento de fiança.

Segundo o comunicado da SSP, o torcedor do Boca foi denunciado por três brasileiros aos policiais militares no estádio. O centro de comando operacional registrou os gestos pelas câmeras de segurança interna. O homem foi localizado na torcida argentina, situada no setor sul da arena, e levado à Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), “onde foi lavrado o presente auto de prisão em flagrante delito”.

O crime de injúria racial é previsto no artigo 140 do Código Penal. O parágrafo terceiro indica uma pena de reclusão de um a três anos, além do pagamento de multa.

https://twitter.com/Corinthians/status/1519159650700169216?s=20&t=q_fduq7TygsnzebTNsH4_A

Em nota, o Corinthians declarou repúdio a “todo e qualquer ato de racismo e discriminação” e afirmou que o caso “só reforça a importância de nossa luta por um futebol sem ódio”. Pela rede social Twitter, o Boca expressou “absoluto repúdio” aos gestos “racistas e xenófobos” do torcedor e que os dirigentes avaliarão medidas e sanções a serem implementadas e aplicadas.

Vale lembrar que, no mês passado, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina), um torcedor do anfitrião River Plate foi flagrado jogando uma banana na torcida do Fortaleza, durante o jogo entre as equipes, também pela Libertadores. A equipe argentina identificou o homem como sócio do clube e o suspendeu.

O artigo 17 do Código Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) prevê que os clubes cujos torcedores atentem “contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas […] por motivos de cor de pele, raça, sexo, orientação sexual, etnia, idioma, credo e origem” sejam multados em US$ 30 mil (R$ 149,7 mil, na cotação atual). A punição pode ser aplicada diretamente nos valores de premiação por participação.

Em campo, o Corinthians derrotou o Boca por 2 a 0, com gols do volante Maycon. O resultado levou o Timão à liderança do Grupo E da competição sul-americana.


 Por Lincoln Chaves – Repórter da EBC/Ag. Brasil – Foto: Amanda Perobelli/Reuters/Direitos Reservados

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