VSR supera Covid-19 em óbitos de crianças de até dois anos, aponta Boletim InfoGripe

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O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca os aumentos semanais nas internações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

Entre as crianças, no agregado nacional há sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas). Já a Covid-19, mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do país, ainda é a maior responsável pela mortalidade de SRAG nos idosos.

Referente à Semana Epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 22 de abril.

A crescente circulação do VSR, que responde por 57,8% do total de casos recentes, é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças de até dois anos, ultrapassando, inclusive, os óbitos associados à Covid-19 nessa faixa-etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a Covid-19 nas últimas quatro semanas, com base nos registros atuais. Apesar disso, a Covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa-etária que mais se destaca em relação a mortes por SRAG.

Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, reforça a importância da vacinação contra a gripe e do uso de máscaras adequadas (N95, KN95, PFF2) a qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e a quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

23 estados apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo. São eles: AcreAlagoasAmazonasBahiaCearáDistrito FederalGoiásMaranhãoMato GrossoMato Grosso do SulMinas GeraisParáParaíbaParanáPernambucoRio Grande do NorteRio Grande do SulRio de JaneiroRondônia, Santa CatarinaSergipeSão Paulo e Tocantins.

Resultados positivos e óbitos em 2024

Ao todo, já foram notificados 38.670 casos de SRAG, 17.562 (45,4%) com resultado positivo para algum vírus respiratório, 14.563 (37,7%) negativos, e ao menos 4.308 (11,1%) que aguardam resultado laboratorial. Dentre os casos confirmados, tem-se influenza A (15,4%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (32,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (38,9%).

Em relação aos óbitos, independentemente da presença de febre, já foram registrados 2.956 óbitos, 1.753 (59,3%) com resultado positivo para algum vírus respiratório, 951 (32,2%) negativos, e ao menos 102 (3,5%) que aguardam resultado laboratorial. Dentre os positivos, tem-se influenza A (12,7%), influenza B (0,2%), vírus sincicial respiratório (3,7%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (80%).

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os confirmados foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%).

Leia também: Polícia Federal retoma agendamento online para emissão de passaporte


Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Ag. Brasil

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Tempo seco, desvio de septo e o aumento dos casos de rinite e sinusite: qual a relação?

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Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) somente os casos de doenças respiratórias de origem alérgica como a rinite, por exemplo, atingem 30% dos brasileiros. Se esse número for somado às demais doenças típicas do inverno como gripes, resfriados, pneumonia, faringite e outras, o número pode ser realmente assustador. Mas, qual a explicação para que esses casos cresçam tanto nessa época do ano?

Para o professor voluntário no Serviço de Otorrinolaringologia na Santa Casa de São Paulo e otorrinolaringologista na Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Gustavo Meirelles, as chances de sofrer com doenças respiratórias aumentam, tanto para quem já convive com alergias e históricos de inflamações no sistema respiratório como para quem raramente fica doente. Isso porque o fator principal é a condição do ar que respiramos. E isso, raramente pode ser controlado.

“Diferente do sistema circulatório em que o sangue circula em um complexo fechado, o nosso sistema respiratório recebe o ar do ambiente externo para poder captar o seu oxigênio. O problema é que esse ar nem sempre está nas condições ideais quanto à temperatura, pureza e umidade. Claro, que as nossas cavidades nasais estão preparadas para aquecer, umidificar e limpar esse ar antes que ele percorra todo o sistema. Contudo, quando o clima está muito seco todo organismo fica desidratado, e raramente é possível fazer a umidificação e limpeza necessárias, o que acaba irritando a mucosa do nariz e da garganta, causando vários problemas respiratórios”, explicou.

A principal doença desenvolvida no outono e no inverno, quando a umidade do ar cai drasticamente, é a rinite alérgica. Ela causa uma inflamação no revestimento interno do nariz seja por desenvolver um processo alérgico devido alguma micropartícula presente no ar, seja apenas por irritação ou por algum agente patológico como vírus e bactérias. Ela pode durar alguns dias ou se estender por meses, se tornando crônica ou evoluindo para uma sinusite, que é quando a secreção do nariz entope as cavidades do rosto gerando uma infecção local.

“A situação fica um pouco mais difícil para quem tem desvio de septo, ou seja, quando o paciente tem a cartilagem que divide as cavidades no nariz desviada somente para um lado. Essa é uma condição que aumenta a probabilidade de desenvolver rinite durante todo ano e ainda de sofrer com crises piores no tempo seco. Isso porque o desvio dificulta a passagem do ar e prejudica a umidificação e filtragem. E apesar de parecer complicada, não é uma condição incomum. Estima-se que três em cada dez pessoas tenha desvio de septo no Brasil, podendo ser congênita, de má formação ou recorrente de algum trauma”, contou o especialista.

Portanto, não é coincidência ou nem apenas uma história da internet: é só o outono chegar com seu clima seco e gelado para que os narizes comecem a entupir, escorrer e espirrar. Sabendo dessa relação entre a baixa umidade do ar e o sistema respiratório, os cuidados precisam ser preventivos, especialmente para quem tem desvio de septo ou histórico de crises anteriores. O ideal é manter um acompanhamento médico durante todo o ano e assim preparar o organismo e a casa para a chegada das estações frias.

Alguns desses cuidados são: realizar a lavagem nasal diariamente; manter os ambientes livres de poeira sempre utilizando panos úmidos na limpeza e mantendo a umidificação do ar, seja com aparelhos elétricos ou com toalhas molhadas. E claro, manter a saúde do corpo hidratando-se bastante, alimentando-se bem e lavando as mãos com frequência para evitar ser contaminado por algum vírus. 

Leia também: Brasil registrou 753 mortes por febre maculosa nos últimos 10 anos


Fonte: Clínica Dolci – Foto: Arquivo/Rawpixel

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InfoGripe: casos de SRAG aumentam em todas as regiões do país

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Estados de todas as regiões do país registram aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de acordo com o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (22). Com a proximidade das celebrações de final de ano, a recomendação é manter os cuidados em relação a situações de risco de infecção.

Os dados, referente ao período de 11 a 17 de dezembro, indicam crescimento dos casos em todas as faixas etárias, com maior destaque na população adulta. A predominância é de casos de covid-19.

De acordo com o boletim, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 80,2% Sars-CoV-2 (covid-19). Entre as mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para VSR; e 80,2% Sars-CoV-2.

O estudo mostra crescimento na tendência de longo prazo, ou seja, consideradas as últimas seis semanas, e estabilidade na de curto prazo, consideradas as últimas três semanas. Foi mantida, no entanto, a desaceleração na curva nacional, que segundo a Fiocruz, pode ser atribuída à queda recente nos casos de SRAG nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Diante dessa situação, a recomendação do coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes é manter a cautela, especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves. Segundo ele, o uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações deve ser mantido até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2.

O boletim mostra que 20 das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Nesses estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, compatível com aumento de internações associadas à covid-19.

Já nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo, observa-se a queda no número de novos casos semanais.

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Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Foto: Tânia Rêgo/Ag. Brasil

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Síndrome respiratória grave apresenta tendência de alta em 20 capitais

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Chega a 20 o número de capitais brasileiras com tendência de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o Boletim Infogripe divulgado hoje (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A fundação informa que há um sinal contínuo de aumento dos casos de covid-19 em todas as regiões do país. 

A Síndrome Respiratória Aguda Grave pode ser causada pelo SARS-CoV-2 e vem sendo monitorada como parâmetro para acompanhar a pandemia de covid-19 no país desde 2020. Em momentos mais críticos da pandemia, mais de 98% das mortes por SRAG em que havia teste positivo para algum vírus respiratório eram causadas pela covid-19. No boletim de hoje, 48% desses casos de SRAG e 84% dos óbitos atribuídos a casos virais da síndrome estão associados ao SARS-CoV-2, se forem consideradas as últimas quatro semanas.

Segundo a Fiocruz, a análise das últimas seis semanas aponta tendência de aumento nos casos de SRAG em Aracaju, Belém, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. 

Entre as unidades da federação, o sinal de crescimento foi detectado em 18: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Em crianças de até 4 anos, o boletim aponta que continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) entre as causas de SRAG. Em segundo lugar está o rinovírus, seguido pelo Sars-CoV-2 e pelo metapneumovírus. 

A pesquisa mostra ainda que, no Rio Grande do Sul, há presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.

No ano epidemiológico 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAG no Brasil, sendo 72.092 (50,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 50.753 (35,8%) negativos e ao menos 11.521 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Entre os positivos para vírus respiratórios desde janeiro, 81,5% foram causados pelo SARS-CoV-2, 8,1% pelo vírus sincicial respiratório e 5,1% pelo Influenza A.


Por Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

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