No levantamento de preços de repelentes contra insetos realizado na última quarta-feira (29), especialistas do Procon-SP observaram uma alta de 3,37% nos valores praticados pelos sites envolvidos na pesquisa; o preço médio no dia 24 de maio era R$ 22,91 e passou para R$ 23,68.
A consulta semanal – feita em sites de grandes drogarias e supermercados a partir de um endereço de referência na Capital – comparou o preço de nove tipos de repelentes (loção, líquido spray e elétrico líquido) de duas marcas que estavam disponíveis nos locais pesquisados. Veja o relatório completo.
Também foi possível encontrar uma maior quantidade de itens, o que aponta para a possibilidade de, a curto prazo, os estoques nos pontos de venda serem normalizados, contribuindo para novas reduções de preço ao longo do tempo, de acordo com os especialistas do Procon-SP.
Os levantamentos de preços médios, realizados em dezembro do ano passado e, semanalmente a partir de fevereiro deste ano, têm como objetivo ajudar o consumidor a ter referências na hora da compra, alertando a importância da pesquisa de preços e a necessidade de prevenção à dengue.
O Procon-SP recomenda que ao escolher um repelente o consumidor leia o rótulo com atenção, observe se há o registro da Anvisa, eventual restrição de idade, entre outras informações.
Com o aumento de casos de dengue na capital paulista, são mais de 150 mil casos confirmados em 2024, 39 mortes e 165 em investigação, a proximidade com a cidade de Osasco tem causado preocupações entre os parlamentares da Câmara Municipal.
Apesar de a Secretaria de Saúde de Osasco ter intensificado as ações de combate à dengue, o enfermeiro sanitarista, Sátiro Márcio Ignácio Júnior, Gerente da Vigilância Epidemiológica, reforçou em participação ao programa Direto do Plenário, na TV Câmara, que 70% dos casos poderiam ser resolvidos pela população.
“Boa parte da prevenção está nas mãos da população. Os focos dos criadouros estão constituídos dentro do domicílio. Todo local que tem água parada é um local de proliferação”, ressaltou Sátiro Júnior.
Com as informações, várias são as iniciativas para impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e combater a escalada da doença em Osasco e uma das sugestões é a distribuição de repelentes nas escolas municipais.
“O repelente possui 10 horas de proteção efetiva e é eficiente contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunya. Desde o começo do ano letivo, as escolas da rede têm intensificado os trabalhos de conscientização sobre os cuidados de combate à dengue com os alunos. Entre as atividades, destacamos a distribuição de folhetos informativos, apresentações de teatro com a demonstração dos riscos da dengue, palestras com os agentes de combate a endemias, entre outras”, aponta o vereador Paulo Júnior (PRD), autor da Indicação, em sua justificativa.
Os produtos foram entregues para os responsáveis pelos alunos, com a preocupação de evitar acidentes; essa é uma das ações da prefeitura de enfrentamento à doença, cujos números têm aumentado no Brasil
Dando continuidade aos cuidados de prevenção e combate à dengue, a Prefeitura de Santana de Parnaíba iniciou na última segunda-feira (25/3) a entrega de cerca de 32 mil repelentes de forma gratuita em todos os colégios municipais.
O repelente possui 10 horas de proteção efetiva e é eficiente contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Ele oferece também uma sensação refrescante e calmante, pois possui propriedades da Aloe Vera e Camomila.
Desde o começo do ano letivo, os colégios da rede têm intensificado os trabalhos de conscientização sobre os cuidados de combate à dengue com os alunos. Entre as atividades, destaque para a distribuição de folhetos informativos, apresentações de teatro com a demonstração dos riscos da dengue, palestras com os agentes de combate a endemias, entre outras.
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes, que podem resultar em doenças cujos sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas (em algumas situações, pode não haver sintomas). Nos quadros mais graves, podem surgir manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o número de casos da doença no Brasil, neste ano, é o maior já registrado na história, com mais de 2 milhões de casos prováveis e confirmados. O número de mortes pela doença já ultrapassa a marca de 700.
Uma das razões para este aumento é a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial permitindo a proliferação do mosquito transmissor da dengue. O fenômeno El Niño de 2023 também intensificou os efeitos do aquecimento global colaborando para que o Aedes aegypti sobreviva em ambientes onde antes isso não ocorria.
O Ministério da Saúde declara que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
A Prefeitura de Santana de Parnaíba realiza diversas ações diárias no município como entrega de panfletos no trânsito em diversos pontos estratégicos da cidade, mutirão da dengue aos sábados, visita casa a casa por agentes de combate às endemias (48 profissionais) durante a semana, ações nos colégios municipais com as crianças e adolescentes para ajudar na conscientização sobre a dengue, além da divulgação de conteúdo informativo nas redes sociais.
A Secretaria de Saúde também tem adotado o método bloqueio, que consiste em fazer uma vistoria no perímetro da residência do paciente que confirmou positivo. A ação tem o objetivo de verificar se existem moradores com sintomas parecidos e possíveis criadouros do mosquito. É realizada também a nebulização (aplicação de veneno) em bairros com um número maior de casos positivos.
Outra importante estratégia adotada pela Secretaria de Saúde da cidade é a reativação do Comitê de Combate à Dengue, que visa discutir as melhores estratégias para o combate da doença no município. O comitê é composto por equipes de diversas secretarias, como Saúde, Serviços Municipais, Educação, Gabinete, Meio Ambiente e Planejamento, Comunicação, entre outras.
Toda a equipe de combate às endemias passa por treinamentos contínuos para o atendimento de casos suspeitos da doença, as coletas feitas em locais suspeitos são encaminhadas para análise e avaliação do material.
No final de 2023, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) e já foram distribuídas mais de 1,2 milhão de doses. Cerca de 250 mil doses foram aplicadas na rede pública de saúde.
A vacina, conhecida como Qdenga, inicialmente está sendo destinada a regiões com maior incidência e transmissão do vírus e aplicada em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, pois se trata do grupo com maior número de hospitalizações por dengue.
A incorporação do imunizante foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) e passou por todas as avaliações da comissão. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
Vale lembrar que, nos últimos 11 anos, a gestão municipal fortaleceu as políticas de vigilância epidemiológica, construiu 30 novas unidades de saúde e fez concursos para contratação de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.