Mobilidade social se refere à mudança do indivíduo na hierarquia social ao longo do tempo, que atualmente é dividida em três grupos: classe baixa, classe média e classe alta.
Um importante indicador para se medir a mobilidade social, é a quantidade de gerações necessárias para uma família sair da classe baixa, até alcançar a classe média.
Os filhos provenientes de famílias de baixa renda, têm maior probabilidade de frequentar escolas com baixa qualidade de ensino.
A falta de uma educação adequada, limita severamente as oportunidades desses jovens no mercado de trabalho, resultando em empregos mal remunerados, com poucas possibilidades de crescimento salarial, o que, por sua vez, contribui para a perpetuação do ciclo de pobreza.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) está a menos de um mês de distância dos estudantes brasileiros e nesta reta final, a preparação adequada para as provas é essencial para obter bons resultados. No entanto, existem também algumas coisas que os candidatos devem evitar a todo custo para não prejudicar seu desempenho.
Sabe aqueles detalhes que só prestamos atenção quando precisamos deles? É assim para os vestibulandos que vão prestar o ENEM. Por isso, a pedagoga Marizane Piergentile, Diretora de Educação das unidades do ABCDM e Litoral do Colégio Adventista, dá dicas do que não levar ou fazer no dia da temida prova. Confira!
1- O primeiro tópico é simplesmente o mais importante! Só faz a prova o aluno que levar o documento oficial com foto. Cópias simples, cópias autenticadas ou documentos sem foto NÃO valem.
2- Todos sabemos que a caneta azul é mais bonita na hora da escrita, mas para a prova ela tem que ser preta. O modelo deve ser esferográfico, fabricado em material transparente.
3- É proibida a entrada de qualquer outro tipo de caneta, lápis, lapiseira, borracha e régua. Os alunos também não podem entrar com óculos escuros, bonés, dispositivos eletrônicos e os tão adorados fones de ouvido.
4- Procurar com antecedência o endereço do local em que a prova será feita. É importante conhecer o caminho e o tempo que se levará até lá, evitando perder a prova por chegar atrasado.
5- Ignorar a redação: A prova de redação é uma parte fundamental do ENEM. Ignorá-la ou não se preparar de forma adequada pode custar preciosos pontos na nota final. Praticar a escrita, ler sobre temas atuais e seguir a estrutura exigida são primordiais para uma boa prova.
6- Bateu aquela fome? No dia da prova é permitido levar alimentos e comer durante a aplicação. Porém, só entram embalagens lacradas. Chocolates, barrinhas de cereais e lanches naturais podem ser uma ótima opção.
7- Hidratação. Cinco horas de prova é muito tempo, por isso, a garrafa de água é essencial, porém, ela deve ser completamente transparente e, de preferência, sem rótulo.
O ENEM será aplicado nos dias 4 e 12 de novembro. Com os resultados do exame, os alunos poderão se inscrever em vagas de universidades públicas e privadas utilizando os programas educacionais do Governo Federal.
O pai do atirador da escola de Sapopemba, na zona leste da capital paulista, foi indiciado com base nos artigos 12 e 13 do Estatuto do Desarmamento, que tratam de posse irregular de armas e falta de cautela no armazenamento para impedir acesso por menores de 18 anos. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
No ataque a tiros na escola, no último dia 23, uma aluna morreu e três estudantes ficaram feridos. A Polícia Militar prendeu o autor dos disparos e a arma usada no crime. Os nomes das vítimas e do autor dos disparos não foram divulgados.
O pai do atirador prestou depoimento na quarta-feira (25) no 69º Distrito Policial e, de acordo com a Polícia Civil, o indiciamento foi enviado à Justiça e as investigações prosseguem. O adolescente foi encaminhado para a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o pai do jovem disse que tinha comprado a arma em 1994, por estar, na época, em um emprego que tinha risco, mas que, posteriormente, queria se desfazer do revólver, mas não sabia qual o procedimento.
Procurado pela Rádio Nacional, o advogado Antonio Edio, que representava a família do atirador, disse à reportagem que renunciou à defesa alegando motivos de foro íntimo. Um novo defensor ainda será registrado junto à Justiça.
Para se desfazer de armas de fogo legalizadas ou não, é possível acessar o site Ministério da Justiça e Segurança Pública, caso o sistema esteja indisponível, ou enviar e-mail solicitando informações.
A Prefeitura de Itapevi recebe, no dia 30 de outubro (segunda-feira), às 19h30, o espetáculo gratuito “Saltimbancos”. A iniciativa é realizada pela Secretaria de Cultura e acontece no Teatro Municipal (Rua Professor Irineu Chaluppe, 65 – Centro).
O espetáculo tem classificação livre e conta a história de quatro animais descontentes com a vida no campo que resolvem tentar a vida na cidade grande, durante a jornada muitas coisas acontecem, até que a trupe de amigos percebem que viver na cidade não é mais tão interessante assim.
A peça é apresentada pela trupe de professores da Escola Livre de Teatro e Circo de Itapevi Bruna Souza (Gata), Rodolfo Souza (Cachorro), Talita Admertides (Galinha) e Wil Souza (Jumento), com criação e direção coletiva. A sonoplastia é de Tha Hernandes.
Os interessados devem solicitar o ingresso antecipadamente pelo link da Bilheteria Express (clique aqui). Ao acessar a solicitação virtualmente, é possível escolher o lugar desejado no Parque. A aquisição permitida é de um ingresso por CPF. Recomenda-se chegar com, pelo menos, 30 minutos de antecedência.
Serviço
Espetáculo Saltimbancos
Quando: Segunda-feira, 30 de outubro
Horário: 19h30
Local: Teatro Municipal de Itapevi
Endereço: Rua Professor Irineu Chaluppe, 65 – Centro
O fim da cobrança da passagem no transporte coletivo público urbano tem avançado nas cidades brasileiras: 2023 já é o ano em que mais municípios no país adotaram o chamado passe livre pleno, ou seja, que abrange todo o sistema de transporte durante todos os dias da semana – são 22 municípios que decidiram aderir ao sistema de tarifa zero. O ano de 2021 foi o segundo em mais adesões: 15 municípios. Os dados são do pesquisador da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Santini, que estuda políticas públicas de mobilidade, sistemas de gestão e modelos de subsídio de transporte coletivo.
No total, o país atualmente tem 84 cidades com o passe livre no sistema de transporte durante todos os dias da semana, a maioria delas no estado de São Paulo (24), seguido por Minas Gerais (23), Paraná (dez), e Rio de Janeiro (nove). Os municípios com maior população que adotaram a tarifa zero são Caucaia (CE), com 355 mil habitantes; seguido de Maricá (RJ), com 197 mil; Ibirité (MG), com 170 mil, Paranaguá (PR), com 145 mil; e Balneário Camburiú (SC), com 139 mil.
“Dos anos recentes, 2023 é o ano que mais houve experiências novas de tarifa zero. Tem uma tendência de crescimento muito rápida e uma evolução que chama bastante atenção”, destaca Santini. “Os motivos para ter um aumento da adoção da tarifa zero em 2023 são muito parecidos com os últimos anos. Isso está relacionado a uma grave crise no transporte público coletivo, em todo o país”.
Autor do livro Passe Livre: as Possibilidades da Tarifa Zero contra a Distopia da Uberização, o pesquisador cita o exemplo do município de São Paulo que, de 2013 a 2022, perdeu 1 bilhão de passageiros nos ônibus. Ele explica que, com o encolhimento do número de pessoas transportadas, torna-se mais difícil o equilíbrio financeiro a partir da receita da catraca. A situação é de um círculo vicioso. Para manter a mesma receita com menos passageiros, é necessário elevar o valor da passagem; o aumento da tarifa, no entanto, faz reduzir o número de passageiros.
“A gente tem aí um horizonte que é muito preocupante para a sobrevivência e continuidade de transporte público”, diz Santini, ao destacar que por esse motivo estão sendo estudadas e testadas “novas possibilidades de financiamento e organização”.
Em junho, vereadores de São Paulo propuseram um projeto de lei (PL) que dá passe livre parcial no município paulista, especialmente para pessoas de baixa renda: inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e desempregados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O PL está em tramitação na Câmara dos Vereadores, na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ).
No final do ano passado, a prefeitura de São Paulo pediu um estudo de viabilidade para a adoção do passe livre na cidade. O projeto Tarifa Zero está sendo desenvolvido pela São Paulo Transporte (SPTrans), empresa pública que faz a gestão do transporte no município. Segundo a administração municipal, o levantamento ainda não está pronto. “Não há detalhes disponíveis para divulgação no momento”, disse a SPTrans, em nota.
Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam dois empresários por aplicar golpes em ciganos nesta quarta-feira (25) em Pinheiros, na zona oeste. O esquema, que consistia em oferecer rendimentos acima dos praticados em aplicações financeiras, fez centenas de vítimas e causou prejuízo de R$ 600 milhões.
As prisões foram realizadas por policiais da 2ª Delegacia DIG (Investigações sobre Estelionato e Contra a Fé Pública). As primeiras informações sobre o esquema surgiram na quarta-feira passada (18), quando a comunidade cigana revelou o golpe. A equipe, então, passou a reunir informações sobre os suspeitos e a Justiça concedeu mandados de busca e apreensão e prisão contra os dois, que são pai e filho.
Eles foram localizados na rua Escócia, em Pinheiros. Os policiais apreenderam dinheiro e joias, em que valores e quantidades ainda serão contabilizados, e documentos que serão analisados para dar continuidade às apurações.
Os suspeitos respondem por estelionato e organização criminosa.
A Campanha de Multivacinação no estado de São Paulo chega ao fim na próxima terça-feira (31).
Desde o início, mais de 491,9 mil crianças entre 0 e 14 anos foram imunizadas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. A iniciativa também verificou a carteira de vacinação de mais de 851,5 milmenores de 15 anos em todos os 645 municípios paulistas. A pasta esclarece que cada local segue a própria estratégia e é responsável pela vacinação.
“Se você ou alguma criança da sua família ainda não verificaram se estão com as vacinas em dia, procure um posto de vacinação ou algum dos locais que fazem parte da campanha no seu município até o dia 31 e participe”, ressalta Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica.
São disponibilizados imunizantes contra Poliomielite, Meningocóccica C Conjugada, Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Febre Amarela, Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae b), HPV (entre 9 e 14 anos de idade), BCG (tuberculose) e Covid-19.
Carteiras de 171,5 mil bebês com menos de um ano foram checadas e 113,8 mil deles foram vacinados. Entre crianças de um a quatro anos, 244,5 mil compareceram aos postos de vacinação e 131,9 mil foram imunizadas.
181,7 mil crianças entre cinco e oito anos tiveram suas carteiras verificadas e 67,2 mil delas receberam doses das diversas vacinas oferecidas. Na faixa etária entre nove e 14 anos, 253,6 mil jovens foram aos postos e 158,9 mil foram imunizados. Entre as vacinas ministradas exclusivamente em crianças entre nove e 14 anos, que incluem a vacina para HPV e Meningo ACWY, mais de 273 mil doses foram aplicadas.
O site Vacina 100 Dúvidas, do Governo do Estado de São Paulo, reúne as 100 dúvidas mais frequentes sobre as vacinas nos buscadores da internet. Este é um espaço com informações claras para desmistificar fake news em busca de garantir a proteção de toda a população.
Após o São Paulo perder de 5 a 0 para o Palmeiras, Dorival Jr. classificou o resultado como vergonhoso e indigno.
A partida aconteceu na noite dessa quarta-feira (25) no Allianz Parque, em São Paulo, e contou com dois gols de Breno Lopes e de Piquerez, e um último de Marcos Rocha para fechar o placar.
“É vergonhoso? É. Não é digno de uma equipe como a nossa? Não. Eu assumo a responsabilidade como treinador, mas temos que valorizar a partida do Palmeiras desde o primeiro minuto. Não podemos tirar o brilho de uma vitória como essa procurando erros e defeitos”, expõe.
Segundo o técnico, uma das questões que a equipe enfrenta é o posicionamento que os jogadores assumem dentro e fora do Estádio do Morumbi. “Nossa postura dentro do Morumbi é diferente. Às vezes foge ao nosso entendimento o que acontece quando saímos do Morumbi. Fizemos jogos muito bons, principalmente na Copa do Brasil, mas não o suficiente para ter uma regularidade, e precisa disso para jogar o Brasileiro”.
Com o resultado, o time de Abel Ferreira conquista 50 pontos e assume o terceiro lugar do Brasileirão. Já o São Paulo segue com 38 pontos e pode terminar a rodada a cinco da zona do rebaixamento.
O Alviverde volta a campo no próximo sábado (28), às 19h (horário de Brasília), contra o Bahia, em casa. Já o Tricolor visita o Athletico-PR no domingo (29), às 16h.
Nos dias 28 e 29 de outubro o evento Arena Radical, realizado há 16 anos pela Liga de Esportes, chega ao município com atrações para quem curte adrenalina. Serão 23 atrações gratuitas, em 4 locais espalhados pela cidade e para todas as idades, dentro da programação da Virada Esportiva.
Um dos destaques dessa edição será um balão cativo que estará ancorado na Praça da Sé em frente a Catedral. Por meio de cordas, o balão pode chegar a 30 metros de altura. No balão são permitidas duas pessoas por vez, acompanhadas de um instrutor. O voo cativo atende cerca 80 pessoas por hora.
Para aqueles que desejam emoção, haverá um bungee jumping que desafia a coragem dos participantes. A Arena ainda vai contar com parede de escalada, slackline e uma pista de patinação in line que também receberá apresentações de profissionais nos dias de evento.
Haverá também um simulador de surf. O equipamento é composto de uma prancha de surf conectada com um motor equivalente ao de um Touro Mecânico, onde os participantes “surfando”, procuram-se manter-se em pé sobre a prancha em movimento simulando as ondas. Outra atração será o Eject-X – um imenso estilingue humano que arremessa longe (com muita segurança) os mais corajosos.
“Com capacidade de atendimento entre todas as atrações de 10 mil visitantes o Arena Radical é um evento com enfoque cultural, esportivo e educacional visando à integração das diferentes regiões de São Paulo mostrando suas atividades e culturas, onde pessoas de várias idades poderão se divertir através do esporte em pontos importantes da cidade e de graça”, afirma Flavio Jordão, organizador do Arena.
A população ocupada de 14 anos ou mais de idade no setor privado – sem incluir empregados no setor público e militares – foi estimada em 87,2 milhões de pessoas no quarto trimestre do ano passado.
Deste total, 2,1 milhões realizavam trabalhos por meio de plataformas digitais, que são os aplicativos de serviços, ou obtinham clientes e vendas por meio de comércio eletrônico, tendo a atividade como ocupação principal. Deste total, 1,5 milhão mil pessoas – ou 1,7% da população ocupada no setor privado – usavam aplicativos de serviços e 628 mil as plataformas de comércio eletrônico.
Os dados fazem parte do módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pela primeira vez, nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, “as estatísticas são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação”.
“Consideramos fundamental a disponibilização de uma base de dados que possibilite melhor quantificar e compreender o fenômeno da plataformização do trabalho no país. Esse foi o objetivo da introdução do módulo na pesquisa”, afirmou Gustavo Geaquinto, analista do levantamento,
O grupamento das atividades transporte, armazenagem e correio foi o que reuniu mais trabalhadores (67,3%). O grupo abrange tanto o serviço de transporte de passageiros quanto os serviços de entrega, que são os aplicativos mais frequentes. Em seguida, aparece o setor de alojamento e alimentação, com 16,7%. “Aqui é sobretudo por causa dos estabelecimentos de alimentação, que usam as plataformas de entregas para clientes”, disse.
A categoria de emprego mais usada foi a “feita por conta própria” (77,1%). “Empregados com carteira assinada eram apenas 5,9% dos plataformizados, enquanto no setor privado, os empregados com carteira eram 42,2 %. Havia uma forte prevalência dos trabalhadores por conta própria no trabalho plataformizado.”.
O trabalho principal por meio de aplicativos de transporte de passageiros, em ao menos um dos dois tipos analisados de táxi ou excluindo táxi, alcançou 52,2%, ou 778 mil, do total de trabalhadores de plataformas. Nos aplicativos de entrega de comida ou produtos trabalhavam 39,5%, ou 589 mil. Já os trabalhadores de aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais representavam 13,2% ou 197 mil.
Plataformas
O aplicativo de transporte particular de passageiros foi a plataforma digital mais utilizada pelos usuários (47,2%), seguido do serviço de entrega de comida, produtos, etc (39,5%), do aplicativo de táxi (13,9%) e do aplicativo de prestação de serviços gerais ou profissionais (13,2%).
“Tem sido observado ao longo do tempo o aumento dessa forma de trabalho e esse fenômeno tem levado a importantes transformações nos processos e nas relações de trabalho, com impactos tanto no mercado de trabalho do país, como sobre negócios e preços de setores tradicionais da economia”, afirmou o analista. Ele alertou que pode haver qualquer tipo de sobreposição de uso de aplicativos de táxi pelos trabalhadores e, por isso, a soma ultrapassa 100%.
Regiões
A região com maior percentual foi o Sudeste (2,2%), com 57,9%, ou 862 mil pessoas, do total de trabalhadores plataformizados, conforme denomina o IBGE essa parcela do mercado de trabalho. Segundo o levantamento, nas outras regiões, o percentual de pessoas ocupadas que realizavam trabalho por meio de aplicativos de serviços ficou entre 1,3% e 1,4%.
A maior proporção de pessoas que trabalhavam com aplicativos de transporte particular de passageiros, excluindo os de táxi, estava na região Norte: 61,2%, ou 14 pontos percentuais (p.p.) acima da média nacional.
Características
Os homens (81,3%) eram a maioria dos trabalhadores plataformizados. Segundo o levantamento, o percentual é uma proporção muito maior que a média geral dos trabalhadores ocupados (59,1%). As mulheres eram 18,7% do total desses trabalhadores.
Idade
Na distribuição por idade, quase a metade (48,4%) das pessoas que trabalhavam por meio de plataformas digitais de trabalho estavam no grupo de 25 a 39.
Escolaridade
Em termos de nível de instrução, os plataformizados concentravam-se nos níveis intermediários de escolaridade, com preponderância no nível médio completo ou superior incompleto (61,3%), que correspondia a 43,1% do total da população ocupada que não utilizava plataformas.
Os trabalhadores plataformizados tinham, no 4º trimestre de 2022, rendimento 5,4% maior (R$ 2.645) que o rendimento médio do total de ocupados (R$ 2.513). Na mesma comparação, eram os que trabalhavam mais horas semanais: 46h contra 39,6h.
“Para os dois grupos menos escolarizados, o rendimento médio mensal real das pessoas que trabalhavam por meio de aplicativos de serviço ultrapassava em mais de 30% o rendimento das que não faziam uso dessas ferramentas digitais. Por outro lado, entre as pessoas com o nível superior completo, o rendimento dos plataformizados (R$ 4.319) era 19,2% inferior ao daqueles que não trabalhavam por meio de aplicativos de serviços (R$ 5.348)”, apontou o levantamento.
Cor e raça
Gustavo Geaquinto informou que na distribuição por cor e raça, não foram observadas diferenças significativas entre os plataformizados e os que não utilizavam plataformas. Os brancos representavam 44% dos plataformizados contra 43,9%, os pretos eram 12,2% contra 11,5% e os pardos 42,4 contra 43,4%.
Previdência e informalidade
No 4º trimestre de 2022, apenas 35,7% dos plataformizados eram contribuintes da previdência, enquanto entre os ocupados no setor privado eram 60,8%. Na informalidade a proporção de trabalhadores plataformizados (70,1%) era superior à do total de ocupados no setor privado (44,2%). “Aqui esse dado de informalidade se refere exclusivamente ao trabalho principal da pessoa”, concluiu.
A coleta dos dados do módulo inédito Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da PNAD Contínua se refere ao 4º trimestre de 2022 entre a população ocupada de 14 anos ou mais de idade, exclusivamente o setor público e militares. O levantamento foi feito com base no trabalho único ou principal que a pessoa tinha na semana de referência.
O IBGE destacou que conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT) definiu em 2021, “as plataformas digitais de trabalho (ou de serviços),viabilizam o trabalho por meio de tecnologias digitais que possibilitam a intermediação entre fornecedores individuais (trabalhadores plataformizados e outras empresas) e clientes”.
Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e procurador do Ministério Público do Trabalho, Rodrigo Carelli, esse levantamento do IBGE joga luz no mercado de trabalho. “A função das plataformas é reduzir a remuneração dos trabalhadores. É uma coisa a olhos vistos, mas agora temos uma fotografia estatística que mostra isso. É de extrema importância e está dando luz para o problema dentro do mercado de trabalho. Na verdade, estão corrigindo uma ausência. Com o crescimento do jeito que foi já tem uma representatividade importante no mercado de trabalho, e isso tem que ter um raio X. Acho que foi muito bem feito e muito bem organizado, inclusive colocando tudo em seu devido lugar.”
Na visão de Carelli, a comparação de trabalhadores na mesma função dentro e fora das plataformas mostra a diferença de remuneração.
“Os trabalhadores que trabalham fora das plataformas, tanto entregadores como motoristas, recebem mais fora das plataformas. Esse para mim é o dado mais importante que tem dessa parte de remuneração”, disse, em entrevista à Agência Brasil, reforçando que as comparações têm que ser feitas em uma mesma profissão para avaliar o rendimento de cada um.
“Entregador nas plataformas e entregador fora da plataforma. Eu não posso comparar um médico na plataforma com um entregador. Não tenho que comparar com o resto da população brasileira, porque as plataformas são somente um meio de gestão de trabalho. A parte mais importante que tem no achado em relação à remuneração é exatamente essa. Trabalhadores com o mesmo tipo de trabalhador. Se ele for trabalhar fora da plataforma ele ganha mais que na plataforma e ainda em o achado que eles trabalham muito mais horas nas plataformas do que fora das plataformas”, observou.