A capital paulista enfrentou neste domingo (17) a madrugada mais abafada do ano, com média de 23,8º C, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE). A cidade apresentou a maior temperatura mínima absoluta, que foi registrada na estação encontrada na subprefeitura da Sé, no centro da capital, onde a temperatura chegou a 26,5º C.
Até então, a maior temperatura mínima havia sido registrada no sábado (16), com 23,1°C de média e absoluta de 25°C na região de Santo Amaro, na zona sul paulista.
Por causa do forte calor, a Defesa Civil de São Paulo está mantendo toda a cidade em estado de alerta para altas temperaturas.
Março tem sido um mês de muito calor e de poucas chuvas na cidade. Segundo dados do CGE, o mês de março acumulou até agora 71,9 milímetros (mm) de chuva, o que corresponde a apenas 40,3% dos 178,5 mm que são esperados para o mês.
Para este domingo, a expectativa é de rápida elevação das temperaturas na capital, com a temperatura chegando a 35º C e índice baixo de umidade, em torno de 35%. No final da tarde e início da noite podem ocorrer pancadas isoladas de chuvas. Para amanhã (18), os termômetros devem variar entre mínima de 24°C e máxima de 33°C. Entre o final da tarde e o início da noite, a propagação de áreas de instabilidade provoca chuvas na forma de pancadas, com pontos de moderada a forte intensidade, raios e rajadas localizadas de vento.
Levantamento do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mostrou que o ano de 2023 foi o segundo mais quente da história recente da cidade de São Paulo. Os dados são registrados desde 1961. Ao todo, foram 108 dias com temperaturas iguais ou maiores que 30ºC.
O recorde de ano mais quente de São Paulo foi 2014, quando o município registou 114 dias com temperaturas iguais ou maiores a 30ºC.
Entre janeiro e novembro, cinco meses tiveram, segundo o estudo, “desvios relevantes” nas médias de temperatura. Destaque para setembro, quando a média foi de 5ºC acima do esperado.
A maior temperatura do ano foi no mês de novembro, quando a capital paulista registrou 37,7ºC. Esse foi o segundo dia mais quente já registrado. O recorde é de 37,8ºC em 2014.
Além do calor, as chuvas também castigaram São Paulo em 2023. A cidade teve um excedente hídrico de quase 400mm. Os meses de fevereiro e outubro foram os que mais choveram. Os índices foram de 66% e 180% acima das médias históricas, respectivamente.
A temperatura média no Brasil atingiu nível recorde pelo quarto mês seguido em outubro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre julho e outubro, a diferença entre o valor registrado e a média histórica – variação que é tecnicamente chamada de “desvio” – foi superior a 1 grau Celsius (°C).
De acordo com o levantamento do Inmet, no mês passado, a temperatura média observada no Brasil ficou em 26,4°C. O resultado foi 1,2°C acima da média histórica para o mês (25,2°C).
“Dentre os quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou o maior desvio desde 1961, com 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica)”, informou o Inmet. Naquele mês, a temperatura média registrada ficou em 25,8°C, enquanto a média histórica estava em 24,2°C.
Em agosto deste ano, a temperatura média ficou em 24,3°C – resultado 1,4°C acima da média histórica (22,9°C) e, em julho, a média observada (23°C) estava mais de 1°C acima da média histórica (21,9°C).
O Inmet acrescenta que esses meses “foram marcados por calor extremo em grande parte do país e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño [aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial], que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta”.
O aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos também contribui para eventos cada vez mais extremos.
“O cenário indica que o ano de 2023 será o mais quente desde a década de 60. Estes resultados corroboram com as perspectivas encontradas por outros órgãos de meteorologia internacional, pois, segundo pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, é improvável que os dois últimos meses deste ano revertam este recorde, tendo em vista que a tendência é de altas temperaturas em todo o mundo até novembro”, acrescentou o Inmet.
O calor deve continuar nos próximos dias. Diante da situação, o Inmet emitiu um alerta no qual prevê uma nova “onda de calor” que atingirá especialmente o interior do Brasil.
“O aviso meteorológico especial de nível amarelo (perigo potencial) de onda de calor abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste do País e é válido até, pelo menos, a próxima sexta-feira (10)”, detalhou, em nota, o instituto ao explicar que o nível amarelo “é emitido quando a previsão indica que as temperaturas devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos”.
O Inmet acrescenta que a expectativa é que o “forte calor” continue, pelo menos, até meados da próxima semana. Contudo, a área de abrangência do fenômeno deve sofrer alterações.
“A partir do sábado (11), se a situação persistir, o aviso de onda calor será atualizado e poderá se expandir ou até mesmo ter o seu nível de severidade alterado. Em alguns municípios, principalmente dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C nos próximos dias”, complementou o instituto.
A cidade de São Paulo amanheceu com predomínio de sol e temperatura em elevação nesta sexta-feira (10).
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), a temperatura máxima pode chegar aos 31ºC, enquanto os menores índices de umidade se aproximam dos 40%.
Entre o meio da tarde e o início da noite, a combinação de calor com a entrada da brisa marítima gera áreas de instabilidade, que provocam chuva em forma de pancadas isoladas. Há potencial para precipitações com forte intensidade, e não se descartam rajadas de vento e formação de alagamentos.
Tendência para os próximos dias:
O bloqueio atmosférico e a massa de ar quente e seco predominam sobre o Sudeste e Centro-Oeste, o que irá provocar um fim de semana com muito sol e calor intenso na Grande São Paulo.
Nessas condições, o CGE recomenda beber água à vontade, evitar atividades físicas ao ar livre entre 10h e 17h, e usar umidificadores de ar, como toalhas molhadas, recipientes com água e vaporizadores.
A prefeitura de São Paulo vai montar dez tendas distribuídas pela cidade para entregar água e frutas à população vulnerável em dias de calor intenso. A previsão para os próximos dias é de que os termômetros ultrapassem os 36 graus Celsius (ºC), além de índices de umidade abaixo dos 30% nas horas de maior calor. O serviço, que funcionará das 10h às 16h, começa a ser oferecido nesta sexta-feira (10).
Similar à Operação Baixas Temperaturas (OBT), a ação é ativada quando a temperatura na capital atinge 32 ºC, ou sensação térmica equivalente. Além do atendimento nas tendas, os agentes do município vão incentivar que as pessoas procurem a rede de acolhimento para se abrigar do sol, se hidratar e se alimentar. Uma ambulância ficará à disposição para atendimento.
Operação Altas Temperaturas distribui água e frutas para pessoas em situação de vulnerabilidade – Paulo Pinto/Agência Brasill
Segundo o governo municipal, há 25 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua, distribuídas em Centros de Acolhida, hotéis sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, serviços emergenciais, entre outros.
O encaminhamento para cada serviço é feito “de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida”.
Região Central: na Praça da República e na Praça Marechal Deodoro;
Região Sul: em Santo Amaro (Praça Floriano Peixoto, nº 54) e na Capela do Socorro (Praça José Boemer Roschel);
Região Norte: em Santana (Avenida Cruzeiro do Sul, nº 3.180) e na Vila Maria (Praça Novo Mundo);
Região Leste: em Guaianases (Praça Presidente Getúlio Vargas, s/n), Itaquera (Avenida Musgo de Flor com Avenida Imperador, embaixo do viaduto Jacu Pêssego) e Mooca (Praça Cid José da Silva Campanella);
Região Oeste: na Lapa (Rua do Curtume, s/n – esquina com Guaicurus).
Uma nova onda de calor associada a baixos índices de umidade do ar vai mobilizar novas ações do Governo de São Paulo para distribuição de água potável no centro da capital. A partir desta sexta-feira (10), agentes da Defesa Civil Estadual e equipes da Sabesp farão atendimento com caminhão com bebedouro na Praça da Sé e tendas no entorno do Theatro Municipal.
A distribuição de água em copos e a oferta de bebedouros será feita das 11h às 15h até a próxima segunda (13), inclusive no final de semana. Com previsão de máximas de 39ºC e umidade do ar em torno de 30%, a ação da gestão paulista visa proteger a saúde da população, com prioridade para pessoas em situação de rua, idosos e crianças.
Segundo o governo, a Prefeitura de São Paulo também vai distribuir água e frutas em dez estruturas instaladas em todas as regiões da capital.
A medida acontecerá no período do dia em que o calor excessivo e a baixa umidade podem causar mais problemas de saúde e exigem mais hidratação. A Defesa Civil também também vai orientar o público a evitar a exposição direta ao sol nos horários mais críticos e umidificar ambientes fechados.
Especialistas também recomendam o uso de protetor solar e procura por atendimento imediato em unidades de saúde em casos de insolação, grande dificuldade para respirar, alterações bruscas de pressão arterial e desidratação. As pessoas devem evitar atividades físicas ao ar livre entre 10h e 16h e manter animais de estimação em locais protegidos.
A onda de calor acontece em razão de uma grande massa de ar quente e seco que afeta a maior parte do Brasil. A previsão é que o calor intenso se mantenha até a próxima segunda, mas o cenário pode se estender. A Defesa Civil também recomenda atenção a áreas de vegetação seca, uma vez que o risco para incêndios florestais será elevado.
A onda de calor será ainda mais intensa em algumas regiões do interior de São Paulo. Os termômetros devem marcar 42ºC nas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente e Marília. Para Araraquara, Barretos, Bauru, Franca, Litoral Norte e Ribeirão Preto, a máxima será de 40°C.
Em São José dos Campos, a temperatura pode chegar a 39ºC. Já nas regiões de Campinas e Sorocaba, os termômetros devem marcar 36ºC, com previsão de mesma máxima para as cidades da Baixada Santista, Vale do Ribeira e entorno de Itapeva.
No entanto, a temperatura deve cair bruscamente, até 10° C no dia seguinte, segundo os meteorologistas. A chuva deve prevalecer na capital entre sexta (13) e domingo (15).
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a chegada de uma frente fria será responsável por provocar essa mudança brusca no clima. A previsão é de muitas nuvens na capital, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas ao longo do dia. As temperaturas devem variar entre 15°C e 22°C.
Em apenas cinco dias, São Paulo acumulou 111,6 milímetros de chuva. O número é equivalente a 88% do total esperado para o mês de outubro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia nesta sexta-feira (6).
Enquanto 58mm de precipitação foram observados no último domingo (1º), 40,2 mm foram registrados na quinta-feira (5). Para todo o mês de outubro, que tem 31 dias, a média é de 127 mm na capital paulista.
Recentemente, a Defesa Civil emitiu um alerta para a chegada de uma nova frente fria – que deve provocar fortes chuvas em todo o território – no estado.
Temporais de média a forte intensidade também ocorrerão nas regiões do litoral , Vale do Ribeira, Vale do Paraíba, Itapeva, Sorocaba e Campinas. Nas regiões central, norte e oeste poderá chover, mas com menor intensidade.
Rajadas de vento são esperadas na Grande São Paulo, em Sorocaba e no Vale do Ribeira, com velocidade de até 60 km/h, e em Campinas de até 50 km/h. Esse quadro deve continuar nessas regiões durante todo o final de semana.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) a temperatura máxima diária deve ultrapassar os 30°C, enquanto os índices de umidade podem ficar abaixo de 30%.
Nesta segunda-feira (11), os termômetros oscilam entre 31ºC e 17ºC. A tarde segue com sol e temperaturas ainda em elevação nas próximas horas. No final do dia, a nebulosidade aumenta com a chegada da brisa marítima, entretanto, não há condições de chuva.
Na terça-feira (12), o sol brilha forte o dia todo e o tempo fica quente. A mínima esperada é de 17°C e a máxima de 32°C, enquanto os índices de umidade devem atingir valores abaixo dos 30% no período da tarde.
A tendência se mantém na quarta-feira (13), e as temperaturas podem superar os 32°C. A umidade relativa do ar deve atingir valores abaixo dos 30% nas horas mais quentes.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para um declínio de temperatura em quatro estados do país neste fim de semana: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A manhã de sexta-feira (25) na capital paulista, por exemplo, segundo o ClimaTempo, teve início com sensação de calor, mas os termômetros devem baixar progressivamente com o passar das horas.
No início da noite deve ser registrada a menor temperatura do dia. Há condições de chuva no anoitecer, especialmente no litoral paulista, onde será frequente por vários dias consecutivos.
Com o avanço das instabilidades, os ventos voltam a ganhar força no estado de São Paulo, com rajadas entre 40 e 65 km/h. Em áreas mais próximas do Paraná e nas regiões de Itapetininga e Sorocaba podem chegar a 70 km/h.
Veja a previsão para o fim de semana nos estados:
Rio de Janeiro
Sexta-feira (25): Mínima de 16°C e máxima de 25°C;
Sábado (26): Mínima de 16°C e máxima de 22°C ;
Domingo (27): Mínima de 15°C e máxima de 29°C.
São Paulo
Sexta-feira (25): Mínima de 16°C e máxima de 24 °C;
Sábado (26): Mínima de 13°C e máxima de 18°C;
Domingo (27): Mínima de 11°C e máxima de 15°C.
Rio Grande do Sul
Sexta-feira (25): Mínima de 8°C e máxima de 17 °C;
Sábado (26): Mínima de 8°C e máxima de 16°C;
Domingo (27): Mínima de 6°C e máxima de 16°C.
Santa Catarina
Sexta-feira (25): Mínima de 14°C e máxima de 16°C;