Deputados da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) preveem a perda de até 10 votos pela privatização da Sabesp em razão da crise da Enel.
Com a perda, o patamar deve ficar entre 50 e 55 votos favoráveis —ainda suficiente para aprovar a venda, já que o mínimo necessário é de 48.
Críticos do projeto de desestatização proposto por Tarcísio têm relacionado o apagão do começo de novembro no serviço de distribuição de energia elétrica à concessão do serviço à Enel e afirmam que o mesmo pode acontecer com a Sabesp caso ela passe para o controle privado.
O governador disse que o contrato de privatização da Sabesp não vai ser “frouxo” e será “absolutamente diferente” do acordo do governo federal com a concessionária.
O governador Tarcísio de Freitas recebeu nesta quinta-feira (19) líderes estaduais do Sul e Sudeste na abertura do nono encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), na capital. Em três dias de reuniões e debates, governadores, secretários e gestores estaduais vão promover a elaboração de diretrizes conjuntas e políticas públicas relacionadas a temas prioritários, como meio ambiente e segurança pública.
“Preparamos este Cosud com muito carinho e estamos satisfeitos de ter as equipes dos outros Estados para interagir conosco. Nesta edição, formalizamos o consórcio do Sul e Sudeste sempre movidos pelo lema ‘dialogar para desenvolver’”, declarou Tarcísio.
“Temos desafios como o das mudanças climáticas, pois vamos passar recorrentemente por situações de estiagem e de cheias. E isso tem a ver com a temática da sustentabilidade, que vai ser muito forte neste Cosud com o que de fato vamos fazer para descarbonizar o nosso planeta, como vamos fazer a recomposição de reservas florestais e também a transição energética”, afirmou o governador de São Paulo.
“Nós também temos a oportunidade, e aí temos uma faixa importante de fronteira, de combater os crimes transnacionais, então o debate da segurança pública é fundamental com integração de sistemas e de inteligência”, acrescentou.
A abertura do Cosud ocorreu na Sala São Paulo, um dos principais espaços culturais da América Latina. A abertura do evento reuniu os governadores Romeu Zema (MG), Ratinho Júnior (PR) e Eduardo Leite (RS), a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, e lideranças dos governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Criado em 2019, o Cosud tem como objetivo principal a consolidação da agenda de cooperação entre os governos dos sete estados que compõem o grupo, em temas que atendem às demandas econômicas, sociais e ambientais.
Com uma população de 119 milhões de habitantes, os estados do consórcio concentram 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A programação prevê a realização de 21 Grupos Temáticos (GTs), com debates e elaboração conjunta de propostas por secretários estaduais e gestores de cada administração. Já os governadores devem participar dos painéis de segurança pública e de meio ambiente contarão também com a participação dos governadores.
Nesta sexta (20), Tarcísio recebe os governadores no Palácio dos Bandeirantes para discutir propostas conjuntas para reforço da segurança pública e defesa do meio ambiente nas regiões Sul e Sudeste. Simultaneamente, os grupos temáticos darão sequência aos debates tanto na Sala São Paulo como na sede do governo paulista.
O nono encontro do Cosud se encerra no sábado (21), com a apresentação de um balanço das principais propostas sugeridas pelos GTs e a leitura da Carta São Paulo.
O documento vai formalizar as principais discussões do evento, reafirmar o compromisso dos estados do Sul e do Sudeste com o desenvolvimento econômico e social do Brasil e encaminhar as próximas ações do consórcio.
Na edição do Cosud no último mês de junho, em Belo Horizonte (MG), os governadores assinaram uma carta em que reforçaram os compromissos de atuação conjunta e cooperação em defesa da liberdade e da geração de emprego e renda.
O texto também reforçou o interesse dos estados para sugerir ajustes à reforma tributária em tramitação no Congresso, além do compromisso firmado em temas como a paz no campo e na cidade e a responsabilidade fiscal.
No último dia 10 de outubro, a participação de São Paulo no Cosud foi formalizada por meio de lei sancionada pelo governador Tarcísio e aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ganhou um interlocutor de seu partido no ministério que cuida de um de seus projetos prioritários e viu Márcio França (PSB), um potencial adversário em 2026, perder espaço no governo federal e poder de influência em seu reduto eleitoral, Santos.
Essa é a avaliação que aliados de Tarcísio têm feito a respeito do deslocamento de França do Ministério dos Portos e Aeroportos para a pasta de Micro e Pequenas Empresas, para abrir espaço para Silvio Costa Filho, do Republicanos.
Em mensagem de despedida da pasta, França provocou o aliado de Jair Bolsonaro (PL): “saúdo o @LulaOficial por trazer p/ o Gov @tarcisiogdf e seu partido para nos apoiar. O BR voltou”, escreveu.
Entre aliados de Tarcísio, a avaliação foi a de que França deu a cutucada para disfarçar a derrota. Por isso, até o meio da tarde desta quinta-feira (7), ele havia sido deixado sem resposta do governador.
A troca de ministério deve reduzir a presença de França em Santos, região que conta com o principal porto brasileiro e na qual o ex-governador estabeleceu sua trajetória política. Entre diversos indicados para cargos, França colocou um de seus principais aliados, o advogado Anderson Pomini, no comando da Autoridade Portuária de Santos, mas agora ele pode ser desalojado.
A movimentação pode abalar a força eleitoral do pessebista, concorrente em potencial do governador na busca pela reeleição em 2026 (que ele tem dito considerar como escolha mais provável em relação a uma candidatura à Presidência).
Com um colega de Republicanos à frente do ministério, Tarcísio deverá encontrar recepção mais calorosa para o seu projeto de privatização total do porto de Santos, ao qual França vinha fazendo oposição ferrenha.
Em relação à provocação de França a respeito da integração do Republicanos à base de Lula (PT), o governador tem se fiado na promessa do presidente de seu partido, Marcos Pereira, de que nada levará a sigla para a administração petista.
O levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas foi divulgado na última terça-feira (25), entrevistou 712 eleitores do município de Osasco entre os dias 20 e 23 de julho de 2023. A amostra atingiu um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 3,7 pontos percentuais para os resultados gerais.
Segundo o resultado da pesquisa, 70,1% aprovam de um modo geral a administração do governador Tarcísio de Freitas, outros 24,7% desaprovam e 5,2% não sabem ou não opinaram.
Ainda segundo a pesquisa, 10,8% avaliam a gestão como ótima, 38,2% como boa, 32,9% como regular, 14% como ruim ou péssima e 4,1% não sabem ou não opinaram.
Governo Lula
Sobre a administração do governo Lula, a pesquisa apresenta que 55,9% dos eleitores de Osasco aprovam de um modo geral a gestão do presidente, 40,6% desaprovam e 3,5% não sabem ou não opinaram.
A estratégia de mudar a Cracolândia da região da Luz para o bairro do Bom Retiro será revista pelo governo do estado de São Paulo. Ambos ficam na região central da capital paulista. “Novas possibilidades para solucionar o problema da Cracolândia estão sendo estudadas e serão divulgadas em breve”, divulgou o governo, em nota.
O governo justificou que “todas as estratégias buscam aproximar os dependentes químicos de equipamentos de tratamento, acolhendo e ofertando alternativas humanizadas para que estas pessoas sejam atendidas, assistidas e tenham uma porta de saída do vício, o que consequentemente reduzirá as cenas abertas de uso na região central”.
A Craco Resiste, organização que atua na defesa dos direitos da população da Cracolândia, avalia que o fluxo é movimentado pelos interesses econômicos, para abertura da fronteira imobiliária na região central e para alimentar a indústria das internações, o que transferiria dinheiro público para organizações próximas aos grupos políticos no poder.
O governo estadual informou que foram realizados mais de 5 mil atendimentos no HUB Cuidados em Crack e Outras Drogas desde sua implantação, em abril deste ano. “O local atua no gerenciamento, articulação e integração das ações desenvolvidas pelo Estado e pelo município por meio de diferentes políticas de proteção, que contribuem para o cuidado integral a esta população”, diz a nota. Além disso, a gestão estadual tem leitos de retaguarda para a internação e tratamento dos pacientes, além de vagas em comunidades terapêuticas.
Também em nota, a A Craco Resiste defendeu alternativas de cuidados em liberdade, sem obrigação de abstinência, que tragam, além do acesso à saúde de forma ampla, oferta de moradia e renda. Ressalta ainda que o consumo abusivo de drogas é causado por uma série de fatores, como quebra de vínculos familiares e afetivos, miséria extrema e comprometimento da saúde física e mental.
“Ignorar esses pontos, focando apenas na interrupção do uso de substâncias tende a não estabelecer processos de cuidado efetivos para as pessoas. Isso pode ser facilmente observado pelo altíssimo percentual de fracasso das internações, a maior parte das pessoas que está na Cracolândia neste momento passou por muitas delas”, diz a nota.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que pretende transferir a “Cracolândia” para o Bom Retiro, bairro no centro da capital paulista.
Segundo o governador, o objetivo é afastar o fluxo de dependentes químicos de áreas residenciais e comerciais, além de deixar os usuários mais próximos do Complexo Prates, onde há centros como a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) e Caps (Centro de Atenção Psicossocial).
Tarcísio disse que a proposta é uma “tentativa” de resolver o problema, mas afirmou não saber se a medida será exitosa.
“Vai dar certo? Não sei, é tentativa e erro. Nós vamos tentar esse movimento agora, de maneira que ali a gente possa prestar uma assistência mais imediata, sem tanto transtorno para a cidade, e ir ocupando, como a gente fez com a Praça da Sé”, declarou.
O plano foi detalhado durante o lançamento do programa UniversalizaSP, no Palácio dos Bandeirantes.
O governador defendeu que é necessário “individualizar a conduta” das equipes para com os usuários. De acordo com ele, a gestão do estado tem trabalhado para identificar os dependentes, para, dentre outras medidas, descobrir quais deles possuem parentes que possam ser acionados para possíveis tratamentos.
“A gente está falando de pessoas. Não adianta a gente tratar a Cracolândia como uma ‘massa’. Eu tenho várias pessoas ali e cada uma tem uma história”, comentou Tarcísio.
O governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi hostilizado em uma reunião com integrantes do PL, na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira (6/7) em Brasília para tratar da reforma tributária. Tarcísio chegou a ser vaiado por aliados.
“Eu acho arriscado para a direita abrir mão da reforma tributária”, tentou dizer Tarcísio, após falar que havia ido ao encontro “na maior humildade”.
Ao ouvir vaias, porém, reclamou. “Tudo bem, gente. Se vocês acham que a reforma tributária não é importante, não vota, pô.”
Tarcísio, que havia declarado apoio à reforma nessa quarta (5), já vinha sendo alvo de críticas de bolsonaristas nas redes sociais.
Ele se reuniu com Bolsonaro e aliados para expor sua posição. Toda a bancada do partido da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) compareceu à reunião, após convocação do partido.
A pesquisa Atlas/Intel divulgada nesta quarta-feira (5) revela que, sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa para o Planalto em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é citado como melhor nome para a direita por 60,1% dos participantes.
Foram ouvidas 3.222 pessoas entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada após Bolsonaro tornar-se inelegível por oito anos em decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (30).
Na direita, Tarcísio tem 60,1%. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), aparece com 17,9%. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fica com 8,6%. Veja o cenário completo abaixo:
Com a crise no PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) estadual e estando na base do governo de Tarcísio de Freitas, o PSD (Partido Social Democrático) de Gilberto Kassab vem se consolidando como um dos maiores partidos no Estado de São Paulo.
A forte influência de Kassab, presidente do PSD, na administração de Tarcísio (Republicanos), tem influenciado muitos mandatários tucanos e de outros partidos a migrarem para o PSD. Como secretário de Governo, Kassab, é responsável pela articulação com prefeitos e deputados.
Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo, líderes do PSD estimam que o partido tenha atingido recentemente a marca de 150 prefeitos em São Paulo, um crescimento contínuo desde a última eleição no ano passado. Este crescimento, vem colocando o partido como uma das maiores forças do estado.
Em 2020 o PSD elegeu 65 prefeitos e, após perder alguns para o grupo de João Doria e Rodrigo Garcia, tinha caído para 46, mas, segundo caciques do partido, no fim do ano passado o PSD já contava com 70 prefeitos.
Nesta terça-feira (6), o governador Tarcísio de Freitas acompanhou a apresentação do cronograma de propostas de concessão de linhas de transporte público sobre trilhos da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM), além de mais de dois mil quilômetros de rodovias, que devem alcançar R$ 42,3 bilhões em investimentos.
A desestatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) também foi discutida na reunião. A previsão é que até 11 leilões sejam resultados desses levantamentos, com realização até o fim de 2026.
“São projetos muito importantes e estou muito otimista com o sucesso dessas ações. Tenho notado forte interesse nos nossos projetos, que serão transformadores para a infraestrutura e a mobilidade no Estado de São Paulo”, destacou o governador Tarcísio de Freitas.
A reunião no Palácio dos Bandeirantes teve a participação do secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima, dos secretários de Estado Gilberto Kassab (Governo e Relações Institucionais), Rafael Benini (Parcerias em Investimentos), Natália Resende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), Samuel Kinoshita (Fazenda e Planejamento) e Marco Antonio Assalve (Transportes Metropolitanos), além da procuradora-geral do Estado, Inês Coimbra, e diretores de agências e empresas estaduais.
Os estudos para os três projetos estão sendo produzidos pela International Finance Corporation (IFC), instituição do Banco Mundial voltada ao setor privado em mercados emergentes. Todos os levantamentos estão em fase de análise da pré-viabilidade. Após essa etapa, haverá a estruturação dos projetos, com pesquisas mais robustas para definir a modelagem ideal para cada proposta.
No âmbito de rodovias, o Governo do Estado avalia a estruturação de trechos atualmente concedidos e outros sob administração do Departamento de Estradas de Rodagem do (DER) no interior, litoral e Grande São Paulo. A previsão é atrair investimentos em torno de R$ 32,3 bilhões.
Já a proposta de transporte sobre trilhos envolve concessão de linhas e a criação de parcerias público-privadas (PPPs) para a expansão de ramais ferroviários. A avaliação abrange as linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira, 13-Jade e a futura 14-Ônix da CPTM. A previsão de aportes é de até R$ 11 bilhões.
Já a proposta de PPP para a implementação do Trem Intercidades Eixo Oeste, que vai ligar a Capital a Sorocaba, deverá receber recursos da ordem de R$ 9 bilhões.
O Governo de São Paulo também dá sequência aos estudos sobre a desestatização da Sabesp – a gestão estadual detém o controle da companhia, que é gerida em regime de sociedade anônima de capital aberto, e 50,3% do capital social da empresa. O restante das ações é negociado na B3 de São Paulo e na Bolsa de Nova York. Atualmente, a Sabesp atende mais de 27 milhões de pessoas – cerca de 70% da população urbana estadual – em 375 das 645 cidades paulistas.
PPI-SP
O Programa de Parcerias de Investimentos tem como objetivo ampliar as oportunidades de investimento, emprego, desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, ambiental e industrial em São Paulo. A carteira estadual de projetos é estimada em mais de R$ 180 bilhões, entre capital privado e público.
A iniciativa é baseada em sustentabilidade de projetos, segurança jurídica, estabilidade das normas e observação das melhores práticas nacionais e internacionais. Esses pilares norteiam a relação entre o Governo do Estado e empresas parceiras.