O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM), anunciou que os servidores que não apresentarem o comprovante de vacinação contra a covid-19 terão o ponto cortado. Segundo Leite, há mais de 50 funcionários da Casa que ainda não comprovaram a imunização. Eles poderão, de acordo com o presidente, receber faltas ou até serem demitidos, caso não apresentem o documento.
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, atualmente, é exigido comprovante de vacinação para todas as pessoas que queiram entrar no Palácio Anchieta, sede do legislativo municipal, inclusive os funcionários. A partir da determinação do presidente da Casa, todos os servidores terão 24 horas, contadas a partir de hoje (2) para apresentar a carteira de vacinação atualizada.
Foram tomadas outras medidas para evitar a transmissão da covid-19 na câmara. A utilização dos auditórios só está permitida até a capacidade limite de 20%. Os gabinetes dos vereadores só podem receber quatro visitantes por dia e terão o número de funcionários também limitado a quatro pessoas.
As atividades legislativas, como sessões plenárias e reuniões de comissões, continuam sendo realizadas de forma híbrida: presencial e virtual. No entanto, a recomendação é que os vereadores participem apenas virtualmente dos trabalhos.
A biblioteca e outros espaços públicos da Câmara seguem fechados.
Fonte/texto: Agência Brasil/Daniel Mello – Imagem: Fernando Frazão/AB
Uma cena bastante inusitada viralizou nas redes sociais no último domingo (30). Uma mulher, aparentemente sem paciência com as atitudes negacionistas do marido, decidiu levar o homem amarrado para tomar a vacina contra Covid, em Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió.
No vídeo, o homem aparece sentado em um banco com as mãos amarradas, enquanto a esposa dele está ao lado. Vendo a situação, uma mulher diz: “Amarrado gente, pra tomar vacina, pelo amor de Deus. O que é isso hein?”.
Segundo o estudo, “Determinants of covid-19 vaccine hesitancy in Portuguese-speaking countries: a structural equations modeling approach”, os homens são maioria no movimento antivacina, fortemente influenciados pelo sentimento de masculinidade frágil e a desinformação. “Estresse e hesitação vacinal masculina são explicados culturalmente pela educação de homens como exemplo de força, virilidade e saúde perfeita”, diz o artigo.
Assista o vídeo abaixo:
Adaptação: ZH Digital – *Com informações – Diário do Centro do Mundo e Jornal do Comércio – Imagem capa: Foto/Reprodução
A partir desta segunda-feira (31), os atendimentos realizados pela Unidade Básica de Saúde (UBS)Benedito de Oliveira Crudo, localizada na Vila Boa Vista, passarão a ocorrer, temporariamente, em um pavimento do Centro de Especialidades, na região central da cidade. Isso porque a unidade original será totalmente reconstruída pela Secretaria de Obras de Barueri.
Inaugurada em abril de 1994, a UBS do Boa Vista atende uma média de 7.700 pessoas mensalmente. O equipamento oferece serviços em clínica geral, ginecologia e obstetrícia, enfermagem, pediatria, odontologia, psicologia, além da farmácia e do serviço social.
“É uma UBS com grande fluxo de usuários e, com 28 anos de existência, estava precisando de muitas melhorias. Reconstruí-la é a melhor forma de oferecer à população dessa região o conforto e a segurança que merecem quando estão cuidando de sua saúde”, diz o secretário de Obras, Beto Piteri.
Piteri ressalta, inclusive, que este ano há grandes investimentos destinados à Atenção Básica da cidade. Há sete UBSs passando por reforma neste momento, além da construção de uma nova unidade no Bairro dos Altos. “Qualidade na saúde é fundamental para nós e oferecer prédios novos, bem equipados, com infraestrutura moderna e completa é uma das formas se garantirmos isso”, afirma o secretário.
UBS dos sonhos vai virar realidade
Realmente, infraestrutura completa é o que está no projeto da unidade que será feita pela Secretaria de Obras. O projeto prevê uma área de construção de 1.773,37m², distribuídos em três pavimentos.
Haverá 10 consultórios médicos (dois para odontologia, três para ginecologia e obstetrícia e cinco para clínica geral e pediatria). Haverá também espaços específicos para vacina, inalação, curativo, medicação, reidratação, coleta, farmácia, serviço social, acolhimento, grupos e núcleos, além de administração, reunião, recepção e sala de espera.
A nova unidade contará ainda com três elevadores, inclusive com capacidade para transportar macas e, no pavimento inferior, estacionamento para funcionários e abrigo para gases.
Serviço
Os pacientes da UBS do Boa Vista que tiverem consultas marcadas ou precisarem de algum atendimento, devem dirigir-se à rua Benedita Guerra Zendron, 225 – Vila São João, no Centro de Barueri. A unidade está no primeiro andar do Centro de Especialidades e irá atender das 7h às 19h.
Ontem (29), o Brasil registrou 179.816 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O total de casos está em 25.214.622.
O documento informa 640 óbitos em 24 horas. O número de mortes em decorrência da doença é de 626.524. Existem 3.133 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação.
O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87,9% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96,2% em dezembro, antes da chegada da Ômicron ao Brasil. O total de casos ativos e em acompanhamento é de 2.428.339.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157.817), Rio de Janeiro (69.849), Minas Gerais (57.214), Paraná (41.185) e Rio Grande do Sul (36.853). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.866), Amapá (2.049), Roraima (2.096) , Tocantins (3.997) e Sergipe (6.089).
Vacinação
O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355.702.862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164,7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151,7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram a 38,6 milhões.
Fonte/texto: Agência Brasil – imagem: Tomaz Silva/AB
A cidade de São Paulo ultrapassou, nesta sexta-feira (28), a marca de 26 milhões de vacinas aplicadas contra a Covid-19. Até o momento, foram 26.104.815 aplicações.
Estão contabilizadas 11.091.668 primeiras doses (D1), 10.109.912 segundas doses (D2), 335.276 doses únicas (DUs) e 4.567.959 doses adicionais (DAs). A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos de idade está em 109,6% para D1+DU, em 104,6% para D2+DU e em 49,5% para DA.
Em adolescentes, de 12 a 17 anos, foram aplicadas 949.552 D1, representando uma cobertura vacinal de 112,5%. Também foram aplicadas 791.294 D2 nesse público, com cobertura de 93,7%.
Além da vacinação para adultos e adolescentes, a capital iniciou neste mês a vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Até o momento, já foram aplicadas 364.911 doses nessa parcela da população, representando uma cobertura vacinal de 33,7%.
A cidade de São Paulo segue com a aplicação de D1, D2 e DA contra a Covid-19 nos megapostos, drive-thrus e farmácias parceiras, das 8h às 17h, e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, das 7h às 19h.
A vacinação infantil acontece nas UBSs, das 8h às 17h, e nas AMAs/UBSs Integradas, das 8h às 19h.
Onde se vacinar
A lista dos postos de vacinação pode ser encontrada na página Vacina Sampa
A campanha para vacinação das crianças contra a Covid-19 em Barueri segue em mais este sábado e domingo (dias 29 e 30/01). Pelo segundo final de semana, a Prefeitura abre as portas de toda as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) no esforço de imunização das crianças de seis a menos de 12 anos (até 11 anos, 11 meses e 29 dias) SEM comorbidades ou deficiência. Não é necessário agendar.
As crianças de 5 anos SEM comorbidades e também as de 5 a 11 anos COM comorbidades ou deficiência continuarão sendo vacinadas no polo do Centro de Eventos de Barueri, que abre de domingo a domingo das 8h às 17h. Não é preciso agendamento.
O responsável deve estar presente no momento da aplicação e apresentar número de CPF ou do Cartão do SUS da criança, bem como a caderneta de vacinação dela.
Embora não seja necessário fazer o agendamento, pede-se preencher o pré-cadastro no portal Vacina Já, procedimento que visa agilizar o atendimento. Recomenda-se um intervalo de 15 dias entre a aplicação da vacina contra a Covid-19 e outros imunizantes para as crianças de 5 a 11 anos.
Onde vacinar As UBSs abrirão das 7h às 17h e, nesta ação de final de semana, vacinará APENAS crianças de 6 a 11 anos sem comorbidades. É fundamental verificar os endereços das unidades de saúde (destacados abaixo), pois alguns deles estão realocados para outros equipamentos em razão de reformas nos prédios da Saúde.
Crianças de 5 anos COM e SEM comorbidades As crianças com 5 anos SEM comorbidades ou deficiência seguem sendo vacinadas APENAS no polo do Centro de Eventos (Av. Sebastião Davino dos Reis, 672 – Jardim Tupanci), que abre de domingo a domingo das 8h às 17h. Mesma orientação vale para as crianças de 5 a 11 anos COM comorbidades ou deficiência.
Siga as regras A Secretaria de Saúde adverte: o polo do Centro de Eventos NÃO aplicará vacina em crianças de 6 a 11 anos sem comorbidades, assim como as UBSs não farão a imunização de crianças com comorbidades e deficiência ou de 5 anos sem comorbidades.
Durante a semana A campanha de vacinação contra a Covid-19 continua durante a semana em Barueri. As regras para as crianças são as mesmas, exceto o horário de imunização nas UBSs, que de segunda a sexta-feira é das 10h às 16h. Demais públicos aptos à vacina (pessoas a partir de 12 anos de idade que buscam a primeira, segunda ou terceira dose) podem ir ao polo do Centro de Eventos. A quarta dose também está disponível, mas por enquanto, apenas para pessoas com imunossupressão.
Locais de vacinação de crianças de 6 a 11 anos sem comorbidades neste final de semana:
UNIDADE
ENDEREÇO
HORÁRIO
UBS Amaro Jose de Souza + UBS Maria M. de Macedo
Rua Petrolina, 178 – Jardim Mutinga
7h às 17h
UBS Benedito Oliveira Crudo
R. Carlos de Campos, 82 – Boa Vista
7h às 17h
UBS José Francisco Caiaba
CAPS Adulto – R. José Maria Baleiro, 715 – Centro
7h às 17h
UBS João Siqueira
R. Mar Negro, 155 – Ginásio de Esportes Jardim Regina Alice
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (28), por unanimidade, o uso e comercialização no Brasil de autotestes para detecção de covid-19.
A aprovação ocorre após o envio de informações pelo Ministério da Saúde a pedido da Anvisa que, em 19 de janeiro, solicitou esclarecimentos a respeito da inclusão do autoteste nas políticas públicas de testagem para covid-19.
O Vice-governador Rodrigo Garcia coordenou reunião nesta quarta-feira (26) com os presidentes dos Consórcios de municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, para tratar de financiamento de novos leitos para COVID-19. Na reunião, ficou acertado que até as 12h desta quinta (27), os municípios irão enviar ao Estado as demandas de cada cidade, seja para oferta em hospitais municipais ou na rede estadual regional.
A condição principal para o co-financiamento de novos leitos de UTI para estas regiões é a sua capacidade de colocar em operação nos próximos dez dias, já que pelas perspectivas dos especialistas, a demanda deve continuar em alta pelas próximas três semanas.
“O Estado continua parceiro dos municípios neste atendimento e queremos rapidamente reativar estes leitos. Só precisamos que dimensione rapidamente para podermos colocar em operação nos próximos dez dias”, afirmou Rodrigo Garcia.
Além disso, o Governador João Doria já havia anunciado a ativação de 700 novos leitos exclusivos para atendimentos COVID-19 na rede hospitalar. Os novos leitos vão auxiliar na absorção da nova demanda de casos em unidades hospitalares de 14 regiões do Estado, incluindo capital e municípios da Grande São Paulo e as regionais de saúde de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté.
Serão abertos 266 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 434 de enfermaria em hospitais de gestão estadual, que receberão pacientes encaminhados por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS).
Participaram da reunião: secretários da Saúde, Jean Gorinchteyn; do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi; e da Casa Civil, Cauê Macris, e o presidente do Consórcio ABC, o prefeito de Santo André, Paulo Serra. Também participaram de forma remota, os presidentes dos Consórcios CIOSTE (Rogério Lins, prefeito de Osasco); CONDEMAT (Guti Costa, prefeito de Guarulhos); CONISUD (Secretária Executiva, Brígida Sacramento) e SIMBAJUD (Danilo Joan, prefeito de Cajamar).
Fonte/texto: Portal Governo SP – Imagem: Governo do Estado de São Paulo
Diante do aumento de novos casos de Covid-19, impulsionados pela variante ômicron, diversas pessoas ficaram com dúvida se podiam tomar a dose adicional após testar positivo.
O Ministério da Saúde (MS) recomenda que quem foi infectado pela Covid-19 aguarde quatro semanas após o início dos sintomas para receber o imunizante. As pessoas assintomáticas devem esperar quatro semanas a partir do primeiro exame de PCR positivo.
Depois desse período, é imprescindível procurar um posto de saúde para receber a dose de reforço da vacina, visto que, para completar o esquema vacinal é necessário tomar todas as doses.
A nova variante ômicron e a alta transmissibilidade faz da dose adicional algo ainda mais essencial, pois mesmo após duas doses da vacina foi observado uma queda dos anticorpos. A aplicação da dose adicional proporciona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, que são essenciais para evitar o agravamento ou morte pelo vírus.
O público que recebeu a segunda dose há pelo menos quatro meses já pode tomar a dose de reforço. No posto de vacinação, é obrigatório apresentar um documento de identificação, preferencialmente CPF e cartão SUS, além da carteirinha de vacinação contra a Covid-19, físico ou digital, para comprovar o recebimento das doses anteriores.
Fonte/texto: SECOM – Prefeitura de São Paulo – Imagem: Rawpixel
O ano de 2030 parece estar longe, mas uma projeção com dados alarmantes mostram como poderão estar os brasileiros daqui a oito anos: a prevalência de excesso de peso pode chegar a 68%, ou seja, sete em cada 10 pessoas, e a de obesidade a 26%, ou uma a cada quatro.
Os dados levantados são do estudo A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS, realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile. Os resultados do estudo podem ser acessados no por meio de endereço eletrônico.
O estudo, que foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mostra que, no Brasil, a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.
Os dados revelam que o risco associado de diversas Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) é o mais preocupante e pode levar a consequências impactantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado com o aumento no risco de mais de 30 DCNT, em maior ou menor grau.
As DCNT são causadas por diversos fatores de risco, podem ficar um longo período ocultas e afetam pessoas por muitos anos, podendo resultar em incapacidades funcionais. As doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, as neoplasias (cânceres) e a diabetesmellitus são exemplos de DCNT.
Na opinião do coordenador do estudo, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Leandro Rezende, as causas populacionais podem ser o motivo para incentivar o controle do sobrepeso e da obesidade.
“O excesso de peso e obesidade vêm aumentando no mundo não por causas individuais, as causas populacionais da obesidade que vêm mudando. A gente define como causa populacional um conjunto de mudanças especialmente no sistema alimentar que foram ocorrendo a partir da década de 1970, 1980 e que notavelmente a partir de mudanças da legislação, mudanças nas leis agrícolas, mudanças na legislação quanto ao marketing e ao processamento dos alimentos. São essas questões que foram mudando e que tornaram o problema do excesso de peso e obesidade em uma epidemia”.
As causas do excesso de peso e da obesidade devem ser combatidas no âmbito populacional ao invés do âmbito individual, para que sejam pensadas em estratégias de prevenção mais assertivas, ressaltou o professor.
“Continuar focando no problema do excesso de peso e de obesidade, assim como para outros fatores de risco, como por exemplo, o tabagismo. Olhamos para o tabagismo como fenômenos populacionais e propomos estratégias de prevenção. Conseguimos sair de uma prevalência de 30%, 40% de tabagistas no Brasil para hoje menos de 10% . Notavelmente por conta das políticas públicas que foram feitas para que pudessem combater o cigarro como fenômeno populacional e não como escolha individual [como falta de vontade das pessoas pararem de fumar]”.
Políticas públicas
Uma das estratégias sugeridas no estudo são a adoção de políticas públicas e de ações voltadas à redução do consumo de alimentos ultraprocessados. A tributação desses tipos de alimentos, informação nutricional mais clara e simples no rótulo, restrição para marketing e publicidade desses produtos são exemplos dessas ações de âmbitos social e coletivo.
Um exemplo é a campanha Tributo Saudável, que tem como causa aumentar o tributo de bebidas açucaradas para desestimular o consumo, ao mesmo tempo que traz impactos positivos para a economia.
No Plano de Ações Estratégicas para enfrentamento das DCNT no Brasil (2021-2030), o Ministério da Saúde estipulou a meta de deter o crescimento da obesidade em adultos no país até 2030.
Custo e sobrecarga no SUS
Estar com sobrepeso e obesidade não custa caro somente para a saúde do indivíduo, também para a saúde coletiva. O custo e a sobrecarga para o SUS também aumentou: somente em 2019 o gasto direto com DCNTs no país atingiu R$ 6,8 bilhões. O grupo de pesquisadores do estudo estimou que 22% desse valor (R$ 1,5 bilhão) podem ser atribuídos ao excesso de peso e à obesidade, com custos um pouco mais elevados em mulheres (R$ 762 milhões) do que nos homens (R$ 730 milhões).
O levantamento mostrou que, além dos custos, foram 128,71 mil mortes, 495,99 mil hospitalizações e 31,72 milhões procedimentos ambulatoriais realizados pelo SUS, atribuíveis ao excesso de peso e obesidade.
Guia Alimentar
Na visão dos pesquisadores, o Guia Alimentar para a População Brasileira também constitui uma das estratégias para implementação da diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).
Os guias alimentares contribuem para a melhora dos padrões de alimentação e nutrição e para a promoção da saúde das populações, já que os hábitos alimentares e as condições de saúde se modificam ao longo do tempo.
» Base da alimentação: alimentos in natura ou minimamente processados, variados e predominantemente de origem vegetal;
» Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar;
» Limitar o consumo de alimentos processados (conservas, compotas, queijos, pães);
» Evitar o consumo de ultraprocessados;
» Comer com regularidade e atenção;
» Fazer compras em feiras e mercados que ofertem variedades de alimentos in natura e minimamente processados;
» Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias, principalmente, com crianças e jovens;
» Planejar a alimentação: da compra e organização dos alimentos até a definição do cardápio e a divisão das tarefas domésticas relacionadas ao preparo das refeições;
» Preferir comer, quando fora de casa, em locais que sirvam refeições frescas (restaurantes de comida caseira ou a quilo);
» Ser crítico quanto à publicidade de alimentos, que tem como único objetivo o aumento da venda de produtos.