Tradicional sorveteria de Barueri fecha as portas após 66 anos de atividade

1 0
Read Time:2 Minute, 6 Second

Após mais de seis décadas de funcionamento, a Sorveteria Fujita, um ícone de Barueri, anunciou o encerramento temporário de suas atividades. O estabelecimento, que se localiza na Avenida 26 de Março, no centro da cidade, funcionará até este domingo (8). Fundada em 1958 por Masari Fujita, a sorveteria começou sua história na esquina do Largo São João Batista com a Rua Dom Pedro II, onde hoje está a Rodoferroviária Gualberto Tolaini, antes de se mudar para a atual localização, em frente ao Boulevard Central.

A sorveteria começou sua história na esquina do Largo São João Batista com a Rua Dom Pedro II.
Foto: Grupo Memórias de Barueri/Marcão

Embora o nome do senhor Fujita tenha ficado marcado na história, foi sua esposa, Emico Yamauti, mais conhecida como Dona Tereza, quem realmente comandou o negócio e produziu os famosos sorvetes. A Sorveteria Fujita se destacou, principalmente, pelo seu tradicional picolé de coco branco, uma combinação cremosa de leite e coco ralado, que se tornou o favorito dos frequentadores.

O tradicional picolé de coco branco é o preferido dos clientes. -Foto: Reprodução/Facebook/Sorveteria Fujita

Nos anos 2000, Laércio Massashi Fujita, filho do fundador, assumiu a administração da sorveteria após retornar do Japão. Nos últimos anos, Wilson Oliveira, gerente com 36 anos de dedicação ao local, ficou responsável pelo funcionamento do comércio.

Além do icônico picolé de coco branco, o cardápio incluía outros sabores populares como coco queimado, amendoim, milho verde, e os tradicionais sorvetes de massa na casquinha.

A fama da Sorveteria Fujita ultrapassou as fronteiras de Barueri, atraindo visitantes de São Paulo e outras cidades que viajavam especialmente para saborear seus sorvetes.

No local, será aberto um novo estabelecimento comercial. No entanto, segundo Wilson Oliveira, “pretendemos manter a produção dos sorvetes e a distribuição para nossos parceiros locais. Estamos estudando reabrir a sorveteria em um novo local, ainda não temos data e nem endereço, mas divulgaremos em breve em nosso perfil do Instagram”.

Além do novo local, ainda não definido, os atendimentos continuarão através do Ifood e App.

Para mais informações sobre a sorveteria, acesse o perfil no Instagram → https://www.instagram.com/sorveteriafujita/

Leia também: Radar que flagra motorista de longe, inclusive uso de celular, já está circulando em 24 estados


Foto capa: Reprodução/Facebook/Sorveteria Fujita

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
100 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Barueri: 75 anos repletos de vida e de histórias

2 0
Read Time:4 Minute, 43 Second

Nos 75 anos de emancipação político-administrativa de Barueri, a serem celebrados hoje, dia 26 de março, o que não faltam são histórias de moradores e comerciantes que fizeram o município ser como é hoje: acolhedor, próspero e atrativo para muitas pessoas.

Uma das famílias mais tradicionais da cidade, sem dúvida, é a Fujita. Ruth Midori Fujita Yamamoto (Foto), proprietária da Compucópias, conta que nasceu aqui no ano de 1961, mas que seus antepassados chegaram ao Brasil em 1932, vindos do Japão. Eles moraram na região de Araçatuba, onde nasceu seu pai Masari Fujita. A princípio, ele e sua família residiram em Santana de Parnaíba, no Sítio do Morro, e no final da década de 1950 mudaram-se para Barueri.

Sempre morei aqui no Centro da cidade e naquela época meu avô tinha um bar bem na saída da estação. Lembro que ele se levantava bem cedo, às 2h30 da manhã, para preparar os alimentos para as pessoas que trabalhavam em São Paulo. Barueri na década de 1960 era uma cidade dormitório. Eu estudei no Raposo e fui da primeira turma do Ivani. Meu pai era taxista e foi vereador voluntário, assim como meu tio Moto. Ele inventou a massa do sorvete e minha mãe Emico Yamauti (Tereza), cortava e preparava as frutas para a receita. Eu me formei em Psicologia e trabalhei por 11 anos como professora, mas depois fiquei no comércio com meu marido, que faleceu recentemente. Tenho duas filhas formadas e gosto muito de Barueri. Eu não tenho plano de saúde, porque a saúde aqui é muito boa, assim como a segurança. A cidade cresceu muito, mas ainda mantém aquele jeito acolhedor”, declarou Ruth.

Trabalhando com os Fujita há quase 36 anos, está o representante de outra família bem conhecida na cidade, Wilson de Oliveira, de 50 anos de idade. Ele conta que chegou aqui em 1980 e que morou no bairro do Boa Vista, quando ainda era só uma rua de terra. Ele estudou nas escolas Ivani Maria Paes e Myrthes Therezinha Assad Villela e vivenciou muitas mudanças no município desde sua infância.

Wilson de Oliveira mora em Barueri a cerca de 44 anos. – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri

No tempo que eu moro aqui teve um crescimento formidável. Veio o asfalto nas ruas, a primeira biblioteca no Boa Vista e assim por diante. Do bairro que eu estava, logo me mudei para o Centro da cidade e comecei a trabalhar na sorveteria Fujita. Tive o privilégio de trabalhar com o senhor Masari e, ao longo de todo esse tempo conheci muitas pessoas ilustres de Barueri, incluindo políticos. Isso porque meu pai, Nelson Batista de Oliveira, falecido há quase seis anos, teve uma alfaiataria aqui no Centro, na rua Jandira Guerra, e ele costurou para várias autoridades daqui. Recentemente eu assisti à construção do Boulevard e gosto muito dessa cidade, principalmente pela segurança, saúde, educação… por falar nisso, tenho uma filha formada em Psicologia que estudou no ITB e na Fieb”, contou.

Quando a Campos Sales ainda nem era movimentada…

É no centro de Barueri, em uma das ruas mais comerciais e movimentadas da região, a Campos Sales, que reside a portuguesa de nascença Tereza Gonçalves Branco, de 88 anos. Ela disse que veio da Ilha da Madeira para o Brasil e diretamente para Barueri, com quatro anos. A princípio, o pai dela comprou um sítio no Regina Alice, onde a família permaneceu por 10 anos, mudando depois para a região central. Ela foi casada duas vezes e conta que se casou pela primeira vez aos 19 anos com um homem bem mais velho, o Benedito, que foi o grande amor de sua vida. Teve uma filha e dois filhos e hoje mora na primeira casa que teve junto com seu primeiro marido e que a construção data de 1924.

Aqui era tudo terra e mato, no Regina Alice as pessoas criavam até cavalos e vacas. Agora cresceu tudo. Eu nunca me mudei da cidade e acho Barueri um ótimo lugar para se viver. Tem tudo aqui, hospital bom, ótimas clínicas de saúde e muita atividade gratuita dada pela Prefeitura. Tenho alguns probleminhas agora devido à idade, mas eu não me entrego e toco a vida pra frente. Todos os dias eu venho no comércio do meu filho, que fica na parte da frente da minha casa. Gosto de limpar, de arrumar e de conversar com as pessoas que entram aqui”, relatou.

Cidade que acolhe

E as pessoas continuam a chegar na cidade, atraídas principalmente pelos muitos empregos ofertados, o clima aprazível, a segurança e tantos outros fatores que fazem de Barueri uma cidade única. É o caso de Daiciane Gomes Chagas, de 24 anos, moradora do Engenho Novo. Nascida no Amapá, ela chegou na região em 2018 e hoje trabalha no Centro de Barueri. “Aqui é uma cidade com muita segurança, que tem uma estrutura boa para os seus habitantes e muita oportunidade para quem busca trabalho. Também gosto das atrações musicais que a cidade oferece, como os shows do Dilsinho e João Gomes, que se apresentarão nesse aniversário. Eu fui embora do Amapá porque sabia que aqui tinha tudo isso”, revelou a simpática atendente de loja.

Leia também: Em janeiro, Barueri foi a 3ª cidade que mais gerou empregos no Estado, diz Caged


Fonte/Fotos: SECOM-Barueri

Happy
Happy
100 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %