Terremoto na Turquia e Síria superou 16.000 mortos; frio agrava situação

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As temperaturas abaixo de zero agravam a situação dos sobreviventes e dificultam o trabalho desesperado das equipes de emergência na Turquia e Síria, onde o balanço do terremoto de segunda-feira (6) superou 16.000 mortes.

Mais de 72 horas após o terremoto, o período com mais possibilidades de encontrar sobreviventes, as autoridades temem um aumento dramático do número de vítimas fatais devido ao elevado número de pessoas que, calculam, continuam presas nos escombros.

Após o choque inicial, o descontentamento é cada vez maior entre a população com a resposta das autoridades ao terremoto que, segundo admitiu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, teve “deficiências”.

Vários sobreviventes foram obrigados a procurar alimentos e refúgio por conta própria. Sem equipes de resgate em vários pontos, alguns observaram impotentes os pedidos de ajuda dos parentes bloqueados nos escombros até que suas vozes não fossem mais ouvidas.

“Meu sobrinho, minha cunhada e a irmã da minha cunhada estão nos escombros. Estão presos nas ruínas e não há sinais devida”, afirmou Semire Coban, professora de uma creche na cidade turca de Hatay.

“Não conseguimos chegar até eles. Tentamos falar com eles, mas não respondem”, acrescentou.

Os socorristas continuam encontrando sobreviventes entre os escombros, mas o balanço de mortes não para de aumentar. Os números mais recentes mostram 16.035 óbitos: 12.873 na Turquia e 3.162 na Síria.

– “Deficiências” –

Erdogan visitou na quarta-feira duas áreas muito afetadas pelo tremor, a cidade de Kahramanmaras (epicentro do terremoto) e a região de Hatay, na fronteira com a Síria.

“Claro, há deficiências. É impossível estar preparado para um desastre como este”, disse o presidente turco.

No dia da visita, a rede social Twitter ficou inacessível na Turquia por quase 12 horas, de acordo com correspondentes da AFP e a organização NetBlocks, que monitora a liberdade de acesso à internet.

A polícia anunciou a detenção de 18 pessoas por publicações consideradas “provocações” nas redes sociais, quase todas críticas à resposta do governo.

O frio agrava a situação. Apesar da temperatura de -5ºC, milhares de famílias em Gaziantep passaram a noite em carros ou barracas, impossibilitadas de retornar para suas casas ou com medo de voltar para os imóveis.

Os pais caminhavam pelas ruas da cidade do sudeste da Turquia com os filhos no colo, enrolados em cobertores, para tentar reduzir os efeitos do frio.

“Quando sentamos, dói. Tenho medo pelas pessoas presas nos escombros”, disse Melek Halici, com a filha de dois anos coberta por uma manta.

A União Europeia prepara uma conferência de doadores em março para mobilizar ajuda internacional para Síria e Turquia.

“Estamos correndo contra o tempo para, juntos, salvar vidas”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Ninguém deve ficar sozinho quando uma tragédia como esta atinge uma população”, completou.

– “Deixem a política de lado” –

A questão da ajuda é delicada na Síria, país afetado pela guerra civil, com regiões sob controle dos rebeldes e um governo que tem a inimizade do Ocidente.

Os Capacetes Brancos, que lideram os esforços de resgate nas zonas rebeldes, imploraram por ajuda.

“Pedimos à comunidade internacional que assuma sua responsabilidade com as vítimas civis”, declarou à AFP o porta-voz do grupo de voluntários, Mohammad al Chebli.

“É uma verdadeira corrida contra o tempo, as pessoas morrem a cada segundo nos escombros”, acrescentou.

O coordenador da ONU na Síria também pediu ao governo sírio que facilite a entrega de ajuda humanitária às áreas sob controle rebelde e alertou que as reservas de emergência devem acabar em breve.

“Deixem a política de lado e nos permitam realizar nossa tarefa humanitária”, disse à AFP El Mostafa Benlamlih.

O regime sírio de Bashar al Asad também pediu formalmente ajuda à União Europeia.

Uma década de guerra civil e bombardeios aéreos da Síria e da Rússia destruíram hospitais, provocaram o colapso da economia e cortes diários de energia elétrica, combustíveis e do abastecimento de água.

A Comissão Europeia pediu aos países membros que respondam de maneira favorável aos pedidos de Damasco para o envio de alimentos e remédios, mas com vigilância para impedir o desvio de material.

A União Europeia enviou rapidamente equipes de emergência para a Turquia, que também recebeu ajuda dos Estados Unidos, da China e dos países do Golfo, mas inicialmente ofereceu assistência mínima à Síria por causa das sanções contra o regime de Assad.

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Fonte: AFP

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Centenas de pessoas morreram em terremoto de magnitude 7,8 na Turquia

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Pelo menos 284 pessoas morreram e 2.320 ficaram feridas no terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia nesta segunda-feira (6), de acordo com o último balanço divulgado pelo vice-presidente turco, Fuat Oktay. Na vizinha Síria, também atingida, o número de mortes já ultrapassa 300. A União Europeia enviou equipes de resgate para a Turquia.

Na vizinha Síria, também atingida, o terremoto causou pelo menos 386 mortes e 988 feridos no norte do país, de acordo com estimativas provisórias relatadas pela mídia estatal e socorristas na zona rebelde. O total de mortos, somando Turquia e Síria, é de 670.

Mais de mil prédios desabaram completamente, o que sugere um número mais grave de mortos e feridos, disse o vice-presidente. Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a área, devido a tremores secundários e temores de explosões.

Segundo Oktay, pelo menos três dos aeroportos da área afetada – Hatay, Maras e Gaziantep – foram fechados ao tráfego. Os motivos não foram especificados, mas essas três cidades estão entre as mais atingidas.

Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.

Segundo dados do vice-presidente, houve 70 mortos, 200 feridos e 300 prédios desabados em Maras, centro-leste do país, na Anatólia.

Em Gaziantep, perto da fronteira com a Síria, o saldo é de 80 mortos, 600 feridos e quase 600 prédios desabados.

Situação “catastrófica”

Na Síria, as cidades mais afetadas são Aleppo, Hama, Latáquia e Tartus, balneário às margens do Mediterrâneo. Nas regiões nas mãos dos rebeldes, perto da Turquia, são os Capacetes Brancos – socorristas que se mobilizam nessas áreas – que contabilizam as vítimas.

Leia também: Relação de Tarcísio com deputados tem início a partir de pacote de projetos sensíveis


Fonte: RFI – Foto: Reprodução/AFP

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Explosão em mina de carvão na Turquia mata 41 pessoas

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41 pessoas morreram e 11 ficaram feridas após uma explosão em uma mina de carvão na província de Bartin, no norte da Turquia, na sexta-feira (14/10).

Cerca de 110 pessoas trabalhavam na mina no momento da explosão — quase metade delas a mais de 300 metros de profundidade.

O prefeito de Amasra, Recai Cakir, disse que muitos dos que sobreviveram sofreram “ferimentos graves”.

Vídeos registrados no local mostram trabalhadores saindo da mina com os corpos repletos do preto do carvão e com os olhos turvos.

A mina pertence à estatal Turkish Hard Coal Enterprises. Acredita-se que a explosão tenha ocorrido a cerca de 300 metros de profundidade. Aproximadamente 49 pessoas estavam trabalhando na zona de maior risco, entre 300 e 350 metros de profundidade, de acordo com o ministro do Interior, Suleyman Soylu.

Dezenas de pessoas, incluindo de equipes de resgate, trabalhando no local
O prefeito de Amasra, Recai Cakir, disse que muitos dos que sobreviveram sofreram ‘ferimentos graves’

A causa da explosão ainda não é conhecida, e a promotoria local iniciou uma investigação.

O ministro da Energia da Turquia disse que há indícios de que a explosão foi causada por grisu, que é uma mistura explosiva do metano que se forma em minas de carvão.

Ainda segundo o ministro, houve desmoronamentos parciais dentro da mina, mas não há registro de incêndios. A ventilação no local parece estar ocorrendo adequadamente.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, visitou o local neste sábado (15). Ao lado de outros ministros, ele confirmou que a última pessoa desaparecida foi encontrada morta.

Um trabalhador que conseguiu escapar sozinho disse que “havia muita poeira e fumaça”.

Em 2014, a Turquia viveu seu pior desastre em uma mina de carvão, quando 301 pessoas morreram após uma explosão na cidade de Soma.


Fonte: Yahoo Notícias – Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63265582

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