Na madrugada desta segunda-Feira (22), policiais militares do 1º Batalhão de Polícia de Trânsito prenderam um indivíduo por embriaguez ao volante na região Sul da cidade de São Paulo.
Durante a realização da Operação “Impacto – Direção Segura”, pela Avenida Eusébio Matoso, foi abordado o veículo de marca Ford KA e na oportunidade, o condutor foi convidado a realizar o teste do etilômetro, o que foi aceito, sendo obtido o resultado de 0,41 mg/l, o que caracterizou crime de embriaguez ao volante – artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro.
A ocorrência foi apresentada na 14ª Delegacia de Polícia, onde foi realizado o registro dos fatos e o homem encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exames, posteriormente permaneceu preso e à disposição da Justiça.
Pouco mais de um mês depois do início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que seguirá até o dia 31 de maio, somente 31% da população-alvo tomou a vacina – cerca de 20 milhões entre as 80 milhões de pessoas dos grupos prioritários, segundo dados do LocalizaSUS.
Em 2022 e 2021, a cobertura ficou em 68% e 72%, enquanto atingia índices acima de 90% nos anos anteriores. A gripe provoca 1 bilhão de casos e 650 mil mortes por ano no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por se tratar de um vírus em constante mutação, se vacinar todos os anos é essencial para evitar as consequências graves da doença.
Na atual campanha, os estados brasileiros com menor cobertura vacinal do público-alvo são Acre (11%), Roraima (15%), Rondônia (17%) e Rio de Janeiro (18%). Em São Paulo, o índice de imunização está em 28%. Os estados com maiores taxas são Paraíba (40%), Amazonas (37%), Goiás e Ceará (ambos com 35%).
O vírus influenza pode infectar pessoas de todas as idades, mas tende a causar quadros mais graves em idosos, gestantes, crianças menores de cinco anos e indivíduos com doenças crônicas. As complicações respiratórias provocadas pela infecção podem levar à morte: nos últimos dois anos, o número de óbitos por gripe aumentou 78%, de acordo com o Ministério da Saúde.
Além de impactar a saúde individual e coletiva, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) informa que pesquisas dos Estados Unidos demonstram que a gripe causa prejuízos econômicos na casa dos bilhões de dólares anuais, não apenas pelos custos com hospitalização, mas pela perda de vidas e pela queda de produtividade devido à falta ao trabalho.
Vacina da gripe é segura
O imunizante contra influenza produzido pelo Instituto Butantan e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) é feito com o vírus fragmentado e inativado, ou seja, incapaz de causar doença. As cepas presentes na vacina são atualizadas todos os anos de acordo com as orientações da OMS, uma vez que os vírus influenza sofrem mutações frequentemente.
Os eventos adversos são leves e passageiros, podendo incluir dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação em 15% a 20% dos vacinados. De acordo com a SBim, manifestações sistêmicas são menos frequentes e reações anafiláticas são extremamente raras. Pode ocorrer febre, mal-estar e dor muscular em menos de 10% dos vacinados, de 6 a 12 horas após a vacinação, persistindo por um a dois dias. Isso geralmente acontece na primeira vez em que a vacina é administrada.
Pessoas com doenças febris e Covid-19 devem esperar a melhora para se vacinar. Em indivíduos com histórico de reação alérgica grave (anafilaxia) a ovo, a vacina deve ser administrada com supervisão médica e em ambiente adequado para tratar manifestações alérgicas. O imunizante é contraindicado para menores de 6 meses de idade e pessoas que já tiveram anafilaxia após tomarem a vacina.
O risco de ferimentos cerebrais pode ser reduzido em até 74% com o uso do capacete, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. O capacete é um item de segurança obrigatório para piloto e passageiro.
A viseira também deve ser usada, já que protege os olhos contra pedras, insetos ou detritos na via. Além do capacete, roupas e sapatos devem ser adequados e de preferência visíveis durante o dia e a noite para que outros motoristas possam avistá-los.
Trafegar de moto em rodovias requer atenção e cuidados redobrados para garantir uma viagem segura. Mas esse cuidado não depende apenas do motociclista, por isso, a ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias prepararam várias ações voltadas à conscientização dos motociclistas e da sociedade durante o Maio Amarelo, mês dedicado à segurança viária.
Com o tema “No Trânsito, escolha a vida”, o Maio Amarelo terá, no total, cerca de 300 ações em várias cidades do Estado, promovidas pelas concessionárias de rodovias responsáveis pela operação de 11,1 mil quilômetros de estradas – veja aqui a programação completa do Maio Amarelo
“Nas rodovias onde a velocidade é mais alta, qualquer descuido pode ser fatal. O motociclista é muito vulnerável nas estradas e por isso, os cuidados devem ser redobrados. A direção defensiva, a educação no trânsito e a obediência às leis e à sinalização são fundamentais para diminuir os índices de acidentes e sua gravidade”, explica Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.
Deputados aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) têm se queixado da falta de traquejo do governo estadual na relação com a Assembleia Legislativa de São Paulo. Diálogo truncado e pouca participação na gestão encabeçam a lista de problemas apontados. Os deputados direcionam as críticas aos que compõem o entorno do ex-ministro, que ainda é preservado e elogiado pelos parlamentares.
“O mundo técnico não gosta muito do mundo político. Mas o governo vai precisar da base para governar e vai precisar conversar”, diz o deputado Conte Lopes (PL).
Ele diz que o comentário no PL é o de que possuem 19 deputados e não comandam secretarias. “Muitos reclamam que não estão sendo ouvidos para nada”, afirma.
No envio do projeto de aumento salarial para os policiais, uma sucessão de falhas de comunicação converteu projeto que poderia ser positivo em motivo para desgaste do governo.
O texto propõe aumento salarial médio de 20% para toda a categoria, mas foi enviado para a Alesp sem diálogo anterior com os deputados da área da segurança pública e recebeu críticas pela proposta de aumentar a alíquota previdenciária e por tratar diferentemente policiais civis e militares. O governo Tarcísio retirou o item referente à alíquota, mas pediu aos deputados que aprovem o projeto como foi enviado, sem emendas.
A aceitação de emendas, ainda que de baixo impacto, é prática corrente na relação entre governadores e deputados, como um gesto de reconhecimento público da participação dos parlamentares no aperfeiçoamento de projetos. A ausência do gesto é atribuída pelos aliados de Tarcísio à falta de experiência em cargos políticos.
“Falta amadurecimento político. Acabou a era PSDB, em que tudo era aprovado, a oposição cresceu muito. O Tarcísio é muito inteligente, mas precisa ouvir mais o Gilberto Kassab (secretário de Governo de SP), que é um mestre da política”, diz Delegado Olim (PP), que alerta que projetos mais ambiciosos não serão aprovados sem mudanças na relação com a base, que, segundo ele, também ainda não aprendeu a agir como base.
Lucas Bove (PL) diz ver comprometimento dos deputados em apoiar Tarcísio, a despeito das dificuldades que têm surgido e que são reconhecidas pelo próprio governador.
“Ele nunca teve cargo político, é uma dificuldade natural. Nós entendemos e ele entende que precisamos melhorar a comunicação. Ainda que haja necessidade de afinamento, vemos no Tarcísio a vontade de fazer acontecer”, afirma o deputado. “A ala que apoiou o governador desde sempre quer ser ouvida. E ele colocou para nós que não tem compromisso com o erro, que sempre vai se corrigir.”
Líder do governo, o deputado Jorge Wilson (Republicanos) diz que não existem dificuldades, que a base é “firme e coesa” e que o governo tem a maioria para aprovar os projetos importantes para São Paulo.
O prefeito de Barueri Rubens Furlan (PSB) convidou o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para visitar as instalações do futuro Hospital Regional Rota dos Bandeirantes.
O convite ao Governador Tarcísio foi realizado em Sorocaba, onde Rubens Furlan esteve presente para prestigiar o lançamento do livro “GOVERNE SUA VIDA & TRANSFOME O MUNDO” do Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga.
Na oportunidade, Rubens Furlan convidou Tarcísio para fazer uma visita técnica ao novo Hospital, que está com as obras em fase final de conclusão. O convite, também foi um gesto de aproximação entre o prefeito e o governador, que com a conclusão das obras que tem a entrega prevista para o mês de julho deste ano, o Estado assumirá a administração e o custeio de mais de R$ 40 milhões mensais.
Em resposta ao convite, Tarcísio de Freitas agradeceu Rubens Furlan e se colocou à disposição do prefeito para visitar o novo Hospital e a cidade de Barueri.
A Frente Povo Sem Medo fez nesta quinta-feira (18) um protesto em frente a sede do Grupo CCR, empresa controladora da Via Mobilidade, concessionária que administra as linhas 8 e 9 de trens metropolitanos de São Paulo. Os manifestantes levaram faixa e cartazes para a entrada do edifício comercial, que fica na zona sul da capital paulista, reivindicando providências contra as constantes falhas do serviço.
Na manhã de quarta-feira (17), problemas no sistema de energia da Linha 9 – Esmeralda, que liga a zona sul paulistana a Osasco, na parte oeste da região metropolitana, fez com que os trens operassem por uma única via. Assim, os passageiros enfrentaram mais de duas horas de atrasos. Segundo a concessionária, o problema teve início às 10h17 e foi solucionado às 12h34.
Há um mês, a Via Mobilidade apresentou uma proposta de acordo para o Ministério Público de São Paulo, com a previsão de R$ 87 milhões em investimentos. Em março, a promotoria havia informado que, em razão da série de descarrilamentos e problemas técnicos registrados recentemente nas linhas privatizadas 8 e 9, havia encerrado todas as negociações de acordos com a Via Mobilidade e que tinha decidido “tomar as providências necessárias” para a extinção do contrato de concessão.
De acordo com a Via Mobilidade, os novos recursos serão aplicados em cinco frentes: melhoria nas estações Antônio João, Barra Funda, Presidente Altino, Primavera Interlagos, e a implantação de tecnologia que permitirá aos usuários, em tempo real, saber os horários de chegada e partida das composições.
A Via Mobilidade, consórcio formado pela CCR e pelo Grupo Ruas, ganhou, em 2021, a concessão para administrar as linhas 8 e 9, que eram mantidas pela estatal estadual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O contrato tem validade de 30 anos. A empresa também mantém a Linha 5 – Lilás do sistema de metrô.
Problemas constantes
Desde que a empresa assumiu a operação das linhas, os passageiros vêm sofrendo com as constantes falhas do serviço.
Em março, um parecer elaborado pela área técnica do Ministério Público de São Paulo apontou para a necessidade de medidas emergenciais para garantir a segurança da Linha 8 – Diamante, que liga a região central paulistana à parte oeste da região metropolitana. Segundo o documento, era preciso ainda fazer manutenção e modernização de equipamentos antigos.
O relatório foi elaborado para embasar o trabalho dos promotores no inquérito sobre dois acidentes ocorridos na linha em 2022. Em março do ano passado, um trem bateu contra uma barreira de proteção na Estação Julio Prestes, na região central paulistana. Em dezembro, a mesma composição descarrilou na Estação Domingos de Moraes, na zona oeste da cidade. Ninguém ficou ferido em nenhuma das situações.
Na manifestação desta quinta-feira, a Frente Povo Sem Medo cobrou explicações sobre as denúncias veiculadas no último fim de semana de que houve redução no tempo de formação de condutores após a privatização.
O emprego formal aumentou 124% no estado de São Paulo em março de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Fundação Seade do Governo de SP. Foram criados 51 mil postos de trabalho, mais do que o dobro em relação aos 22 mil gerados em março de 2022.
O crescimento foi puxado principalmente pelo setor de serviços – com destaque para transportes, armazenagem e entregas -, com 37 mil postos, e construção com outros 9 mil. Na indústria foram criadas 6 mil vagas e o agro registrou relativa estabilidade.
Entre as diferentes regiões do Estado, a Metropolitana de São Paulo foi a que registrou o desempenho mais expressivo, com a geração de mais de 20 mil empregos durante o mês de março de 2023. Também apresentaram saldo positivo no emprego no período as regiões administrativas de Campinas (8 mil), São José do Rio Preto (4 mil) e Franca (2,6 mil).
Somente na capital paulista foram cerca de 14 mil postos de trabalho no mês, com destaque para o setor de serviços seguido pela construção civil.
O estudo desenvolvido pelo Seade sobre mercado de trabalho aplica dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Para as unidades da federação e regiões, foram utilizados dados com ajustes e estoques de empregados do início de janeiro de 2023.
O levantamento completo sobre o emprego no estado de São Paulo e regiões paulistas está disponível em https://trabalho.seade.gov.br/ .
Sobre o Seade
Há mais de 40 anos, o Sistema Estadual de Análise de Dados é referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas de São Paulo. Os principais levantamentos englobam mercado de trabalho, tecnologia, pesquisas econômicas (PIB, investimentos, etc.), população, mortalidade e natalidade, entre outros.
Ao menos três eixos de atuação deverão nortear o funcionamento da Comissão de Saúde (CS) da Alesp sob a presidência da deputada estadual Bruna Furlan (PSDB): regionalização do sistema, regulação de serviços e pesquisas acadêmicas. O plano de trabalho foi apresentado nesta terça (16), durante a primeira reunião ordinária do colegiado.
No encontro, o esboço de Bruna Furlan recebeu sugestões dos membros da Comissão, a exemplo dos deputados Luiz Claudio Marcolino (PT) e Alex da Madureira (PL). Marcolino disse querer incluir no plano as organizações sociais de saúde (OSS) e as entidades de classe profissionais da área da saúde; Madureira disse que acrescentaria as instituições filantrópicas (com destaque para as santas casas).
“Nós iremos amadurecer esse plano de trabalho. A ideia inicial foi colocar a direção que querem dar. É claro que são os membros [que irão legitimar e ampliar] acrescentando, modificando o plano. Acho que esse foi um ponto de partida e não de chegada”, comentou Bruna Furlan.
“As colocações pautadas na reunião são dignas de serem apreciadas”, complementou o vice-presidente Oseias de Madureira (PSD).
Comissão em movimento
As primeiras deliberações da Comissão de Saúde apontaram para outra direção almejada pela presidente Bruna Furlan: a fiscalização presencial. “Queremos uma comissão em movimento”, resumiu ao defender que o trabalho seja realizado nos órgãos e locais de atendimento ao público.
Três requerimentos de Bruna Furlan, aprovados pelo órgão, exigirão o deslocamento dos membros. Um deles, por exemplo, requer a realização de audiências públicas em cada um dos 17 municípios paulistas que sediam os Departamentos Regionais de Saúde (DRS).
Nessa mesma toada, a pedido da deputada Solange Freitas (União Brasil), uma comitiva vai visitar a Central de Regularização de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), sistema estadual que administra as marcas de exame, consultas medicas no Estado de São Paulo.
Presença do secretário
Apesar de aprovar o requerimento de Bruna Furlan sobre a visita institucional ao secretário de Saúde, Eleuses Paiva, os membros reiteram a urgência da vinda dele à Comissão de Saúde. Os titulares Dr. Elton (PSC), Edna Macedo (Republicanos) e Dani Alonso (PL) entendem que a audiência no colegiado deva preceder a ida ao gabinete do gestor. Os deputados querem saber como vai funcionar a regionalização em estudo pela pasta da Saúde.
Outros requerimentos
Na mesma reunião, mais cinco requerimentos foram aprovados pela Comissão de Saúde. Dois da deputada Beth Sahão (PT), um dos quais cria a Subcomissão de Saúde Mental e Luta Antimanicomial.
Outros dois tratam de audiências públicas. Uma sobre Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), da deputada Bruno Furlan; e outra para discutir a retinopatia diabética no SUS, na esfera estadual, da deputada Maria Lucia Amary (PSDB).
Em requerimento na modalidade indicação, Dani Alonso sugeriu ao Poder Executivo a liberação de recursos e de equipamentos para o Hospital das Clínicas de Bauru.
Após a adoção das câmeras corporais portáteis por alguns batalhões da Polícia Militar de São Paulo, o número de crianças e adolescentes mortos em intervenções de policiais militares em serviço caiu 66,3% em 2022, na comparação com 2019. A letalidade de negros caiu cerca de 64%, porém essa população continua sendo três vezes mais atingida em intervenções policiais.
Os dados constam da pesquisa As Câmeras Corporais na Polícia Militar do Estado de São Paulo: Processo de Implementação e Impacto nas Mortes de Adolescentes, divulgada hoje (16) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Segundo o estudo, 102 adolescentes morreram no estado de São Paulo após intervenções policiais em 2019, quando o dispositivo não era usado. Já no ano passado, com a tecnologia adotada por 62 dos 135 batalhões do estado, esse número caiu para 34.
Ao comparar os dados com o ano de 2017 (primeiro ano da série histórica), quando 177 adolescentes foram mortos por policiais em serviço, a queda chegou a 80%. “Os adolescentes, que eram o principal grupo com a maior taxa de mortalidade em intervenções policiais, deixou de ser o principal grupo em 2022”, informou a coordenadora do estudo Samira Bueno, que é diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A coordenadora do estudo conta que São Paulo tem uma especificidade, na comparação com o resto do país, no que diz respeito ao perfil de vítimas de policiais em atividade: a alta vitimização de adolescentes.
“Em 2017, por exemplo, que é o nosso ponto de partida nessa análise, 35% das vítimas das ações de policiais militares em serviço em São Paulo eram adolescentes entre 15 e 19 anos. Para se ter uma ideia, a média nacional é de 12%. Em São Paulo, morriam três vezes mais adolescentes em intervenções policiais do que na média nacional.”
A chefe do escritório do Unicef em São Paulo, Adriana Alvarenga, conta que as mortes de crianças e adolescentes por PMs de São Paulo gera grande preocupação no órgão.
“Os adolescentes eram, sim, a faixa etária com as maiores taxas de mortes decorrentes de intervenção policial. Desde 2020, isso mudou. O número de adolescentes mortos de forma violenta incluindo as mortes em decorrência de intervenção policial caiu muito em pouco tempo. Essa queda coincidiu com o período de adoção das câmeras operacionais portáteis.”
Para Adriana, a expectativa é de que outros estados adotem a tecnologia para prevenir mortes em ações policiais.
“Esperamos, com esse estudo, que outros estados possam adotar iniciativas semelhantes. Lembrando que não basta colocar câmeras [nos uniformes policiais]. A câmera é um elemento importante, mas ela precisa vir junto a uma série de outras medidas.”
População negra
Em um recorte racial, a pesquisa revela que a população negra continua sendo a principal vítima de intervenções policiais. Após o uso das câmeras, também houve redução na letalidade contra essa população. Ao comparar os dados de 2022 com 2019, as taxas de mortes pela polícia caíram 66,2% entre brancos e 64,3% entre negros.
“A população negra continua sendo três vezes mais atingida pelo uso da força letal da polícia militar do que a branca. Mas, quando a gente olha a redução da mortalidade nesses dois grupos, a gente percebe que ela se deu de forma proporcional. A câmera contribuiu para a redução da morte de brancos e de negros”, informou a coordenadora.
As câmeras operacionais portáteis – conhecidas como câmeras corporais – começaram a ser utilizadas pela Polícia Militar paulista em 2020. O dispositivo de lapela é fixado nos uniformes dos policiais para que suas ações nas ruas sejam monitoradas. O objetivo do governo paulista ao instalá-las nos uniformes foi de reduzir a violência policial.
A letalidade provocada por policiais em serviço, de forma geral, caiu 62,7%, passando de 697 mortes em 2019 para 260 em 2022. A queda foi ainda maior nos 62 batalhões que passaram a utilizar o equipamento. Enquanto nesses batalhões a queda foi de 76,2% entre 2019 e 2022, evitando a morte de 184 pessoas, nos 73 batalhões que não usam a tecnologia, a redução foi de apenas 33,3%.
“Nos batalhões que fazem parte do Programa Olho Vivo (de adoção das câmeras portáteis), eles tinham uma letalidade pelo menos duas vezes superior à média dos demais batalhões. Isso mostra que o programa foi sendo implementado prioritariamente naqueles batalhões que tinham elevados índices de uso da força. Em 2022, inverteu essa tendência. A letalidade foi caindo muito significativamente, em proporção maior, nos batalhões que aderiram ao uso das câmeras corporais”, disse Samira.
O Instituto Butantan, ligado à Secretaria de Estado da Saúde do Governo de SP, está fazendo um alerta à população para reforçar a importância de se vacinar contra a influenza, doença que em casos graves pode levar à morte.
A campanha de vacinação está em andamento, mas os índices seguem baixos, em torno de 30%. Em São Paulo, a cobertura chega a quase 28%. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de óbitos por gripe aumentou 78% nos últimos dois anos. A campanha começou em 10 de abril e mais de um mês depois não chegou sequer à metade da meta de imunização, fixada em 90% do público-alvo.
“A vacina do Butantan é segura. Ela passou por todos os testes, desde os laboratoriais, que mostram quais são as reações, até os testes em humanos, que demonstram que os benefícios superam os riscos”, explica o diretor de Regulatório, Controle de Qualidade e Estudos Clínicos do Butantan, Gustavo Mendes. “Esses testes são controlados, regulados pelas autoridades do Brasil e internacionais, e mostram que a vacina é totalmente segura.”
No último final de semana, o Ministério da Saúde autorizou a ampliação da vacinação, como medida para atingir a meta faltando menos de 15 dias para o final da campanha. Na prática, significa que todas as oportunidades de contato com estabelecimentos públicos de saúde devem ser aproveitadas para a cobertura vacinal de crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. A campanha de vacinação em todas as unidades de saúde pública vai até 31 de maio.
O imunizante contra influenza produzido pelo Instituto Butantan e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) é feito com o vírus fragmentado e inativado, ou seja, incapaz de causar doença. As vacinas passam por estudos que envolvem segurança e eficácia antes de serem colocadas no mercado. As cepas presentes na vacina são atualizadas todos os anos de acordo com as orientações da OMS, uma vez que os vírus influenza sofrem mutações frequentemente.
O vírus influenza pode infectar pessoas de todas as idades, mas tende a causar quadros mais graves em idosos, gestantes, crianças menores de cinco anos e indivíduos com doenças crônicas.