O Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ), ligado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Barueri, em antecipação aos períodos sazonais, realiza ações preventivas para manter escorpiões longe de residências e evitar acidentes. O município está inserido em uma região de meio ambiente, com morros e pedras, propício à infestação de tais animais peçonhentos da classe dos aracnídeos.
A campanha do DTCZ se dá em razão do período de chuvas, de novembro a março, ser o mais indicado para o aumento de escorpiões Tityus serrulatus (amarelos) e Tityus bahiensis (marrons), espécies que habitam no meio urbano e se alimentam principalmente de baratas. São animais que não atacam, mas se defendem quando ameaçados. A picada pode causar sérios problemas de saúde.
De acordo com o DTCZ, a Vigilância Epidemiológica notificou 14 acidentes de janeiro a setembro deste ano com moradores e não residentes em Barueri. Na contagem anual, o município computou 21 casos em 2021, mesmo número em 2020, e doze em 2019. Em âmbito nacional, o Brasil registrou mais de 154 mil acidentes.
Em caso de picada por escorpiões, o paciente deve procurar atendimento médico imediato e não realizar procedimentos caseiros. Em São Paulo tem uma rede de atendimento de referência com soro antiescorpiônico a cada 100 km para atendimento de casos graves. O medicamento é disponibilizado apenas no Sistema Único de Saúde (SUS). Informe-se na unidade de saúde e se possível leve o escorpião para identificação em frasco com tampa com álcool 70%.
Sinais e sintomas da picada
A picada por escorpião provoca imediata em praticamente todos os casos, além da sensação de formigamento, vermelhidão e suor no local. Após alguns minutos ou horas, principalmente em crianças, que são mais vulneráveis ao envenenamento, pode aparecer outros sintomas, como tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, produção excessiva de saliva e hipertensão. Há risco de óbito. Deve-se procurar assistência médica imediatamente após a ocorrência.
Principais cuidados
Algumas espécies estão adaptadas ao ambiente urbano e se multiplicam nos grandes centros. No verão, a atenção deve ser redobrada, pois o clima úmido e quente favorece o aparecimento de escorpiões, que se abrigam em esgotos e entulhos. Os referidos animais também podem causar acidentes em qualquer estação do ano, inclusive no inverno. Para evitar encontros indesejados, é importante estratégia que consistam em cuidados, como:
– Conhecer a biologia e os hábitos do animal (alimento, abrigo, e formas de acesso);
– Priorizar limpeza e organização do próprio quintal e terrenos baldios vizinhos. Manter jardins e quintais limpos;
– Evitar acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das residências;
– Manter lixos bem fechados para evitar baratas, moscas e outros insetos que sejam alimento dos escorpiões;
– Respeitar sempre a regra de descarte regular de resíduos sólidos nos dias e horários de coleta de lixo municipal;
– Não jogar lixo, entulho e materiais inservíveis pelas ruas e passeios do seu bairro;
– Em casas e apartamentos, utilizar soleiras nas portas e janelas, telas em ralos do chão, pias e tanques. Afastar camas e berços das paredes;
– Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem-se ao chão.
Produtos ineficazes
O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Tais produtos, além de não possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando o risco de acidentes.
Acione o DTCZ!
Em caso de infestação e/ou avistamento de escorpiões e outros animais peçonhentos em Barueri, a população pode acionar o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses pelo telefone (11) 4198-5679 para vistoria, coleta de amostras e orientação. Pode também entrar em contato pelo e-mail saúde.vszoonoses@barueri.sp.gov.br. O DTCZ tem interesse, coleta e identifica amostras de várias espécies sinantrópicas e peçonhentas de interesse a saúde.
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Fonte: SECOM-Barueri – Foto: Laboratório de Toxinas Animais/FCFRP