Fiocruz identifica nova variante da ômicron no Amazonas

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Estudo para determinar causas da explosão de novos casos no Amazonas revela variante da ômicron denominada BE.9. Por enquanto não há aumento relevante de hospitalizações ou mortes.

Um grupo de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou o surgimento de uma nova variante do coronavírus no estado do Amazonas. Trata-se de uma mutação da subvariante BA.5 da ômicron denominada BE.9. A descoberta foi divulgada pelo grupo de trabalho da Rede Genômica Fiocruz nesta segunda-feira (14/11).

De acordo com Tiago Gräf, pesquisador da Rede Genômica, a nova variante “fez ressurgir a covid-19 no Amazonas”, sendo responsável pelo recente aumento de casos no Estado. Gräf não soube determinar se a variante BE.9 poderá se disseminar pelo Brasil e causar uma explosão semelhante à registrada no Amazonas.

Uma comparação entre as primeiras semanas de outubro e de novembro aponta um aumento de quase 493% no número de casos, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS).

“O que acontece no Amazonas tende a se repetir no país”

O pesquisador salientou que o Amazonas é um estado importante para o monitoramento do desenvolvimento do coronavírus no Brasil: “No cenário brasileiro da covid-19, o estado do Amazonas tem agido como um local sentinela de monitoramento. O que acontece lá tende a se repetir nos outros estados e pode estar acontecendo novamente.”

Foi justamente no intervalo entre início de outubro e de novembro que a Fiocruz iniciou os estudos no Amazonas. Os dados da fundação apontaram que a média móvel semanal passou de 230 casos de covid-19 para cerca de mil. Para investigar o que poderia estar causando esse aumento significativo, uma equipe da Fiocruz executou o sequenciamento de mais de 200 genomas do Sars-Cov-2 entre setembro e outubro.

“Foi então que identificamos a nova variante”, explicou Gräf. De acordo com o relatório da Fiocruz, a BE.9 é uma evolução da subvariante BA.5.3.1, uma ômicron da linhagem BA.5. As duas subvariantes recentes da ômicron BE.9 e BQ.1 (a última variante notável) compartilham algumas mutações.

Aumento considerável de casos no Brasil

“A BE.9 e a BQ.1.1 têm suas diferenças em outras regiões do genoma, mas na [proteína] spike são muito similares. É por isso que é muito importante que monitoremos de perto a BE.9”, prosseguiu Gräf. Por outro lado, o pesquisador reforçou que ambas as subvariantes não parecem provocar um aumento de casos graves da doença no Amazonas.

O Brasil tem registrado um aumento na média móvel de contágios. Na segunda-feira foram registrados 9.128 novos casos – uma variação de 71% em relação à média das duas semanas anteriores. A pior média móvel foi registrada em janeiro deste ano, com mais de 188 mil casos.

Ao longo da pandemia, o Brasil registrou oficialmente quase 35 milhões de infecções e quase 689 mil mortes. Em âmbito global, foram computados mais de 635 milhões de infecções e 6,61 milhões de fatalidades relacionadas à covid-19.

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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Dado Ruvic/Reuters/Direitos Reservados

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Com chegada do verão, Barueri prepara-se para o enfrentamento da dengue

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Com a chegada da temporada das chuvas, a Prefeitura de Barueri, com o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ), da Vigilância em Saúde, adotou um plano de ações para o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zica, chikungunya e também da febre amarela, doenças chamadas de arboviroses. No fim de outubro o Ministério da Saúde lançou a campanha “Todo dia é dia de combater o mosquito”.

No dia 19 de novembro comemora-se o Dia Nacional de Combate à Dengue, conforme a lei nº 12.235, de 2010. Neste dia vai haver uma blitz, com distribuição de material educativo no Bairro Jardim Maria Helena. Serão 18 agentes de controle e prevenção de endemias (ACEs) que orientarão a população sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti.

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Blitz no bairro
Mais para o final do mês estão programadas outras ações. Na semana entre os dias 21 e 26 de novembro o trabalho será intensificado com as blitze pelos bairros do município, finalizando no Engenho Novo e Jardim Belval.

A ação contra o mosquito da dengue conta com a participação dos bonecos Dengoso, Dengosa e o Agente Prevenido. “A intenção é chamar a atenção para esse tema tão importante e para a necessidade da participação da população em geral no combate ao mosquito e eliminação de possíveis criadouros”, disse a diretora do DTCZ, Marta Chaves.

O diretor técnico da Vigilância em Saúde, Rafael Adão Buozo, lembra que as atitudes de combate ao mosquito devem ser constantes. “São necessárias atitudes de cada um de nós. Todas muito simples a serem realizadas no cotidiano da população, como armazenamento correto de pneus, garrafas, lixos, vedação das caixas d’água, utilização de telas em portas e janelas das residências, varrer bem os quintais e colocar areia em pratinhos de plantas, enfim, retirando de utensílios condições para que não possam acumular água parada”, explica o diretor.

Acúmulo de água
As orientações do diretor técnico devem-se ao fato de que o Aedes Aegypti prolifera-se nas épocas de maior chuva e altas temperaturas. Portanto, deve-se evitar acúmulo de água parada em locais como pneus velhos e garrafas com boca virada para cima.

Os cuidados se justificam com base nos números. Conforme a Secretaria de Saúde, os casos de dengue aumentaram 35,7% na comparação entre janeiro e setembro de 2021, com 42 ocorrências, e o mesmo período deste ano, com 57 casos. Neste ano não foi registrado nenhum óbito, mas no ano passado uma pessoa morreu vitimada pela dengue.

Para mais informações ou denúncias de acúmulo de água ou presença do mosquito ligue gratuitamente para o disk dengue: 0800-7717207. O serviço funciona de segunda a sexta-feira.

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Fonte: SECOM-Barueri

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Saúde capacita profissionais de SP para atuar contra a poliomielite

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O Governo de SP realiza, nesta semana, uma capacitação para profissionais que atuam diretamente com imunização, vigilância epidemiológica e na coordenação da atenção básica das de todas as regiões do Estado de São Paulo.

Ao todo participam mais de 200 profissionais de municípios, além de representantes dos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Amazonas, Rio Grande do Norte e do Distrito Federal. O treinamento, organizado pela Secretaria de Estado da Saúde, acontece até esta quarta (9), na Faculdade de Saúde Pública da USP, na Capital.

O objetivo do evento é promover o “Plano Estadual de Resposta a um Evento de Detecção de Poliovírus e um Surto de Poliomielite” e dar subsídios para que as prefeituras preparem os planos municipais. Além de palestras, os profissionais farão um exercício simulado no qual, por meio de cenários fictícios, definirão como agir no caso de se ocorrer uma confirmação da doença ou em um surto de poliomielite.

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“Devido à baixa cobertura vacinal e a necessidade de maior sensibilização da rede de vigilância, verificamos um risco significativo a reintrodução da poliomielite no Brasil. São Paulo saiu na frente na capacitação dos profissionais do seu território para estarem preparados para evitar o vírus e, caso ocorra algum caso, saibam o que tem que ser feito”, explica a coordenadora da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), Regiane de Paula.

Importância de vacinar

A imunização ainda é a principal ferramenta para o combate à poliomielite. De agosto ao final de outubro, a SES promoveu a Campanha de vacinação Contra a Poliomielite, quando 69,35% do público-alvo recebeu as doses de reforço. Foram aplicadas 1,6 milhão doses contra a doença.

A vacina contra a pólio está disponível o ano todo nos postos de saúde e o esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A revacinação contribui com a redução do risco de reintrodução do vírus no Brasil – hoje, há confirmação de casos em mais de 20 países, com circulação de forma endêmica no Afeganistão e Paquistão.

A poliomielite está eliminada no Estado de São Paulo desde 1988, quando houve o último caso, no município de Teodoro Sampaio. Trata-se de uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, atingindo geralmente membros inferiores. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (como saliva, tosse, espirro, mais frequentemente), ou objetos, alimentos e água contaminados com resíduos de doentes.

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Fonte: Portal Governo SP Foto: Arquivo/Myke Sena/Ag. Brasil

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Com surgimento de novos casos, Saúde de Barueri reforça recomendação da vacina contra meningite

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Diante do surgimento de casos de meningite e do surto registrado em São Paulo no mês passado, a Secretaria de Saúde de Barueri recomenda, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, a manutenção atualizada da caderneta de vacinação. A campanha de multivacinação na cidade foi prorrogada até o fim de novembro, sendo que ela contempla também a imunização contra a meningite.

A vacina contra a meningite está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças e adolescentes. Confira AQUI os endereços e horários de atendimento. Para se vacinar é preciso apresentar a caderneta de vacinação, assim como documento de identificação com foto.

Entenda
A meningite é uma doença de grande ocorrência e, apesar de registrar casos por todo o ano, as mais comuns são as virais, que atacam na primavera e verão. Já as meningites bacterianas são mais frequentes no inverno e outono. A maior parte dos tipos de meningites, no entanto, não deixa sequelas, mas a meningocócita é grave e contagiosa, podendo provocar consequências graves aos atingidos e até levar a óbito.

A meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas a envolver o cérebro e a medula espinhal, sendo causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As vacinas são a forma mais eficaz de evitar infecção e todas estão disponíveis nas UBSs. A recomendação do calendário vacinal é a seguinte:

BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa. Esquema vacinal: dose única (ao nascer).
Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenza e sorotipo B, como meningite e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade; e 3ª dose aos 6 meses de idade.
Pneumocócica 10-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade; e reforço aos 12 meses de idade.
Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Esquema vacinal: 1ª dose aos 3 meses de idade; 2ª dose aos 5 meses de idade; e reforço aos 12 meses de idade.
Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y. Esquema vacinal: uma dose em adolescentes de 11 e 12 de idade, a depender a situação vacinal. Ressaltamos que até junho de 2023 adolescentes não vacinados de 13 e 14 anos de idade também poderão se imunizar com esta vacina.

É preciso manter a caderneta de vacinação em dia
Existem vários tipo de meningites, como mencionado acima, portanto, há vários tipos de vacinas. É importante entender que os municípios não estão aplicando vacinas contra as meningites motivados pelo surto registrado em algumas regiões. A aplicação ocorre de forma regular, seguindo o Calendário Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, nos públicos preconizados (vide tabela). Manter a caderneta vacinal da criança atualizada é a melhor forma de evitar a doença e garantir a segurança de todos. Quando grandes grupos deixam de se vacinar, contribuem para o ressurgimento da doença e a contaminação em massa.

Cobertura vacinal em Barueri
Este ano, em Barueri, a cobertura vacinal de doses que protegem contra a meningite são as seguintes: BCG: 67,98%; Pentavalente: 66,89%; Meningocócica C: 65,25%; e Pneumocócica 10: 68,18%. Os dados são de 9 de novembro.

Entre janeiro e início de novembro deste ano, a Divisão Técnica da Vigilância Epidemiológica de Barueri registrou 195 notificações de meningite, sendo 154 de Barueri. Desse total, 102 foram descartadas.

Das 154 fichas de notificações, 52 casos foram confirmados, sendo 29 meningites virais, um caso de  pneumococo, dois casos por criptococo, um caso de meningite tuberculosa, nove casos de não especificadas e dez casos por outras bactérias. Até o momento, Barueri não teve nenhuma meningite meningocócica ou meningococemia, que são as formas mais graves da doença.

Indiferença à imunização leva casos a aumentarem
A Vigilância em Saúde informa que houve um aumento de casos de meningite em relação ao mesmo período no ano de 2021. Incremento já esperado, uma vez que as crianças não estavam frequentando normalmente a escola e ao uso obrigatório de máscaras em 2021.

A vacinação em massa da população significa a adesão ao pacto coletivo de prevenção e erradicação de doenças, estabelecido pela própria sociedade. Se for quebrado tal pacto, há o sério risco da volta de doenças até então erradicadas, caso, por exemplo, da poliomielite.

Os casos de contradições das vacinas devem ser analisados conforme as nomas do Programa Nacional de Imunização, sendo que para qualquer imunizante deve ser observada a anafilaxia (alergia grave) a qualquer um dos seus componentes.


Fonte: SECOM-Barueri

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Com novos casos de Covid-19, universidades voltam a recomendar o uso de máscara em ambientes fechados

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A confirmação de casos no Brasil de uma nova subvariante da Ômicron já começou a mudar as orientações de controle e prevenção da Covid-19.

Universidades públicas de vários estados passaram a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados e com aglomeração, como salas de aulas e refeitórios.

Em São Paulo, a universidade estadual paulista (Unesp) discute, nesta quinta-feira (10), a necessidade da volta das máscaras nas salas de aula. A USP e a Unicamp também informaram que estão atentas e monitoram a nova onda.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira (9) que embora algumas mutações consigam burlar as vacinas, elas continuam importantes para evitar mortes e quadros graves da doença.

No Brasil, apenas 65% da população do país está com a dose de reforço em dia. Entre adolescentes, esses índices são ainda piores. Crianças com menos de três anos de idade, sem comorbidades, ainda não são vacinadas no país. As vacinas contra a Covid-19 são aplicadas gratuitamente em todo o país.

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Fonte: TV Cultura

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Brasil não alcança meta de vacinação contra poliomielite e preocupa autoridades

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A meta de vacinação contra a pólio no Brasil não foi atingida e o ministro da saúde Marcelo Queiroga foi à TV fazer um apelo aos pais. Os índices de vacinação bem abaixo da meta acendem o alerta para a volta da poliomielite, uma doença infectocontagiosa transmitida por vírus, que pode causar a paralisia infantil.

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A pólio foi erradicada do Brasil em 1994. A cobertura vacinal para manter o país seguro contra a doença deve ser de pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos, mas atualmente, ela está abaixo dos 70%, mesmo com a campanha de vacinação realizada nos meses de agosto e setembro.

O governo federal lançou nesta semana o plano nacional de resposta à poliomielite, que pretende unir esforços com estados e municípios para evitar a doença. Neste domingo (6), Marcelo Queiroga fez um apelo para que pais e responsáveis levem as crianças para se vacinar.

“Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso país. O SUS está preparado para esta luta”.

As vacinas contra a pólio são aplicadas gratuitamente nos postos de saúde, basta ir até a unidade com cartão de vacina e documento oficial com foto.

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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Ag. Brasil

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Novembro Roxo: prematuridade é principal causa da mortalidade infantil

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O parto prematuro é a principal causa global da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade e o Brasil é o 10º colocado no ranking mundial dos países com mais nascimentos prematuros. O bebê é considerado prematuro quando nasce antes da 37ª semana de gravidez – uma gestação completa varia entre 37 e 42 semanas. 

Por isso, a campanha Novembro Roxo – que tem 17 de novembro como o Dia Mundial da Prematuridade – leva um alerta às famílias e à sociedade sobre o crescente número de partos prematuros, suas causas e consequências. De acordo com o Ministério da Saúde, todo ano são registrados em torno de 340 mil nascimentos prematuros no Brasil, o equivalente a seis casos a cada dez minutos. 

Levantamento feito pela ONG Prematuridade.com, única organização sem fins lucrativos nacional dedicada à causa da prematuridade, mostrou que, para 95,4% dos brasileiros, as políticas públicas relacionadas à prematuridade devem ter alta prioridade, sendo 74,1% afirmando que essa priorização deve ser muito alta e 21,3%, alta. A Pesquisa de Opinião sobre a Prematuridade foi realizada de forma online, entre os dias 3 de agosto e 20 de setembro, e registrou 1.433 participações de pessoas de todo o Brasil.

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“Nosso objetivo, com esse levantamento, foi avaliar a percepção e o grau de conhecimento das pessoas sobre o tema, já que estamos falando de um dos problemas sociais mais graves do país, que ainda é desconhecido por muitos”, afirmou  a diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

Denise disse ainda que a pesquisa evidenciou que a grande maioria dos brasileiros acredita que a prematuridade é um problema de saúde pública. “E deve ser olhado com mais atenção pelo governo, pelas políticas públicas e por quem toma as decisões”.

Desconhecimento

Problema de saúde pública, a prematuridade ainda é cercada por desinformação. O levantamento da ONG Prematuridade.com mostra que 30% das mães e pais de bebês prematuros desconheciam totalmente o tema antes de eles mesmos passarem por essa experiência; 30% conheciam muito pouco e 28% possuíam praticamente nenhum conhecimento sobre o assunto. 

“Aqueles pais de prematuros que responderam a pesquisa e que passaram pela experiência, disseram que antes de ter um prematuro tinham pouquíssimas informações a respeito disso. Então, quer dizer que a gente precisa falar mais durante o pré-natal, informar as mulheres em idade fértil, trazer o tema à tona para toda sociedade para que, caso venha a acontecer um parto prematuro, os riscos sejam menores, tanto para mãe quanto para o bebê”, destacou Denise.

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Ela acrescentou que a importância de incluir o tema da prematuridade na formação e na capacitação contínua de profissionais de saúde que atuam na fase anterior ao parto, “Como os profissionais da Atenção Básica, para que possam informar as famílias, de maneira adequada e acolhedora, que muitas vezes um parto prematuro pode acontecer, mesmo sem sinais prévios”, afirma Denise.

A pesquisa também mostrou que a maior parte dos participantes (55,6%) desconhecia o fato de que o parto prematuro é hoje a principal causa global da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade. Já sobre o Brasil ser o 10º colocado no ranking mundial de partos prematuros, 64,6% desconhecem essa realidade, contra 35,4% que informaram ter ciência a respeito.

Impactos da prematuridade

Uma situação preocupante envolve os bebês chamados “termo precoce”, nascidos entre a 37ª e a 38ª semanas gestacionais, muitos deles de cesáreas eletivas, ou seja, quando não há indicação técnica para esse tipo de parto. Pesquisas na área apontam que os nascidos nesse perfil podem apresentar resultados de saúde mais semelhantes aos nascidos prematuros do que aos nascidos no período “a termo”, com mais de 39 semanas de gestação.

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Outro levantamento feito pela ONG Prematuridade.com, em 2019, com mais de 4 mil famílias, identificou que o tempo médio de permanência do bebê prematuro na UTI neonatal, após o nascimento, é de 51 dias.

“É uma situação que impacta diretamente a saúde pública e afeta, muitas vezes de forma irreversível, os pais e os bebês, tanto física quanto emocionalmente”, destaca Denise. “Por isso, é cada vez mais evidente a necessidade de grandes campanhas de conscientização sobre o assunto, além de políticas públicas que visem a redução do número de partos prematuros, fortalecendo programas de educação sexual na adolescência, planejamento familiar e acompanhamento pré-natal de qualidade”.

Novembro Roxo

Ao longo do mês de novembro, a ONG Prematuridade.com fará uma série de atividades, online e presenciais, em alusão à campanha mundial.

“A campanha do Novembro Roxo deste ano tem como slogan o “Garanta o contato pele a pele com os pais do bebê prematuro desde o momento do nascimento”. Sabemos que cada caso deve ser avaliado separadamente, mas que muitas vezes é possível, por mais que seja um bebê bem prematuro, é possível esse contato imediato de mãe com bebê, o pele a pele, o cheiro, o toque, a voz, o batimento cardíaco e o quanto isso impacta na saúde integral, tanto física quanto emocional desse bebê e isso tem impacto a longo prazo. O método canguru traz muitos benefícios”, afirmou Denise. 

A campanha pretende sensibilizar a população em geral, os parlamentares, os gestores públicos e as empresas. “Todo mundo é tocado pela prematuridade de alguma forma, mesmo que não tenha entre os amigos ou a família um bebê prematuro, todos nós somos afetados porque é a principal causa de mortalidade infantil, o Brasil é o 10º país no ranking de prematuridade e e tem um impacto gigante nos cofres públicos, por isso a gente acredita que conseguiremos unir forças nesse novembro para mostrar que é importante, e que a gente pode e deve fazer coisas para mudar esse cenário aqui no país”, finalizou a diretora da Ong Prematuridade.com.

Programação: 

  • 5 de novembro: Ciclo de palestras para as famílias – YouTube e Facebook 
  • 12 e 13 de novembro: Virada Cultural Online da Prematuridade – (YouTube)
  • 17 de novembro – Maratona de lives do Dia Mundial da Prematuridade Instagram, , YouTube , Facebook  e LinkedIn 
  • 18 e 19 de novembro: Evento online da Liga Interdisciplinar ONG Prematuridade.com YouTube e Facebook 
  • 19 de novembro: Caminhada no Parque dos Coqueiros, em Florianópolis (SC), às 9h
  • 20 de novembro: Caminhada no Parque da Redenção, em Porto Alegre (RS), às 10h, Encontro da Prematuridade no Eixão Sul em Brasília – concentração às 8h, caminhada às 9h
  • 27 de novembro: Caminhada da Prematuridade de SP, 10h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista

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Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil

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Campanha de vacinação contra poliomielite é prorrogada por tempo indeterminado em SP

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A campanha da poliomielite, que se encerraria no próximo domingo (30) na cidade de São Paulo, foi prorrogada por tempo indeterminado pela Secretaria Municipal de Saúde.

A cobertura vacinal da pólio na cidade está em 79,20%, abaixo da meta estipulada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) que é de 95%.

A pasta informou que a prorrogação tem como principal objetivo atualizar a situação vacinal e aumentar o número de crianças imunizadas contra essa e outras doenças como meningocócicas C e ACWY, HPV, BCG, hepatites A e B, rotavírus, pentavalente (DTP+Hib+HB), pneumocócica, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, difteria/tétano e influenza (vírus causador da gripe).

A recomendação da secretaria é de que pais e responsáveis levem os menores de cinco anos de idade para atualizar a caderneta de vacinação e receber o imunizante contra a poliomielite, devido ao risco de reintrodução da doença no país.

Leia também:


Fonte: TV Cultura – Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

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Internação de bebês por desnutrição atinge maior nível em 13 anos

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Em 2021, as internações de bebês com menos de 1 ano de idade chegaram ao maior nível em 13 anos, segundo estudo divulgado hoje (26) pelo Observatório de Saúde da Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores se basearam em dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), que apontam 2.979 hospitalizações nessa faixa etária ao longo do ano passado, o que equivale a oito por dia.

A pesquisa alerta ainda para um possível agravamento da situação este ano, já que até 30 de agosto a taxa média diária de hospitalizações era de 8,7 por dia, o que representa um crescimento de 7% em relação ao patamar atingido no ano passado.

O coordenador do Observa Infância e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Cristiano Boccolini, aponta diversas causas que podem estar ligadas a essa piora na desnutrição de bebês, como a alta acumulada no preço dos alimentos, o aumento da informalidade no trabalho e a redução da renda dos trabalhadores. Ele avalia que esses problemas afetam o acesso aos alimentos e o aleitamento materno.

“Às vezes, a mulher tem que conseguir um bico ou um trabalho, um subemprego, ou um trabalho em condições informais ou mesmo formais, mas que não dispõe mais da licença maternidade de 4 meses, férias etc, ou não dispõe de nenhuma rede de proteção que ampare ela a manter o aleitamento materno, e acaba tendo que comprar leites ou fórmulas”, explica o pesquisador.

“Tem uma situação também que é ambiental, de acesso a saneamento básico e a água potável, que não vem melhorando no país. Então, essas crianças estão expostas a esgoto a céu aberto, água em condições inadequadas para consumo, e isso expõe elas a infecções. E infecções como pneumonias e diarreias podem agravar um quadro já existente ou instalar um quadro de desnutrição”,disse o pesquisador.

O estudo mostra ainda que, a cada três internações de bebês menores de 1 ano por desnutrição, duas são de bebês negros. Esse dado considera apenas as internações em que foi informada a raça/cor dos bebês e as hospitalizações que ocorreram entre janeiro 2018 e agosto de 2022. A pesquisa alerta que há problemas no registro dessa informação, já que uma em cada três internações não informa a raça/cor do bebê.

“Ainda precisamos melhorar muito a identificação por raça e cor nos nossos sistemas de informação, mas, com os dados que temos, é possível afirmar que temos uma proporção maior de crianças pretas e pardas internadas por desnutrição”, disse Boccolini.

O pesquisador lembra que a taxa de hospitalizações por desnutrição a cada 100 mil bebês nascidos vivos tem aumentado no Brasil desde 2016, e a alta acumulada em 2021 já representa um aumento de 51% em relação a 2011. Em 2021, o Brasil teve 113 internações para cada 100 mil bebês nascidos vivos, proporção que era de 75 por 100 mil em 2011.

A alta na taxa de hospitalizações é mais acentuada na Região Centro-Oeste, onde houve aumento de 30% de 2020 para 2021. Mesmo assim, o Nordeste é a parte do Brasil onde há mais internações por desnutrição no primeiro ano de vida, com 171 hospitalizações a cada 100 mil bebês nascidos vivos.

Apesar da alta na taxa nacional de internações, a taxa de mortalidade por desnutrição na mesma faixa etária está em queda constante desde 2009 e chegou à menor marca em 2020, último ano com dados consolidados. Boccolini explica que, ainda que haja essa queda nas mortes que tem a desnutrição como causa básica, o quadro pode contribuir para outros óbitos evitáveis, o que está sendo avaliado em uma segunda rodada da pesquisa.

O pesquisador ressalta que, ao ser internada no Sistema Único de Saúde, uma criança nessa faixa etária se recupera daquele ciclo de desnutrição que poderia levá-la a morte, mas pode carregar prejuízos por ter passado por carências nutricionais em um momento crucial para a formação de seu organismo.

“As consequências a médio e longo prazo são praticamente irreversíveis. Tem um impacto considerável na capacidade cognitiva dessa criança, que pode ser afetada por quadros de desnutrição grave, na formação dos órgãos internos que mais à frente, na idade adulta, podem levar a doenças como hipertensão, diabetes e até obesidade”, exemplifica Boccolini, acrescentando que, com a persistência do quadro de desnutrição ao longo da vida, a criança estará mais exposta a quadros graves de doenças infecciosas.

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Fonte: Agência Brasil – Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil

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Campanha contra Poliomielite encerra dia 31 de outubro

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A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite (para crianças menores de 5 anos) e de Multivacinação para atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes (menores de 15 anos de idade) foi prorrogada até 31 de outubro. Todas as Unidades Básicas de Saúde de Vargem Grande Paulista estão vacinando de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a ampliação do prazo tem o objetivo de aumentar as coberturas vacinais e a adesão da população à vacinação. Em Vargem Grande Paulista, das 3.051 crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos apenas 46% foram imunizadas contra a poliomielite.

“Precisamos ampliar o público alvo a ser vacinado, para isso é importante que os pais levem seus filhos para vacinar e mantenham a carteirinha de vacina sempre atualizada, só assim vamos manter doenças já erradicadas longe da criançada”, destacou o secretário de Saúde, Caio Dolfini.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria Municipal de Saúde alertam sobre a importância e o benefício da vacinação para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite, uma vez que o Brasil recebeu o certificado de eliminação da doença em 1994.

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Fonte: SECOM-Vargem Grande Paulista

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