Em dois dias, são recolhidas 110 toneladas de resíduos no Rock in Rio

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A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu 110,5 toneladas de resíduos nos dois primeiros dias da nona edição do festival de música Rock in Rio, que começou na última sexta-feira (2) no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, reunindo grandes nomes da música nacional e internacional.

A companhia trabalha diariamente no local com cerca de mil garis, na parte interna, na gestão de resíduos do evento com a varrição das áreas de circulação do público, gramados, praças de alimentação, área VIP, bastidores, arenas e velódromo. Outros 181 garis atuam na parte externa, incluindo as vias de acesso à Cidade do Rock.

A Comlurb responde ainda pela destinação correta do lixo gerado, com os resíduos potencialmente recicláveis sendo direcionados a cooperativas de catadores escolhidas pelos organizadores do festival e credenciadas junto à empresa, que fazem a comercialização com empresas recicladoras, gerando emprego e renda.

Os resíduos orgânicos são levados para o EcoPonto do Caju da Comlurb, onde são utilizados para compostagem e transformados em biogás para geração de energia, biocombustível ou condicionador de solos, na unidade de biometanização, a primeira da América Latina. Para facilitar o descarte correto de resíduos, cerca de dois mil contêineres foram distribuídos, tanto na parte interna quanto na parte externa da Cidade do Rock.

Sustentabilidade

Das 110,5 toneladas de resíduos recolhidas pela Comlurb até agora, 37,98 toneladas de recicláveis foram encaminhados à startup Reutiliza Já e à Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), que vão garantir a rastreabilidade dos resíduos durante o Rock in Rio 2022 e a sustentabilidade do evento.

Para isso, será usada a tecnologia blockchain (mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações). Integrada à prestação de serviços das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, essa tecnologia permite que cada material descartado no lixo possa ser acompanhado, medido, separado, pesado e encaminhado para o destino certo.

O objetivo é garantir a rastreabilidade dos resíduos, desde o momento do consumo no festival até as cooperativas de reciclagem e, destas, posteriormente, até as indústrias, para transformá-los em matéria-prima novamente para produção de embalagens de novos produtos, garantindo a circularidade dos materiais. Do total de 37,98 toneladas de resíduos recicláveis encaminhadas aos catadores, a maior parte (20,94 toneladas) é plástico, seguida de alumínio (5 toneladas).

O fundador e diretor executivo da Reutiliza Já, Humberto Bahia, disse hoje (4) à Agência Brasil que não basta encaminhar os resíduos para a reciclagem. “Tem que informar e educar e, depois da comunicação mais humanizada, a gente tem que medir isso, tornar essa medição cada vez mais eficiente através de tecnologia”.

A tecnologia blockchain ajuda a certificar que os números obtidos são reais e que não houve desvios de materiais até as indústrias. “Depois da medição, a gente vai reaproveitar e encaminhar para os transformadores que chegam na indústria. Depois, isso retorna para a sociedade”, destacou Bahia.

O diretor da Reutiliza Já afirmou que ao final do processo, será possível saber quantas árvores foram preservadas e quanto foi a economia em termos de água e de energia, por exemplo. A ideia é, sem utilizar termos muito técnicos, conseguir passar para a população os resultados alcançados.

Para Humberto Bahia, o nível de rastreabilidade e transparência da gestão de resíduos desta edição do Rock in Rio é inédito no mundo: “Não tem coisa mais atual do que a gente tratar do que é nosso, do planeta. Acho que o Rock in Rio está sempre uns passinhos na frente”.

Placar

A Ancat opera o maior programa de logística reversa do país, o Reciclar pelo Brasil, em colaboração com 17 grandes empresas do país. O presidente da entidade, Roberto Rocha, afirmou que a maior diferença do atual projeto do Rock in Rio é que agora a tecnologia da operação permite o acompanhamento de cada etapa, garantindo a circularidade do material.

“A nova tecnologia insere um novo serviço prestado pela categoria em uma era digital, sendo um momento inovador, uma solução única e pioneira em todo o mundo, promovendo protagonismo dos catadores dentro da economia circular e das exigências do ESG (governança ambiental, social e corporativa), e contribuindo para a geração de renda e valorização profissional”. Rocha concluiu que esse é um grande legado social não apenas para futuros eventos, mas para o planeta.

Ao fim do 9º Rock in Rio, será implementado o Placar da Reciclagem. Trata-se de uma calculadora socioambiental que dimensiona o impacto da iniciativa a partir da divulgação indicadores de desempenho e métricas socioambientais cientificamente validadas.

Após as atrações deste domingo (4), o Rock in Rio retorna na próxima quinta-feira (8) até domingo (11) que vem.


Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Foto: Divulgação/Comlurb/William Werneck

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Rock in Rio começa hoje com tradicional Dia do Metal

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O Parque Olímpico, na zona oeste do Rio de Janeiro, vai atrair grandes multidões a partir de hoje (2), com a edição de 2022 do Rock in Rio, que começa com seu tradicional Dia do Metal. Com 385 mil m2, a Cidade do Rock abrirá seus portões às 14h. Tocam nesta sexta-feira, no Palco Mundo, os roqueiros do Iron Maiden, Dream Theater e Gojira. Haverá ainda uma promissora apresentação conjunta da banda Sepultura com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). 

O festival acontece nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro, e a programação inclui estrelas internacionais como Justin Bieber, Guns n’ Roses, Coldplay e Dua Lipa, além de grandes nomes nacionais como Gilberto Gil, Ludmilla, Iza, Ivete Sangalo e Racionais. A organização do Rock in Rio espera que o festival injete R$ 2,2 bilhões na economia do Rio de Janeiro, e a prefeitura da capital fluminense acredita que o número de turistas atraídos pelo evento pode chegar a 500 mil.

A uma distância de mais de 30 quilômetros do centro da cidade, a Cidade do Rock contará com um esquema especial de trânsito e transporte para ajudar o deslocamento do público, que deve girar em torno de 100 mil pessoas por dia. 

Uma série de vias importantes da Barra da Tijuca serão interditadas no entorno do Parque Olímpico nos dias do evento, para que apenas moradores da área possam chegar de carro, e não haverá local para estacionamento. A prefeitura do Rio recomenda que a população evite vias como a Avenida Embaixador Abelardo Bueno, a Estrada dos Bandeirantes e a Avenida Salvador Allende. 

O transporte público para o Rock in Rio precisará ser feito pelo serviço especial Rock Express, com ônibus oficiais do festival que saem da estação do metrô Jardim Oceânico e do Terminal Alvorada e viajam sem paradas para o Parque Olímpico. O bilhete do Rock Express custa R$ 22, inclui o trajeto de ida e volta, e deve ser comprado no site: www.transporterockexpress.com.br 

Apesar de haver estações do BRT nos arredores da Cidade do Rock, elas não funcionarão nos dias e horários do evento. 

Por conta da integração com o serviço Rock Express, a estação Jardim Oceânico/Barra da Tijuca do metrô ficará aberta 24 horas por dia para embarque nos dias do festival. 

As demais estações do metrô funcionarão apenas para desembarque durante as madrugadas de festival, e a concessionária Metrô Rio recomenda que os passageiros antecipem a compra dos bilhetes ou paguem a passagem com cartões ou dispositivos habilitados ao pagamento por aproximação.


Por Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Foto: Fernando Frazão/Ag. Brasil

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