Volta às aulas: como lidar com dificuldade de alunos de acordar cedo

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A poucos dias da volta às aulas, o estudante Juan Rocha Dominguez, de 17 anos, está tentando voltar à rotina: acordar cedo e ir à escola. Ele terminou o ensino médio, mas vai iniciar o cursinho pré-vestibular. “Ano passado, ia para a cama umas 22h30 e acordava às 5h30 todos os dias. Nas férias, estou indo dormir mais tarde e acordando tarde, perdi o ritmo legal. Agora estou tentando voltar ao ritmo que eu tinha quando estava em aula, indo dormir mais cedo e acordando mais cedo também.” 

O estudante, que se prepara para o vestibular de medicina, conta ainda que costumava acordar na madrugada para estudar mais. “Eu acabava acordando de madrugada para estudar mais por nervosismo mesmo, ficava ansioso para a prova e queria ter certeza que eu sabia de tudo para ir bem. Depois que fazia a prova deixava de ficar ansioso e o sono vinha.” 

O hábito não é adequado, explica o pediatra e pesquisador do Instituto do Sono, Gustavo Moreira. “Caso a redução de tempo de sono seja substancial, isso poderá repercutir na atividade intelectual e no desempenho acadêmico. Isso é comum nos países asiáticos. Não existe um número mágico de horas de sono para guiar o jovem. O importante é ele reduzir as atividades de lazer diurnas e estudar. Assim, não precisará acordar no meio da noite”, afirma o médico.  

O sono é importante para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e regulação emocional. Por isso, o especialista sugere várias estratégias fundamentais para quem quer dormir bem. “No recomeço das aulas é importante que os estudantes voltem a ter os hábitos de sono do período de aulas, evitar dormir tarde e acordar tarde como nas férias. A cada noite, umas três ou quatro noites antes do início das aulas, vai se puxando o horário, se costuma dormir às 2h da manhã, faz um dia dormir à 1h, depois à meia-noite, às 11h, às 10h, até que encontre o horário ideal, e para isso, vai ter que acordar mais cedo, que é importante. Outro aspecto importante é não deixar dormir à tarde, porque se dormir à tarde não vai ter sono à noite.”


Leia também: Rede estadual de ensino de SP pedirá comprovante de vacina contra covid


Higiene do sono 

Para o médico, uma boa higiene do sono para crianças e adolescentes inclui dormir no horário adequado. “Crianças na idade pré-escolar e escolar, ou seja, antes dos 12 anos, devem dormir antes das 21h. Já adolescentes podem dormir até às 22h. Antes de dormir, umas duas horas antes, é importante diminuir a quantidade de luzes da casa, não fazer atividades físicas e, principalmente, desligar as telas: TV, celular, computador, tablet, tudo isso tem aquela luz que vai nos olhos e vai dizendo para o nosso cérebro que é dia. Então, é importante desligar esses equipamentos, fora o conteúdo deles que é sempre muito estimulante”, recomenda Moreira. 

A rotina do sono é importante para dizer ao cérebro que é hora de dormir, ressalta o pediatra. “Duas horas antes, diminui a quantidade de atividades da casa, desliga os eletrônicos e faz atividades mais calmas e uma sequência de eventos que leva a criança para dormir, um beijo de boa noite, uma reza, vai para o banheiro, escova os dentes, vai para o quarto. Para a criança pequena, canta uma música, para o maior conta uma história, para o adolescente fala para ele ler um livro, o importante é que essa rotina se repita de forma que vai dando informações para o cérebro que é hora de dormir no horário adequado.”

Jet lag social 

Segundo o médico, essa regularidade é importante, porque muitos estudantes que acordam cedo para ir à escola, ficam na cama até mais tarde nos finais de semana, na tentativa de compensar a privação de sono. É o chamado jet lag social. 

“O jet lag social é uma sequência de eventos que compõem as atividades de dia de semana e final de semana que são muito díspares, e simula uma viagem transmeridional, como se o indivíduo fosse para o outro lado do mundo e voltasse, porque tem uma diferença de fusos horários. A criança e o adolescente dormem pouco durante a semana, a gente vê isso principalmente em adolescentes, ao invés de dormirem nove horas de sono, eles dormem seis, sete horas de sono. Vai faltando sono e quando chega no fim de semana, ele compensa: se durante a semana ele dorme da meia-noite às 6h, no fim de semana vai dormir das 2h até o meio-dia. Então, essa diferença que repõe do jet lag social, a gente sabe que acima de duas horas já representa um déficit de sono.” 

Mais uma vez, a rotina do sono ajudar a evitar o jet lag social. “A rotina de dormir nos horários adequados para a idade e dormir sempre no mesmo horário, no máximo uma hora de diferença de dia de semana e fim de semana, é isso que vai fazer com que evite esse jat lag social que é muito frequente,um terço dos adolescentes têm esse problema”.

O médico explica que os adolescentes têm maior necessidade de sono do que os adultos e são mais sonolentos. “Não é normal que o adolescente precise dormir à tarde, se acontece é porque pode estar dormindo pouco à noite, menos de nove horas. A soneca da tarde, feita pelo adolescente, é utilizada para compensar o fato de dormir pouco à noite. Este é um cenário que leva ao jet lag social. Como dorme à tarde, não terá sono à noite, irá dormir tarde. Vira um ciclo vicioso. No fim de semana irá compensar, acordar ao meio-dia no sábado e domingo (ter mais horas de sono). Não conseguirá dormir cedo na noite do domingo”. Reforça o ciclo vicioso. Na matemática, a jovem está cansada e sonolenta à medida que a semana progride, pois piora a privação de sono.”

A irmã do Juan, a estudante Julia Rocha Dominguez, de 14 anos, é uma exceção. Ela conta que raramente dorme à tarde, somente quando o dia foi muito cansativo. “Nas férias, a rotina não muda tanto, é difícil eu conseguir ficar acordada depois da meia-noite, eu sempre acabo acordando às 5h, mas consigo voltar a dormir por mais tempo.”

Ela diz que segue uma rotina de sono. “Eu faço exercícios para soltar o maxilar, já que por causa do meu bruxismo, que aumenta muito na época das aulas, eu tenho que usar uma placa dentária muito desconfortável. Em relação às telas, o meu óculos tem proteção a luz azul e meu computador está configurado para mudar a luminosidade quando passa das 21h, isso me ajuda a desacelerar.” 

Privação de sono 

A privação de sono pode comprometer o desempenho escolar porque tem impacto no córtex pré-frontal, que executa funções cerebrais superiores, incluindo linguagem, memória de trabalho, raciocínio lógico e criatividade. Reduz o estado de alerta e prejudica a atenção, tornando o processamento cognitivo mais lento. Além disso, provoca alterações de humor, como irritabilidade, depressão e também obesidade, explica o médico.

“A privação de sono tem diversas consequências, primeira é que as atividades cerebrais não ficam adequadas, a memória fica ruim, altera o humor, o indivíduo não consegue se concentrar nas suas coisas, se for um adulto que opera máquina, pode ter acidente, o jovem que está andando de bicicleta, pode ser acidentado. Também compromete o metabolismo, o organismo do indivíduo que está dormindo pouco entende que está numa situação de stress, e o que [o organismo] faz? Ele aumenta o apetite, então ele tem um desbalanço entre todos os hormônios de saciedade e de fome, esse desbalanço faz com que o indivíduo coma mais, então a privação do sono também aumenta a obesidade, tanto em adultos quanto em crianças”, alerta Moreira.

Estratégias para dormir melhor

– exercícios físicos devem ser evitados à noite

– fazer atividades relaxantes antes de ir para a cama

– contar histórias e cantar músicas de ninar ajudam a relaxar as crianças menores

– jogos de carta ou de tabuleiro são uma boa forma de entretenimento familiar envolvendo as crianças maiores. 

– adolescentes podem ser incentivados a ouvir música ou se dedicar à leitura


Fonte/texto: Agência Brasil/Ludmilla Souza – Imagem: Rovena Rosa/AB

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SP: rede estadual de ensino pedirá comprovante de vacina contra covid

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Neste ano, os estudantes da rede estadual de São Paulo vão precisar apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19. A resolução, da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, foi publicada hoje (29) em Diário Oficial do estado.

Segundo o texto, durante o segundo bimestre deste ano, o responsável legal pelo estudante matriculado na rede pública estadual vai precisar apresentar um documento que comprove a vacinação completa contra a covid-19 ou um atestado médico que comprove a contraindicação para a imunização.

Os alunos não vacinados não serão impedidos de frequentar as aulas, mas caso a documentação não seja apresentada no prazo máximo de 60 dias, a situação será relatada ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e às autoridades sanitárias “para providências que couber”, diz o texto.

Um dos artigos do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) determina a obrigatoriedade da vacinação das crianças em casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

A resolução da secretaria também determina que as aulas das redes públicas estadual e municipal e da rede privada serão presenciais. Somente alunos com comorbidades e que não tenham completado o esquema vacinal poderão seguir no modelo remoto de ensino, desde que apresentem atestado médico confirmando a situação. Na rede estadual, as aulas terão início na próxima quarta-feira (2).

A vacinação contra a covid-19 de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos teve início em agosto do ano passado.

Já a vacinação para crianças a partir de 5 anos começou no dia 14 de janeiro no estado de São Paulo. Para a vacinação de crianças dessa faixa etária estão sendo utilizados dois imunizantes, ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): o da Pfizer e a CoronaVac.

O imunizante da Pfizer é um pouco diferente da vacina aplicada em adultos, com uma dosagem menor. Já a CoronaVac tem a mesma dosagem para adultos e pode ser aplicada em crianças a partir de 6 anos. Ambas são aplicadas em duas doses e são seguras.

A vacina protege crianças e adultos de desenvolverem formas graves da doença.


Fonte/texto: Agência Brasil/Elaine Patricia Cruz – Imagem: Rovena Rosa/AB

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Educação de Jandira anuncia retorno às aulas para o próximo dia 7

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A Educação de Jandira anuncia o retorno às aulas para o próximo dia 7. Este retorno se dará em formato 100% presencial e será marcado pela implantação de algumas novidades que promoverão importantes avanços no processo de ensino nas escolas.

Antes de relembrarmos algumas novidades já anunciadas, é importante ressaltar que as escolas estão sendo preparadas para que este retorno aconteça de forma segura, afinal, ainda estamos passando pela pandemia do Covid-19.

Alguns dos cuidados que estão sendo implementados no preparo das unidades escolares para o retorno às aulas, está: distanciamento físico entre as carteiras em sala de aula, planejamento para que não haja aglomeração na entrada e saída dos alunos, orientações para que os alunos respeitem o distanciamento durante o intervalo, além de instalação de recipientes de álcool em gel em todas as escolas.

É orientado aos pais de alunos que, ao encaminharem seus filhos, que estes mandem junto ao menos 2 (duas) máscaras reservas, para as trocas que serão realizadas durante o período de estadia do aluno na escola.

Com a escola preparada, funcionários treinados e pais participando deste retorno seguro, o ano de 2022 terá novidades: implantação de um sistema de ensino unificado no município, que norteará todos os professores da rede; implementação do Projeto Ler e Reler, com literatura segmentada, ou seja, apropriada para cada fase do ensino que o município é responsável, e muito mais.

As famílias terão importância neste retorno às aulas, ao encaminhar seus filhos e participar deste trabalho que representará também uma recuperação de competências adquiridas através de conteúdos, que foram assimilados parcialmente pelos alunos, em virtude dos períodos em que as escolas estiveram funcionando parcialmente em seu processo de ensino-aprendizagem.

Por fim, ressalta-se que a Secretaria de Educação se mantém vigilante quanto ao andamento da pandemia e, caso necessário, poderá ocorrer uma mudança para o sistema de ensino on-line.


Fonte/texto: SECOM – Jandira/Beatriz Regiani – Imagem: Rawpixel

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Cajamar retoma aulas da Rede Municipal no dia 07 de fevereiro

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O período de férias já está acabando e as unidades do Colégio do Futuro do município estão se preparando para receber os alunos para o ano letivo de 2022. As aulas estão programadas para iniciar no dia 07 de fevereiro em todos os segmentos – Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA.

Este ano as aulas da Rede Municipal de Cajamar irão retornar 100% presenciais, sem revezamento. A Secretaria de Educação está trabalhando em conjunto com a equipe de gestão das unidades escolares para que o retorno dos estudantes aconteça da forma mais segura possível, seguindo todos os protocolos de higienização necessários, em razão da pandemia do coronavírus.

Neste primeiro momento, é importante lembrar que o uso da máscara é indispensável para permanecer no ambiente escolar. “Estamos preparando um retorno 100% presencial e, para garantir a segurança e saúde das crianças, precisamos manter os cuidados básicos, como não compartilhar materiais entre os alunos e evitar aglomerações, como forma de manter a prevenção contra a COVID-19”, ressaltou o Secretário de Educação, Prof. Dr. Régis Souza.


Fonte/texto: SECOM – Cajamar – Imagem: Divulgação/SECOM – Cajamar

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