A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou no último domingo (5) que passou a utilizar uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) nas operações de busca por sobreviventes das enchentes que tomam o Rio Grande do Sul atualmente.
Segundo a FAB, as pessoas que se encontram em situação de risco devem sinalizar a ARP quando a avistarem. Ainda de acordo com a instituição, isso facilita a identificação e o envio do apoio.
O modelo de drone, mais especificamente, é um RQ-900 Hermes, fabricado pela empresa Elbit Systems. O aparelho em questão possibilita análises em tempo real e alta precisão.
Quase 850 mil pessoas (844.673) foram impactadas até o momento pelas chuvas fortes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O boletim mais recente da Defesa Civil – divulgado às 18h deste domingo (5) – indica que há 78 mortes confirmadas e pelo menos mais quatro em investigação. O número de feridos é de 175 e há 105 desaparecidos.
Por causa do mau tempo, 134.331 pessoas tiveram de abandonar as casas em que vivem, sendo que 115.844 estão desalojadas e outras 18.487 vivem em abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 341 foram afetados por alguma ocorrência relacionada às chuvas.
A última catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul foi em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram depois da passagem de um ciclone extratropical.
Agora, o total de mortes está bem acima do anterior e é considerado por autoridades como o pior desastre climático da história gaúcha.
Serviços de infraestrutura
No boletim mais recente, também há informações sobre os serviços de infraestrutura estaduais, reunidos pelas Secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura, de Logística e Transportes e da Educação.
Pelo menos 261 mil pontos do estado estão sem energia elétrica (27% do total de clientes) e mais de 854 mil estão sem abastecimento de água (27% do total).
As chuvas provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias. São 110 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. As informações são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Segundo a Secretaria de Logística e Transportes (Selt), há um trabalho em curso para desobstruir as estradas o mais rápido possível.
Também foram divulgados dados em relação às escolas afetadas pelas enchentes, o que inclui as que foram danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte e de acesso, entre outras questões. Nessa situação, há 733 escolas em 229 municípios, com 247.228 estudantes impactados.
A Defesa Civil informa que – para aumentar o nível de prevenção – as pessoas podem fazer um cadastro e receber alertas meteorológicos do órgão. Basta enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Uma confirmação vai ser enviada e o número ficará disponível para receber as informações.
Também é possível se cadastrar pelo Whatsapp: número (61) 2034-4611. Um robô de atendimento fará a interação e o usuário poderá compartilhar a localização atual ou qualquer outra de interesse para receber as mensagens da Defesa Civil.
O boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul atualizado na manhã desta sexta-feira (3) confirmou 31 pessoas mortas, 56 feridas e 74 desaparecidas em todo o estado, por causa das fortes chuvas que atingem a região desde a última terça-feira 30. Há ainda 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 desalojadas, em 235 municípios atingidos.
A Polícia Rodoviária Federal também informou que até o momento, há 53 trechos de rodovias federais no estado com bloqueios, sendo 39 totais e 14 parciais. Algumas foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.
O Ministério da Defesa determinou, nesta sexta-feira (3), o estabelecimento de um comando operacional das Forças Armadas para atuar em apoio logístico às ações de proteção e Defesa Civil nos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelos eventos climáticos de chuvas intensas. Foram estabelecidas diretrizes semelhantes a atuação da última situação de calamidade pública estabelecida na região em setembro de 2023.
Desde a última quarta-feira, 626 militares já haviam sido deslocados à região para atuarem no apoio às vítimas.
Também foram mobilizadas 45 viaturas, 12 embarcações e oito aeronaves, além de equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal. Um hospital de campanha está sendo montado no município de Lajeado com estrutura de enfermaria, 40 leitos, dois consultórios de atendimento médico e um de triagem.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para um declínio de temperatura em quatro estados do país neste fim de semana: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A manhã de sexta-feira (25) na capital paulista, por exemplo, segundo o ClimaTempo, teve início com sensação de calor, mas os termômetros devem baixar progressivamente com o passar das horas.
No início da noite deve ser registrada a menor temperatura do dia. Há condições de chuva no anoitecer, especialmente no litoral paulista, onde será frequente por vários dias consecutivos.
Com o avanço das instabilidades, os ventos voltam a ganhar força no estado de São Paulo, com rajadas entre 40 e 65 km/h. Em áreas mais próximas do Paraná e nas regiões de Itapetininga e Sorocaba podem chegar a 70 km/h.
Veja a previsão para o fim de semana nos estados:
Rio de Janeiro
Sexta-feira (25): Mínima de 16°C e máxima de 25°C;
Sábado (26): Mínima de 16°C e máxima de 22°C ;
Domingo (27): Mínima de 15°C e máxima de 29°C.
São Paulo
Sexta-feira (25): Mínima de 16°C e máxima de 24 °C;
Sábado (26): Mínima de 13°C e máxima de 18°C;
Domingo (27): Mínima de 11°C e máxima de 15°C.
Rio Grande do Sul
Sexta-feira (25): Mínima de 8°C e máxima de 17 °C;
Sábado (26): Mínima de 8°C e máxima de 16°C;
Domingo (27): Mínima de 6°C e máxima de 16°C.
Santa Catarina
Sexta-feira (25): Mínima de 14°C e máxima de 16°C;
Uma forte frente fria chega ao Brasil no começo de novembro fazendo com que as temperaturas despenquem em plena primavera. Há até a possibilidade de nevar no Rio Grande do Sul, o que nunca aconteceu no país nesta altura do ano.
O encontro da frente com o ar muito quente que está sobre o Brasil a acarreta na formação de nuvens bastante carregadas. Por isso, estão previstas a partir desta segunda-feira fortes pancadas de chuva e intensas rajadas de vento em muitas áreas do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste e do Norte do Brasil.
Há alerta para temporais no norte do Rio Grande do Sul, que inclui o planalto, a serra o litoral norte gaúcho, em Santa Catarina, no Paraná, em todas as áreas de São Paulo, no sul do Rio de Janeiro, sul de Minas, Triângulo Mineiro, sol de Goiás, extremo sul de Mato Grosso e em todo o Mato Grosso do Sul, segundo o Climatempo.
Em São Paulo, por exemplo, após um final de semana de sol e calor, o dia começou com chuva intensa, e chegou a deixar a capital em estado de atenção para alagamentos durante a madrugada. Os termômetros devem oscilar entre a máxima de 25°C, e a mínima de 17°C que será registrada no fim da noite. Nos próximos dias, a queda será ainda maior chegando a oscilar entre 10°C e 15°C na quinta-feira.
Neve no Sul
No Rio Grande do Sul, há possibilidade de frio intenso e temperaturas negativas nos próximos dias. A madrugada e amanhecer da terça-feira será gelada na região, com possibilidade de neve, chuva congelada e outras precipitações invernais sobre as áreas de Serra e Planalto de Santa Catarina, além da ocorrência de geada nas primeiras horas do dia no Rio Grande do Sul.
Se isso ocorrer, será a primeira vez na história que acontece em um mês de novembro no Brasil, de acordo com o Climatempo.
O frio fora de época tem relação com o fenômeno La Niña. É comum que as massas de ar frio sigam avançando pelo país durante a primavera, especialmente pelo leste da Região Sul e Sudeste do país.
A atuação do La Niña contribui para que mais frentes frias avancem pelo Sul do Brasil no decorrer da estação. Nos últimos dias de outubro, tem uma forte queda da Oscilação Antártida, fazendo com que a circulação dos ventos na alta e médica atmosfera fique mais ondulada, com isto há maior troca de ar entre as regiões polares e tropicais no hemisfério Sul; fazendo com que o ar gelado das regiões polares, avancem mais sobre o país.