O Brasil recebe, nesta sexta (20) e no sábado (21), 7,7 milhões de doses de vacinas da Pfizer contra Covid-19 para o público infantil. A entrega faz parte do contrato aditivo para mais de 50 milhões de doses do imunizante.
A primeira parte do lote desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas. A entrega está dividida em duas partes, o primeiro de 7,2 milhões e o segundo de 550 mil doses. Ao todo, são 4,5 milhões para bebês de 6 meses a crianças de 4 anos (vacina baby) e 3,2 milhões de doses destinadas ao público de 5 a 11 anos (vacina pediátrica).
Agora, os lotes passam por análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde não informou quando as vacinas serão distribuídas para os estados.
Nesta semana, o governo enviou aos estados 740 mil doses destinadas ao público infantil. As vacinas fazem parte de um acordo do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan de 2,6 milhões.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a pedido da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred), órgão do Ministério da Cidadania responsável pela formulação e implementação das políticas públicas voltadas à redução da demanda de drogas no Brasil, mostra o perfil das cenas de uso aberto (locais em que usuários de drogas se aglomeram) em três capitais brasileiras: São Paulo, Fortaleza e Brasília.
“O estudo da Unifesp mostrou que as ações da Prefeitura levaram a uma redução da Cracolândia e que ela perdeu sua atratividade: é o menor influxo da história”, ressalta Alexis Vargas, secretário executivo de Projetos Estratégicos da Prefeitura de São Paulo. “A chegada de novos frequentadores vem caindo ao longo dos últimos anos e atingiu o menor patamar nessa edição da pesquisa: era 43% em 2016, passou para 39% em maio de 2017, 28% em junho de 2017, 26% em 2019 e atingiu 20% em 2021.”
O Levantamento de Cenas de Uso em Capitais (LECUCA) 2021/2022 também apontou o tempo de permanência nas cenas de uso. Em São Paulo, um total de 18% dos usuários abusivos de álcool e outras drogas estão em situação de rua consumindo drogas entre 5 e 10 anos e 39% há mais de dez anos. “O LECUCA traz relevantes informações e subsídios para o aprimoramento das políticas públicas voltadas à população vulnerável que faz uso de drogas”, avalia o secretário executivo.
A Prefeitura destacou que a procura por tratamento aumentou desde a dispersão dos usuários. O encaminhamento de usuários para atendimento no Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica – SIAT II cresceu quase três vezes entre janeiro e dezembro, segundo informações da equipe de abordagem da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que em janeiro encaminhou 27 pessoas e em dezembro encaminhou 72 usuários abusivos de álcool e outras drogas para equipamentos da rede municipal.
Em relação ao número de abordagens feitas pelas equipes de saúde, houve aumento de 34% entre janeiro e dezembro (respectivamente, de 3.150 para 4.213). As abordagens das equipes de assistência social aumentaram em 22% entre janeiro e dezembro. Em janeiro foram 3.029 e em dezembro, 3.698. Para outros equipamentos da rede socioassistencial, esse número foi de 789 pessoas encaminhadas em janeiro para 1.622 em dezembro, o que representa um aumento de mais de duas vezes.
Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino, ou câncer colorretal, no Brasil, com 70% concentrados nas regiões Sudeste e Sul. “É uma doença muito prevalente. É a terceira. Ela vai perder para [câncer de] mama, vai perder para [câncer de] próstata. Em terceiro lugar, vem o câncer colorretal”, disse o cirurgião oncológico Rubens Kesley, coordenador do Grupo de Câncer Colorretal do Inca.
De acordo com o especialista, países desenvolvidos, como os Estados Unidos, tendem a apresentar maior número de novos casos desse tipo de câncer a cada ano. Entre os norte-americanos, que têm população em torno de 300 milhões de habitantes, a estimativa é de surgimento de 150 mil novos casos anuais. Como o Brasil está melhorando, progressivamente, sua condição socioeconômica, a perspectiva é de expansão de casos. “Há aumento vertiginoso. É uma curva acentuada”.
Rubens Kesley lembrou que há cinco anos, o Brasil apresentava 25 mil casos novos/ano de câncer colorretal, e a expectativa para o próximo quinquênio é atingir 80 mil casos/ano. “De uma maneira mais simples: hoje, são 44 mil e aumentando. E vai subir bastante a incidência”.
Fatores
A alimentação pobre em fibras está relacionada ao aumento do número de casos de câncer colorretal, confirmou o cirurgião oncológico. Isso se explica porque, à medida que as condições socioeconômicas de um país melhoram, as pessoas passam a comer mais alimentos industrializados e ultraprocessados e deixam de comer alimentos com fibras. “A fibra é como se fosse um varredor. Imagina uma vassourinha que limpa o cólon, o intestino grosso. Quando você deixa de usar a vassourinha, o lixo vai se acumulando. Então, a falta de alimentos ricos em fibras faz com que aumente muito a incidência”.
Outro fator que pode levar ao câncer colorretal é a carne vermelha, especialmente aquela usada em churrascos, queimada, com muita gordura. “Porque ela é rica em hidrocarbonetos, que são muito cancerígenos”. A carne cozida é melhor. Outras coisas que favorecem o surgimento de câncer do intestino são tabagismo, sedentarismo, etilismo, obesidade, principalmente na barriga. Entre esses, Kesley destacou como fatores principais para o desenvolvimento do câncer colorretal a obesidade, falta de atividade física e os alimentos industrializados e pobres em fibras. “Esses são, realmente, o carro-chefe dos fatores de risco mais agressivos”.
Outro cuidado que se deve ter é com a saúde bucal, porque há uma bactéria na boca que favorece o desenvolvimento da doença. “Essa bactéria se associa a uma incidência altíssima de câncer colorretal”. Estudo recente de pesquisadores da Escola de Odontologia de Columbia, em Nova York, mostrou como o Fusobacterium nucleatum, uma das bactérias da boca, pode acelerar o crescimento desse tipo de câncer. Daí a importância da profilaxia bucal, recomendou o médico.
Colonoscopia
Em todo o mundo, a colonoscopia foi o método considerado mais eficiente para a prevenção do câncer colorretal, afirmou Kesley. Isso se explica porque o câncer do intestino não começa grande. “Ele é descoberto grande. Mas já foi um pólipo, já foi pequenininho”. Nesse estágio, a colonoscopia retira esses pequenos pólipos. “A colonoscopia é uma arma, comparável a uma bomba nuclear, contra o câncer colorretal, porque ela consegue prevenir, identificar precocemente, ver ainda na fase de pólipo, e consegue tratar, porque remove o pólipo, sem precisar de cirurgia, economizando milhões. No diagnóstico, o médico identifica que ali há um tumor, e no tratamento, se houver um pequeno tumor, você já cura o doente. O câncer é removido por colonoscopia, em algumas situações selecionadas.
O prazo para refazer o exame de colonoscopia vai depender se houver pólipo. Se o paciente faz a colonoscopia e está tudo normal, ele pode repetir o exame a cada cinco anos. Se tiver pólipo de um tipo específico (adenoma), que é precursor do câncer colorretal, o paciente deve repetir a colonoscopia no ano seguinte. O prazo para renovação do exame se estende, portanto, de um a cinco anos.
Idade certa
Para a grande maioria da população, que não tem história de câncer na família, são pacientes de vida saudável, com risco muito baixo, que não fumam nem bebem, têm evacuação diária normal, o ideal é fazer colonoscopia aos 55 anos de idade. “Mas isso tem que ser visto pelo coloproctologista. Essa é uma decisão médica porque, dependendo do risco, você pode precisar antes”, advertiu o especialista.
No caso, por exemplo, de pessoas que têm histórico de câncer na família, como ocorreu com a atriz Angelina Jolie, elas não podem esperar. Têm que procurar um bom profissional que dirá qual o melhor momento para fazer colonoscopia.
Esse exame pode ser feito, entretanto, antes dos 55 anos, na presença de sintomas. Pacientes com anemia ou com dores de repetição (cólicas intestinais) devem procurar um médico para afastar o risco de um câncer colorretal. Nesse caso, são pacientes com alterações do hábito intestinal, ou seja, a frequência com que evacuam, que abrangem diarreias ou constipação com cólica.
Estágio avançado
Segundo Rubens Kesley, a falta de colonoscopistas, principalmente no interior do país, faz com que a maioria dos pacientes seja diagnosticada com câncer de intestino em estágio avançado, como ocorreu com os jogadores de futebol Pelé e Roberto Dinamite. “Normalmente, esse estágio avançado é fator determinante da gravidade do câncer”. Ou seja, o estágio da doença é que determina o prognóstico.
O cirurgião do Inca ressaltou, por outro lado, que a evolução do tratamento foi tão grande nos últimos anos que mesmo que o estágio seja muito avançado, há possibilidade de sobrevida. Do total de doentes com câncer colorretal, 20% sobrevivem, 80% morrem. “Vale a pena o paciente correr atrás porque, mesmo que o estágio seja muito avançado, ele pode ser curado”. A chance de cura é menor. De cada cinco pacientes com câncer avançado, um vai sobreviver. “Mas há chance. Se a gente consegue salvar um em cinco, é um grande avanço”, afirmou Kesley.
Ele admitiu, entretanto, que o câncer ainda é um desafio para a ciência. A doença é uma mutação do DNA, que está protegido por duas membranas. Infelizmente, não há drogas hoje capazes de reorganizar o DNA. Então, quando um paciente já tem uma doença que é resistente à quimioterapia e à radioterapia e já se espalhou, o tratamento do câncer se torna ineficiente. No caso de Pelé e Roberto Dinamite, o tumor já havia se tornado resistente à quimioterapia e à radioterapia, e a cirurgia se tornou fútil. Ou seja, quando as células cancerígenas já se espalharam, a possibilidade de cura é muito reduzida.
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presos após os atos de terrorismo em Brasília, no último domingo (8/1), foram encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda e para Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
Segundo publicado pelo Jornal Metrópoles, ao chegarem na ala prisional os bolsonaristas receberam a vacina contra Covid-19 e um kit de higiene. Vale lembrar que, ao longo da pandemia, uma das bandeiras bolsonaristas foi justamente o movimento antivacina.
Procedimento padrão para novos detentos, os bolsonaristas receberam um uniforme prisional, um colchão e um kit com sabonete, creme dental e escova de dente. No caso das mulheres encaminhadas para Colmeia foi disponibilizado também absorventes.
Em nota divulgada neste sábado (7), o Ministério da Saúde afirmou ter comprado 750 mil doses da CoronaVac, destinadas a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 3 a 11 anos de idade. Junto do Instituto Butantan, ainda serão adquiridas 2,6 milhões de doses para o esquema vacinal infantil.
Segundo o governo federal, um novo aditivo no contrato com a instituição paulistana será assinado nos próximos dias, com o intuito de assegurar as doses encomendadas.
As vacinas tem previsão de entrega para a próxima semana no Distrito Federal e nos demais estados do país.
O Ministério da Saúde ainda busca a antecipação da chegada de 3,2 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos, e aproximadamente 4,5 milhões de doses para crianças de 5 a 11 anos.
Cerca de 69 milhões de brasileiros não tomaram a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, a terceira dose. Além disso, 30 milhões também não voltaram para tomar a segunda dose de reforço, a quarta dose; 19 milhões não tomaram a segunda dose do esquema primário de vacinação.
Entre os fatores que contribuem para a baixa adesão à vacinação estão notícias falsas, baixa percepção de risco e a crença de que a pandemia de que a pandemia de Covid-19 já acabou.
O número compromete as ações de combate às variantes do vírus. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Virgínia (EUA), as doses de reforço induzem anticorpos mais duradouros do que apenas o esquema primário, até mesmo entre aqueles que se recuperaram de uma infecção por Covid.
Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirma que o reforço é indispensável para a proteção individual e coletiva, mesmo com as novas cepas.
“Para todas as faixas etárias, frente à variante ômicron que mostra um escape muito grande do nosso sistema imunológico, três doses são necessárias para conferir uma proteção adequada”, disse Kfouri.
O primeiro caso da variante XBB.1.5 da Covid-19, considerada a mais transmissível pela OMS (Organização Mundial da Saúde), foi identificada em uma amostra no interior de São Paulo. A coleta foi feita em uma paciente de 54 anos em Indaiatuba, cidade a 103 quilômetros da capital paulista, no dia 9 de novembro.
Importante ressalta que foi o único caso identificado em um total de 1.330 amostras sequenciadas em novembro, e das quais 33 eram da sublinhagem XBB da ômicron.
Apesar de ser a única amostra identificada nas amostras, é muito possível que ela tenha se espalhado pela cidade ou até mesmo pelo estado.
A informação já foi compartilhada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
A variante já foi identificada em 29 países e é uma sublinhagem da Ômicron. Durante o mês de dezembro, a porcentagem de novas infecções da doença nos Estados Unidos causadas pela XBB.1.5 aumentou de 4% para 41%.
Em uma apresentação do grupo técnico da OMS, na última quarta-feira (4), a epidemiologista e responsável pelo grupo de Covid-19 da entidade, Maria Van Kerkhove, disse que “a variante mais transmissível até agora devido às mutações que se acumulou. Estamos preocupados com sua vantagem de crescimento”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última segunda-feira (2) o Wegovy (semaglutida 2,4mg), primeiro medicamento injetável contra a obesidade. De acordo com os estudos, o remédio possibilitou uma redução de 17% do peso corporal dos pacientes, em média.
O GLP-1, hormônio encontrado em grandes quantidades no intestino dos seres humanos, é análogo à semaglutida. Sempre que a pessoa se alimenta, é ele que sinaliza ao cérebro que é preciso reduzir a fome do indivíduo.
Bem como a redução da fome, o GLP-1 também é responsável por retardar o esvaziamento do estômago e aumentar a produção de insulina, que por sua vez absorve a glicose nas células.
A injeção liberada pela Anvisa deve ser aplicada semanalmente para o tratamento da doença.
A Prefeitura de Itapevi prorrogou até 15/01 o processo seletivo aberto para a contratação de 20 novos médicos, nas seguintes áreas: médico cirurgião geral – urgência e emergência (3 vagas); médico – ginecologista UBS (11 vagas); médico – pediatra UBS (2 vagas), médico psiquiatra UBS (2 vagas), médico pediatra – urgência e emergência (1 vaga), médico – psiquiatra urgência e emergência (1 vaga).
O candidato interessado em participar do processo seletivo deverá preencher o link (https://forms.gle/7zkXd196pfK6dLNx7 ) e anexar documentação comprobatória. As inscrições terminam às 17h de sexta-feira, dia 15 de janeiro. O contrato de prestação de serviço tem duração de até 1 (um) ano, permitida uma única prorrogação por igual período.
Para todas as vagas, o salário por hora trabalhada é de R$53,79. Nos casos de médico – cirurgião geral urgência e emergência, médico pediatra – urgência e emergência e médico psiquiatra urgência e emergência, há gratificação de até 80% (segunda a sexta-feira) e de até 120% (sábado, domingo e feriados). A carga horária é de 24 até 40 horas semanais.
No caso das carreiras de médico ginecologista UBS, pediatra UBS e psiquiatra UBS, a gratificação é de até 80%. A gratificação de incentivo é de R$1,5 mil para jornadas de 20h a 28h semanais. E de R$2,3 mil para jornadas de 29h a 35h semanais. Acima de 36 horas semanais é de R$3 mil. A carga horária é de 20 a 40 horas semanais.
A classificação final será divulgada em 20 de janeiro, no Diário Oficial (www.itapevi.sp.gov.br). Após este período, o Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) da Prefeitura Itapevi convocará os candidatos selecionados, quando farão exame médico admissional e entregarão documentos complementares para iniciarem os trabalhos.
A infecção por HPV está associada ao desenvolvimento do câncer de colo de útero e outros tipos de tumores que afetam a região genital da mulher. Nos homens, o vírus está relacionado a cânceres de pênis e reto.
A vacina contra o HPV é eficaz para a prevenção dos sorotipos 16 e 18 do HPV sendo adotada por mais de 100 países como estratégia de imunização de adolescentes.
Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adesão à vacina permanece baixa. Um levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que a desinformação é um dos fatores que contribuem para a baixa cobertura vacinal contra a infecção.
Para o estudo, pesquisadores da Escola de Enfermagem da UFMG entrevistaram 159.245 estudantes brasileiros de 13 a 17 anos e utilizaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. Os adolescentes responderam que o principal motivo para não ter se vacinado contra o HPV foi que “não sabiam que tinha que tomar”. Essa foi a resposta de 46,8% dos entrevistados.