Fundação Pró-Sangue celebra 40 anos de história e incentiva a doação no Dia do Funcionário Público

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Feriados e pontos facultativos podem ser um bom momento para colocar em dia compromissos que vêm sendo adiados por falta de um tempo extra. E no Dia do Funcionário Público, 28 de outubro, a Fundação Pró-Sangue convida a população para realizar um ato de solidariedade e ajudar a salvar vidas.

Na próxima segunda, os postos de coleta estarão abertos com uma escala de horários diferenciada. Para garantir e agilizar o atendimento, os doadores devem agendar com antecedência pelo site (clique aqui) e conferir abaixo como será o funcionamento das unidades:

28/10 (segunda-feira) – Dia do Funcionário Público

  • Clínicas: das 8h às 16h
  • Osasco: das 8h às 16h
  • Dante: fechado
  • Mandaqui: fechado
  • Barueri: das 8h às 16h

40 anos da Pró-Sangue

Nesta quarta-feira (23), a Fundação Pró-Sangue, instituição ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, comemora 40 anos em sua missão de solidariedade e altruísmos para salvar vidas.

Durante quatro décadas dedicadas a transformar a esperança em realidade, hemocentros do Estado coletaram mais de 5,9 milhões bolsas de sangue, beneficiando mais de 23,6 milhões pessoas.

A doação de sangue só é possível graças à disponibilidade das pessoas. Por isso, é preciso contar com a população para manter em níveis adequados os estoques. A fundação celebra a união e dedicação de todos que fazem parte da Pró-Sangue, apoiando campanhas e realizando doações com ajuda de colaboradores e da sociedade envolvida na causa.

E em comemoração à data, a empresa Aldo Scaglione Produções Artísticas disponibilizará bottons dos 40 anos da instituição a todos os colaboradores e doadores no dia 23, com arte produzida pela agência parceira Amper. Uma homenagem do músico que também cede seu tempo doando sangue e participando das atividades musicais no Posto Clínicas.

Requisitos para doação de sangue 

O candidato deve verificar os requisitos básicos para doação, sendo os principais:

  • Estar em boas condições de saúde
  • Estar alimentado;
  • Ter entre 16 e 69 anos (para menores de idade, consultar o site);
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Levar um documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato.

Recomenda-se também evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se o candidato estiver com gripe ou resfriado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apto à doação.

Agende sua doação pelo site e participe: www.prosangue.sp.gov.br

Leia também: SP atinge novo recorde de empresas abertas e tem quarta marca histórica em 2024


Fonte: Governo de SP

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Santana de Parnaíba fornece sensor para monitorar glicose e inova o tratamento para alunos com diabetes

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A Prefeitura de Santana de Parnaíba implantou o Projeto de Monitoramento Contínuo da Glicose, com entrega de sensor a pacientes diagnosticados com o diabetes tipo 1 insulinodependentes, na faixa etária dos 4 aos 17 anos. A primeira entrega promovida pela Secretaria de Saúde ocorreu em agosto na sala de treinamento do Centro Administrativo Bandeirantes (CAB). Na ocasião, um educador em diabetes capacitou familiares e pacientes sobre o funcionamento e uso do medidor.

“O meu filho foi diagnosticado com o diabetes tipo 1 quando tinha dois anos de idade e, por muito tempo, a medição era feita com o furo no dedo, o que gerava dor, desconforto e problemas no controle da doença. Depois adotamos o sensor, mas o custo era muito alto, então contar com o dispositivo entregue pela prefeitura é uma bênção, fico emocionada e o coração cheio de gratidão”, disse Zélia Marques, mãe do paciente Matheus Marques, de 12 anos, estudante e praticante de natação.

Considerado uma alternativa menos invasiva do que os métodos tradicionais, o sensor é um dispositivo que monitora os níveis de glicose no sangue. Aplicado sob a pele e com a durabilidade de 14 dias, ele fornece informações sobre o controle do diabetes 24h por dia, o que permite o monitoramento contínuo dos níveis de glicose.

“Os dedinhos da Milena ficavam constantemente doloridos de tanto furar. Agora melhorou muito, ela tem mais autonomia, leva uma vida normal tanto na escola quanto nas aulas de balé, e a família toda vive com mais tranquilidade”, revelou Vanilda Costa Silva, mãe da paciente Milena.

Ao entregar o sensor, o principal objetivo da prefeitura é disponibilizar para os munícipes uma tecnologia avançada de automonitoramento e melhoria da qualidade de vida. “O sensor de monitoramento contínuo da glicemia traz maior facilidade e menos desconforto ao paciente portador de diabetes mellitus, ou com necessidades de controle glicêmico minucioso, por verificar a glicemia de forma contínua e armazenar os dados dia e noite”, explica o Núcleo de Planejamento e Monitoramento em Saúde da prefeitura.

Funcionamento

Entre as funcionalidades do sensor de glicose, ele indica a tendência da glicemia no organismo e permite que o paciente se mantenha dentro das metas glicêmicas, o que resulta em menor risco de apresentar hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (nível alto de açúcar no sangue).

Condição em que os níveis de glicose no sangue caem abaixo do normal (70 mg/dL), a hipoglicemia pode causar tremores, sudorese, tontura, confusão, fraqueza, desmaio e convulsões, entre outros sintomas. Se não tratada a tempo, pode levar à perda da consciência. Por sua vez, a hiperglicemia pode causar sede excessiva, urinação frequente, fadiga, visão embaçada, náusea, vômito e, se não for tratada, pode levar a uma emergência médica. Em sua essência, com a glicemia controlada, o paciente apresenta melhor resposta ao tratamento, menor taxa de internação e aumenta a expectativa de vida.

Do tamanho de uma moeda de um real, o sensor digital, que é resistente à água, é aplicado na parte posterior superior do braço. Ao passar o leitor pelo dispositivo (pode ser via aplicativo de celular), o paciente terá o histórico glicêmico, uma seta apontando se a glicose está subindo, baixando ou mudando lentamente. As informações sobem na nuvem e ficam disponíveis para acesso por parte do médico e do responsável da família.

O Projeto de Monitoramento Contínuo da Glicose conta atualmente com 22 cadastrados. Ao longo do tratamento, eles passam por consultas e acompanhamentos com equipe multiprofissional (endocrinologista, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, psicólogo); contam com acesso aos medicamentos e insumos para diabetes nas farmácias municipais, e participam de aula sobre “Educação em Diabetes”.

De acordo com o Núcleo de Planejamento e Monitoramento em Saúde, o objetivo final deste protocolo é que todos os pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e insulinodependentes, acompanhados pela rede municipal de saúde, e que se enquadrem nos critérios de inclusão do projeto, sejam contemplados e monitorados com os sensores. A gestão do programa está sob o comando da equipe multiprofissional de coordenadores da Saúde e do secretário Dr. José Carlos Misorelli.

Para ser contemplado com um sensor, é preciso estar com o cadastro homologado no município, enquadrar-se nos critérios de inclusão do protocolo, possuir idade entre 4 até 17 anos, 11 meses e 29 dias e apresentar indicação médica expressa e prescrita para uso do medidor. Visando facilitar o acesso, os sensores do projeto de Santana de Parnaíba, que é inédito em toda a região, são dispensados em todas as farmácias básicas das UBSs e USAs do município.

Alerta para a doença

Além do tipo 1, a doença do diabetes também é classificada como tipo 2, gestacional e pré-diabetes (considerado grupo de alto risco). Uma pesquisa feita pela SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) em parceria com o laboratório farmacêutico Abbott apontou que apenas 30% dos pacientes detém informação sobre a condição de pré-diabetes.

O termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes tipo 2. O pré-diabetes é importante por ser a única etapa que pode reverter ou retardar a evolução para o diabetes e suas complicações. Estar em dia com os exames de saúde, cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos contribuem no sucesso para o controle.

Segundo a SBC, mais de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, o que representa cerca de 7% da população. Já a International Diabetes Federation, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), revela que no mundo há mais de 380 milhões de pessoas com a doença, sendo a maioria dos casos associada a condições como obesidade e sedentarismo.

Dados do Ministério da Saúde apontam o Brasil como o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

Dia Mundial da Diabetes

Desde 1991, o Dia Mundial da Diabetes (14/11) se tornou um marco da luta contra a doença. A data criada em homenagem ao aniversário de Sir Frederick Banting, responsável pela co-distribuição da insulina, visa conscientizar a população sobre a importância de prevenir e combater a doença.

Leia também: Eleitores de Barueri e cidades com 2º turno não podem ser presos a partir desta terça-feira (22)


Fonte: SECOM/PMSP

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Outubro Rosa: veja passo a passo para fazer mamografia gratuitamente em SP

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Outubro

A campanha internacional visa conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Exame

Somente no estado de São Paulo, entre janeiro e julho, foram realizadas mais de 700 mil mamografias, principal meio de prevenção da doença.

Sistema Único de Saúde (SUS)

As mulheres paulistas entre 50 e 69 anos que nunca realizaram mamografia ou fizeram há mais de dois anos podem agendar sem pedido médico.

Exame gratuito

Será necessário somente documento com foto e cartão SUS. As demais faixas etárias precisam de um pedido médico para realizar a mamografia gratuitamente.

Como marcar?

Basta ligar para o número 0800 779 0000, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados.

Programa “Mulheres do Peito”

É possível ainda obter informações detalhadas pelo aplicativo e no portal do Poupatempo.

Carretas da Mamografia

As unidades móveis do Governo de São Paulo também ofertam o exame em diversas cidades para mulheres a partir dos 35 anos. Nesse caso, não há necessidade de agendamento.

A faixa etária entre 50 e 69 anos consegue fazer o exame apenas com RG e cartão SUS. As demais precisam de solicitação médica.

Pelo Poupatempo, tanto pelo site quanto pelo app, é possível conferir a localização da carreta mais próxima de sua região.

Veja o itinerário das carretas em outubro no estado:

Carreta da Mamografia em Jacareí:
– Data: 1º a 11 de outubro
– Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados)
– Endereço: Avenida Nove de Julho – S/N – Parque dos Eucaliptos – Centro – CEP: 1232-7632 – Jacareí–SP

Carreta da Mamografia no Brás:
– Data: 8 a 19 de outubro
– Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados)
– Endereço: Largo Senador de Morais de Barros, 73 – Brás – CEP: 03014-010 -São Paulo–SP

Carreta da Mamografia em Registro:
– Data: 30 de setembro a 11 de outubro
– Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados)
– Endereço: Rua Pio Onze – 143 – Praça dos Expedicionários – Centro – CEP: 11900-000 – Registro–SP

Carreta da Mamografia em Caraguatatuba:
– Data: 14 a 26 de outubro
– Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados)
– Endereço: Rua José Geraldo Fernandes da Silva Filho, nº 297 – Perequê Mirim – CEP: 11669-470 – Caraguatatuba–SP

Carreta da Mamografia em Ilha Comprida:
– Data: 14 a 26 de outubro
– Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados)
– Endereço: Avenida São Paulo – 1000 – Balneário Adriana – CEP: 11925-000 – Ilha Comprida–SP

Carreta da Mamografia em Itaquaquecetuba:
– Data: 22 de outubro a 1º de novembro
– Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados)
– Endereço: Largo da Vila São Carlos – CEP: 08599-570 – Itaquaquecetuba–SP

Leia também: Fundo Social de Cajamar promove evento especial Outubro Rosa


Fonte: TV Cultura – Foto: Governo de SP

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Governo de SP lança ferramenta para doadores de sangue consultarem Hemocentro mais próximo

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Governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (2), o lançamento de uma nova ferramenta para aqueles que desejam doar sangue. Doadores agora poderão realizar a busca pelo Hemocentro mais próximo por meio do aplicativo do Poupatempo.

A iniciativa, do programa de Saúde Digital da Secretaria de Estado da Saúde (SES), oferece o serviço gratuito para Android e iOS.

O intuito é de facilitar a busca pelo ponto de coleta mais próximo para doação de sangue total, plaquetas, medula óssea e outros. O recurso traz uma lista com endereço e contato de cada posto.

Em comunicado, o governo ainda menciona a importância do procedimento, ressaltando que uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas.

Foto: Divulgação

Veja abaixo as orientações de quem pode doar: 

  • Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos. Os doadores com menos de 18 anos devem estar acompanhados pelo responsável
  • Pesar no mínimo 50kg;
  • Estar alimentado, porém sem refeições pesadas (gordurosas) nas três horas que antecedem a doação;
  • Portar documento oficial e original de identidade com foto e dentro do prazo de validade (RG, carteira profissional, carteira de habilitação).

Como ser um doador?

  • Para realizar a doação, basta levar documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato;
  • O processo de doação é seguro e leva menos de uma hora, retirando no máximo 450ml do líquido, o que pode salvar até quatro vidas.

Leia também: GCM e Polícia Civil realizam grande operação contra o tráfico em Santana de Parnaíba


Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/PMSP

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Governo de SP lança campanha de conscientização sobre doação de órgãos

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A vida não precisa ter um ponto final. Fale com seus familiares e seja doador de órgãos. Esta é a principal mensagem da nova campanha institucional do Governo de SP, lançada nesta sexta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos. O vídeo, que será veiculado na TV e diversas outras mídias, é narrado pelo jornalista Pedro Bial, que é doador e participa gratuitamente pelo segundo ano consecutivo da campanha.

As peças publicitárias reforçam a importância de informar aos familiares e amigos o desejo de ser doador. De acordo com a lei, eles são os responsáveis em autorizar a doação após a morte. A recusa familiar é um fator que impacta na captação de órgãos e tecidos e a iniciativa da gestão estadual busca conscientizar a população sobre a importância da doação e deste diálogo.

A campanha também informa o cidadão sobre a possibilidade de manifestação do desejo de ser doador na nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). O documento permite que as pessoas registrem sua vontade, auxiliando na informação dos familiares. A emissão da 1ª e 2ª via do documento pode ser feita nos postos do Poupatempo do estado, por meio de agendamento no site www.poupatempo.sp.gov.br. O desejo de ser doador deve ser manifestado durante o atendimento.

As peças serão veiculadas nos principais canais abertos e fechados, streemings, rádios, portais de notícias e rede sociais. Além disso, haverá formatos especiais de mídias OOH (out-of-home) em relógios de rua, pontos de ônibus, painéis dos trens e metrôs, shoppings e parques. A campanha foi desenvolvida pela Secretaria de Comunicação e a agência Lew’Lara\TBWA.

O estado de São Paulo registrou um aumento de 5% no volume de transplantes de órgãos e tecidos em 2023 em relação ao ano anterior, passando de 8.176 para 8.597 transplantes. Até agosto deste ano, foram realizados 5.566 transplantes em todas as regiões.

Leia também: Governo de SP aumenta em 80% repasses para captação de órgãos para transplantes


Fonte: Governo de SP

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Governo de SP aumenta em 80% repasses para captação de órgãos para transplantes

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Em todo o estado de São Paulo, cerca de 18 mil pessoas estão na lista de espera por um rim, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Para incentivar o financiamento na área de transplantes, o Governo de São Paulo aumentou em 80%, por meio da Tabela SUS Paulista, os valores pagos para sete procedimentos relacionados à captação de órgãos para transplantes.

Entre os procedimentos contemplados estão a topoplastia de transplante de córnea, cuja remuneração passou de R$ 965 para R$ 2.973,59. Já o procedimento de transplante cutâneo saltou de R$ 1.297,01 para R$ 4.215,28. A remuneração para o deslocamento de equipe profissional para retirada de órgãos passou de R$ 900 para R$ 1.620. Esses valores são pagos a hospitais e instituições filantrópicas que prestam serviço ao SUS Paulista.

Referência mundial, o Hospital do Rim (HRim), é a unidade que mais realiza transplantes renais no mundo, atualmente. Contemplado pela Tabela SUS Paulista, o centro registrou um aumento de 37% nos procedimentos totais realizados nos primeiros seis meses deste ano, comparado com o ano passado, o que representa um valor extra de mais de R$ 9 milhões, pagos com recursos do Tesouro Estadual.

A iniciativa da SES remunera em até cinco vezes mais as Santas Casas e entidades filantrópicas, e já aumentou em 93% o repasse para as instituições em seis meses, quando comparado aos valores repassados por meio de convênios em 2023.

Para o diretor clínico do HRim e médico nefrologista, Lúcio Roberto Requião Moura, a Tabela SUS Paulista trouxe como principal mudança para a instituição a otimização no setor de hemodiálise que já vinha passando por uma redução de vagas em todo o país. “Muitos pacientes eram diagnosticados com doenças renais e precisavam ficar internados em hospitais aguardando uma vaga numa clínica próxima da sua casa. Observamos então uma redução desses pacientes internados devido ao incremento da Tabela SUS na hemodiálise”.

Com a Tabela SUS Paulista, a expectativa é de que os processos de captação e o funcionamento dos equipamentos de apoio sejam aprimorados em todas as fases, desde a obtenção até o transplante, promovendo um maior incentivo à doação de órgãos.

O médico explica outra mudança importante. “Com a Tabela SUS Paulista, espera-se um fortalecimento em todas as etapas do processo de captação de órgãos, desde a coleta até o transplante, impulsionando o funcionamento dos equipamentos e serviços envolvidos. Como resultado, haverá um incentivo ainda maior para a doação de órgãos”, afirma.

Um novo órgão para uma nova vida

Localizado na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, o prédio cinza e vermelho de 11 andares abriga inúmeras histórias de pacientes que anseiam diariamente pela oportunidade de receberem um rim compatível. É no HRim, há mais de 25 anos, que doadores, transplantados e aqueles que esperam pelo grande dia têm as suas vidas transformadas.

Uma das beneficiadas com o procedimento é a pedagoga Ana Lucia de Morais, de 42 anos, recém-transplantada que ainda jovem descobriu ser portadora de rins policísticos, condição hereditária em que o órgão desenvolve múltiplos cistos. Devido ao histórico familiar materno, aos 18 anos Ana foi recomendada a realizar um ultrassom para investigar a situação dos rins e soube desde então que necessitaria de um cuidado maior por toda a vida.

“Desde nova fiz tratamentos conservadores, mas os médicos sempre alertavam que futuramente os meus rins iriam parar e em 2018, quando comecei a perder a função renal, passei a fazer hemodiálise. Por saber do meu histórico familiar, já imaginava que um dia precisaria do tratamento”, diz a pedagoga.

Sempre acompanhada e encorajada pela irmã mais velha, Thaís Conceissa de Morais, Ana se emociona ao contar como o diagnóstico também impacta na vida dos familiares que acompanham todo o processo. “Foi a minha irmã que acompanhou as minhas idas aos médicos, agendou os exames e deixou muitas coisas de lado para estar comigo. O fato de eu estar na hemodiálise a deixava preocupada por achar que a qualquer momento eu poderia passar mal. Tudo isso mexe com quem realmente se importa com você”, conta com a voz embargada.

Ana se recorda do domingo em que recebeu a ligação do HRim informando sobre a compatibilidade de um doador. Na ligação, Ana foi avisada sobre a possibilidade de um rim com doador falecido, manifestando prontamente seu interesse. “Foi uma felicidade muito grande, eu não parava de chorar- diz ela emocionada- Já estava um pouco cansada de hemodiálise porque eu já vinha fazendo há 6 anos. Fiquei uns quatro anos aguardando o meu dia”. 

A sensação em ver a bolsa com um pouco de urina, foi um dos momentos pós-cirurgia mais marcantes para Ana, assim como outros hábitos que há tanto tempo já não eram mais tão simples. “Fiquei muito feliz quando pude tomar água e suco de laranja. Me trouxeram um super brigadeiro e antes eu precisava evitar certos alimentos devido ao potássio. São essas pequenas coisas que fazem falta”, afirma.

Ana destaca também sua gratidão às famílias de doadores. “Com o transplante, temos a chance de prolongar nossos dias, por isso, só tenho a agradecer porque no momento de dor, tiveram a empatia de melhorar a saúde de uma outra pessoa. Eles me deram vida e liberdade, coisas que eu não tinha”. 

A espera por um transplante

Do lado de quem aguarda por um transplante, o sentimento é de esperança, como relata Silmara Alves dos Santos, assistente de administração aposentada de 56 anos, atendida na unidade. Assim como na história de Ana, Silmara também herdou os rins policísticos da mãe e descobriu aos 20 anos durante um exame que futuramente iria precisar de um transplante.

A paciente vai até o HRim três vezes por semana para realizar a hemodiálise e diz que o relacionamento com pacientes e profissionais ajudam a tornar o processo mais fácil. “O meu tratamento é ótimo, temos médicos competentes e o ambiente é bem descontraído. Os pacientes são nossa família também, temos muito carinho e nos preocupamos uns com os outros. Enxergo aqui como uma extensão da casa da gente”, relata.

Com a voz calma e sempre esperançosa, Silmara celebra cada dia vivido e não deixa de torcer pelo momento em que ela e seus colegas de hemodiálise encontrarão um rim compatível. “Quando receber o transplante, torço para que tudo dê certo. Gostaria que todos aqui ficassem bem e se curassem. Seria uma vida nova!”, anseia.

Leia mais: Marcos Tonho entrega caminhão superequipado ao Corpo de Bombeiros de Santana de Parnaíba  


Fonte: Governo de SP

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Chances de infarto podem aumentar 20% em dias de calor intenso

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Diante do calor intenso, clima seco e a ameaça das queimadas, os riscos de ocorrências de problemas respiratórios e cardiovasculares aumentam. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as chances de um infarto podem subir em até 20% em dias de clima quente e intenso.

Instituto de Cardiologia, vinculado ao Ministério da Saúde, verificou um aumento de 15% nas internações por problemas no coração em períodos de calor extremo.

De acordo com Celso Amoedo, médico cardiologista do Hcor e da Unifesp, temperaturas muito altas podem levar o coração a trabalhar mais.

“O calor extremo faz com que o nosso corpo precise jogar esse calor para fora, então, ele faz o que a gente chama de vasodilatação. Essa vasodilatação faz com que o coração tenha um trabalho maior para bombear sangue, porque o território aumentou, e aí o coração trabalha demais, aumenta a frequência cardíaca e isso pode gerar tanto a arritmias, quando o coração bate fora do ritmo normal, benignas ou malignas, quanto um aceleramento no indivíduo que já tem previamente algum comprometimento cardiovascular, o que pode piorar a situação”, explica.

Segundo especialistas, pessoas com hipertensão, diabetes e colesterol alto precisam redobrar os cuidados nesses dias de clima extremo.

Algumas dicas para se proteger de danos à saúde durante o calor são:

  • Evitar de fazer atividade física e horários muito quentes;
  • Fazer atividades físicas dentro de ambientes fechados;
  • Ter uma alimentação leve, pobre em gordura e em sal, principalmente os hipertensos;
  • Manter uma boa hidratação.

Leia também: Homem em liberdade condicional e mais 3 indivíduos são presos com dinheiro e drogas em Cajamar


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SP reforça estoque de medicamentos e insumos na rede de saúde devido à piora da qualidade do ar

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O Governo de São Paulo adotou medidas para garantir o estoque de medicamentos e insumos, como o oxigênio, nas unidades de saúde, diante do cenário de tempo seco, alta ocorrência de incêndios e piora na qualidade do ar. A Secretaria de Estado da Saúde reforçou a aquisição dos materiais e intensificou as orientações em saúde.

A Pasta mantém monitoramento contínuo dos estoques e insumos e todas as unidades de saúde para garantir o abastecimento. Para a população, a hidratação continua sendo a recomendação mais importante para preservar a saúde. Os cuidados devem ser redobrados em todas as faixas etárias.

o entanto, idosos, gestantes e crianças precisam aumentar o consumo de água, assim como lactantes de bebês em amamentação exclusiva. Pacientes com doenças crônicas devem reforçar a atenção com o tratamento.

“É fundamental que pessoas já diagnosticadas com problemas respiratórios, não deixem de seguir as orientações indicadas pelo seu médico”, reforça Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde.

O paciente que já possui indicação de utilizar bombinha em momentos de crise, deve começar a utilizar neste momento. Manter os ambientes com umidade e temperatura adequados é um ponto de atenção para a população. Baldes e bacias com água podem ser utilizados. E umidificadores e climatizadores precisam ser limpos e ter os filtros trocados periodicamente.

As atividades físicas não devem ser realizadas em áreas externas. O uso de máscara em áreas de queimadas pode ser adotado como medida de reforço à proteção da saúde.

Atenção às principais medidas para proteger a saúde:

• Aumentar o consumo de água e líquidos! Gestantes, lactantes idosos e crianças precisam ingerir água com frequência;
• Doentes crônicos com prescrição médica de uso contínuo de “bombinha”, devem manter o tratamento indicado; quem possui indicação médica de uso em momentos de crise, deve iniciar o uso preventivo;
• Manter a umidade e temperatura dentro de casa, por meio de baldes e bacias com água, ou umidificadores e climatizadores, que devem ser higienizados regularmente;
• Manter portas e janelas fechadas, para reduzir a entrada de partículas;
• Em regiões de queimadas, como proteção adicional, a sugestão é de, quando sair de casa, utilizar máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente.

InCor disponibiliza vídeos para uso de bombinhas e espaçadores

O Hospital do Coração do Hospital das Clínicas disponibiliza em sua página vídeos para orientar pacientes e familiares a utilizar espaçadores e nebulímetro, conhecidos popularmente como bombinhas. Segue o link para acessar por meio de um celular ou computador: https://www2.incor.usp.br/sites/incor2022/videos/asma-dpoc/

Leia também: Mansão do ex-jogador Cafu vai a leilão por dívidas milionárias no dia 16


Fonte: Agência SP – Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

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Vacina da gripe ajuda a prevenir sintomas graves de H1N1 e outras cepas do vírus influenza, diz Butantan

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A vacina trivalente da gripe, produzida pelo Instituto Butantan e distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a principal forma de prevenção contra a doença e suas complicações, como pneumonias e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que podem levar à morte. A formulação da vacina de 2024 é composta por duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa de influenza B, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para garantir uma proteção eficiente, o imunizante precisa ser atualizado anualmente, mesmo que isso signifique a mudança de uma ou das demais cepas da composição. A OMS monitora os vírus e suas variantes nos hemisférios norte e sul, e, seis meses antes do início do inverno, período de maior transmissão viral, anuncia as três principais cepas que devem estar na formulação dos imunizantes do ano seguinte. 

Por isso, todos os anos o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A campanha foca principalmente nos grupos prioritários, como crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes e doentes crônicos, entre outros públicos, considerados mais suscetíveis às complicações.

“A vacina do ano anterior não necessariamente trará proteção contra as cepas circulantes neste ano. Por isso é importante tomar a vacina da gripe a cada nova campanha. A formulação da vacina da gripe de 2024 é composta pelas cepas predominantes no hemisfério Sul: duas cepas da influenza A e uma cepa de influenza B, que tende a causar um quadro exacerbado de gripe em crianças pequenas”, afirma a gerente médica de segurança do Butantan, Karina Miyaji. 

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus influenza, que tem grande potencial de transmissão. O influenza pode ser dos tipos A, B, C ou D e corresponder a mais de 30 mil subtipos diferentes. Os vírus são formados por proteínas chamadas hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA) e podem causar os mesmos sintomas da doença. Os tipos A e B são os que atingem os humanos, e ao menos três causam doenças: H2N2, H1N1 e H3N2. 

Pandemia de H1N1

A vacinação é capaz de controlar a disseminação de Influenza, como a que ocorreu em relação à influenza A (H1N1) entre 2009 e 2010. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou uma pandemia da doença em junho de 2009, após o vírus acarretar surtos na América do Norte e rapidamente se espalhar pelo mundo. “As novas cepas de influenza que causam pandemias se originam de rearranjos genéticos de vírus de animais, como porcos e aves selvagens”, explica Karina. 

Na época, ao contrário dos padrões típicos da gripe sazonal, o influenza A (H1N1) causou elevados níveis de infecções no verão no hemisfério norte, e depois níveis de atividade ainda mais elevados nos meses mais frios. O novo vírus também acarretou sintomas mais graves e maior mortalidade não observados em infecções recentes por influenza.

No Brasil, o H1N1 foi detectado em maio de 2009, concentrando-se primeiramente no sul e sudeste, mas depois se espalhando pelo país. Ao longo daquele ano, foram registrados quase 60 mil casos e mais de 2 mil mortes. Gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas foram as maiores vítimas. 

“O estado gestacional causa várias alterações imunológicas, endocrinológicas e hormonais que tornam a gestante mais suscetível a infecções e a sintomas mais intensos em caso de infecção por influenza. A vacinação previne essas complicações na gestante e oferece uma dupla vantagem ao bebê”, esclarece Karina Miyaji. 

A gripe tende a ser mais grave nos idosos basicamente por causa de um fenômeno chamado imunossenescência. Foto: Divulgação

Vacinação conteve pandemia

A pandemia foi contida com a produção e oferta de vacinas, que começaram a ser desenvolvidas no segundo semestre de 2009 e disponibilizadas para vários países em 2010, inclusive para o Brasil. Na época, o governo federal fechou um acordo de licenciamento e transferência tecnológica da vacina Influenza da farmacêutica Sanofi Pasteur para o Instituto Butantan e, em 2010, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adquiriu 83 milhões de doses de vacina contra a H1N1. 

A OMS decretou o fim da pandemia de influenza A (H1N1) em agosto de 2010, graças ao sucesso da vacinação. Foram notificadas oficialmente cerca de 18 mil mortes pela Influenza A (H1N1) entre abril de 2009 e agosto de 2010 em todo o mundo. 

“As campanhas de vacinação começam pelos grupos prioritários porque eles podem desenvolver um quadro bem grave de influenza. Vimos isso na última pandemia de influenza H1N1 em meados de 2009 e 2010 quando muitas pessoas agravaram por causa da doença e vimos várias mortes de grávidas”, afirma Karina Miyaji. 

Atualmente, o Butantan fabrica mais de 80 milhões de dose da vacina Influenza todos os anos, que são distribuídas via PNI pelo SUS. Como o vírus influenza A (H1N1) continua circulando entre humanos no planeta, ele continua sendo incluído na formulação vacinal e recomendado anualmente, principalmente aos grupos mais vulneráveis. 

Idosos e crianças: maiores vítimas da H1N1

A influenza está relacionada à alta taxa de hospitalização em crianças porque elas ainda não têm imunidade para combater o vírus.
Foto: Divulgação

O Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que o influenza A (H1N1) é responsável pela maioria das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em crianças menores de dois anos e idosos acima de 65 anos neste ano. “Na população entre 5 e 64 anos, a presença do vírus influenza A predomina entre os óbitos por Srag”, destaca o boletim referente à semana epidemiológica 32 (4/8 a 10/8). 

A influenza está relacionada à alta taxa de hospitalização em crianças porque elas ainda não têm imunidade para combater o vírus. “Crianças pequenas podem responder mal à gripe devido à imaturidade de seu sistema imunológico, da mesma forma que as grávidas, que já estão com o sistema imune alterado pelos hormônios e transformações da gestação. Nas pessoas saudáveis, além de proteger, a vacinação ajuda a passar pela doença de forma assintomática ou a abrandar sintomas”, esclarece Karina Miyaji.

Já nos idosos, a gripe tende a ser mais grave basicamente por causa de um fenômeno chamado imunossenescência, que é a queda das defesas imunológicas ocorrida com avanço da idade e por comorbidades, que os deixa mais propensos a adoecer de forma grave em caso de gripe. 

“Grande parte das internações por Influenza são de idosos. Isso ocorre, sobretudo, pelo enfraquecimento do sistema imunológico ocorrido com o envelhecimento, associado a comorbidades como diabetes, problemas pulmonares, problemas renais e hepáticos, que ajudam a debilitar ainda mais o sistema imune”, conclui Karina Miyaji. 

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Fonte: Governo de SP

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Cresce número de gestantes que fumam no Brasil

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Uma reversão de cenários ocorreu no Brasil quanto às mulheres fumantes, segundo estudo desenvolvido pelo epidemiologista e pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (Inca) André Szklo, em parceria com profissionais da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins Bloomberg. De 2013 a 2019, houve aumento na proporção de fumantes entre as gestantes, de 4,7% para 8,5%, e queda no percentual das mulheres não grávidas que fumam, de 9,6% para 8,4%.

O estudo resultou no artigo Proporção de fumantes entre gestantes no Brasil em 2013 e 2019: não era o que esperávamos quando elas estavam esperando, publicado na revista Nicotine & Tobacco Research.

De acordo com o estudo, a parcela de mulheres com menos de 25 anos e escolaridade menor do que o ensino fundamental completo apresentou, em 2019, proporção de fumantes grávidas superior àquela observada entre as mulheres não grávidas.

Segundo o pesquisador, tais achados mostram que o Brasil precisa retomar ações efetivas para reduzir a iniciação ao uso do tabaco e estimular a cessação do tabagismo. “É o caso da medida voltada ao aumento de preços e impostos sobre os produtos derivados do tabaco, por exemplo”.

Em 2019, as grávidas usavam ou já haviam experimentado dispositivos eletrônicos para fumar (vapes) numa proporção 50% superior à das não grávidas. “Esse dado reflete o marketing da indústria do tabaco, que propaga a ideia de que esses dispositivos causam menos danos à saúde em relação ao tabagismo ativo e passivo, o que não é verdade”, disse André Szklo.

Foi revelado ainda que cerca de dois terços das grávidas fumantes viviam em residências onde era permitido fumar, e o uso dos dispositivos nesses ambientes superou em cerca de 70% a proporção observada em casas livres do fumo. “Isso mostra a contribuição dos dispositivos, sejam usados isoladamente ou de forma combinada ao cigarro tradicional, para uma maior aceitação social desse comportamento de risco e, consequentemente, para a manutenção da dependência à nicotina durante a gestação”, destaca André Szklo.

O pesquisador lembra que o monitoramento do uso de tabaco durante a gravidez é fundamental para que se alcance os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Nações Unidas, especialmente o de número 3, que se refere a saúde e bem-estar das próximas gerações.

“Fumar durante a gestação representa várias ameaças à saúde: afeta a mãe e o feto, o recém-nascido, a criança e o jovem, que, provavelmente, crescerá em um ambiente social de maior aceitação do uso de tabaco, expondo-o ao fumo passivo e aumentando a probabilidade de iniciação ao tabagismo”, alerta o pesquisador do Inca. 

 O estudo foi lançado no Inca nesta quinta-feira (29), quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo.

“A gente está falando de um produto que a pessoa antes de nascer, na sua formação inicial, ela já está sendo prejudicada por esse produto. Esse produto tem que ser eliminado de qualquer maneira. Qualquer produto que mata um em cada dois usuários não tem nenhuma razão de existir. É um veneno”, disse o diretor do Inca, Roberto Gil, lembrando que 8 milhões de pessoas morrem no mundo todos os anos por causa do tabaco e há 1,3 milhão de mortes por fumo passivo.

Patrícia Barreto, pneumologista do Instituto Nacional Fernandes Figueira, destacou que a população pediátrica soma mais de 160 mil crianças no mundo que sofrem ou morrem em decorrência direta ou indireta do tabagismo passivo. “O tabagismo é uma grave ameaça. É uma doença com capacidade de prevenção que mais mata no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, até 2020, 22% de pessoas no mundo eram tabagistas e dessas 7% eram mulheres. No Brasil, os últimos dados que a gente tem houve uma queda de 1983 para 2019, a gente tem uma queda histórica de pessoas que fumam no Brasil. Entretanto, a gente sabe que a população feminina e jovem ainda abarca percentuais que não estão em queda. A população jovem vem experimentando um aumento independentemente da classe social e do nível de escolaridade.”

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Fonte: Ag. Brasil – Foto: Fotorech/Pixabay

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