Mulheres têm o dobro da dificuldade no primeiro dia de abstinência ao tentar largar o cigarro

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Artigo publicado no periódico científico Addictive Behaviors por pesquisadores da USP, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Faculdade de Medicina do ABC, da Columbia University e da University of Pennsylvania analisou dados de 12 países de baixa e média renda e concluiu que as mulheres têm 2,1 vezes mais chances de fazerem parte do grupo de pessoas que tentam parar de fumar e desistem já no primeiro dia.

É uma tendência conhecida na literatura científica que a população masculina apresenta índices de tabagismo muito maiores no mundo inteiro, mas que a feminina tem mais dificuldade de largar o vício. Isso tem a ver com vários fatores como, por exemplo, o fato de que o processo de parar de fumar costuma acarretar aumento de peso, uma preocupação mais proeminente para as mulheres”, contextualiza João Castaldelli-Maia, pesquisador do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor do estudo.

João Mauricio Castaldelli-Maia é orientador de doutorado e mestrado do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do USP e professor auxiliar de Psiquiatria do Departamento de Neurociência do Centro Universitário FMABC - Foto: Arquivo Pessoal
João Mauricio Castaldelli-Maia é orientador de pós-graduação do departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do USP e professor auxiliar de Psiquiatria do departamento de Neurociência do Centro Universitário FMABC – Foto: Arquivo Pessoal

Ele explicou ao Jornal da USP que a equipe buscou investigar esse fenômeno nos 14 países que concentram dois terços dos fumantes do mundo: Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Paquistão, Filipinas, Rússia, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Vietnã.

O Paquistão e as Filipinas não puderam ser incluídos (pela falta de dados e pela amostragem dentro do recorte escolhido ser estatisticamente insignificante, respectivamente), então o estudo analisou os números apenas dos outros 12 países, a partir da Global Adult Tobacco Survey, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e da Associação Canadense de Saúde Pública (CPHA), que coleta dados sobre tabagismo a partir de pesquisas nacionais realizadas nos países associados.

Os resultados encontrados pelos pesquisadores mostraram que o número de pessoas que não conseguiram passar pelo primeiro dia de abstinência entre as que tentam parar de fumar variou entre 3% e 14% nos países observados. Globalmente, as mulheres mostram uma tendência 2,1 vezes maior do que os homens de fazerem parte desse grupo.

Isso é muito importante pois esse período inicial é crucial no sucesso a longo prazo do abandono do cigarro. Um estudo de 1997, por exemplo, concluiu que passar por esse primeiro dia sem fumar aumenta em dez vezes as chances de a pessoa manter a abstinência por seis meses.

A pesquisa também levou em consideração fatores que alteram esses indicadores entre países. Nesse sentido, Castaldelli-Maia aponta que o achado mais interessante foi que, quanto maiores as imagens de advertência dos malefícios do tabaco exigidos nos rótulos dos cigarros, menores foram os índices dessa recaída precoce entre mulheres, indicando que essa política pública é especialmente sensível para esse público.

O que esse trabalho mostra é que mulheres precisam de mais suporte para parar de fumar. A gente precisa pensar políticas adequadas para mulheres, considerando fatores como diferente acesso à medicação e pressões desiguais relacionadas à gravidez e ao trabalho doméstico, por exemplo”, comenta o pesquisador.

O artigo The first day of smoking abstinence is more challenging for women than men: A meta-analysis and meta-regression across 12 low and middle-income countries é fruto da colaboração dos pesquisadores João M. Castaldelli-Maia, Elizabeth D. Nesoff, Danielle R. Lima, Zila M. Sanchez e Silvia S. Martins. Ele pode ser lido na íntegra aqui.


Fonte/texto: Jornal da USP/Sebastião Mouta – Imagem Capa: Marcos Santos/USP Imagens

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Milton Monti, Secretário de Governo de Barueri testa positivo para covid-19

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Conforme divulgado em suas redes sociais no inicio da tarde desta quarta-feira (26), o Secretário Milton Monti testou positivo para covid-19.

Milton, comunicou que ontem, terça-feira (25), mesmo com uma pequena coriza, ficou preocupado em não contaminar outras pessoas e decidiu o realizar o exame PCR. Em seu exame o resultado do teste deu positivo e por isso ficou isolado para prevenir possíveis contaminações.

Olá amigos, na terça-feira, ontem, eu testei positivo para o covid. Estou bem, porque tomei as 3 vacinas e isso foi muito importante. Tenho que ficar resguardado para não contaminar outras pessoas, tomem vacinas, viva o SUS e se cuidem“, salientou o Secretário Milton Monti.

Assista ao comunicado do Secretário:

Vídeo: Divulgação/Instagram/Milton Monti – 26/01/2022

Texto: Edson Mesquita Jr – Imagens: Divulgação/Redes Sociais/Milton Monti

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Estado de São Paulo ultrapassa 300 mil crianças vacinadas

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O Estado de São Paulo vacinou 308,3 mil crianças contra a Covid-19, entre 5 e 11 anos, até as 15h30 desta segunda-feira (24). O número corresponde a 7,69% da população desta faixa etária, que recebeu a primeira dose do imunizante.

As informações estão disponíveis no vacinômetro infantil, lançado pelo Governo de São Paulo nesta segunda, e podem ser conferidos no site Vacina Já, por meio do link https://www.vacinaja.sp.gov.br/, e no portal do Governo de São Paulo (www.saopaulo.sp.gov.br).

A vacinação irá acelerar nos próximos dias e a meta é que os municípios vacinem em três semanas todas as 4,3 milhões de crianças dessa faixa etária do estado com a dose inicial. A capacidade da vacinação infantil em São Paulo é de 250 mil crianças por dia, além dos jovens e adultos que já vêm sendo imunizados nos 645 municípios contra a Covid-19.


Leia também: Vacina não foi causa da parada cardíaca em criança, diz governo de SP


O calendário de vacinação do Governo de São Paulo prevê a vacinação de crianças com idade entre 9 a 11 anos de 20 a 30 de janeiro. Entre 31 de janeiro e 10 de fevereiro, a campanha vai priorizar aquelas de 5 a 8 anos.

Além disso, até o dia 10 de fevereiro, 850 mil crianças com comorbidades e deficiências, além de indígenas e quilombolas de 5 a 11 anos podem tomar a primeira dose. As crianças de 5 anos só podem receber o imunizante da Pfizer, enquanto as demais poderão ser protegidas pela Coronavac.

O cronograma completo da vacinação infantil está disponível no site www.vacinaja.sp.gov.br. A página também oferece serviço de pré-cadastro para que pais e responsáveis agilizem o atendimento das crianças em todo o estado.

São Paulo foi o primeiro estado do Brasil a iniciar a vacinação infantil contra o coronavírus, no último dia 14, horas após receber doses pediátricas do imunizante da Pfizer por meio do Ministério da Saúde.


Fonte/texto/foto: Portal Governo SP

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