Paulo Maluf está internado com covid-19

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O ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, está internado no hospital Vila Nova Star, na capital paulista, com covid-19. A informação foi confirmada hoje (23) por assessores do paciente.

Segundo a assessoria, ele está internado desde a noite da última sexta-feira (18) e há previsão de que tenha alta no próximo fim de semana.

A Agência Brasil tentou contato com a assessoria do hospital, que informou que não será divulgado boletim médico sobre o estado de saúde de Maluf.

Paulo Maluf foi prefeito de São Paulo, governador do estado e deputado federal.


Por Elaine Patricia Cruz/Agência Brasil – Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

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3ª dose da vacina é fundamental para ampliar proteção

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Apesar de Barueri registrar mais de 610 mil doses aplicadas, ainda resta uma parcela da população que não tomou a terceira dose da vacina, ou a chamada dose de reforço. O ciclo vacinal é composto pelas primeira e segunda doses (ou dose única). No entanto, a terceira dose é considerada fundamental para ampliar a resposta imunológica e a proteção contra a Covid-19. Conforme dados da Secretaria da Saúde, cerca de 32% dos moradores da cidade ainda não tomaram a dose de reforço.

Diante desta defasagem, a Prefeitura de Barueri tem promovido várias ações para que todos tomem suas doses de vacina adequadamente, uma vez que o processo de imunização deve ser compreendido como um esforço coletivo para combater o coronavírus.

No último final de semana, por exemplo, as UBSs e o Centro de Eventos estiveram funcionando para que crianças, adolescentes e adultos pudessem receber suas doses da vacina (1ª, 2ª ou 3ª doses, dependendo da situação vacinal de cada um).

Todas as semanas é realizado pela Divisão Técnica de Imunização o levantamento nominal dos faltosos. A Coordenadoria de Atenção Básica em Saúde promove a busca ativa dessas pessoas na cidade.

“A vacinação é uma estratégia de saúde coletiva, quando o indivíduo não toma a vacina ou não recebe todas as doses como recomendado, isso ocasiona um impacto em toda a sociedade”, explica Elaine Fonseca Lima, diretora técnica de Enfermagem da Secretaria de Saúde.

Para que todos tenham possibilidade de completar o ciclo vacinal e tomar as doses de reforço, Barueri realiza a vacinação contra Covid em todas as UBSs – abertas também aos finais de semana previamente determinados -, promove a divulgação nos canais de comunicação da Prefeitura, além de o Polo de Vacinação de Covid, no Centro de Eventos, estar com as portas abertas de segunda-feira a domingo, das 8h às 17h.

Conforme nota técnica do programa de imunização da Secretária Nacional de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, as atualizações científicas reforçam a capacidade das diferentes vacinas Covid-19 em produzir memória imunológica. Também amplificam a resposta imune com dose adicional ou o reforço de dose ao esquema vacinal inicial na população em geral e, particularmente, em idosos e indivíduos imunocomprometidos.

Busca Ativa

“A vacina é uma esperança para vencer a pandemia”, defendeu Elaine. A diretora técnica também ressalta que, além das medidas citadas acima, a Administração Municipal tem ampliado os locais para a vacinação, com diversos polos volantes em shoppings, escolas, casas de repouso e pontos público, além de fazer “repescagem” da dose de vacina em finais de semana nas unidades de saúde.

A busca ativa é feita pelo monitoramento dos pacientes nas UBSs. “Os usuários que não apresentam registros no Vacivida (sistema do governo estadual on-line de registro nominal na aplicação das doses da vacina) são informados via telefone ou visita domiciliar sobre a importância da receber as doses preconizadas do imunizante.  “Além disso, o usuário que apresenta o APP Barueri instalado no celular e não procurou o serviço de saúde, no prazo recomendado da vacinação, é notificado sobre o atraso”, completou Elaine.

Mas há algumas dificuldades no esforço de imunização dessa parcela da população. Dados cadastrais desatualizados, dificuldade em contatar o usuário, endereços errados ou incompletos são alguns dos problemas.

Desinformação

Para a diretora técnica de Enfermagem, a desinformação sobre a Covid-19 ganhou bastante destaque que “afeta indivíduos com menos acesso a canais de informações, e que têm maior probabilidade de ignorar advertências sobre as medidas de prevenção”. Elaine destaca ainda que “as vacinas foram aprovadas por órgãos competentes, seguiram as exigências necessárias para validação e a rápida fabricação se deu devido aos altos investimentos realizados”.

Embora a vacinação não impeça a contaminação pelo coronavírus, ela reduz sensivelmente a possiblidade de os infectados evoluírem para quadros graves da doença.

“As reações graves, no caso do imunizante contra a Covid, são raras. A maior parte dos efeitos adversos é considerada leve, como se o indivíduo fosse ficar gripado. Portanto, a imunização (aliada aos protocolos sanitários), é a melhor forma de se combater a pandemia de Covid-19”, finaliza Elaine.


Fonte/texto: SECOM-Barueri – Imagem: Rawpixel

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Pesquisa da UFMG desenvolve método para tratar câncer cerebral

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Uma pesquisa de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu um novo método que pode contribuir para o tratamento do câncer no cérebro. O estudo da agora doutora Isadora Carvalho resultou na criação de um nanomaterial que pode ser adotado para a aplicação de medicamentos às células infectadas por tumores.

A pesquisa se preocupou em melhorar a chegada do fármaco ao local do tumor e causar menos efeitos colaterais. O tratamento de câncer provoca muitos efeitos colaterais nos pacientes, sendo muitas vezes bastante agressivo.

O dispositivo foi criado para transportar dois remédios utilizados no tratamento do câncer de cérebro, KLA e doxorrubicina. Foram feitos testes bem-sucedidos in vitro, aqueles que não envolvem pessoas.

Nesses ensaios, o nanomaterial atacou células tumorais sem danificar as células saudáveis. Quando o material entra na célula a medicação é liberada. Outro efeito do dispositivo foi iluminar com fluorescências as áreas atingidas. Isso permite formar uma bioimagem e visualizar onde está cada componente na célula.

A nanotecnologia atua com estudos e soluções em dimensões minúsculas. Nanômetro é uma medida equivalente a 1 metro dividido em 1 bilhão de partes.

A tese de Isadora Carvalho foi indicada na área de engenharias para o prêmio de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o mais importante concurso de pós-graduação do país.


Por Jonas Valente/Agência Brasil – Foto: Robson Valverde/SES-SC

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Brasil registra 851 mortes por covid-19 em 24 horas

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O Brasil atingiu neste sábado (19) 28.167.587 pessoas infectadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia. Foram 108.725 novos diagnósticos positivos em 24 horas.

O total de mortes causadas em decorrência de complicações associadas à covid-19 chegou a 643.880. Entre ontem e hoje, foram notificadas 851 mortes.

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 2.573.925. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

Ainda há 3.105 mortes em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 24.949.782 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 88,6% dos infectados desde o início da pandemia.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (163.134), Rio de Janeiro (71.278), Minas Gerais (58.995), Paraná (42040) e Rio Grande do Sul (37.882).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.953), Amapá (2.097), Roraima (2.124), Tocantins (4.086) e Sergipe (6.210).

Vacinação

Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que foram aplicadas 379,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 170,8 milhões com a primeira dose e 155,4 milhões com a segunda dose ou dose única. Outros 47,8 milhões já receberam a dose de reforço.

Por Agência BrasilFoto: Fernando Frazão/AB

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Dia de Combate ao Alcoolismo: médicos alertam sobre danos à saúde

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A sexta-feira, para muitos, é o dia de tomar uma cervejinha com os amigos ou outra bebida para relaxar das atividades do dia a dia. Mais da metade da população brasileira, 55%, têm o costume, mostra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), sendo que 17,2% declararam aumento do consumo durante a pandemia de covid-19, associado a quadros de ansiedade graves por causa do isolamento social.

Hoje, 18 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data destinada a conscientizar sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar, tanto em homens quanto em mulheres. 

De acordo com o levantamento da Ibrafig, uma em cada três pessoas no país consome álcool pelo menos uma vez na semana. O consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi relatado por 18,8% dos brasileiros ouvidos na pesquisa. Os dados foram levantados com base na resposta de 1,9 mil pessoas, nas cinco regiões do país. O estudo mostra ainda que, em média, os brasileiros ingerem três doses de álcool por ocasião, o que representa 450ml de vinho ou três latas de cerveja.

Diversos fatores podem desencadear a dependência alcoólica, diz o psiquiatra Rafael Maksud, da Clínica Ame.C. “Fatores que podem desencadear a dependência alcoólica são a predisposição genética, o início precoce do uso, doenças mentais preexistentes, condições culturais como associar o álcool à diversão, histórico de abuso sexual, violência doméstica, curiosidade, insegurança, entre outros”.

Maksud é da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e especialista em Saúde Pública, Dependência Química e Psiquiatria Integrativa pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB).

Ele lembra que as consequências do alcoolismo a longo prazo são negativas sobre a saúde física e psíquica e, na maioria das vezes, causam prejuízos graves em todos os âmbitos da vida – laboral, familiar ou social. “Como exemplo, podemos citar a hepatite, cirrose, hipertensão, o aumento do risco de acidente vascular isquêmico, distúrbios sexuais diversos, demência, abstinências severas, depressão, ansiedade e psicoses induzidas pelo álcool”.

O consumo de bebidas nos fins de semana, que geralmente começa na sexta-feira e só termina no domingo, leva muita gente a crer que não é dependente do álcool, mas o hábito também pode causar danos à saúde, alertou o médico. 

“Nesse caso, inicialmente não se caracteriza uma dependência alcoólica, podendo, porém, ser entendido como uso nocivo de bebida alcoólica. O uso nocivo é um padrão de consumo que causa danos à saúde, físicos (como hepatite alcoólica) ou mentais (como piora de quadros ansiosos e depressivos). Padrões nocivos de uso são frequentemente criticados por outras pessoas e estão associados a consequências sociais adversas de vários tipos”.

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Danos

O psiquiatra explicou como o álcool atua no cérebro. “Quando a pessoa bebe se sente relaxada, já que sua percepção diminui. No entanto, o consumo regular reduz os níveis de serotonina no cérebro, um dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Sendo assim, o álcool agrava a ansiedade e, principalmente, a depressão”.

A psicóloga Monica Machado, formada pela Universidade de São Paulo, fundadora da Clínica Ame.C, reforça que o consumo frequente de bebidas alcoólicas descontrola a liberação regular de substâncias cerebrais responsáveis pelo controle emocional, o que eleva a vulnerabilidade às crises de ansiedade”. 

Por isso, acrescenta, “entender a relação entre ansiedade e álcool ajuda na busca de respostas mais concretas para reduzir as consequências do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do transtorno de ansiedade”.

O inverso também pode acontecer, ou seja, quem não tem distúrbios pode desenvolvê-los com o consumo excessivo de álcool. “A dependência em álcool pode ser uma das razões para o desenvolvimento de distúrbios, como a ansiedade, mas essa situação é complexa, já que a ansiedade também pode levar à dependência alcoólica”, afirma Mônica.

Além dos danos psíquicos e físicos, o alcoolismo pode comprometer o raciocínio mesmo quando a pessoa está sóbria. “Mesmo sóbrio, o paciente dependente de álcool, principalmente após vários de anos de uso da susbstância, tende a apresentar diversos déficits cognitivos que podem, inclusive, se tornar permanentes.  Por exemplo,  dificuldades de memória, consolidação de novos aprendizados, redução da capacidade de abstração e resolução de problemas, elementos importantes para a construção do raciocínio”, alerta Maksud. 

Mulheres e álcool

O alcoolismo atinge homens e mulheres, mas, para elas, os problemas de saúde ocorrem com maior rapidez, afirma o médico.  “Pesquisadores descobriram que as mulheres têm maior vulnerabilidade fisiológica ao álcool. De acordo com cientistas, as mulheres produzem quantidades menores da enzima álcool desidrogenase (ADH), que é liberada pelo fígado e usada para metabolizar o álcool. Além disso, a gordura retém o álcool, enquanto a água ajuda a dispersá-lo. Logo, graças a seus níveis naturalmente mais altos de gordura e mais baixos de água corporal, as mulheres apresentam resposta fisiológica ainda mais complicada”.

Sendo assim, completa, “mulheres que consomem álcool em excesso também tendem a desenvolver dependência e outros problemas de saúde com mais rapidez que os homens. Elas costumam começar a beber mais tarde que os homens, mas levam muito menos tempo para se tornar dependentes e apresentar doenças hepáticas ou cardíacas, por exemplo.

Tratamento

Segundo o psiquiatra, o tratamento para o alcoolismo geralmente é feito com acompanhamento médico e terapêutico e alguns medicamentos podem colaborar. “Quando bem avaliado e diagnosticado, os medicamentos são bons coadjuvantes nos tratamentos do alcoolismo, pois ajudam no processo de abstinência e na prevenção das recaídas. O álcool estimula indiretamente a atividade opióide endógena, ao promover a liberação dos peptídeos endógenos na fenda sináptica.  Existe um tipo de medicação que atua como antagonista competitivo nos receptores opióides. Dessa forma, a administração de antagonistas opióides reduziria o consumo de álcool por meio do bloqueio pós-sináptico de alguns receptores”.

Tratamento gratuito

Alcoólicos Anônimos (AA): o grupo de ajuda mútua é referência no apoio ao alcoólatra que quer parar de beber. A participação é gratuita e um dos grandes princípios é o sigilo. Presente no Brasil há 80 anos, o Alcoólicos Anônimos possui reuniões em quase todas as cidades do Brasil. 

Caps – AD: os Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas são unidades de saúde feitas para atender gratuitamente quem precisa tratar o alcoolismo. O acompanhamento é feito por médicos, psicólogos e terapeutas. Também há abertura para a participação da família.

Quando o dependente mora em uma cidade que não tem o Caps – AD, pode procurar uma unidade tradicional (que cuida da saúde mental) ou uma unidade básica de saúde de seu município para fazer o tratamento. Se houver necessidade de internação, é o próprio Caps que faz a solicitação e encaminha o paciente para alguma das instituições associadas.

Prevenção

Para quem não quer ser dependente, algumas atitudes podem contribuir para inibir o consumo excessivo de álcool, observa Monica Machado. 

“Primeiramente é necessário saber identificar pessoas com maior tendência a dependências e, para isso, procurar a ajuda de um profissional capacitado. Existem algumas dicas para pessoas que consomem álcool em excesso e gostariam de parar de beber: não tenha bebidas alcoólicas em casa; evite situações onde acha que irá perder o controle do uso; aprenda a dizer não ou peça ajuda enquanto não tenha esse controle; escolha um dia para deixar de beber e confine o consumo de álcool a situações específicas. E novamente, o principal: procure ajuda profissional adequada”.

Outra atitude, reforça o psiquiatra, é evitar o contato com bebidas na adolescência. “Quanto mais tardio o contato com bebidas alcoólicas, menor o risco de dependência. Alguns estudos mostram que adolescentes que começam a beber antes dos 15 anos têm quatro vezes mais risco de desenvolver uso abusivo de álcool do que quem inicia mais tarde, após os 21 anos. Também já foi relatado na literatura médica que os riscos para uso problemático do álcool diminuem cerca de  14% a cada ano que se adia o início do consumo. Isso ocorre pela vulnerabilidade que a imaturidade neurológica  própria da idade acarreta”, diz Maksud.


Por Ludmilla Souza/Agência Brasil – Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/AB

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Médica alerta para o diagnóstico precoce para combater câncer infantil

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No Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil, celebrado hoje (15), a médica Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria do Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, destacou a importância do diagnóstico precoce, que identifica o tipo de tumor, característica biológica e como aquele tumor se apresentou na criança. A partir dessas informações, ela lembra que pode ser feito um planejamento de tratamento, que será individualizado para cada paciente. De maneira geral, o tratamento para crianças com câncer inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgia, mas ele é adotado de acordo com a situação de cada paciente.

O Inca recebe a cada ano cerca de 250 casos novos de câncer pediátrico, cuja maior parte requer tratamento ambulatorial. “A gente sempre tenta manter a criança na casa dela”. Se a criança ou jovem não precisar de apoio ou suporte hospitalar, nem medicação venosa, em geral ela pode ficar em casa. Recebe a medicação no hospital e vai para casa. “Apenas 10% ficam internados”, disse a doutora Sima à Agência Brasil.

Cura

O câncer pediátrico é, hoje em dia, uma doença muito curável. Nos países com renda alta, Sima disse que mais de 80% das crianças com câncer vão ser curadas. No Brasil, o índice de cura oscila em torno de 75% e varia de acordo com a região do país. 

A doutora Sima Ferman disse que a taxa é um pouco mais baixa do que nas nações desenvolvidas porque a maioria das crianças chega ao Inca com a doença mais avançada, o que interfere na possibilidade de cura mais cedo. Ela ressalta também as questões socioeconômicas, como a pobreza, e comorbidades, como a desnutrição. “São algumas alterações que podem interferir no resultado do tratamento mas, em linhas gerais, a gente consegue muita cura”.

O câncer pediátrico tem maior incidência em meninos do que em meninas, mas ainda não foi identificada a razão. 

O tratamento do câncer em uma criança leva uma média de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença que ela tenha. A partir daí, começa a fase de controle, que dura em torno de cinco anos. “É um tempo muito bom. A doença não volta e a criança pode ser considerada curada”, disse a médica. 

O primeiro ano depois que termina o tratamento é o que apresenta maior risco de a doença voltar, destacou a chefe da seção de pediatria do Inca. “Mas, depois, à medida que vai passando o tempo, o risco vai diminuindo bem”, disse Sima Ferman.

O Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil foi criado em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI) e simboliza uma campanha global para conscientização da sociedade sobre o câncer infantil, visando externar apoio às crianças e adolescentes com câncer e suas famílias.

Estimativas

Para este ano, a estimativa do Inca é de cerca de 8.500 casos novos de câncer infantil no Brasil, sendo 4.300 do sexo masculino e 4.200 do sexo feminino, informou à Agência Brasil Marceli Santos, tecnologista da Divisão de Vigilância e Análise de Situação, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca e doutora em Saúde Pública. 

Marceli Santos disse que o câncer mais frequente em crianças e jovens brasileiros é a leucemia, como ocorre em todo o mundo, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas. Para cada tipo de câncer tem uma faixa etária de maior incidência. Por exemplo, as leucemias acometem mais crianças de 1 a 4 anos de idade, o mesmo acontecendo com os tumores do sistema nervoso central. Já os linfomas têm uma característica bimodal, com picos em crianças até 4 anos e adolescentes de 15 a 19 anos de idade.

Em relação ao retinoblastoma, tipo de câncer que afeta o sistema intraocular em crianças com idade entre 2 e 5 anos, Marceli informou que se trata de um câncer raríssimo, afetando três crianças em cada milhão. “É um tumor muito específico, muito característico”.

O Ministério da Saúde ressalta também o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal); tumor de Wilms (tipo de tumor renal); tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos); osteossarcoma (tumor ósseo); e sarcomas (tumores de partes moles).

Sinais de alerta

Os oncologistas Gustavo Ribeiro Neves e Diego Greatti, membros da plataforma de saúde Doctoralia, alertam pais e responsáveis para ficarem atentos aos sinais de câncer infantil, porque o diagnóstico precoce é importante para aumentar a chance de cura do paciente. Em crianças e adolescentes, esse fator dobra de relevância já que os tumores costumam crescer rapidamente devido às mutações celulares.

Alguns desses sintomas são perda de peso contínua incomum; dores de cabeça na parte da manhã, que podem ser seguidas de vômito; inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações; protuberância ou massa no corpo; aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças na visão; febres recorrentes sem causa aparente; hematomas e sangramentos frequentes; cansaço prolongado.

Morte

O câncer já representa a primeira causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade no país, cerca de 8% do total, informou o Ministério da Saúde, com base em dados do Inca.

O ministério adverte, no entanto, que com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes infanto juvenis terá boa qualidade de vida. “Por isso, o governo federal reforça o alerta aos responsáveis. Queixas das crianças ou sinais de anormalidade devem ser levados em consideração para avaliação de um profissional de saúde e para o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo iniciar, maiores são as chances de cura”.


Por Alana Gandra/Agência Brasil – Foto: Sumaia Vilela/AB

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Pelé retorna ao hospital para seguir tratamento contra tumor no cólon

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O tricampeão mundial Pelé está de volta ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, para seguir em  tratamento contra um tumor de cólon. O próprio Rei do Futebol falou da nova internação na noite desse domingo (13), em publicação nas redes sociais.

Pelé agradeceu o carinho dos fãs e mencionou, em tom humorado, que assistiria à final da liga de futebol americano nos Estados Unidos (NFL), apesar da ausência de seu amigo Tom Brady – o quarterback anunciou sua aposentadoria recentemente.

Em setembro do ano passado, o Atleta do Século, de 81 anos, passou por uma cirurgia para retirada de um tumor no cólon, descoberto após exames de rotina. Em 8 de dezembro, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira, retornou ao Albert Einstein para realizar as últimas sessões de quimioterapia de 2021. Após intervalo para as festas de fim de ano, Pelé retomou as idas ao hospital em janeiro, para seguir o tratamento. 


Por Agência Brasil – Foto: Ricardo Saibum/Santos FC/Direitos Reservados

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Cotia ultrapassa a marca de 500 mil doses aplicadas da Vacina Anticovid

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Fonte/texto: SECOM-Cotia – Foto: Alexandre Rezende/SECOM-Cotia

Nesta sexta-feira (11/02), a cidade de Cotia alcançou a marca de 500.490 doses da vacina contra a Covid-19 aplicadas. A campanha começou há um ano e acontece, desde então, ininterruptamente, conforme a cidade recebe imunizantes enviados pelo governo do estado.

Nesta fase da campanha, estão sendo vacinadas todas as pessoas com idade a partir de 5 anos. A campanha acontece nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h.


Leia também: Estudo da USP mostra alta prevalência de depressão, ansiedade e estresse após a COVID-19


Em Cotia, foram aplicadas 215.033 primeiras doses da vacina, 190.167 segundas doses e 89.074 doses adicionais. Em relação à dose única, 6.216 pessoas receberam este imunizante no município.

Não podemos de deixar de agradecer a todos os profissionais da saúde que estão trabalhando muito para proteger a nossa população deste vírus [coronavírus]. Obrigado a cada um de vocês pelo empenho, pela dedicação e pelo cuidado com o nosso povo. Obrigado a todos que direta e indiretamente são responsáveis pelas mais de 500 mil doses aplicadas”, disse o prefeito Rogério Franco.


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População não deve alimentar nem matar pombos

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Por Rodrigo Tammaro/Jornal da USP – Foto: Couleur/Pixabay

Os pombos-comuns (Columba livia) são originários da Europa e do norte da África, na região do Mediterrâneo. Essas aves foram trazidas ao Brasil como animais domésticos e ornamentais durante a colonização portuguesa. 

Terezinha Knöbl – Foto: Arquivo Pessoal

Desde então, a espécie se adaptou muito bem ao ambiente das cidades e passou a constituir uma fauna sinantrópica, que se beneficia de condições criadas pelos seres humanos. Mas, por serem transmissores de certas doenças, sua proliferação pode representar alguns riscos à saúde pública.

A professora Terezinha Knöbl, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, explica que são as fezes desses animais que exigem maior atenção. Essas fezes servem de substrato para alguns fungos que, caso inalados, podem acarretar micoses profundas e possivelmente fatais, como criptococose e histoplasmose, assim como a clamidiose, causada por uma bactéria.

“Precisa tomar muito cuidado para não colocar essas fezes em suspensão”, orienta Terezinha. “Normalmente, quando a gente se aproxima de uma população de pombos, eles voam e colocam toda aquela poeira, aquelas fezes ressecadas, em suspensão e isso pode ser inalado.”

Por serem relativamente corrosivas, essas fezes também podem trazer danos materiais, como o entupimento de calhas e a danificação de obras e estruturas.

A proliferação de pombos em ambientes de produção ou armazenamento de alimentos representa um risco ainda maior, acrescentada a possibilidade de transmissão de salmonelose pela ingestão de alimentos contaminados.

Ácaros de pombos também podem causar dermatites e alergias, mas doenças como toxoplasmose, raiva e leptospirose não são transmitidas por essas aves.

Controle

Sem predadores naturais e com alimento e abrigo em abundância, os pombos se proliferam com certa facilidade. Para conter as superpopulações, a cidade de São Paulo adotou uma lei que proíbe “alimentar e/ou manter abrigo para alojamento de pombos urbanos”.

Os proprietários de imóveis com infestação também devem providenciar obstáculos para dificultar o pouso e a nidificação. O descumprimento dessas determinações acarreta uma multa de R$ 200, mas a falta de regulamentação dificulta que a lei seja aplicada.

De acordo com Terezinha, os pombos se alimentam de uma variedade muito grande de alimentos e não morrerão de fome caso não sejam alimentados por humanos. Por isso, restringir a oferta de comida ajuda a reduzir a taxa de reprodução dessas aves e evitar superpopulações.

“O risco de ficar jogando alimento para os pombos é ir aumentando progressivamente o tamanho dessa colônia e, consequentemente, aumentam a quantidade de fezes e o risco de transmissão de doenças”, explica a professora.

Salvo exceções, como áreas produtoras de alimentos, em que medidas de controle devem ser adotadas, o ideal é intervir o mínimo possível, sem alimentá-los nem reduzir drasticamente sua população. “Quando você tem uma área com muito resto de alimento, se você reduz a população de pombos, pode aumentar a população de ratos”, afirma Terezinha, ao comentar uma espécie de equilíbrio entre as populações desses animais.

Alguns países usam métodos contraceptivos, mas, segundo a professora, além de esses produtos não serem licenciados no Brasil, seu uso não é totalmente eficaz, ainda que ajude no controle populacional. As principais estratégias consistem na instalação de telas e barreiras físicas em locais que servem de abrigo a esses animais, como vãos de telhados e ar-condicionado.

A professora ressalta que alternativas que causem dor e sofrimento aos animais, como armadilhas e cola, não devem ser utilizadas e são enquadradas como crime ambiental. “Esse controle é feito pelas autoridades sanitárias com avaliação de caso a caso e a população não deve adotar estratégias próprias que envolvam a morte dos animais.”

Dados fornecidos ao Jornal da USP pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo indicam que, em 2021, foram registradas mais de 900 denúncias de infestação de pombos no município, uma média de quase três denúncias por dia. Vistorias podem ser solicitadas através da central telefônica SP156 ou pelo site sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal.


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Câmara aprova MP sobre incorporação de tratamentos em planos de saúde

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O plenário da Câmara dos Deputados concluiu hoje (10) a votação da Medida Provisória (MP) 1.067/21, que define regras para a incorporação obrigatória de novos tratamentos pelos planos e seguros de saúde. A aplicação dos novos tratamentos será garantida no caso de a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não cumprir o prazo para decidir sobre o tema. O texto segue agora para sanção presidencial.

Os deputados mantiveram as alterações feitas no texto pelo Senado, em relação ao prazo para a ANS concluir a análise do processo de inclusão desses procedimentos e medicamentos na lista dos obrigatórios.

O texto aprovado no Senado e mantido pela Câmara prevê que a agência reguladora terá prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. A versão anterior determinava prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60.

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Segundo a relatora da medida provisória, deputada Silvia Cristina (PDT-RO), com a ampliação, o prazo fica em conformidade com o tempo disponível para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que faz as avaliações no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e dispõe do prazo de 180 dias para análise semelhante.

A MP determina que medicamentos de uso oral e domiciliar contra o câncer, inclusive aqueles com tratamento iniciado na internação hospitalar, sejam fornecidos obrigatoriamente pelos planos de saúde.

Os deputados também mantiveram a parte do texto que determina que os processos de atualização da lista de procedimentos e tratamentos contra o câncer sejam concluídos em 120 dias, contados da data em que foi protocolado o pedido e prorrogáveis por 60 dias corridos quando as circunstâncias o exigirem.

Porém, os deputados retiraram do texto a parte que previa a hipótese de rejeição da incorporação dos tratamentos, quando o produto for aprovado pela Conitec, mas estiver indisponível aos prestadores de serviço de saúde suplementar, “ou caso exista outro impedimento relevante para sua incorporação”.

Essa medida abriria a possibilidade de a ANS rejeitar a incorporação de produtos já aprovados no âmbito do Sistema Único de Saúde, com base em um critério altamente subjetivo de “outro impedimento relevante”, disse a deputada.

Foi rejeitada ainda emenda aprovada no Senado que proibia reajustes dos planos de saúde fora dos prazos definidos na Lei 9.656/98, sob o pretexto de equilibrar financeiramente os contratos em razão da incorporação de procedimentos e tratamentos na lista de cobertura obrigatória.

A relatora justificou a exclusão com o argumento de que a regulamentação prevê que esse tipo de aumento só pode ocorrer uma vez por ano. “A mudança é desnecessária, já que o reajuste por aumento de custos só pode ser realizado uma vez por ano”, disse Silvia Cristina.


Fonte/texto: Agência Brasil/Luciano Nascimento – Imagem: Arquivo/Agência Brasil

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